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Valor
Valor
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
Depósitos
Crédito Crédito
Valor
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Porém, um de seus amigos é muito rico e conhecido na cidade, então ele tira um
papel do bolso e escreve “Me comprometo a pagar 300 reais por esse papel”,
assinando o nome dele embaixo. Esse seu amigo se chama Banco.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
O dono do bar conhece esse sujeito e confia nele, logo o papel é aceito como meio
pagamento. Você e seus amigos vão embora com a conta paga...
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Esse papel circula na economia como se fosse moeda, até alguém ir bater na porta
do Banco e pedir 300 Reais em espécie. O Banco tira 300 Reais de um cofre e
re-compra o papel. Em seguida, o papel é rasgado.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Você deve ter notado algo interessante. O Banco criou moeda quando assinou
aquele pedaço de papel, que circulou na economia junto com as cédulas do
governo. Quando o papel foi recomprado e rasgado, os 300 Reais foram removidos
da economia. Moeda foi criada e destruída ao longo dessa história.
Exemplo 2: Imagine agora que o Banco não é seu amigo, e que você tenta pagar a
conta com um papel assinado por você mesmo, mas o dono do restaurante recusa e
diz que só aceita papéis assinados pelo Banco ou pelo governo.
Então você vai até a mesa em que o Banco está e pede 300 reais de crédito.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
O Banco te pede para assinar um papel dizendo que você se compromete a pagar
300 reais de volta em 30 dias, ou haverá cobrança de juros.
Em troca desse papel que você assinou, o Banco assina um segundo, igual ao do
exemplo 01, no qual ele se compromete a pagar 300 reais ao portador.
Você fica com o papel do Banco, enquanto o Banco fica com o seu papel.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Os papéis que o Banco assina são aceitos como meio de pagamento na economia.
Os papéis que nós assinamos não são aceitos como meio de pagamento.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Você paga a conta do restaurante usando o papel assinado pelo Banco. Ou seja,
você deve 300 reais ao Banco, e o Banco deve 300 reais ao dono do restaurante.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
No final do mês, após receber seu salário, você re-compra seu papel que está em
posse do Banco. Em seguida, você rasga o papel e sua dívida é considerada paga.
(Note que o papel do banco continua circulando na economia)
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Você também poderia pagar sua dívida usando um papel do próprio banco (ou de
outro banco). Bastaria juntar 300 reais em papéis bancários e trocar eles pelo papel
que você mesmo assinou. Esse processo iria destruir 300 reais.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Uma dívida foi quitada com outra dívida. Se o banco te deve 300 reais e você deve
300 reais para o banco, uma dívida cancela a outra. Isso é extremamente comum na
economia moderna, visto que crédito é criado e destruído a todo o momento.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Isso pode parecer uma burocracia enorme porque no exemplo foram utilizados
papéis físicos assinados. No dia a dia, esses papéis existem em forma digital, sendo
automaticamente criados quando você usa o cartão de crédito, faz um
financiamento, pega um empréstimo, usa o cheque-especial, etc.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
O crédito bancário cria dois pares de ativos e passivos. Quando Flávio usa o cartão
de crédito para pagar 1000 reais à Maria, o banco cria +1000 reais em depósitos
para Maria e -1000 em depósitos para si mesmo. O banco também cria -1000 reais
em dívidas para Flávio e +1000 para si. O somatório é sempre zero.
No final do mês, Flávio recebe 2000 reais de salário, que é transferido de outro
banco. Isso significa que o banco de Flávio recebeu 2000 reais em reservas no
Banco Central e, em troca disso, aumentou o saldo de Flávio em 2000 reais.
+ 3000 – 3000
+ 2000
Reservas
– 1000 Depósitos + 1000
Depósitos
Dívidas Dívidas Depósitos
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Em seguida, Flávio usa 1000 reais de sua conta para pagar a dívida. O banco
cancela aquilo que Flávio devia para ele e aquilo que ele devia para Flávio. Perceba
que nenhum dinheiro foi transferido para o banco… a moeda desapareceu.
+ 2000 – 2000
+ 1000 Depósitos
Reservas
Depósitos + 1000
Depósitos
Depósitos Dívidas Dívidas Depósitos
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Recapitulando
1. Depósitos são passivos do banco
2. …e ativos dos clientes
3. Dívidas são passivos dos clientes
4. …e ativos dos bancos
5. Tomar crédito cria moeda
6. Pagar dívidas destrói moeda
7. Bancos não emprestam dinheiro!
Como funciona a moeda bancária (escritural)
+ 50 m + 50 m – 50 m
Depósitos Reservas Depósitos
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
1 Depósitos 1
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Suponhamos que Maria tenha comprado 150 mil em aplicações financeiras com o
mesmo banco. Isso significa que Flávio paga juros ao banco e o banco paga juros à
Maria. A diferença entre os dois ( A – B ) é o lucro do banco.
Recapitulando
1. Bancos criam crédito
2. O crédito é uma moeda privada
3. Os depósitos são ativos dos clientes
4. … mas são passivos do banco
5. Nossas dívidas são ativos do banco
6. O lucro do banco é o spread
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Tecnicamente falando, o banco não empresta. Na verdade, o banco cria crédito, que
é uma dívida em nome dele mesmo. O seu saldo bancário nada mais é do que um
cheque digital assinado pelo banco, com a promessa de que você pode:
Quando um banco não tem moeda para pagar os clientes, dizemos que ele está
ilíquido, mas isso não significa estar falido. O banco pode simplesmente pegar
emprestado de outros bancos ou do próprio banco central para acertar suas contas.
Se o banco buscar fundos no Banco Central, ele recebe reservas recém criadas e/ou
cédulas recém impressas, porém fica devendo para o Banco Central.
Dívidas
Dívidas
A prazo A prazo
Reservas Reservas
Dívidas
Dívidas Reservas Reservas À vista À vista
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Se o banco-A buscar fundos com o banco-B, o banco-B irá transferir reservas para o
banco-A. Em troca disso, o banco-A fica devendo para o banco-B.
Dívidas
Dívidas
A prazo A prazo
Dívidas Reservas
Dívidas
Reservas Reservas À vista À vista
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Dívidas
Dívidas
A prazo A prazo
Dívidas Reservas
Dívidas
Reservas Reservas À vista À vista
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Dívidas
A prazo A prazo
Dívidas
A prazo A prazo
Reservas Dívidas
À vista À vista
Ativos Passivos Ativos Passivos
Banco Clientes
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Insolvente!
Perdas
Passivos
Ativos
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Como explicado até o momento, os bancos criam o crédito primeiro, depois buscam
os fundos para cumprir as normas do Banco Central. Sendo assim, por que o banco
às vezes cria crédito e outras vezes não?
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Quando um banco cria crédito, isso é sempre feito em troca de alguma coisa. É
necessário que haja um cliente solicitando crédito para que o banco possa criar
moeda escritural. Inicialmente esse processo aumenta os ativos e passivos do
banco em quantidades iguais, mas conforme os juros são adicionados, os ativos
aumentam mais que os passivos, gerando lucro para o banco.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Dívidas
Dívidas
de
do banco
clientes
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Juros Lucro
Dívidas
Dívidas
de
do banco
clientes
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Porém, quando o banco recebe um calote, isso deleta ativos de seu balanço, porém
NÃO altera seus passivos! Se um banco criar crédito de maneira inconsequente, a
desvalorização de seus ativos pode resultar em um estado de insolvência (falência).
Insolvente!
Perdas
Passivos
Ativos
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Ativos
Passivos
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Recolhimento de Compulsórios
Percentagem dos passivos que devem ser cobertos com reservas. Caso o
compulsório para depósitos à vista, depósitos a prazo e poupanças seja 20%, o
banco deve ter 20 centavos para cada 1 real nesses montantes.
Ativos
Passivos
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Recolhimento de Compulsórios
115
100
100 Dívidas
Depósitos 100
15
15 Reservas 15 Reservas
Ativos Passivos Ativos Passivos
Banco Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Recolhimento de Compulsórios
115
100
100 Dívidas
Depósitos 100
15 Reservas
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Recolhimento de Compulsórios
120
105
Dívidas 5
100 Dívidas
Depósitos 100
20 Reservas
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Recolhimento de Compulsórios
O banco está dentro da norma do compulsório, porém ainda está fora da norma de
Liquidez de Curto Prazo.
120
105
Dívidas 5
100 Dívidas
Depósitos 100
20 Reservas
Ativos Passivos
Banco
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Estabelece que o banco deve ter fundos para cobrir todos os saques e transferências
previstos para os próximos 30 dias. Caso 80% dos 100 mi em depósitos à vista
tenham previsão de saque, o banco precisa de mais 60 mi em ativos líquidos.
120
105
Dívidas 5
100 Dívidas
Depósitos 100
20 Reservas
Ativos Passivos
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Três exemplos de ativos líquidos são moeda, reservas e títulos públicos. Sendo
assim, o banco precisa aumentar seus ativos líquidos, ou reduzir seus passivos de
curto prazo, ou uma combinação de ambos.
120
105
Dívidas 5
100 Dívidas
Depósitos 100
20 Reservas
Ativos Passivos
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Para reduzir seus passivos de curto prazo, o banco vende aplicações financeiras
aos seus clientes. Convertendo depósitos à vista em depósitos a prazo com data de
resgate superior a 30 dias. Agora o banco tem 80% dos saques previstos cobertos.
Opção 1
120 120
105 105
Reduzir passivos
Dívidas 5 Dívidas 5
de curto prazo
100 Dívidas 100 Dívidas
A prazo 75
Depósitos 100
20 Reservas 20 Reservas À vista 25
Ativos Passivos Ativos Passivos
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Para aumentar ativos de alta liquidez, o banco vende ativos de baixa liquidez para
outras instituições financeiras em troca de moeda, reservas ou títulos públicos. Agora
o banco tem 80% dos saques previstos cobertos.
Opção 2
120 120
105 105
Aumentar ativos de
Dívidas 5 40 Dívidas Dívidas 5
alta liquidez
100 Dívidas
Para aumentar ativos de alta liquidez, o banco também pode pegar ainda mais
reservas emprestado. Porém, essa é a forma menos lucrativa para o banco.
180
165
Opção 3
120
105 100 Dívidas Dívidas 65
Buscar reservas
Dívidas 5
emprestado
100 Dívidas
Não existem limites fixos para a quantidade de crédito que um banco pode criar. Os
limites são indiretos, na forma de risco e custo. A chance de calote representa um
risco para o banco, que irá definir quanto a instituição está disposta a ficar exposta.
Enquanto isso, as normas prudenciais representam um custo, visto que o banco
precisa pagar juros aos clientes, aos outros bancos, ou ao Banco Central para
cumprir os requisitos mínimos.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Não existem limites fixos para a quantidade de crédito que um banco pode criar.
Os limites são indiretos:
Risco de calote
Custo do crédito
Custo para cumprir normas prudenciais
Recapitulando
Recapitulando
1. Bancos seguem normas prudenciais
2. Bancos não precisam de fundos…
3. …pois o crédito cria a moeda.
4. Iliquidez é falta de moeda
5. Insolvência é ter patrimônio negativo
6. Calotes destroem ativos dos bancos
7. Spread é a diferença entre juros
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Bancos privados atendem aos interesses de seus acionistas, visando obter lucro
através da criação de crédito às famílias e empresas, além de comprar títulos
públicos e outros ativos. Seu objetivo é maximizar juros, dividendos, aluguéis, etc.
Bancos públicos devem atender aos interesses do país, criando crédito para as
atividades que a população julgar merecedoras. Os lucros dos bancos públicos
podem se tornar receita do governo, reduzindo a necessidade de cobrar impostos.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Bancos públicos não podem ir à falência, pois sempre podem ser resgatados pelo
governo e sua capacidade de criar moeda estatal. (Se um banco público ir à falência,
isso é uma escolha política)
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Banco privados não têm interesse em renegociar dívidas, a não ser quando outras
alternativas sejam esgotadas.
Bancos públicos podem renegociar dívidas caso a economia esteja em crise, visto
que não existem interesses privados que serão afetados. Como o “credor” do banco
é a própria sociedade, as dívidas da sociedade são perdoadas pela sociedade.
Como funciona a moeda bancária (escritural)
Aquilo que o governo deixa de gastar através do tesouro nacional passa a ser
criado na forma de crédito pelos bancos públicos.
Como funciona a economia do crédito
Porém, a moeda não circula igualmente na economia, de forma que alguns setores
da sociedade (Grupo A) ficam com excedentes enquanto outros (Grupo B) ficam com
falta. Caso todas as dívidas públicas e privadas fossem pagas, não haveria moeda.
Juros Juros
Juros Juros
Porém, isso não é suficiente para pagar os juros que surgiram no sistema.
Essa poluição financeira vai continuar existindo e gerando mais juros sobre juros até
que ocorra um calote, ou até que uma fonte crie nova moeda na economia.
Essa fonte pode ser outro banco, que cria mais crédito.
Dívidas
Juros Dívidas Depósitos Depósitos Juros
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Essa fonte pode ser o governo, que cria moeda por meio do gasto público.
O próprio banco pode criar depósitos em quantidade similar aos juros que tem a
receber e utilizar essa moeda bancária para comprar ativos na economia. Porém,
isso é um risco para o banco…
Depósitos
Valor Depósitos
Juros Depósitos Valor Juros
Ativos Passivos Ativos Passivos
Banco Grupo B
Como funciona a economia do crédito
Se os juros não forem pagos e banco não conseguir vender os ativos comprados no
passo anterior por um valor capaz de quitar suas obrigações, o banco se torna
insolvente. Seus ativos são inferiores aos seus passivos!
Calote!
Juros
Reservas Depósitos Depósitos Juros
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Depósitos Depósitos
à prazo à prazo
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
à vista à vista
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
à prazo à prazo
Note que agora não existe moeda na economia para pagar os juros nem mesmo as
amortizações, visto que toda a moeda que foi criada anteriormente (os depósitos à
vista) foi congelada na forma de depósitos à prazo.
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
à prazo à prazo
O Grupo-A pode usar seus lucros financeiros com os juros para extrair valor do
grupo-B constantemente, sem que as dívidas jamais sejam pagas. A cada ciclo de
pagamento de juros, os credores tomam valor dos devedores.
Juros (b)
Juros (a) Juros (b) Juros (a)
Depósitos
Depósitos à prazo
Dívidas Dívidas
à prazo
Valor Valor
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Outra forma da economia “pagar” os juros é se ainda mais dívidas forem criadas, de
forma que dívidas novas sejam feitas para pagar dívidas velhas. Se as dívidas novas
forem vendidas como ativos financeiros, o problema aumenta…
Caso o grupo-A continue reciclando os juros que recebe e comprando cada vez mais
ativos financeiros portadores de juros, a tendência é que o volume de dívidas na
economia se torne maior, assim como o custo de manter essas dívidas (juros).
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
à prazo à prazo
Esse efeito, chamado de savings glut of the rich, ou, inchaço de poupança dos ricos,
significa que o topo da pirâmide é sustentado pelos juros da parcela deficitária.
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
à prazo à prazo
Esse ciclo de pagamentos de juros alimenta uma classe de parasitas financeiros que
se apropriam do valor gerado pela sociedade.
Juros (b)
Juros (a) Juros (b) Juros (a)
Depósitos
Depósitos à prazo
Dívidas Dívidas
à prazo
Moeda
Valor Valor
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Juros (b)
Juros (a) Juros (b) Juros (a)
Depósitos
Depósitos à prazo
Dívidas Dívidas
à prazo
Dólares
Valor Valor
Ativos Passivos Ativos Passivos Ativos Passivos
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
à prazo à prazo
A espiral inflacionária nesse caso pode ser entendida como uma economia tentando
postergar uma crise de dívidas. Caso os bancos parem de criar crédito e o governo
pare de gastar, as dívidas se tornam impagáveis e a economia entra em crise.
Depósitos Depósitos
Dívidas Dívidas
à prazo à prazo
Recapitulando
1. Poupanças congelam moeda
2. Dívidas se cancelam
3. Juros multiplicam desigualdade
4. Juros são perda de poder de compra
5. Inflação vs. Juros
6. Devedores vs. Credores
7. Superprodução de capital fictício
Como funciona a economia do crédito
Bancos públicos e gastos estatais são uma maneira de manter a economia longe de
crises. Como explicado anteriormente, o déficit do governo cria moeda.
Como funciona a economia do crédito
Juros Juros
Ao invés de vender aplicações financeiras, o banco público pode criar crédito para o
governo, lastreado nos juros que estão para ser recebidos. Isso significa que o banco
cria um ativo e um passivo para si mesmo.
Depósitos
Esse saldo é gasto pelo governo através dos bancos públicos, injetando moeda na
economia de forma que agora existe saldo o suficiente para que os juros sejam
pagos. Isso reduz a violência dos ciclos econômicos e evita a inflação de dívidas.
Depósitos
A mesma estratégia pode ser feita em menor escala por bancos comunitários.
Principalmente aqueles que possuem moeda própria. Esses bancos são gerenciados
pela própria comunidade na qual atua.
Depósitos
Se quiser saber mais sobre bancos comunitários com moeda própria, veja:
https://bancopalmas.com/ ou https://bancomunicipal.org/
https://www.institutobancopalmas.org/rede-brasileira-de-bancos-comunitarios/
Recapitulando
Recapitulando
1. Bancos públicos tem função social
2. Bancos comunitários como opção
3. Gastos permitem pagar dívidas
FONTES
6. Outras fontes
FONTES
Andrew Berkeley, Josh Ryan-Collins, Richard Tye, Asker Voldsgaard, Neil Wilson; 2022;
The self-financing state: An institutional analysis of government expenditure, revenue collection and debt
issuance operations in the United Kingdom
Fabiano A S Dalto, Enzo M Gerioni; Júlia A Omizzolo; David Deccache; Daniel Conceição; 2020;
Teoria Monetária Moderna: a chave para uma economia a serviço das pessoas
LEI Nº 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964 (Art.8 par. único; Art. 10 inciso V, Art. 11 inciso II)
Como o Banco Central cumpre a função de “prestamista de última instância”, oferecendo reservas aos
bancos comerciais. (Os lucros desses empréstimos viram receita do governo):
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4595.htm
Regra de Primário, que impõe a necessidade de se contingenciar despesas, por meio da limitação de
empenhos e movimentações financeiras, com o propósito de cumprir a meta de resultado primário fixada na
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em conformidade com os dispositivos da Lei Complementar no
101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelecida no ano 2000. Anualmente, a Lei Orçamentária fixa
uma meta de resultado primário, ou seja, o resultado da subtração de receitas esperadas e despesas
autorizadas, excluindo pagamentos de juros e amortizações da dívida pública
FONTES
Novo Regime Fiscal, fixado pela Emenda Constitucional no 95/2016, convertida nos arts. 107 a 114 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da CF/1988, que fixou um teto congelado em termos
reais para as despesas primárias para vigorar pelo período de duas décadas, de 2017 a 2036.2. Conhecido
como teto de gastos - O Novo Regime Fiscal previu, por até vinte anos, correção das despesas apenas pela
inflação de doze meses acumulada até junho do exercício anterior ao que se refere a lei orçamentária.
FONTES
6. Outras fontes
6. Outras fontes
Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, de Setembro 2021 (Pág. 13, tabela 2.4)
Em Setembro de 2021, os títulos públicos estavam: 31% em instituições financeiras, 23% em fundos de
investimentos, 22% em previdências, e 10% com não-residentes.
https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO:41762
6. Outras fontes
Custo ao tesouro nacional em 2021 para pagamento de juros dos títulos públicos:
https://www.portaltransparencia.gov.br/despesas/programa-e-acao?paginacaoSimples=true&tamanhoPagina=&offset=&direcaoOrdenacao=as
c&de=01%2F01%2F2021&ate=31%2F12%2F2021&programa=0905&colunasSelecionadas=linkDetalhamento%2CmesAno%2Cprograma%2
Cacao%2CvalorDespesaEmpenhada%2CvalorDespesaLiquidada%2CvalorDespesaPaga%2CvalorRestoPago