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Estrutura:
➢ Introdução/Tese – apresentação clara da
ideia/opinião que se quer defender
➢ Desenvolvimento/Corpo argumentativo –
apresentação das razões que justificam e
sustentam a tese.
➢ Conclusão – demonstração clara da tese
defendida.
Sermão de Santo António aos Peixes Antes de regressar a Lisboa, lança O Sermão de Santo
António, denunciando os comportamentos corruptos
O século XVII é uma época de grandes crises a nível dos colonos do Maranhão.
europeu e nas terras colonizadas:
• Europa- tempo de crise generalizada; poder Não sendo bem aceite em Portugal nem no Brasil parte
da Inquisição; lutas religiosas. para Itália e morre aos 89 anos cego e quase surdo, mas
• Portugal- progressivo aumento do poder da isso não o impedira de escrever os seus sermões.
Inquisição.
• Brasil- Exploração dos Índios brasileiros, ➢ Objetivos da eloquência (docere, delectare,
vítimas de ganância por parte dos colonos movere)
brancos; obtenção de medidas favoráveis aos
jesuítas e aos Índios. O objetivo principal do sermão é levar os fiéis a
reconhecerem os seus erros e a alterarem os
O final do século XVI foi marcado, a nível religioso, comportamentos.
pela reação violenta da Igreja Católica à Reforma
Protestante. Objetivos do Sermão:
Deu-se o aparecimento de um fulgurante estilo • Docere (educar/ensinar) - conseguida através de
arquitetónico destinado a impressionar os católicos citações bíblicas e de autores da Igreja ou de
indecisos, o Barroco- a arte barroca está ao serviço obras clássicas: Fazer a “divulgação do Evangelho”
dos ritos da Igreja. e expor “alguns conceitos doutrinais”.
As Igrejas tornam-se assim locais de fausto e de luxo, • Delectare (agradar)- Fascinar, dar prazer-
ricamente ornadas. concretizado através de um discurso ricos em
A arte Barroca é conhecida pela elegância e exagero. recursos expressivos (alegoria, metáfora,
comparação, antítese, enumeração, gradação,
interjeição);
➢ Biografia da vida de Padre António Vieira: • Movere (persuadir, levar à adoção de
determinados comportamentos) - função critica e
Padre António Vieira nasceu em Lisboa tendo ido moralizada, baseada na argumentação bem
para o Brasil, com os pais, aos 6 anos de idade, onde construída, recorrendo a elementos de
ser tornou o “pai grande” dos Índios, definiu este autoridade, como exemplos bíblicos, e um
povo como difícil e defendeu os seus direitos. discurso apelativo, repleto de recursos como a
O contato direto com os Índios nos sertões apóstrofe, interrogação retórica e frases
brasileiros e o seu fundamentado conhecimento exclamativas e imperativas.
proporcionaram-se uma nova visão do ser humano,
que determinará a sua ação empenhada na defesa Padre António Vieira vai censurar o comportamento
dos direitos dos índios e que lhe trará muitos dos colonos portugueses no Maranhão e defender os
desgostos com os colonos. direitos dos Índios.
Aprendeu a ler e a escrever no Colégio do Jesuítas e
em 1633 estreou o Pulpito.
Tornou-se conselheiro do rei D.João V e aos 73 anos
ficou livre da Aquisição.
Foi um homem muito culto, escrevendo 200 sermões
e 500 cantos e gostava muito de viajar, explorando
diversos países da Europa.
Estrutura do Sermão
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exemplo para tornar a obra de Padre António Vieira o L23-37: A corrupção não diminuiu, aumentou.
mais plausível e fiável possível. Qual a atitude dos Homens ao ouvir o sermão?
Os pregadores chegam a S.Luís de Maranhão e tentam
➢ “Pregado na cidade de S.Luís do Maranhão no evitar a corrupção.
ano de 1654 ”- Brasil (nordeste brasileiro) onde o Padre O povo está a ser corrompido.
António Vieira observou tudo Os clones portugueses vão para o Brasil com o objetivo de
➢ “alegórico” - tem muitas metáforas. ficarem lá e desenvolverem a região, mas quando chegam
lá vêm que é uma terra rica e deixaram de lado os seus
Pregado a 7 de Junho - Dia de Santo António objetivos.
Santo António ≠ Padre Santo António Convertem-se em pessoas gananciosas (que vão atras da
O Padre Santo António inspirou-se no Santo António riqueza), explorando os Índios (seres dóceis que não
para escrever o Sermão. tinham grande resistência, não tinham rendimento e não
eram trabalhadores).
-(L1-2)- “ (…) falando com os Pregadores, “sois o sal da Quando o Santo António fez o Sermão, o povo virou-se
terra” (…) quer que façam na terra o que faz o sal. encontra ele, então ele deixa de se virar para os Homens
O Padre António Vieira dirige-se aos pregadores e diz e fala com para os peixes (mar)- Padre António Vieira
que são o sal da Terra pois estes não estão a cumprir o acha que é o melhor que se há de fazer, então segue o
seu dever nela. exemplo.
-(L4-13) A causa da corrupção continua porque: Solução que Santo António arranja:
- “ou é porque o sal não salga” – ou é porque os ➢ Mudou de púlpito;
pregadores não estão a cumprir o seu trabalho (pregar); ➢ Mudou de auditório.
- “ou porque a terra se não deixa salgar” - ou porque o
povo não se deixa influenciar; “Deixa as praças, vai-se às praias; deixa a terra, vai-se ao
- “os Pregadores não pregam a verdadeira doutrina” mar, e começa a dizer a altas vozes: Já que não me querem
- “(…) os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina, (…) a não ouvir os Homens, ouçam-me os peixes. (…) António
querem receber- o povo (ouvintes) não querem receber a pregava e eles ouviam”.
verdadeira doutrina;
- “os Pregadores dizem uma coisa e fazem outra” - os Padre António Vieira, no seu Sermão, faz com que os
pregadores não dão o exemplo; homens não pensem que são eles os criticados, mas sim os
-“os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem que peixes. Fala das qualidades dos peixes, que são as
fazer o que dizem”- os ouvintes preferem fazer o que eles qualidades que os Homens não possuem e dos defeitos
fazem do que ouvir o que eles dizem; dos peixes que são os defeitos dos Homens.
-“os Pregadores se pregam a si, e não a Cristo”- os
pregadores inspiram-se na sua própria vida e esquecem- Insípido- sem sabor
se dos ideais cristãos- Pregam-se a si mesmos e não a
Cristo L38-47: O sermão faz parte do Barroco, pois apresenta
excesso de figuras de estilo, preocupa-se pela estética e
“ou é porque o sal (sujeito) não salga, ou porque a terra pela beleza.
não se deixa salgar, Ou porque….”
-L44/45: “Oh, maravilhas do Altíssimo! Oh, poderes do
L13- “Não é tudo isto verdade?” - pergunta retórica. que criou o mar, e a terra!” – Anáfora (figura de estilo) -
recurso expressivo que sugere que apesar da situação
L14-22: Que se há de fazer aos pregadores que não estar má é necessário a intervenção divina. Dirige-se a
pregam? Cristo diz que devem ser lançados fora e pisados Deus.
pelos Homens, logo, é assim que deve ser. -L44: “Oh” - interjeição (figura de estilo)
-L45: “(…) Altíssimo!” - Frase exclamativa.
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-L47- “António pregava, e eles ouviam” - O Padre 5.Pretende evidenciar algumas situações interpelando o
António Vieira pregava para os peixes e estes ouviam- público, de modo a que este reflita, ao salientar
lho. questões retoricas. Relaciona o lema: docere (ensinar),
-L59: “Doutores! - doutores da Igreja. delectare (deleitar) e movere (influenciar).
-L63: “Senhora do mar” – o Exórdio (Introdução) 6.No exórdio é apresentado o tema a tratar e apresenta-
termina com a exposição de uma figura divina. se as personagens principais: o emissor, Padre António
Vieira e o recetor, os peixes.
Resolução Página 42 do Manual:
2. 7. O autor anuncia no início que o sal são os pregadores
a) Homens; e que os peixes são os homens. As alegorias são logo no
b) Evitar a corrupção; início defeitos uma vez que ele próprio se refere a eles e
c) Expressão que comprova que objetivo do sal falhou: por isso não deixa dúvidas que se refere aos homens.
“mas quando a terra se vê tão corrupta como está a
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nossa” (L3);
d) O sal não salga;
e) A terra não se deixa salgar;
f) Os pregadores não pregarem a verdadeira doutrina;
g) Os pregadores dizem uma coisa e fazem outra;
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Análise Capítulo V- P57 a 64
L20: “subir, e descer (…) entrar, e sair” - Antíteses-
sugerem muita circulação. Neste capítulo são apresentadas as repreensões aos
L20/21: “quietação nem sossego? - Reforça a ideia de vícios em particular.
não pararem; pergunta retórica- pretende a reflexão.
➢ Roncadores – são pequenos, mas têm muita língua e
L21/22: “é andarem buscando os homens como hão de
facilmente são pescados, representando o orgulho, a
comer (…) - objetivo: enriquecer.
vaidade e a arrogância.
➢ Pegadores – vivem na dependência dos grandes e
L24: “comem-no” - Anáfora: expressividade - sugere a
morrem sem ter comido, dado que são pescados
exploração
juntamente com os grandes. Representam o
L25: “acredores” - aqueles a quem ele devia algo.
parasitismo, o oportunismo e a bajulação
L24/25: “comem-no os testamenteiros, comem-no os
➢ Voadores – foram criados peixes e não aves, mas
legatários, comem-no os acredores, comem-no os
insistem em voar, sendo mortos pelos pescadores ou
oficiais dos órfãos” – Enumeração- valor expressivo:
pelos caçadores. Representam a ambição e
mostra a diversidade de pessoas que se aproveitam de
presunção.
um só.
➢ Polvo – é o maior traidor do mar, porque se esconde
e ataca às escuras, de emboscada, as suas vítimas
L29: “ainda ao pobre defunto o não comeu a terra”
desacauteladas. Representa a traição, a hipocrisia e
(sepultura) “e já o tem comido toda a terra” (pessoas)-
o disfarce. Aparentemente são santos (capelo –
“Terra” tem 2 significados (2 valores polissémicos), ou
monge), belos (raio – estrela) e bondosos (ausência
seja, difere no valor semântico; situação agravante:
de ossos). É realizada uma comparação com Judas,
Ainda mal o Homem acabou de morrer e já lhe foram
que abraçou cristo e traiu-o às claras (sendo menos
buscar todos os pedaços.
traidor do que o polvo)
L37-41: Outro exemplo, pior! Aqui são comidos vivos. O Sermão começa por falar dos peixes em geral e depois
L41: “ainda não está executado nem sentenciado, e já descreve especificamente cada um.
está comido” - situação agravante.
Padre Santo António, primeiro argumenta e depois L3/4: “Roncadores” - peixes muito pequenos que fazem
mostra exemplos que comprovem a sua muito barulho.
argumentação. L4: “roncas do mar” - fazem muito barulho.
L4-6: “Se com uma linha de coser, e um alfinete torcido
L42-54: Alegoria: há muita maldade. Os Homens vos pode pescar um aleijado, porque haveis de roncar
comem-se uns aos outros, todos os dias, a toda a hora, tanto? Mas por isso roncais.” – Falam muito, mas são
como se fossem pão. insignificantes.
L51: “São o pão” (índios) “quotidiano dos grandes (ricos,
colonos)” L6: “Espadarte” - peixe grande
L6/7: “Porque, ordinariamente, quem tem muita espada
Padre António Vieira defendo os Índios, os mais fracos. tem pouca língua” - Argumento: Quem age não precisa de
falar.
L64: “Maranhão” – Brasil
L6-24: Exemplo para provar que o argumento é
verdadeiro- Pedro teve muita língua, pois disse que era
muito valente e seria o último a morrer, mas, no entanto,
foi o primeiro a ser morto.
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L19/20: “Vós, Pedro, sois o valente que havíeis de L55: “Vizo-Rei ou Governador” - aproveitam-se dos
morrer por mim, e não pudeste uma hora vigiar outros e vão sempre com os pegadores.
comigo?” – Pedro adormeceu.
L56: “cá” - Cidade de Luís de Maranhão (Brasil).
L24/25: “Medi-vos” – modo: presente do conjuntivo L57: “lá” - Portugal.
com valor de imperativo (é um apelo), 3º pessoa do
plural- Padre António Vieira apela a que as pessoas L57: “os menos ignorantes” - os mais espertos.
reflitam e vejam que não têm motivos para falar tanto.
L58: “e buscam a vida por outra via” – vão por outro
O imperativo só tem 2 pessoas. caminho- vão apegados, mas chegam ao Brasil e
Nas pessoas, tu e vós, usamos o presente do
largam.
conjuntivo (com valor de imperativo).
L66: “Herodes” - Padre António Vieira faz referência
L26: “roncaram” - Pretérito mais-que-perfeito.
a Herodes (e frases bíblicas) para dar credibilidade,
L28/29: “O que é a Baleia entre os peixes era o gigante pois ele quis matar Jesus por que se sentiu
Golias entre os homens” - A baleia é comparada a ameaçado.
Golias- lá pelos Homens pensarem que são muito ricos,
muito fortes, não significa que sejam invencíveis. L69: “Defuncti sunt enim qui quaerebant animan
Pueri” - exemplo de autoridade.
L31: “Gigante” - Golias.
L101: “O Tubarão morre porque comeu” - morre
L37-40: Exemplo de Pilatos e Caifás- Padre António porque come de mais”.
Vieira vais buscar exemplos bíblicos para ser mais
credível.
L108: “pouca água” - a água benta livra-nos de todo o
L39: “Caifás” - falava muito sem saber e ordenou a
mal do pecado de Adão e Eva.
morte de Jesus.
L103-109: Pecado de Adão e Eva.
L39/40: “Pilatos” - não quis saber e deixou que
Cristo fosse condenado à morte.
L110: “Voadores” - peixes com a capacidade de voar
devido à enormidade das suas barbatanas- armam-se
L41-43: Exemplo de Cristo.
em maiores.
L42: “ninguém houve jamais que o ouvisse falar em
L110-140: Os voadores representam as pessoas que
saber (…) deu tamanho brado” - ficou em silêncio e
se acham mais que os outros. Acabam por se encher
sabia muito, tendo um melhor resultado.
de dívidas, ficando sem o que sempre quiseram
adquirir e perdendo tudo o que já tinham devido aos
L46: “Pegadores” – peixes que se pegam aos
juros serem elevadíssimos.
outros- representam os indivíduos que se tentam
pegar às pessoas mais fortes para tirar proveito
L126-130: os Voadores já corriam o risco de ser
delas. Estas pessoas são os Parasitas Sociais e
pescados, mas agora corriam ainda mais, pois
vivem à custa dos outros.
queriam ser aves.
L55-59: Os pegadores são as pessoas que se
L181: “capelo” -cabelo.
deslocam de Portugal para o Brasil e que se
L181: “Monge” -vive privado da felicidade.
instalam lá e levam posteriormente, pessoas a viver
L182: “raios estendidos” -tentáculos.
à custa deles.
L182: “parece uma estrela” - a Estrela
representa luz e felicidade.
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L182: “não ter osso, nem ter espinha” - movimenta-se Enquanto que antes, tínhamos apenas o objetivo de
suavemente. combater os infiéis à Igreja e expandir, assim, a Fé
Cristã- O enriquecimento muda as pessoas.
Características boas do Polvo:
➢ Parece um Monge; L128/129: “Mandou Cristo a São Pedro que fosse
➢ tem raios estendidos; pescar, e que na boca do primeiro peixe, que tomasse,
➢ parece uma estrela; acharia uma moeda, com que pagar certo tributo”- a
➢ não tem osso nem espinha, movimenta-se moeda não seria suficiente para pagar o tributo, então
suavemente. Cristo ordenou que o 1° peixe a aparecer com a moeda
seria o 1° a morrer.
Características más do Polvo: Essa moeda simboliza a cobiça e os mais tratos das
➢ é falso. pessoas que eram roubadas pelos piratas. O peixe que
vinha com a moeda na boca merece a morte pois
L184: “hipocrisia” - falsidade; simboliza o pecado e a exploração.
L184: “santa” – o que é bom é inofensivo.
L184: “hipocrisia tão santa” - Antítese: fisicamente ele é L143-145: Os Homens não conseguem fugir à
inofensivo (representa tudo o que há de bom) mas na condensação.
realidade ele é o pior de todos, finge ser quem não é.
Fim da Exposição (desenvolvimento).
L185: “traição do Polvo” -falsidade do Polvo. ➢ 1°Exórdio;
L186: “se vestir, ou pintar das mesmas cores de todas ➢ 2° Exposição.
aquelas cores, a que está pegado” - O Polvo, com a sua 0
falsidade pretende confundir-se com quem está ao seu Análise do Capítulo VI, página 70
redor.
Neste último capítulo o Padre António Vieira despede-se
L187: “Camaleão são gala, no Polvo são malícia” - o
dos peixes.
Camaleão fica colorido quando quer seduzir ou está
Os peixes não falam (só escutam), não entendem, não
feliz, enquanto que o Polvo ganha cores com más
desejam e atingem sempre o fim que lhes foi destinado
intenções. Disfarçar-se para conseguir agir em qualquer
(servir o Homem).
momento e conseguir casar a presa.
Com isto, o Padre apresenta um retrato de si próprio
como pecador
L194-199: Padre António Vieira dá um exemplo bíblico
Os peixes podem apresentar-se a Deus porque não
para comprovar o seu argumento: Judas entregou Cristo
pecaram e o Padre é pecador e não poderia apresentar-se
a mostrou isso a toda a gente, ou seja, não se escondeu,
a Deus.
entregou-o à vista de todos, enquanto que Judas (o
Por último, o orador faz um apelo aos peixes (Homens)
Polvo) finge e entrega (cassa) sem que ninguém dê
para que louvem e respeitem Deus, seu criador.
conta ( “O Polvo escurecendo-se a si tira a vista aos
outros”), logo o Polvo, consegue ser ainda mais traidor.
L1: “despido”- despedir.
L198: “aleivoso” - traidor.
L2/3: “A vossa bruteza é melhor que a minha razão, e o
vosso instinto melhor que o meu alvedrio” - os peixes
L201: “Água” - o céu é azul e é refletido na água.
são brutos (ignorantes) vão pelo instinto, enquanto que
L216/217: “bastava antigamente ser Português, não era
os Homens são racionais. É essa racionalidade que torna
necessário ser Santo” - Antigamente tudo o que os
os Homens más pessoas.
Portugueses faziam era pelo bem, pois espalhavam a fé.
Ser Português já não era um orgulho, pois, com os
L3- “alvedrio” - livre arbítrio, capacidade de escola.
descobrimentos os portugueses tornaram se cobiçados e
à busca de dinheiro, escravizando o Índios.
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L24-32: “louvai da Deus” - Paralelismo: louvai a Deus
as qualidades dos peixes que são as qualidades que os
Homens não têm e os defeitos que são os que Homens
têm.
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