Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2ª edição
Palhoça
UnisulVirtual
2008
Por falar em distância, isto não significa que você estará sozinho.
Não esqueça que sua caminhada nesta disciplina também
será acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da
UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade,
seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Ambiente Virtual
de Aprendizagem - AVA. Nossa equipe terá o maior prazer em
atendê-lo, pois sua aprendizagem é nosso principal objetivo.
Equipe UnisulVirtual.
Design instrucional
Carmen Maria Cipriani Pandini
2ª edição
Palhoça
UnisulVirtual
2008
Design Instrucional
Carmen Maria Cipriani Pandini
Luiz Henrique Queriquelli (2ª edição)
ISBN 978-85-7817-058-5
Diagramação
Pedro Teixeira
Revisão Ortográfica
Rejane Martins
341.597
A48 Alves, Ana Cristina Borba
Sociologia do crime e da violência : livro didático / Ana Cristina Borba Alves ; design
instrucional Carmen Maria Cipriani Pandini, [Luiz Henrique Queriquelli]. – 2. ed.
– Palhoça : UnisulVirtual, 2008.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-058-5
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Palavras da professora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Bons estudos!
Ementa
Teorias da sociologia e criminologia. Aspectos sociológicos
dos crimes. O crime e a violência como fenômeno social.
Correlação entre crime, desigualdades e desemprego.
Crime e anomia. Violência legítima. Crime e violência na
sociedade contemporânea. A evolução da criminalidade.
Violência urbana. As explicações sociológicas para a
violência e a criminalidade na sociedade brasileira: causas
estruturais, políticas, institucionais e culturais. A sociologia
do crime e da violência e a atividade policial.
Objetivos
Estudar as escolas sociológicas do crime para
possibilitar uma visão mais aprofundada das
questões que circundam o crime.
Permitir uma visão contextualizada relacionando
a criminalidade não só com a figura do crime de
da pessoa do criminoso, mas, também, analisar
outras questões e pessoas envolvidas, como a
vítima e o controle social (informal e formal).
Conhecer a realidade socioeconômica brasileira e
sua possível correlação com a criminalidade.
Promover um espaço de conscientização acerca
da necessidade de um empenho e participação de
toda sociedade para combate à criminalidade e,
não apenas dos governantes.
4 créditos
Cronograma de estudo
Utilize o cronograma a seguir para organizar seus períodos
de estudo. E não esqueça de anotar as datas de realização das
atividades de avaliação.
Carga
Semanas Eventos Atividades Datas-chave
horária
Leitura da mensagem do tutor no mural e do plano
de ensino.
Início da disciplina
Atividades no AVA.
Atividades no AVA.
Atividades no AVA.
Avaliação a distância.
Atividades no AVA.
Avaliação presencial.
Avaliação presencial de 2ª chamada.
Avaliação presencial final (caso necessário).
13
Pensamentos Criminológicos
Objetivos de aprendizagem
Analisar e compreender o pensamento criminológico
a partir das várias tendências: biológicas, psicológicas,
psiquiátricas e sociológicas contextualizando nos
diversos momentos da ciência e da sociedade.
Seções de estudo
Seção 1 Momento pré-científico da criminologia.
16
Unidade 1 17
In: Introdução crítica ao estudo etapa científica da criminologia. Nesse período destacaram-se
do sistema penal: elementos algumas escolas que serão mencionadas nesta unidade.
para a compreensão da atividade
repressiva do Estado. Rogério Dutra Os dados das escolas que seguem foram escritos tendo como
Santos (Org.) Florianópolis: Diploma
Legal, 1999.
base a obra de Laisa Pavan. Algumas considerações sobre
“antecedentes” no art. 59 do Código Penal.
Fisionomistas
Essa corrente criminológica tem como precursor Della Porta
(1535-1616). Centravam seu estudo na aparência externa do
indivíduo e na sua expressão corporal. Por meio da observação e
análise em visitas a reclusos, prática de necropsia, dentre outros,
apregoavam que a partir dos dados fisionômicos de uma pessoa
pode-se deduzir seus caracteres psíquicos. O primeiro passo era
fazer um “retrato do criminoso”, ou seja, homem que apresentava
pele pálida, cabelo longo, grandes orelhas e olhos pequenos.
18
Penitenciaristas
A ciência penitenciária teve como pioneiros John Howard (1726-
1790), com a obra The state of prisions in England and Wales de
1777, e Bentham (1748-1832) com a obra Panóptico – prisão celular
de 1791.
Unidade 1 19
Frenologistas
Os frenologistas estudaram as diversas faculdades ou disposições
inatas do indivíduo fundados na conformação e protuberâncias
do crânio. Tentaram explicar o comportamento humano pela
malformação cerebral.
Antropologistas
Com essa corrente de pensamento criminológico surge
a idéia de que o criminoso é uma variedade mórbida
da espécie humana. Lucas (1808-1885) enuncia o
conceito de atavismo, referindo que a tendência criminal
é hereditária e já se encontra presente no individuo desde o
momento de seu nascimento.
20
A antropologia de Lombroso
Cesare Lombroso (1835-1909) inicia, com sua principal
obra L’uomo delinquente, a fase que chamou de científica da
criminologia, entretanto, numa classificação mais atual,
foi denominada como etapa semicientífica.
Unidade 1 21
22
Unidade 1 23
Vertente sociológica
A obra Sociologia criminal de Ferri surgiu em 1892 – sendo
que a primeira edição datava de 1880 –, acredita-se ter sido o
antecedente jurídico mais importante, um marco de uma ciência
jurídica, de conhecimentos e classificações que derivam do campo
antropológico e médico, contrapondo-se à chamada Escola
Clássica (ELBERT, 2003, p. 54.).
24
Gabriel Tarde, por sua vez, tem como um dos temas centrais de
sua obra a mudança da fenomenologia criminal em decorrência
das transformações sociais e da sucessão dos tipos de sociedade.
Não aceitou a tese de Durkheim da normalidade do crime. Sendo
o crime um fato social, o crime é ao mesmo tempo um fato anti-
social: “na mesma medida, argumenta, em que um cancro não
deixa de condenar à morte um organismo pelo fato de participar
da sua vida.” (DIAS; ANDRADE, 1992, p. 25).
Unidade 1 25
Von Liszt foi mais pragmático que teórico e centrou suas atenções
para “obter conhecimentos úteis para melhorar a práxis das
ciências penais, integradas em uma colaboração harmônica, além
das disputas teóricas em curso” (ELBERT, 2003, p. 62).
Análise científica da realidade criminal, dirigida à busca das causas do
crime, em lugar de uma contemplação filosófica ou jurídica desse, pois a
ótica jurídica, dogmática, é complementária, porém não substitutiva da
empírica; desdramatização e relativização do problema do livre-arbítrio,
o que conduz a um dualismo penal que compatibiliza as penas e as
medidas de segurança, baseadas, respectivamente, na culpabilidade e na
periculosidade; a defesa social apresenta-se como objetivo prioritário da
função penal, embora se acentue a importância da prevenção especial
(MOLINA; GOMES, 2000, p. 193).
26
Período humanitário
O período humanista tem como precursor Marques de
Beccaria – Cesar Bonesana (1764) – com a obra Dos
delitos e das penas, inspirado em Montesquieu e
Rosseau – Contratualismo e Racionalismo.
A Escola Clássica
As idéias fundamentais se baseiam no Iluminismo. Tem como
precursor Beccaria e seus principais sucessores: Carrara, com a
obra Programa di diritto criminale (1859), e Feurbach, com Tratado
sobre a gênese do Direito Penal (1801).
Unidade 1 27
A Escola Positivista
As idéias fundamentais da Criminologia Positivista se baseiam
no experimentalismo positivista de Augusto Comte (Filosofia),
no evolucionismo de Darwin e Lamarck. Tem como principais
nomes: Lombroso, com a obra L’uomo delinquente, de 1876;
Enrico Ferri, com a obra Sociologia criminal, datada de 1880; e
Garófalo, com a obra Delito natural.
28
Esta foi uma breve análise que teve por finalidade situar você no
contexto das teorias que definem ou redefinem o ser humano na
sociedade diante da “Sociologia do Crime, ou da Criminologia”.
Atividades de auto-avaliação
Unidade 1 29
Síntese
Saiba mais
30
Objetivos de aprendizagem
Analisar as contribuições da escola da Criminologia do
consenso
Compreender as contribuições da Escola da
Criminologia do Conflito
Seções de estudo
Seção 1 Criminologia do consenso.
A Escola de Chicago
Escola de Chicago: teoria ‘ecológica’ A Escola de Chicago é o berço da moderna Sociologia
e sociologia criminal urbana (Park; americana. Nela nasceram as teorias que vamos ver em seguida.
et al.). Outros modelos ‘espaciais’: Caracterizou-se por seu empirismo e por sua finalidade
estudos de áreas sociais e teoria
pragmática, isto é, pelo emprego da observação direta em
do defensible space (Newman).
(MOLINA; GOMES, 2000. p. 271-272). todas as investigações (da observação dos fatos são induzidas as
oportunas teses) e pela finalidade da prática a que se orientavam:
um diagnóstico confiável sobre os urgentes problemas sociais da
realidade norte-americana de seu tempo. Seus representantes
iniciais não eram sociólogos nem juristas, senão jornalistas,
predominando, em todo o caso, como setor de procedência, o
amplo espectro das ciências do espírito”
32
Unidade 2 33
Veja que o abandono das religiões que tinham sua base fundante
no cristianismo, que segundo Disraelli, proclamava o amor
ao próximo, na moderna sociedade formada em Chicago, não
mais existia, eis que o individualismo iniciava seu reino (DIAS;
ANDRADE, 1992, p. 269).
34
Com base nessa divisão Shaw e Mckay, com acesso aos registros
policiais, fizeram estudo de 60 mil casos individuais entre
1900/1940 (DIAS; ANDRADE, 1992, p. 276).
Unidade 2 35
36
Unidade 2 37
38
Teoria da anomia
Durkhein, Merton, Cloward e Ohlin seguem com a
Teoria da anomia (ausência de normas) que radica a
explicação do crime no defasamento entre a estrutura
cultural e a estrutura social. A primeira impõe a todos
os cidadãos a prossecução dos mesmos fins e prescreve
para todos os mesmos meios legítimos. A segunda
reparte desigualmente as possibilidades de acesso a esses
meios e induz, por isso, o recurso a meios ilegítimos
(DIAS; ANDRADE, 1992, p. 36).
Unidade 2 39
40
Surgiu nos anos 60, nos EUA, tendo como principais autores:
Beckers – Outsiders (1963), Lemert – Social pathology e Goffman
– Asylums (1961) (Manicômios, prisões e conventos). Foi o marco
inicial da Sociologia do Conflito na área da Criminologia.
Unidade 2 41
Segundo Becker,
42
Unidade 2 43
44
Para ser rotulada de criminosa, uma pessoa precisa somente (BECKER, Howard S. Uma
cometer uma infração criminosa, e isso é tudo a que o termo teoria da ação coletiva.
Trad. Márcia Bandeira
formalmente se refere. Entretanto, a palavra traz várias de Mello Leite Nunes.
conotações que especificam traços auxiliares característicos de Rio de Janeiro: Zahar
qualquer portador do rótulo. Presume-se que um homem que Editores1977. p. 79-80)
tenha sido condenado como arrombador e, portanto, rotulado Ou seja, eles não podem
como criminoso, é provavelmente uma pessoa que arrombará ou, ainda, segundo a
definição de Feest e
outras casas; a polícia, ao prender infratores conhecidos para Blankenburg, “sistemas
investigação, após um crime haver sido cometido, opera com base de representações,
nessa premissa. Além disso, considera-se que ele provavelmente parcialmente
cometeu outros tipos de crimes também, porque mostrou ser uma inconscientes e
pessoa sem “respeito pela lei”. grandemente
contraditórias entre si,
que orientam as pessoas
na sua actividade [sic]
h) Audiências sociais – a que estão submetidas as pessoas que quotidiana”. (DIAS;
ANDRADE, 1992, p. 348).
cometem crimes.
Unidade 2 45
i) Profecia-que-a-si-mesma-se-cumpre – na compreensão do
modelo explicativo do labeling, que pretende identificar os fatores
que levam a uma “estigmatização com sucesso”, acaba-se por
identificar o que há de mais perverso no sistema criminal ao qual
o indivíduo é inserido, ou seja, a questão da introjeção dentro de
si da figura do delinqüente. É que ele próprio acaba por se achar
delinqüente a partir da construção de sua nova auto-imagem
e, a partir daí, acaba reagindo do modo com que o outro lhe
vê, ou seja, assimila, introjeta e assume dentro de si a figura do
delinqüente, dando uma resposta às audiências sociais, por isso, é
uma profecia que a si mesmo se cumpre.
46
Uma das principais críticas sofridas pela teoria foi a de que não
explica a primeira desviação, mas somente a secundária. Ignora,
pois, as causas primeiras da criminalidade. Criou-se, ademais,
um certo determinismo de reação social.
Unidade 2 47
A criminologia radical
O principal postulado da criminologia radical é negar a definição
de crime, pois, aceitá-la seria admitir que o direito é neutro.
48
Unidade 2 49
Atividades de auto-avaliação
50
Síntese
Saiba mais
Unidade 2 51
O policiamento comunitário
como alternativa à Segurança
Pública
Objetivos de aprendizagem
Reconhecer a importância da comunidade
para a Segurança Pública e analisar o que é de
responsabilidade de todos na promoção do bem-estar
social.
Seções de estudo
Seção 1 Segurança: objetivo das pessoas e da
comunidade
Você viu que a segurança pública, por sua vez, vem se tornando
a grande preocupação das pessoas, pois os problemas enfrentados
até então por metrópoles e grandes centros urbanos vem se
tornando uma realidade na vida de todo cidadão comum.
54
Unidade 3 55
56
Unidade 3 57
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§1º - A polícia federal, instituída por lei como órgão
permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social
ou em detrimento de bens, serviços e interesses da
União ou de suas entidades autárquicas e empresas
públicas, assim como outras infrações cuja prática
tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos
nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia
judiciária da União.
§ 2º - A polícia rodoviária federal, órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das rodovias federais.
§ 3º - A polícia ferroviária federal, órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais.
58
Unidade 3 59
60
Unidade 3 61
62
Unidade 3 63
64
Unidade 3 65
66
Veja o que diz FELTES (1998, p.19) sobre isso. Ele ensina que o
combate ao crime é responsabilidade de todos:
Unidade 3 67
68
Unidade 3 69
Fica claro, assim, o quanto cada cidadão pode fazer pelo bem-
estar de sua comunidade, a começar pela sua própria família,
colaborando com a polícia na busca de informações e mecanismos
de interação mútua, visando oferecer segurança, bem como fazer
parte da recuperação das condições de vida do bairro e trabalhar
pela paz social.
70
Unidade 3 71
72
Unidade 3 73
Atividades de auto-avaliação
Síntese
74
Saiba mais
Unidade 3 75
A gramática da exclusão/
inclusão e a realidade
socioeconômica brasileira
Objetivos de aprendizagem
Analisar e compreender o processo de exclusão/inclusão
considerando os aspectos históricos da sociedade.
Seções de estudo
Seção 1 Exclusão/inclusão: processos complexos.
78
Unidade 4 79
Jailson de Souza e Silva a respeito A exclusão, assim, além de toda ausência de bens materiais de
refere que esse efeito perverso consumo que provoca, cria no indivíduo uma sensação de fracasso
ocorreu devido ao fato de que a
pessoal, na medida em que o responsabiliza pessoalmente por sua
responsabilidade pelo fracasso
social fora transferida ao indivíduo. pobreza, por não ter conseguido ascender socialmente. Produz,
(SILVA, Jailson de Souza e. Por que ainda, uma estigmatização do excluído. O estigma de um sujeito
uns e não outros: caminhada de desqualificado, que marca feito cicatriz.
jovens pobres para a universidade.
Rio de Janeiro: 7Letras, 2003. p. E, em decorrência disso, surge a figura de um Estado
158.) assistencialista que, segundo Vera Telles, faz com que os direitos
sejam transformados em ajuda, em favores (TELES, apud
SAWAIA, 2001, p. 24).
80
Hauteville-House, 1862
Prefácio de Victor Hugo à sua obra “Os miseráveis”
Unidade 4 81
82
Unidade 4 83
Prossegue ainda dizendo que tal princípio não pode ser admitido
“senão na intimidade do princípio da legalidade, pois jamais uma
suposta busca de eficiência justificaria postergação daquele que é
o dever administrativo por excelência.” (Ibid., p. 112).
84
Unidade 4 85
86
Unidade 4 87
Esse êxodo rural faz com que as pessoas que chegam do campo
integrem as engrenagens produtivas de forma desigual.
88
Unidade 4 89
Jock Young escreve que por meio de uma série de medidas cria-
se uma fronteira clara entre o grupo nuclear (incluídos no espaço
urbano) e os de fora (excluídos do espaço urbano).
90
Os de fora
O grupo dos que estão fora vira bode expiatório para os problemas da
sociedade mais ampla: eles são uma subclasse, que vive no ócio e no
crime. Suas áreas são a morada de mães solteiras e pais irresponsáveis,
sua economia a da droga, da prostituição e do comércio de objetos
roubados. Eles são as impurezas sociais do mundo moderno recente, que
David Sibbley, em seu eloqüente Geographies of exclusion (Geografias
de Exclusão) (1995), vê como vítimas de geografias de saneamento
e moralização reminiscentes dos reformadores do século XIX. Mas a
diferença dos reformadores do final do século XIX até a década de 1960, o
objetivo não é eliminar fisicamente suas áreas e integrar seus membros no
corpo político, é manter à margem e excluir. (YOUNG, 2002, p. 40-41).
Unidade 4 91
92
Unidade 4 93
94
Unidade 4 95
96
Unidade 4 97
Não se deve olvidar que a política neoliberal, que está por trás
de uma sociedade de consumo, não se construiu sem um alto
preço a pagar pelas classes dominadas, pois uma das maiores
conseqüências da política neoliberal é a exclusão. Exclusão do
acesso aos bens de consumo, exclusão do emprego, inclusão do
subemprego, aliás, conforme diz Maura Pardini Bicudo Véras
(apud SAWAIA, 2003, p. 43),
98
Unidade 4 99
Unidade 4 101
102
Unidade 4 103
104
Unidade 4 105
Atividades de auto-avaliação
106
Síntese
Saiba mais
Unidade 4 107
113
114
115
Unidade 1
É importante verificar que a análise sobre o criminoso, não
são neutras, mas trazem diferentes entendimentos sobre
as razões da criminalidade. Note que em cada notícia pode
conter diferentes interpretações.
Unidade 2
Merton afirma que a sociedade americana não oferece
caminhos legais para que os cidadãos ascendam socialmente.
Dessa forma, favorece a prática de condutas irregulares. Na
sociedade brasileira, essas oportunidades também não estão
colocadas, dessa maneira há um campo fértil para as práticas
irregulares.
Unidade 3
A resposta à questão desta unidade é pessoal e vai depender
de suas inferências sobre à questão pontuada.
Unidade 4
Resposta pessoal