Você está na página 1de 6

Texto III-2023, ACaNa_IM, escrito por Amade Casimiro Nacir (Msc), publicado a 02 de Abril de 2023, Domingo,

Maputo, Moçambique. Encontre mais textos em www.amadecasimironacir.com e/ou


www.informandoemudando.blogspot.com ; contacto: amadecasimironacir@hotmail.com. Adicionalmente,
encontre informações e abordagens complementares na plataforma Informando e Mudando (Web, Instagram,
Youtube, Facebook).

Amade Casimiro Nacir1,


02 de Abril de 2023,
Domingo.

Título A Complementaridade das Estratégias de Combate ás Mudanças


Climáticas: Adaptação, Mitigação e Resiliência
Title

The Complementarity of Strategies on Fighting Climate Changes: Adptation,


Mitigation and Resilience

Resumo Este ensaio explica pressupões a existência de uma complementaridade nas estratégias
de luta contra as mudanças climáticas. Assim, concentra-se em três estratégias:
adaptação, mitigação e resiliência. A proposição e de que a resiliência constitui um
resultado relativamente positivo da junção das outras duas estratégias mencionadas, i.e.,
adaptação e mitigação. Para a elaboração do texto, fez-se a revisão de literatura
sustentada na técnica de pesquisa bibliográfica e documental.

Páginas 3
Pages 3

Abstract In the present essay, we propose that the main strategies on fighting climate change are
interconnected. Not only, we described how adaptation and mitigation lead to resilience.
We bring the three concepts and establish the connection between them, to understand
how deeply they connect. Such a connection makes easy to sustain the idea of
complementarity between them, as we so do during the text. We resort to literature
review, anchored by the bibliographic research technique, to understand this issue.

Palavras-chave

1
PT:
Amade Casimiro Nacir é Mestre em Ciências Sociais, especialista em Desenvolvimento Sustentável(Université
Paris Saclay – Paris 11 e UVSQ), Licenciado em Relações Internacionais e Diplomacia (Instituto Superior de
Relações Internacionais, actual Universidade Joaquim Chissano – UJC).
EN:
Amade Casimiro Nacir has a Master on Social Sciences, and is a specialist on Sustainable Development
(Université Paris Saclay – Paris 11 and UVSQ), and a Bachelor in International Relations and Diplomacy (Higher
Institute of International Relations, currently University Joaquim Chissano – UJC)
Texto III-2023, ACaNa_IM, escrito por Amade Casimiro Nacir (Msc), publicado a 02 de Abril de 2023, Domingo,
Maputo, Moçambique. Encontre mais textos em www.amadecasimironacir.com e/ou
www.informandoemudando.blogspot.com ; contacto: amadecasimironacir@hotmail.com. Adicionalmente,
encontre informações e abordagens complementares na plataforma Informando e Mudando (Web, Instagram,
Youtube, Facebook).
Complementaridade; Estratégias; Mudanças Climáticas; Adaptação; Mitigação;
Key Words Resiliência.

Complementarity, Strategies, Climate Changes, Adaptation, Mitigation, Resilience.

Agradecemos Para todos que encorajam o projecto Informando e Mudando por meio de suas diversas
plataformas. Adicionalmente, para os futuros doadores, obrigado.

Aknowledgements To all who contribute for the project Informando e Mudando, thank you.

Nota sobre conflito Este texto é escrito sem algum interesse oculto por parte do autor e representa a
de interesses respectiva convicção intelectual.

Disclosure No present conflict of interests surround this text.


statement

Sobre o autor Amade Casimiro NACIR (aspirante polímata).

About the author Amade Casimiro NACIR (Polymath wannabe)


Texto III-2023, ACaNa_IM, escrito por Amade Casimiro Nacir (Msc), publicado a 02 de Abril de 2023, Domingo,
Maputo, Moçambique. Encontre mais textos em www.amadecasimironacir.com e/ou
www.informandoemudando.blogspot.com ; contacto: amadecasimironacir@hotmail.com. Adicionalmente,
encontre informações e abordagens complementares na plataforma Informando e Mudando (Web, Instagram,
Youtube, Facebook).
Texto III-2023, ACaNa_IM, escrito por Amade Casimiro Nacir (Msc), publicado a 02 de Abril de 2023, Domingo,
Maputo, Moçambique. Encontre mais textos em www.amadecasimironacir.com e/ou
www.informandoemudando.blogspot.com ; contacto: amadecasimironacir@hotmail.com. Adicionalmente,
encontre informações e abordagens complementares na plataforma Informando e Mudando (Web, Instagram,
Youtube, Facebook).

A Complementaridade das Estratégias de Combate ás Mudanças Climáticas: Adaptação,


Mitigação e Resiliência.

As mudanças climáticas são uma condição ubíqua nos dias que correm. Isso é, são um assunto
corrente e incontornável, na vida dos cidadãos e dos Estados. Elas podem ser definidas como
as alterações no clima da terra decorrente de factores naturais e humanos. O ciclo solar cria
alterações na temperatura da terra, mas também a deflorestação o faz; a primeira é exemplo do
que chamamos de alterações por causas naturais, enquanto para as segundas nos referimos como
alterações induzidas por atividade humana, ou antrópicas. Ora, essa condição ubíqua das
mudanças climáticas veeem exigindo esforços contínuos dos Estados, Organizações
Internacionais, Indivíduos, Organizações Não Governamentais e outras entidades, nacionais e
internacionais.

Os esforços direcionam-se ao combate às mudanças climáticas, porquanto essas tem o potencial


de alterar a vida na terra como a conhecemos. Aliás, já não é apenas potencial; as mudanças
climáticas tem alterado as condições de vida em todo mundo (Nacoes Unidas - Brasil, 2023). E
por isso as diferentes entidades internacionais vão concertar esforços para as combater, para
manter a vida na terra com suas características tradicionais, principalmente em termos
climáticos – mesmo se daí advêm as outras dimensões: social, econômica... É assim que surgem
diferentes estratégias de combate às mudanças climáticas. Das mais destacadas temos a
adaptação e mitigação. E neste texto, procuramos o contacto entre ambas, o que percebemos
poder produzir resiliência.

Antes, porém, passemos para considerações conceptuais, para que seguidamente as possamos
relacionar. Por um lado, adaptação é o processo de antecipação aos efeitos adversos das
mudanças climáticas por meio de mudanças estruturais e comportamentais (European
Environment Agency, 2023). Por outro lado, mitigação é o conjunto de ações que visa tornar
os efeitos das mudanças climáticas menos severos, o que consiste, por exemplo, na redução das
emissões de Gases a Efeito Estufa, ou na instalação de um sistema de mobilidade limpo, ou
ainda a florestação (Ibid). Por seu turno, resiliência significa habilidade e capacidade de
adequar-se à choques e recuperar dos respectivos impactos, de forma atempada e eficiente
(Mehryar, 2022).

1
Texto III-2023, ACaNa_IM, escrito por Amade Casimiro Nacir (Msc), publicado a 02 de Abril de 2023, Domingo,
Maputo, Moçambique. Encontre mais textos em www.amadecasimironacir.com e/ou
www.informandoemudando.blogspot.com ; contacto: amadecasimironacir@hotmail.com. Adicionalmente,
encontre informações e abordagens complementares na plataforma Informando e Mudando (Web, Instagram,
Youtube, Facebook).
Percebemos então que todos esses elementos estão interconectados, interdependentes, inter-
relacionados. Aliás. Mehryar (Ibid) considera que nalgumas vezes os conceitos de adaptação e
resiliência são usados inadvertidamente, no discurso acadêmico e político, para significar o
mesmo fenômeno. Secundando a importâncias das estratégias de combate às mudanças
climáticas, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que os países façam face as
mudanças climáticas, em geral, e os eventos climáticos extremos, em particular por meio da
adaptação e mitigação. Adaptar-se as consequências das mudanças climáticas; e mitigar
(reduzir) as atividades que causam mudanças climáticas (NASA, 2023).

A perspectiva deste ensaio é de que a adaptação, mitigação e resiliência são partes completares
de um mesmo objeto. Sendo a resiliência a consequência de uma relação anterior entre
adaptação e mitigação. O objeto são as mudanças climáticas que afetam o planeta terra e contra
as quais precisa-se de medidas assertivas. Ora, a ideia de mudanças estruturais e
comportamentais no âmbito da adaptação nos remete a construção de diferentes infraestruturas
de uma forma diferente da que era feita no passado, por exemplo, instalação de diques mais
resistentes à chuva severa e que canalizem a água para conservação. E as mudanças
comportamentais nos remetem, por exemplo, a flexibilidade dos camponeses na escolha das
melhores épocas para sementeira e consequente colheita. Esses dois elementos, embora da
adaptação vão se relacionar com a florestação, por exemplo.

Destarte, nessa relação, a florestação combinada com a construção de diques resistentes as


chuvas, se nos atermos ao exemplo acima exposto, pode ter um duplo efeito, na mesma região
geográfica. Os diques contem a água, no período chuvoso, as florestas permitem a criação de
microclimas relativamente saudáveis. E esses dois aspectos implementados na mesma região
geográfica podem permitir que os extremos de temperatura e efeitos climáticos seja reduzido.
Podem criar um equilíbrio face os efeitos adversos e extremos das mudanças climáticas.
Demonstramos então uma simbiose entre adaptação e mitigação, entre mitigação e adaptação.
Os exemplos são vários, principalmente os teóricos; claramente, eles precisam demonstrar a
aplicabilidade pratica.

Contudo, com a junção de atividades de adaptação às atividades de mitigação, pode-se


conseguir uma sociedade resiliente. Continuemos com o exemplo proposto. Em caso de chuvas
intensas e disruptivas, em termos de época, os diques poderão ter a função de direcionar a agua
para zonas de cultivo que requeiram pântanos ou humidade excessiva. Assim, não apenas se

2
Texto III-2023, ACaNa_IM, escrito por Amade Casimiro Nacir (Msc), publicado a 02 de Abril de 2023, Domingo,
Maputo, Moçambique. Encontre mais textos em www.amadecasimironacir.com e/ou
www.informandoemudando.blogspot.com ; contacto: amadecasimironacir@hotmail.com. Adicionalmente,
encontre informações e abordagens complementares na plataforma Informando e Mudando (Web, Instagram,
Youtube, Facebook).
resistiria ao choque, como também usávamos o choque ao nosso favor – seriamos mais do que
resilientes: seriamos anti-frageis (um tópico por explorar mais).

Porquanto, a resiliência permite a recuperação pós-choque, a antifragilidade permite fazer com


que o choque torne o sistema melhor. É assim que a mudança de paradigmas estruturais e
comportamentais por meio de ações assertivas pode nos permitir posicionar-se adequadamente
face os desafios das mudanças climáticas. Então, as estratégias de combate as mudanças
climáticas, como a adaptação, a mitigação e a resiliência sao complementares e permitem
quando pensadas de tal forma o alcance de resultados mais sólidos e sustentáveis.

Referências Bibliográficas

European Environment Agency. (02 de Abril de 2023). European Environment Agency. Fonte:
www.eea.europa.eu: https://www.eea.europa.eu/help/faq/what-is-the-difference-
between#:~:text=In%20essence%2C%20adaptation%20can%20be,(GHG)%20into%2
0the%20atmosphere.
Mehryar, S. (12 de Setembro de 2022). The London School of Economic and Political Science
- Grantham Research Institute on CLimate Change and The Environment. Fonte:
www.lse.ac.uk: https://www.lse.ac.uk/granthaminstitute/explainers/what-is-the-
difference-between-climate-change-adaptation-and-
resilience/#:~:text=Such%20measures%20could%20include%20building,pollution%2
0and%20cool%20urban%20areas.
Nacoes Unidas - Brasil. (23 de Fevereiro de 2023). Nacoes Unidas, Brasil. Fonte:
www.brasil.un.org: https://brasil.un.org/pt-br/213450-eventos-climaticos-extremos-
mostram-necessidade-de-mais-acoes-em-2023
NASA. (25 de Fevereiro de 2023). Climate Nasa. Fonte: climate.nasa.gov:
https://climate.nasa.gov/solutions/adaptation-mitigation/

Você também pode gostar