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Eu considero-me um entusiasta dos videojogos acima de tudo. Antes de me considerar um


atleta, considero-me um gamer. Acredito que acontece isso nas outras modalidades
tradicionais. Em primeiro lugar, entras em contacto com aquele desporto, desenvolves um
interesse e progressivamente passas a ser um interveniente quer ativo ou passivo do mesmo.
Eu entro num evento gaming como um gamer, mas, dada a minha particularidade competitiva,
também passo a desempenhar o papel de atleta. Existem momentos onde não estamos a
competir enquanto atletas e, como todo o entusiasta de videojogos, usufruímos ao máximo de
toda a atmosfera gaming.

Por norma, sempre acompanhados por staffs. Não obstante, a comitiva pode ser composta por
apenas os jogadores e treinador/treinadores. Mas por norma acompanha-nos sempre alguém
da nossa organização/clube, podendo se estender até a presença da maior parte da estrutura
que nos acompanha diariamente

Acredito que é quase impossível alguma equipa ou jogador não consumir algo durante um
evento. No mínimo dos casos, compras sempre uma água ou um aperitivo. Não é por acaso
que qualquer LAN House ou cibercafé tenha, precisamente, um café. E nos eventos é preciso
garantir sempre as refeições e momentos de descontração, por isso dificilmente não há esse
consumo

Sim, existe a tendência de chegar com antecedência de uma ida para atenuar os efeitos do
jetlag ou da própria viagem, assim como para ambientar com o espaço onde vamos ficar e até
mesmo o clima.

Sim, claro. Posso dar o exemplo da Moche XL 2018 em Lisboa que reuniu equipas
internacionais. Infelizmente nunca consegui conciliar a minha agenda escolar para assistir a um
evento internacional, mas acompanhava-os sempre remotamente

Qualquer entusiasta de videojogos gostava de poder ir a uma E3 ou uma grande final de um


Major de Counter-Strike. Acho que não faltam exemplos de grandes espetáculos e convenções
que reúnem o melhor dos videojogos. A nível nacional a Lisboa Games Week é sempre uma
passagem obrigatória para quem gosta de videojogos

Eu acredito que sim. Quando a pandemia nos atingiu de flagrante, tudo parou com a exceção
dos videojogos. Devo dizer que no meio de tanta ansiedade sobre a evolução da Covid-19 os
videojogos eram o meu refúgio e a conexão era constante entre as pessoas. Os torneios
continuaram a acontecer e as pessoas começaram a assistir ainda mais. Atualmente, acredito
que os torneios e os eventos de videojogos foram das poucas áreas que ganharam com a
pandemia, mas antes deste fenómeno já se via uma tendência crescente do publico

Investimento. As marcas tem medo de investir em Portugal quando tem uma Espanha solida ao
lado. É obvio que os números são muito mais aliciantes para quem faz disto um negócio, mas
sejamos sinceros, nós temos mais do que é preciso para fazer bons eventos. Temos um publico
de videojogos incrível. Quando se realizou a BlastProSeries em Lisboa, o mundo ficou chocado
com a forma vibrante que o publico português os recebeu.

Em suma, mais oportunidades e investimento por parte das grandes marcas já estabelecidas na
indústria, porque o resto (publico, competição, obra qualificada) já temos fomentado

Eu acho que o videojogo prende o consumidor pela interatividade que oferece. Poderes fazer
parte de uma história vestindo a pele das personagens, é algo que os livros oferecem na nossa
imaginação. Mas não existe nada que se equipare à experiência audiovisual que os videojogos
oferecem. O exemplo dos novos comandos da ps5, onde sentes de perto o que se passa no
jogo ultrapassa as experiências mais avançadas de cinema interativo. E nem falei dos jogos de
Realidade Virtual que são o futuro. Mas respondendo mais diretamente à pergunta, os
videojogos tem de continuar a produzir narrativas de excelência e articula-las com esta
interatividade tao própria dos videojogos

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Eu tenho a certeza que sim! Eu estou desejoso para visitar os sítios onde os “mapas” do
Counter-Strike foram baseados. Na internet existe já o fenómeno de as pessoas se exibirem no
local onde um jogo foi baseado, comparando-o com a versão do videojogo

Desde que joguei pela primeira vez o Assasins Creed Origins, confesso que surgiu uma vontade
de visitar o Egito. É um fenómeno particular, porque é como se quisesses revisitar um sítio
onde nunca tiveste, mas que te é familiar

Em termos práticos, visitei o centro de Londres numa viagem organizada pelo meu
agrupamento escolar. O mais curioso era conseguir relacionar os vários jogos que lá passaram
ou tiveram a sua paisagem como base, à semelhança do que acontece quando vemos um
documentário ou filme. Call of Duty: Modern Warfare 3 e o Assassin's Creed Syndicate são
exemplos que eu joguei antes de visitar o centro de Londres

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Sem dúvida. Posso dar o meu exemplo de jogador casual: quando começamos a estudar
mitologia grega no básico eu já sabia a maior parte das histórias graças a um jogo que
tinha jogado na altura – Age of Mythology !

Além disso, a primeira vez que ouvi falar sobre a Revolução Francesa foi precisamente
através dos videojogos – Assasins Creed. Portanto, eu posso dizer que os videojogos me
cultivaram antes de lecionar acontecimentos históricos e de forma muito mais atrativa.

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Devo dizer que sim. Quase todos eles me fazem procurar mais sobre a sua inspiração e se
são de facto baseados em histórias reais. O último exemplo supramencionado é perfeito

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Os videojogos sempre foram mais envolventes do que a própria arte contemporânea. Não
há só uma relação audiovisual meramente estética, mas sim de participação. Eu acho que
os videojogos vao alem disso, tendo em conta que o jogador veste a personagem principal
e atualmente existem várias narrativas possíveis. Mais envolvente que isto é impossível e
aliado ao grafismo muito realista atual desperta o interesse de muitos potenciais turistas.
Na vertente dos torneios de esports, é como uma expo ou um mundial de futebol – todos
os entusiastas querem lá estar, independentemente do local.

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