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1.

APLICAÇÕES

A necessidade de se localizar por meio de pontos de referência, bem como a


noção de espaço e posição vem de longa data. Com o passar dos tempos e graças aos
avanços tecnológicos, o GPS deixou de ser utilizado como instrumento militar e passou
a transitar em diversas áreas de aplicação, desde a cartografia, agricultura, até estar
presente em dispositivos móveis de nossa rotina, como veremos a seguir. 
O artigo “O Sistema de Posicionamento Global (GPS) e suas Aplicações”, do
Professor Sérgio M. Paz e Professor Carlos E. Cugnasca elenca três categorias para
agrupamento das diversas aplicações do sistema.

1.1 Geodésia:
Engloba os ramos da topografia, altimetria, cartografia, geologia, agrimensura,
exploração de recursos naturais, etc. Nestes se faz necessário o uso de receptores de
maior precisão, da ordem de centímetros ou milímetros, que requerem uma acurácia
maior. No Brasil, tais receptores são utilizados para o refinamento da rede de marcos
geodésicos do país. 

1.2 Coleta de dados:


Este ponto envolve um nível de precisão menor, satisfazendo-se com 1m ou ate
5m. Pensado como um facilitador de operações, permitindo ao operador a definição de
categorias e classificações para os elementos a serem coletados. Assim, quando sai a
campo, se torna mais eficaz a localização do marco. Dentre as mais comuns aplicações,
encontram-se o planejamento urbano e rural, agricultura, arqueologia, cadastramento de
espécies de animais e vegetações e muitos outros.

1.3 Navegação:
O sentido de navegação engloba diversos meios. Muitas vezes é exigida uma
posição precisa e resposta imediata, como o caso de aplicações militares ou
posicionamento de aeronaves. Receptores GPS para navegação marítima carregam mais
certeza do posicionamento em meio a um oceano sem tantas referências.
O que se faz mais comum, porém, é seu uso na indústria automobilística, a fim
de orientar motoristas sobre possíveis caminhos a serem seguidos.
Fato é que atualmente o sistema de posicionamento fornece informações
inclusive para áreas de comunicação, marketing e publicidade, estudando dados de
localização, mapas de calor e contagem de visitas de seus mercados. Algumas empresas
coletam esses dados, inclusive, a partir de smartphones, grandes receptores GPS dos
dias atuais.
A revista de Geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora publicou
inclusive um artigo, nomeado “Precisão de GPS de Smartphones: Uma Ferramenta para
Pesquisas Acadêmicas e Trabalhos de Campo”, onde compara a precisão uso de um
receptor de GPS padrão da GARMIN com o aplicativo para celulares GPS Essentials,
possibilitando que o aparelho receba apenas informações do sistema norte-americano. A
conclusão da pesquisa, apresentada como uma das referências do presente documento,
foi uma precisão semelhante entre ambos os receptores para dois dos celulares
utilizados quando comparados ao GARMIN, porém, este último, por reconhecer mais
satélites disponíveis para triangulação, teve uma velocidade de resposta mais rápida.

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