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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS-

FMU
PSICOLOGIA

AMANDA MOTA DE LEMOS, 6246110


AMANDA TOPA NUNES DA COSTA SCHIAVINI BRAIDO, 6343830
GIOVANA MILAN PEREIRA, 6243361
GUILHERME DEL CARLO MELLO GAIA, 5967310
ISADORA BUONANNI, 7394410
VITÓRIA PEREIRA CÉSAR, 6328670

ARTIGOS CIENTÍFICOS

SÃO PAULO
2021
AMANDA MOTA DE LEMOS, AMANDA TOPA NUNES DA COSTA SCHIAVINI
BRAIDO, GIOVANA MILAN PEREIRA, GUILHERME DEL CARLO MELLO GAIA,
ISADORA BUONANNI E VITÓRIA PEREIRA CÉSAR

ARTIGOS CIENTÍFICOS

Atividade prática supervisionada


(APS) realizada para a disciplina de
instrumentos e recursos da avaliação
psicológica para a composição da
nota do terceiro semestre.
Orientação: Lilian Skawinski

SÃO PAULO
2021
INTRODUÇÃO

Este trabalho busca apresentar de forma resumida três artigos sobre testes
projetivos em pacientes diagnosticados com esquizofrenia. Os testes projetivos
abordados nos artigos foram: Rorschach, Pfister e H-T-P. Entende-se como teste
projetivo aquele que traz a subjetividade do indivíduo, é semiestruturado e livre, ou
seja, permite ao paciente uma ampla possibilidade de respostas.

O primeiro artigo retrata testes de Rorschach e Pfister nos pacientes


esquizofrênicos; já o segundo artigo, foca no teste H-T-P (Casa – Árvore –
Pessoas); e o terceiro artigo discute os movimentos oculares de pacientes
esquizofrênicos durante a aplicação do teste de Rorschach.

DESENVOLVIMENTO

1.1 Testes projetivos na avaliação psicológica da esquizofrenia: uma revisão da


literatura.

O artigo inicia explicando o que é a esquizofrenia, explicitando seus sintomas


e expondo subtipos já encontrados. “A esquizofrenia é classificada como um
transtorno grave dentro do grupo das psicoses, de curso crônico e debilitante” (p.
72). Pacientes com este transtorno mental relatam que não têm controle sobre seus
próprios pensamentos, ações e entendimentos, visto que agem por impulso. Dentre
os subtipos, o primeiro destacado é a esquizofrenia paranoide que consiste em
delírios e vozes alucinatórias. O subtipo hebefrênico é o impulso afetivo, imprevisível
e irresponsável. O catatônico está relacionado com movimentos corporais, às vezes
hipercinéticos, ou rígidos. O subtipo indiferenciado não se classifica de acordo com
os outros exemplos citados. A esquizofrenia residual é reconhecida pela progressão
do estágio inicial da doença. Por último, a esquizofrenia simples é caracterizada pelo
paciente ser antissocial, reservado, introvertido e não ter perspectiva de vida. Essas
classificações ainda não entraram em um consenso, por exemplo, no CID
(Classificação Internacional de Doenças) e no DSM-V (Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais) os subtipos são analisados de outra forma, as
quantidades não batem.

O artigo prossegue para os testes projetivos/expressivos nos pacientes


esquizofrênicos: “as técnicas projetivas/expressivas têm como ponto em comum o
material que, ao mesmo tempo é concreto, ambíguo e vago” (p. 77). Dentre as
técnicas projetivas mais utilizadas, está o Rorschach e o Pfister. O Rorschach é um
teste projetivo semiestruturado, onde são mostradas placas com manchas, com o
objetivo da pessoa de dizer o que ela vê nos borrões. Com isso, há a projeção de
sua vivência que será identificada em cada placa. Já o teste Pfister, consiste em um
esquema de pirâmides coloridas, cujo objetivo é analisar a função lógica do
paciente. Ambos os testes necessitam de uma avaliação minuciosa e precisa, ou
seja, cada detalhe da resposta tem um significado importante para análise.

Os resultados referentes à aplicação do teste Pfister, mostram que as cores


vermelha e marrom são utilizadas com mais frequência pelos esquizofrênicos do que
pelo grupo de controle, essas cores indicam impulsividade e incontinência de
reações. Já no teste Rorschach, os resultados mostram que os esquizofrênicos têm
uma debilitação na organização do seu eu com o conteúdo externo, apresentando
uma confusão nessa relação.

Os autores pesquisados destacam que se precisa de muitos estudos


complementares como: a entrevista com o paciente e com os familiares; e a
observação do indivíduo para que seja diagnosticada a esquizofrenia. Por fim, é
evidente que se necessita de mais estudos sobre testes projetivos em pacientes
esquizofrênicos, porém foi possível perceber a importância dos testes Rorschach e
Pfister até este momento.

1.2 Validade de critério e confiabilidade de uma proposta de correção


neuropsicológica dos desenhos da Casa – Árvore – Pessoa (H-T-P).

Os autores iniciam o artigo destacando a importância de desenhos e figuras


para avaliações psicológicas projetivas. O H-T-P é um teste psicológico projetivo e
consiste em desenhar uma casa, uma árvore e uma pessoa, e, após o desenho
pronto, o paciente é solicitado para que conte a história do mesmo. A partir dos
resultados, é possível avaliar, neuropsicologicamente, o paciente. Também sendo
importante destacar que existem diversas variações de métodos e interpretações
deste teste por conta das diferenças sociais, de escolaridade, idade, gênero dos
pacientes.
Este teste pode ser analisado de duas formas: qualitativa e quantitativa. A
primeira mostra a dinâmica da personalidade e a segunda está relacionada à
produtividade e ao funcionamento intelectual.
Para análise do resultado, o aplicador leva em consideração fatores como:
latência para iniciar, tempo de execução e finalização do desenho, características da
figura (simplificações, aberturas, omissões, transparências e incongruências). Essas
informações são imprescindíveis para analisar se o indivíduo tem um traço
esquizofrênico, todas essas características comparadas ao grupo de controle
aparecem com média maior, exceto incongruências. Além de que, sujeitos com
esquizofrenia tendem a cometer mais falhas do que sujeitos do grupo de controle,
assim como em outros casos de psicoses.
Em suma, foi detectado que há sim confiabilidade no teste projetivo H-T-P,
contanto que seja aplicado da maneira correta conforme cada caso. Os autores
insistem que é necessário haver maiores estudos e aprimoramentos para este teste,
havendo uma maior expansão dos grupos a serem estudados.

1.3 Analysis of exploratory eye movements in patients with schizophrenia during


visual scanning of projective tests’ figures (Análise de movimentos oculares de
pacientes com esquizofrenia durante a exploração visual de figuras de testes
projetivos).

Este referido artigo, apesar de ser uma pesquisa brasileira ocorrida em São
Paulo, encontra-se redigido em inglês. Trata de comparar os movimentos oculares
de pacientes com esquizofrenia utilizando os testes projetivos de Rorschach e o
TAT. Sabe-se que a análise de padrões de movimentos oculares é uma das
maneiras mais eficientes de distinguir pacientes com esquizofrenia de pacientes sem
esquizofrenia.
Os movimentos mais comuns são dois: fixação e o movimento sácadico. De
acordo com o artigo, o primeiro ocorre quando o olho se fixa por um curto tempo,
focando na imagem e possibilitando que a mesma seja processada em diferentes
partes do encéfalo; já o segundo consiste em movimentos muito rápidos e bruscos
do globo ocular entre duas fixações. São utilizados diferentes estímulos para
analisar o padrão de movimentos em pacientes diagnosticados com esquizofrenia.
Ao comparar sujeitos diagnosticados com sujeitos do grupo de controle, é possível
perceber que, em estímulos como paisagens, a variação exploratória do padrão de
movimentos oculares e menos atenuada, porém é mais atenuada durante a
exploração visual de rostos humanos ou contextos sociais. Nas placas de manchas
utilizadas durante o teste de Rorschach é perceptível uma maior associação e
projeção, do que nas placas com imagens de pessoas utilizadas no teste TAT.
Com a utilização do teste de Rorschach, foi possível notar que, em pacientes
diagnosticados com esquizofrenia, “o número total de fixações e o número de
fixações em áreas de interesse foram menores, embora a duração tenha sido maior”
(tradução nossa). Já com a utilização detestes com imagens contendo rostos
humanos com emoção e expressões neutras, resultados mostraram que tanto
pacientes diagnosticados, quanto pacientes do grupo de controle têm mais fixações
com expressões positivas ou negativas do que com expressões neutras. Porém,
sujeitos diagnosticados tiveram menos fixações e fixações mais curtas.
Neste artigo, fica evidente como é importante estudar os movimentos oculares
de pacientes com qualquer transtorno psicológico, porém, aqui, com o foco em
esquizofrênicos. Além de mostrar como mudam as percepções em imagens
abstratas e em imagens concretas, utilizando, respectivamente, de testes projetivos
importantíssimos como o de Rorschach e o TAT.

CONCLUSÃO

Os três artigos mostram a relevância dos testes para diagnósticos de casos


psicóticos, porém ressaltam a importância de haver mais pesquisas sobre uma
aplicação mais específica, com maior grau de confiabilidade e maior expansão
de grupos a serem analisados.
ANÁLISE PESSOAL

Com esse trabalho, foi possível confirmar que o diagnóstico psiquiátrico não é
simples, mostrando a necessidade de mais pesquisas direcionadas às pessoas
com esquizofrenia, como já ocorre fora do Brasil, assim possibilitando o
desenvolvimento de novas ferramentas e intervenções em relação a essa
doença.

Podemos definir esquizofrenia como: sequências de perturbações, onde os


pacientes relatam que seu sentimento, atos e pensamentos são compartilhados
sem sua pretensão, conhecimento e vontade.

O teste mais utilizado para auxiliar as pessoas a identificar essa doença é o


uso do Rorschach, conhecida como a técnica de manchas, porém sendo
necessário destacar a importância não somente de testes mas de outros
recursos, como: conversar com o paciente, antes de ter um diagnóstico.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DE ARAÚJO, Arão Nogueira; DO NASCIMENTO, Marion Alves; DE SENA,


Eduardo Pondé. Validade de critério e confiabilidade de uma proposta de
correção neuropsicológica dos desenhos da Casa-Árvore-Pessoa (H-T-P). Rev.
Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v. 15, n. 3, p. 330-336, set./dez. 2016. Disponível
em: <https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/23770/1/3-V.15%2c%20n.3.pdf>.
Acesso em: 22 de abr. 2021.
LUKASOVA, Katerina; ZANIN, Lívia Lemos; CHUCRE, Marcel Valois; DE
MACEDO, Gamaliel Coutinho; DE MACEDO, Elizeu Coutinho. Analysis of
exploratory eye movements in patients with schizophrenia during visual scanning
of projective tests' figures. Jornal Brasileiro de Psiquiatria., Rio de Janeiro, vol
59, p. 120-125 jun. 2010. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-
20852010000200007&lng=en&tlng=en. Acesso em: 22 de abr. de 2021.
ZUANAZZI, Ana Carolina; RIBEIRO, Rafaela Larsen. Testes projetivos na
avaliação psicológica da esquizofrenia: uma revisão da literatura. Est. Inter.
Psicol., Londrina , v. 6, n. 2, p. 71-91, dez. 2015 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-
64072015000200006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 22 abr. 2021.

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