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A NARRATIVA INTERROMPIDA DE UM RELÓGIO: HISTÓRIA, PATRIMÔNIO,

DIREITO E MEMÓRIA

Fernando Barotti dos Santos

Em 1954 Oscar Niemeyer projeta em Belo Horizonte o complexo habitacional


Condomínio de Edifícios Governador Juscelino Kubitschek, ou Conjunto JK. Foi somente em
1970 que ele pode receber seus primeiros moradores. Além de pessoas, a construção anos
mais tarde, em 1974, abrigaria no topo de uma dessas torres também um relógio digital,
patrocinado por um banco que à época pretendia difundir seu nome e cooptar novos clientes.
Em mais de quatro décadas, instalado no topo do “JK”, o relógio publicitário
cumpriu a sua função de marcar o tempo e, também, fez-se marca na história de BH. A
situação mostra-se latente quando foi anunciado, em agosto de 2019, o seu desligamento, não
para manutenção, mas, definitivamente. Houve repercussão em jornais da região e do interior:

O relógio luminoso do Banco Itaú, instalado há mais de 40 anos no 34º andar de


uma das torres do Condomínio JK, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul
de Belo Horizonte, e que virou uma “bússola” para os belo-horizontinos nas últimas
quatro décadas, está com os minutos contados. Nesta quinta-feira (5), um guindaste
começou a ser preparado no terraço do arranha-céu para descer toneladas de
estruturas de ferro e o letreiro que tem mais de sete metros de altura, material que
vai precisar da ajuda de alpinistas para ser retirado (FERREIRA, 2019).

A notícia difundiu-se na sociedade de forma ampla, repercutindo com manifestações,


inclusive de “insensibilidade cultural” da Prefeitura e do próprio Banco que se defendeu
alegando a necessidade de adequação às mudanças legislativas. Menciona seu compromisso
com a sustentabilidade das cidades, com as novas regras do Código de Postura (Lei Municipal
nº 8.616/03), mas também com gastos publicitários. Idêntica situação ocorreu na cidade de
São Paulo, local em que o relógio foi instalado em 1962. A questão envolve parâmetros
urbanísticos, paisagísticos e passa pelo denominado projeto “Cidade Limpa” (em São Paulo:
Lei nº 14.223/06 e Decreto nº 47.950/06). Em 2011 o banco resolveu desligar e retirar os
relógios na cidade paulista para não sofrer multa e constrangimento judicial.
A proposta desse texto é desenvolver a ideia do relógio marcando o tempo histórico
e a relação do sujeito com o espaço urbano, principalmente, com o desenvolvimento de Belo
Horizonte. Trata-se, realmente, da marca do tempo do belorizontino, da alteridade com o
passado. Tem-se aqui o indivíduo, o tempo, a urbe, a legislação e a cultura de identidade,
intensa e presente no cotidiano da capital mineira – cinco facetas que fazem da mecânica do
relógio um espectador da história do direito na cidade em que habitou por ao menos 40 anos.
O fato de um relógio deixar de existir ou não no mundo, aparentemente não é
cercado de repercussões, quantos outros já foram desligados, destruídos, escondidos ou
esquecidos, e não houve manifestação social tão forte? O que difere esse de outros seja,
talvez, a percepção de que enquanto um patrimônio ele estava integrado a sociedade, inserido
dentro de uma memória coletiva, da história dos mineiros, da identidade de uma cidade e de
sua população. Logo esse vínculo com o passado “[...] implica, de uma certa forma, não
apenas registrar lembranças, relatar fatos, celebrar personagens, reconstruir, reabilitar ou
restaurar prédios, preservar materialmente espaços significativos do contexto urbano”
(PESAVENTO, 2005, p.11). A ausência ou a perda desses símbolos de memória pode romper
com a história de uma cidade que, de alguma forma percebia e experimentava a presença do
relógio no alto do edifício, suspende a narrativa histórica, a alteridade do passado da cidade.

A rua como centro e quadro da vida cotidiana, onde o homem é passante, habitante,
artesão; elemento constitutivo e permanente, às vezes quase inconsciente, na visão
de mundo e no desamparo do homem; realidade concreta, imediata, que faz do
citadino “um homem da rua”, um homem diante dos outros, sob olhar de outrem,
“público” no sentido original da palavra. (DARDEL, 2015, p. 28)

As coisas que são produzidas e postas numa cidade participam conjuntamente com a
sociedade de um jogo de mescla temporal, em que passado e presente convivem e promovem
intepretações, sentidos, emoções. É nessa dinâmica que se formam símbolos, monumentos,
patrimônios culturais. A permanência ou não de um objeto depende invariavelmente de como
ele é tomado pela sociedade: como algo qualquer no espaço e na paisagem; ou como marco de
identidade, reconhecimento, ou seja, adentro ao contexto social, histórico e fenomenológico.
Assim, o relógio reverberava “[...] a configuração do tempo humano: o imbricamento
constante, cruel e alimentador ao mesmo tempo, do passado com o presente, [...] presente
invasivo, a ênfase da representação do passado como parte integrante do imediato” (RIOUX,
1999, p. 49). O relógio era uma memória do tempo passado da cidade, do grupo, ao mesmo
tempo, a identidade e contexto de quem passava pelas ruas, de moradores, de visitantes ou de
quem visualiza-se o cenário. O relógio participava da dinâmica da vida social, a interação
produzia, histórias, memórias individuais e coletivas. Interpretando o patrimônio e as
marcações identitárias à luz do pensamento de Chartier, tem-se que seu uso ou desuso
demanda uma construção no tempo, mesmo que seus significados mude ao longo dele, pois:

[...] não têm sentido estável, universal, imóvel. São investidas de significações
plurais e móveis, construídas na negociação entre uma proposição e uma recepção,
no encontro entre as formas e os motivos que lhes são sua estrutura e as
competências ou as expectativas dos públicos que delas se apropriam. [...]
Decifradas a partir dos esquemas mentais e afetivos que constituem a cultura própria
(no sentido antropológico) das comunidades que as recebem, elas tornam-se em
retorno um recurso para pensar o essencial: a construção do laço social, a
consciência de si, a relação com o sagrado. (CHARTIER, 2002, p. 93)

Perder os referenciais rompe com vínculo entre pessoas e cidade, o que aconteceu
com o relógio foi uma quebra na narrativa, seja pela autorização da lei ou pela atuação
política e econômica, algo que fazia parte da história social deixa de fazer, sem a consulta de
outros atores da coletividade. Dentre os argumentos elucidados nas reportagens sobre a
retirada do letreiro, a lei de Belo Horizonte foi aplicada em desconexão com a própria
interpretação sistemática que ela exige.
O primeiro ponto está quando ao interesse público, no início do texto legislativo o
art. 5º1 prevê em seu caput que todas as questões que incidirem em direito do consumidor
ambiental, sanitário, segurança, trânsito, estética ou cultural passarão pelo Poder Público. Do
exposto percebe-se com exceção a estética e cultural, os demais temas, são majoritariamente
atos de caráter vinculados, estando o agende público ligado a decisões judiciais e ao que foi
autorizado e descrito em lei. A estética e a cultura por sua vez, apresentam uma tomada de
decisão mais discricionária, pois antes de decidir o agente deve se ater aos fenômenos sociais,
a noção estética, tradição, costume e acervo cultural, encontra-se inserido principalmente em
quem a produz, a coletividade, grupos e indivíduos.
O segundo ponto liga-se ao primeiro, no que diz respeito ao ato do representante
público determinar a retirada ou a manutenção do letreiro. Não poderia o agente decidir com
livre ou exclusivamente pela vontade da lei, conforme estabelecido no texto em seu art. 263,
inciso III2, que os engenhos de publicidade estão inseridos na participação popular, para
verificarem se aceitam ou não o letreiro publicitário. Assim, sob a interpretação da teoria dos
poderes implícitos – “quem pode o mais pode o menos” (SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL, 2019) -, se é autorizado a participação popular para decidir sobre a instalação de
novas publicidades, o relógio já instalado, deveria passar por essa consulta popular.
O terceiro ponto é em relação a função social desempenhada, o relógio, não atendia
somente a uma publicidade, também informava as horas e temperatura da cidade para quem
precisasse. Também, desde o momento que foi instalado no alto do edifício, tornou-se bússola
para quem precisasse se localizar na cidade, tais as funções desempenhadas por ele “[...] estão
associados a práticas sociais concretas e são construídos e vividos no interior da vida social,

1
Art. 5º As operações de construção, conservação e manutenção e o uso da propriedade pública ou particular
afetarão o interesse público quando interferirem em direito do consumidor ou em questão ambiental, sanitária, de
segurança, de trânsito, estética ou cultural do Município (BELO HORIONTE, 2003).
2
Art. 263 Constituem diretrizes a serem observadas no disciplinamento da instalação do engenho de
publicidade: [...] III - participação da população e de entidades no acompanhamento da adequada aplicação desta
Lei, para corrigir distorções causadas pela poluição visual e seus efeitos [...] (BELO HORIONTE, 2003).
com seus conflitos, contradições, consensos e hierarquias” (VELOSO, 2006, p. 440), dessa
maneira o engenho publicitário foi aderido a convivência coletiva.

Aqui a ênfase muda: não interessa mais, pura e simplesmente, o valor arquitetônico,
histórico ou estético de uma dada edificação ou conjunto, mas verificar como os
"artefatos", os objetos se relacionam na cidade para permitir um bom desempenho
do gregarismo próprio ao ambiente urbano. Em outras palavras: é importante
perceber como eles se articulam em termos de qualidade ambiental. Abordar o
patrimônio ambiental urbano vai ser assim, como se pode perceber, muito mais que
simplesmente tombar determinadas edificações ou conjuntos: é antes, conservar o
equilíbrio da paisagem, pensando sempre como inter-relacionados a infra-estrutura,
o lote, edificação, a linguagem urbana, os usos, o perfil histórico e a própria
paisagem natural. Não se trata mais, portanto, de uma simples questão estética ou
artística controversa, mas antes, da qualidade de vida e das possibilidades de
desenvolvimento do homem. Com isso, desloca-se o eixo da discussão, recolocando-
se a questão do patrimônio frente a balizamentos capazes de enquadrá-la em sua
extensão contemporânea. (CASTRIOTA, 2007, p. 17)

Dessa fala o que se aponta é que o letreiro não gera uma poluição visual3, na
percepção social ele integra a paisagem urbana, na medida que desenvolve com a sociedade
laços afetivos e de uso, o que contribui para a construção da história da cidade e o sentimento
de pertencimento. A lei municipal ao ser aplicada numa exegese, desconsiderou a sistemática
de seu próprio texto, impelindo a participação popular, desrespeitando a história, a alteridade
com o passado e sua permanência, pois negligência a importância desse relógio para a cidade.
O relógio apesar de descumprir as regras de publicidade, representa para a sociedade um
vínculo de identidade e memória, muito mais forte que a vontade legal.
O contexto histórico, cultural e social do relógio mantido pela instituição financeira,
não deve ser descartado pelo Poder Público, nem pelo direito pois:

A patrimonialização de bens móveis ou imóveis deve pautar-se na intenção de


promover e de preserva referenciais de história, de memória. deve representar uma
experiencia social que revele o passado e abra possibilidades para olhares futuros
[...] De um lado, apresenta o patrimônio como um monumento em uma concepção
preservacionista e, do outro, como forma articulada com o cotidiano (GARCIA;
MACIEL, 2017, p. 167).

Portanto, direito e história necessitam caminhar juntos:o primeiro no interesse de


defender o patrimônio, voltando-se para a história e a sociedade verificando as aspirações e
vontades sociais, expressando na aplicação da lei a realidade social em relação ao relógio.
Possivelmente se observado uma aplicação sistemática da lei, trazendo para a decisão do

3
Como conceito: Poluição visual é pois, consequência e resultado de desconformidades de todas essas situações
e também o efeito da deterioração dos espaços da cidade pelo acúmulo exagerado de anúncios publicitários em
determinados locais, porém o conceito mais abrangente é aquele que diz que há poluição visual quando o campo
visual do cidadão se encontra de tal maneira que a sua percepção dos espaços da cidade é impedida ou
dificultada. (MINAMI; GUIMARÃES JÚNIOR, 2001)
município a vontade popular, haveria a possibilidade de rever ou flexibilizar a aplicação da lei
mantendo o engenho publicitário onde estava.
Associado a aplicação da lei, a retirada do relógio rompe com o sentimento de
pertencimento da sociedade, rouba-se dela símbolos e patrimônios que servem como
referências históricas, culturais, mnemônicas, o que pode prejudicar o relacionamento dos
conviventes com o espaço e seu entorno. Não obstante à lei, a sua aplicação e interpretação
precisam respeitar a própria sistematicidade e externalidades de sentido produzidos
socialmente, convergir dentro do espaço urbano, a proposta legal com sentimentos coletivos.

Estamos diante de um dos mais difíceis dilemas da hermenêutica. De um lado, o


intérprete não compreende o passado senão a partir do seu presente, da cultura, da
linguagem, dos conceitos que ele divide com a sociedade e com a comunidade
profissional de que faz parte. De outro lado, porém, o intérprete é tal enquanto está
disposto a abrir-se aos estímulos de textos distantes e diferentes, que ele tenta tomá-
los na sua alteridade com relação aos seus hábitos culturais imediatos. (COSTA,
2008, p. 24)

O que se discute, portanto, é que a aplicação do direito se atenha ao sentimento


social, as posições e valores que a coletividade transmite ao patrimônio, no intuito de não
quebrar o vínculo construído. Por mais que a retirada do relógio tenha sido também uma
escolha da instituição financeira, havia modos de rever a situação evitando a retirada do
engenho publicitário em prol da manutenção do pertencimento e reconhecimento. O relógio,
não era só instrumento de propaganda e difusão de um banco, expressava a história da cidade,
de pessoas, constituía a paisagem e o cenário urbano, integrado a vida social. O seu
desligamento, acaba com uma narrativa de mais de 40 anos, muito pelo fato de não ter a
sociedade sido consultada.
Retomando Marc Bloch (2001) a história como “Homem no tempo” e no espaço
alude dupla posição: presença e permanência do relógio que observa a mudança da cidade, e é
parte importante da construção narrativa como rastro de memória; por sua vez, o sujeito que
olha o relógio preenche e recebe desse objeto significados, transmitidos para o grupo. De tal
modo a atuação jurisdicional frente a um patrimônio deve perpassar pela verificação social,
não pode a lei ou Poder Público ignorar a história social de um objeto.
A alteridade com o passado é a continuidade dos símbolos sociais, o relógio
enquanto representativo de uma sociedade é emissor de significância, compõem a longa
história da cidade. Ao mesmo tempo, essa história mostra que outras acepções jurídicas e
sociais se inseriram no poder público, alterando uma narrativa escrita por mais de quarenta
anos. A finalidade era de atualizar e modernizar o espaço urbano, porém, desconsideram os
objetos já existentes, a legislação desconstituiu a memória social do relógio e sua identidade.
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