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FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA

Cleonira Aparecida da Silva


Lilian Ottilia Kumpel
Luana dos Santos Foletto
Rogério da Silva Borgias Júnior

ESTUDO DIRIGIDO DE PSICOPATOLOGIA I


2o BIMESTRE

Santa Maria,
2021.
FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOPATOLOGIA I

Atividade
Nome: Cleonira Aparecida da Silva, Lilian Ottilia Kumpel, Luana dos Santos Foletto e
Rogério da Silva Borgias Júnior
Data: 12/07/2021 Valor: 5,0

1 – Com base no texto de J. Dor (A avaliação diagnóstica na clínica psicanalítica) discorra a


respeito da elaboração do diagnóstico estrutural explicitando seus principais aspectos. (1,5)

Segundo o referido texto, a elaboração do diagnóstico é para a psicanálise, desde seus


primórdios, algo complexo e difícil. A noção de diagnóstico na clínica psicanalítica é tratada
de forma diferente do que no modelo médico de forma geral. Freud diz que é muito difícil de
estabelecer um diagnóstico preciso na clínica psicanalítica, sem antes submeter o caso a uma
análise aprofundada. Por outro lado, é oportuno estabelecer um diagnóstico precocemente
para que se possa definir qual forma de tratamento seguir. No entanto, para se obter de fato
precisão e confirmação deste diagnóstico, é necessária uma análise mais aprofundada, a qual
demandará possivelmente, uma quantidade maior de sessões. Vê-se então a formação de um
paradoxo com relação à elaboração do diagnóstico.
O principal método utilizado na clínica psicanalítica para a obtenção de um
diagnóstico estrutural é a escuta, uma vez que a utilização de uma entrevista de anamnese
com formação semiestruturada é invalidade no meio psicanalítico. Este método consiste
principalmente no discurso do sujeito, o qual é livremente transmitido através da fala
(associação livre). Através do dizer são vistos seu conteúdo consciente e também
inconsciente, o qual é visto através de distorções do discurso, atos falhos, bloqueios. Com
isso, é possível compreender melhor a dimensão imaginária do cliente e até mesmo a origem
dos sintomas.
Esse diagnóstico é resultado de uma análise subjetiva do terapeuta acerca do discurso
do cliente. Apesar do caráter subjetivo do avaliador, este deve levar em consideração o
manejo de pontos estáveis durante o processo avaliativo. Lembrando que a avaliação
diagnóstica no campo psicanalítico possui aporte teórico e não se trata de um mero processo
sugestivo.
Diferente da clínica médica, na clínica psicanalítica não se dá uma ênfase demasiada
na relação causa e efeito durante a formação do diagnóstico, uma vez que pode haver uma
universalidade de variáveis ou fatores envolvidos. Logo, não se utiliza o método hipotético
dedutivo, estando em jogo à prudência do terapeuta, o qual não deve lançar mão de uma
psicanálise selvagem, evitando realizar generalizações precipitadas, concernentes ao conteúdo
obtido através da escuta.
Além disso, por mais que o tratamento utilizado na clínica psicanalítica utilize também
o diagnóstico como base, este não deve ser visto como um ponto crucial regente do
tratamento.

2 – Sobre a neurose obsessiva, explique de que forma se apresenta essa estrutura. (1,5)

3– Sobre a neurose de angústia, discorra a respeito dessa estrutura destacando os pontos


principais. (1,0)

A neurose fóbica é uma condição aonde se tem aquela sensação, sentimento intenso de
angústia. A angústia é um afeto comum na vivência das pessoas, nas estruturas, ela não se
restringe somente a neurose fóbica, também em alguns momentos é chamada de neurose de
angústia. Outra questão é a diferença que temos com a angústia e o medo. O medo se refere
ao medo de alguma coisa, sabemos o que está causando o medo. Exemplo: medo de andar de
avião, elevador, cachorro, altura etc.
A angústia não se distingue no sentindo que é um afeto que surge como um mal estar
geral. E não se sabe o que causa esse sentimento e nem o porquê. E uma das principais formas
de defesa desse sentimento é o deslocamento. Isto é o sentimento está deslocado de um objeto
para o outro. É importante destacar que esse sentimento que surge com muita força no fóbico
no momento que ele se limita na sua circulação, ele sai direcionado para o exterior. A
angústia nos dias atuais é chamada de pânico pelos psiquiatras.
4 – Discorra sobre a histeria de conversão, enfatizando o modo como se manifesta essa
estrutura. (1,0)

O que é?
Histeria de conversão, segundo Freud, descreve a presença de sintomas que afetam a
função sensorial e motora de um paciente. Por meio dela os especialistas indicam a existência
de uma doença neurológica ou condição sem comprovação objetiva. Alguns fatores
psicológicos estão associados com o surgimento desses sintomas ou déficit do paciente.
Foi em 1894 que a palavra “conversão” passou a ser utilizada no trabalho de Freud e
Josef Breuer. Segundo estudos, o termo passou a designar um sintoma motor que substitui
uma ideia reprimida. Freud e outros estudiosos acreditavam que as informações que estavam
distantes da consciência poderiam ser avaliadas por meio da hipnose.

Fatores de predisposição
Segundo estudiosos, eventos traumáticos na infância ou problemas estressores na vida
recente de alguém influenciam no aparecimento da histeria de conversão. Além disso, o
estresse que um paciente enfrenta diariamente ajuda na permanência dos sintomas sentidos.
Pessoas que são sugestionáveis podem desenvolver sintomas caso convivam com
pacientes com graves problemas neurológicos. Não somente a convivência com doentes, mas
também testemunhar experiências de transe sociais e religiosas, além de doenças somáticas.
Por fim, abusos físicos na história de alguém, sejam eles de natureza sexual ou não.

Manifestação física dos sintomas


Freud e Breuer revelaram que os sintomas da histeria de conversão são representações
dos conflitos psíquicos do paciente. A hiperssexualidade, inibição e sedução do indivíduo
foram convertidas e representadas por meio dessas manifestações.
Por causa dos conceitos psicanalíticos desses estudiosos que a compreensão do
psicossomatismo foi positivamente simplificada. Além disso, também se tornou fácil entender
o que acontece no psiquismo de pacientes somáticos, bem como significado dos sintomas.
Freud e Breuer determinaram que os sintomas da histeria podem surgir de várias
formas. A mais conhecida é a dor que, provavelmente, se justifica em bases orgânicas
adaptadas para fins neuróticos. Logo, os sintomas orgânicos do indivíduo não são
completamente de natureza histérica.

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