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SEMESTRAL NÚMERO 8 | OUTUBRO 2017 | € 2.

50

PE NSAR
FORA DA CAIXA
OPINIÃO
PROFISSIONAL
A REVISTA
AUTOCONHECIMENTO
PARA O EQUILÍBRIO E RADAR
PARA A FELICIDADE
Sónia Rosa NÃO ESPERE PARA
A ECOLOGIA DO SER FELIZ
Mónica Reis
OBJETIVO
Mário Rui Santos ALTA PERFORMANCE
DESPORTIVA
António Fidalgo

INTER
DISCIPLINAR
OS VALORES DA
SUSTENTABILIDADE
António Batista

A FELICIDADE NAS
ORGANIZAÇÕES!
Samuel Soares

PESSOAS
felizes
ORGANIZAÇÕES
brilhantes
O MELHOR AMIGO
Pub.

DO MOTORISTA!
DISPONÍVEL EM NOVEMBRO!

20
2018
18

PO
SD

GRU
AGENDA
DO MOTORISTA

AGENDA 2018
DO MOTORISTA
TEM dificuldade eM geRIR os tempos de condução e repouso?
A AGENDA DO MOTORISTA PERMITE FAZER TODOS OS REGISTOS DE TEMPOS DE CONDUÇÃO E REPOUSO,
AJUDANDO NO CONTROLO E CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO EM VIGOR.
TOMANDO AS NOTAS NECESSÁRIAS, FARÁ UMA MELHOR GESTÃO DO SEU TRABALHO.
EDITORIAL

Sobreiro Duarte, CEO Grupo SD

Seja bem-vindo ao número oito da “Pensar Fora da Caixa”! É com enorme gosto que o Grupo SD, nesta
edição, envolveu talentos de diferentes áreas para partilharem ideias, assim como o leitor as vai desenvolver
e colocar em prática no seu dia-a-dia.
Sermos e termos à nossa volta pessoas felizes é o grande objetivo da sociedade, no entanto temos um
grande desafio: querer lá chegar e não saber como. Nesta edição vai ter a oportunidade de ler partilhas
extremamente interessantes que o vão ajudar a SER e TER algumas ferramentas para atingir esse objetivo.
Também sabemos que se as pessoas que são mais Felizes contagiam os seus pares e que as envolvem nessa
mesma energia permitindo que cada um em particular e todos no geral brilhem e deem o seu melhor, assim
todos ficam a ganhar.
Estou convicto que quando fazemos o que fazemos com paixão e muito amor, o produto final tem estes
condimentos tornando este serviço ou produto como único e exclusivo. O consumidor sente e reconhece-o e,
naturalmente, valoriza-o de uma forma diferenciadora.
Colocar a nossa paixão no que somos e fazemos faz com que sejamos ainda mais felizes e as nossas
organizações mais brilhantes.
Estamos muito Gratos a todos os que confiam neste nosso/vosso trabalho e que as mensagens que nesta
edição são passadas permitam que cada um se sinta mais “empoderado” para poder ter os resultados que
projetou.
Quero convidar todos a estarem no nosso VIII Encontro Nacional, no dia 21 de outubro nas Caldas da
Rainha: “Envolver & Desenvolver “ é o tema, com excelentes intervenientes e como sempre a Arte das Caldas
da Rainha vai estar presente. Encontro marcado!

REVISTA PENSAR FORA DA CAIXA | OUTUBRO 2017


SUMÁRIO FICHA TÉCNICA
Benvindo a mais uma Edição da Revista Pensar Fora da Diretor:
Caixa! Este número é dedicado à Felicidade: estado de Sobreiro Duarte
plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico. Ao
Subdiretora:
longo dos vários artigos nas áreas de OPINIÃO PRO- Patrícia Neves
FISSIONAL, RADAR e INTERDISCIPLINAR são apresen-
tadas várias perspetivas e, entre os vários autores, a Editor:
opinião é unânime: com pessoas felizes, encontraremos Sobreiro Duarte, Lda.
organizações brilhantes.
Coordenadora:
Editorial --------------------------------------- 3 Telma Eusébio
Ficha técnica --------------------------------- 4 Propriedade da Edição:
Sobreiro Duarte
RADAR: NIF: 130 277 312
Felicidade e bem-estar nas organizações ------ 6
Sede da redação/edição:
Sabia que o excesso de peso reduz a Rua Dr. Asdrúbal Calisto, Nº7 2500-133
fertilidade? --------------------------------------- 7 Caldas da Rainha
Não espere para ser feliz – Aceite o desafio -- 8 geral@gruposd.pt
Os portugueses são felizes no trabalho? ----- 11
Paginação, impressão e Acabamento:
Alta Performance Desportiva ------------------ 12 FIG - Indústrias Gráficas, S.A.
Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra
CAPA:
Ter pessoas mais felizes traz custos ou Tiragem:
2500 exemplares
benefícios às organizações? ------------------ 15 Semestral

INTERDISCIPLINAR: Depósito legal n.º: 385617/14


4 ERC: 126607
A felicidade nas organizações – Uma ISSN: 2183‑4202
abordagem prática ---------------------------- 17 ESTATUTO EDITORIAL
Felicidade é movimento ----------------------- 19 Colaboradores: A Revista PENSAR FORA DA
Mais felicidade, mais produtividade --------- 22 Alexandre Monteiro CAIXA é independente do poder
Ana Júlio político, do poder económico e
10 técnicas da linguagem corporal --------- 23 Ana Ligeiro do poder de quaisquer grupos de
Os valores da sustentabilidade --------------- 25 António Batista pressão.
António Fidalgo A Revista PENSAR FORA DA
OPINIAO PROFISSIONAL: Filipe Simões CAIXA identifica-se com os va-
A felicidade como vantagem competitiva --- 26 Jorge Dias lores da democracia pluralista e
solidária.
Mara Marques
Felicidade numa organização – Comunicação e Mário Rui Santos A Revista PENSAR FORA DA
envolvimento ---------------------------------- 27 Paulo Moreira CAIXA rege-se no exercício da
Autoconhecimento para o equilíbrio e para a Patrícia Abreu sua atividade pelo cumprimen-
to rigoroso das normas éticas e
felicidade ----------------------------------------28 Patrícia Neves deontológicas do jornalismo.
A “Ecologia” do objetivo – Eliminando as Pedro Duarte
Rita Moura Rodrigues A Revista PENSAR FORA DA
auto-sabotagens inconscientes -----------------30 Samuel Soares CAIXA pauta-se pelo princípio de
Adaptação à mudança - Novas oportunidades Sobreiro Duarte que os factos e as opiniões de-
vem ser claramente separados:
de negócio ------------------------------------- 31 Sónia Rosa os primeiros são intocáveis e os
O papel da informação e da comunicação -- 32 Telma Eusébio segundos são livres.
O stress e a condução ------------------------ 33
Distribuição de lucros pelos trabalhadores -- 34
Pub.

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Pub.

SEGURANÇA
E HIGIENE NO
TRABALHO
MAIS SEGURANÇA
MENOS RISCO
5

P O R Q U E A C R E D I TA M O S Q U E
A FORMAÇÃO APLICADA NA
PREVENÇÃO DOS RISCOS
PROFISSIONAIS PROPORCIONA
B E M - E S TA R E S A T I S FA Ç Ã O
NO LOCAL DE TRABALHO,
A P O S TA M O S N A F O R M A Ç Ã O
COMO FORMA DE VALORIZAÇÃO
DA ATRATIVIDADE DA EMPRESA

PO
AJUDAMOS AS PESSOAS
SD
G RU

A CHEGAR MAIS LONGE!


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GRUPO SD
Felicidade e bem-estar nas organizações

a massagens de relaxamento, têm desenvolve no início e fim de cada


mesas de jogos, etc. horário exercícios de aquecimento,
Também em Portugal são vários os estiramento, fortalecimento e relaxa-
exemplos de medidas e programas. mento, com o intuito de prevenir o
Este ano foram 17 os colaboradores aparecimento de lesões músculo-es-
da bracarense BC Segurança que queléticas provocadas pela atividade
aceitaram o convite da empresa para profissional.
passar férias na Jamaica. Quem não Também no dia-a-dia os trabalhadores
quis ir à Jamaica levou para casa um podem ter várias razões para ampliar
salário extra. No dia-a-da têm acesso os níveis de bem-estar, tais como a
a um mini-spa, diversões, lavandaria, celebração de dias especiais (dia do
comida, entre outros benefícios. Na Pai ou da Mãe, Carnaval, dia da Mu-
Ibersaco, em Castelo Branco, além lher, Jantar de Natal); a dispensa no
Telma Eusébio, Grupo SD dos ordenados acima da média, é dia do aniversário; a criação de um
também oferecido acesso ao ginásio espaço de pausa/convívio com pe-
1º de Maio é o Dia do Trabalhador. nas instalações da empresa e umas quenos eletrodomésticos e mesas de
Este acontecimento assinala a luta férias anuais pagas. jogos; existência de protocolos com
por melhores condições de trabalho Outro exemplo passa pela ginásti- Entidades Bancárias, Seguradoras,
6 marcada historicamente pela mani- ca laboral, que tem vindo a ganhar Ginásios para os colaboradores; e o
festação nas ruas de Chicago, nos bastante expressão na última década incentivo do acesso ao Ensino Supe-
EUA, em 1886, que teve a participa- devido aos benefícios que a mesma rior para a progressão na carreira.
ção de milhares de trabalhadores e promove, não só ao bem-estar físi- Por fim, outro resultado positivo re-
terminou com várias detenções e a co dos colaboradores, mas também flete-se na responsabilidade social da
morte de três manifestantes. aos ganhos que potencia à própria empresa que sai valorizada perante a
Atualmente, a busca pelo bem-estar empresa que realiza o investimen- sociedade e junto dos seus colabora-
e pela felicidade no local de trabalho to, como a redução do número de dores, ao proporcionar-lhes uma me-
não é apenas uma pretensão do pró- acidentes profissionais, dos gastos lhor qualidade de vida e uma melhor
prio colaborador que procura condi- com assistência médica e dos níveis qualidade no trabalho.
ções de trabalho justas e condignas. de absentismo. A Valorlis, em Leiria,
O mercado de trabalho reposicionou-
-se no sentido de encontrar estratégias
para atrair e reter colaboradores. São
vários os casos de empresas com
projetos que procuram proporcio-
nar momentos diferenciadores para
que os colaboradores se sintam mais
motivados no desempenho das suas
tarefas.
Os países nórdicos encabeçam a
lista dos países cujas organizações
mais se preocupam, e são vários os
exemplos de práticas proactivas para
o bem-estar dos colaboradores a ní-
vel mundial. Na Google os colabo-
radores são convidados a fazer pau-
sas para exercício físico, têm acesso

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CONSULTÓRIO
Sabia que o excesso de peso reduz a fertilidade?

to do tecido adiposo, que é respon- poderão orientá-la e ajudá-la tendo


sável pela reserva de estrogénios, as em conta o seu perfil e necessidades.
hormonas que controlam a ovula- Segundo o Estudo Prokal, um trata-
ção. Com este aumento de tecido, mento médico baseado numa die-
verifica-se então um desequilíbrio de ta proteinada, o método PronoKal
estrogénios, que afeta diretamente a (www.pronokal.com) permite perder
fertilidade, ao impedir a ovulação da 14 quilos em dois meses, face aos
mulher. Além deste cenário, algumas 5 quilos alcançados com a dieta
disfunções menstruais têm, também, hipocalórica, caracterizada por re-
origem no excesso de peso. duzir tanto a ingestão de gorduras e
Esta problemática agrava-se quando açúcares como de proteínas. Além
Mara Marques, Médica
falamos de interrupções involuntárias de ser mais eficaz por conservar a
da gravidez. Estudos indicam que há massa muscular, a perda de peso é
uma maior tendência para abortos feita através da gordura acumulada.
É do conhecimento geral que a ele- espontâneos quando a grávida tem Nesta dieta 92% do peso perdido é
vada acumulação de gordura no excesso de peso ou é obesa. No proveniente do excesso de gordura
organismo, tem efeitos nefastos para caso dos homens, os quilos a mais do organismo, sendo que os resulta-
a saúde. No entanto, o que grande trazem uma dificuldade acrescida na dos obtidos são notórios num curto
parte não sabe é que além de con- altura de conceber, uma vez que o espaço de tempo, comparativamen- 7
tribuir para o desenvolvimento de número de espermatozóides diminui te a outras dietas. Isto significa que o
doenças cardiovasculares e diabetes consideravelmente. sonho de ser mãe não precisa de ser
tipo 2, o excesso de peso tem gran- Tendo em conta estes fatores, se permanentemente adiado.
des implicações no sistema reprodu- realmente sonha com uma gravidez Este tratamento tem como principal
tor, afetando a fertilidade feminina e saudável, a primeira grande mudan- objetivo a reeducação alimentar do
masculina. ça que deve fazer é alterar a sua paciente, facilitando a manutenção
Estudos realizados indicam que cer- alimentação e perder os quilinhos a do peso saudável a longo prazo, o
ca de 15 a 20% dos casais em idade mais. Iniciar uma alimentação sau- que é essencial não só para uma
reprodutiva sofrem de infertilidade dável com a ajuda de um médico gravidez saudável, mas também
em Portugal. Por outro lado, metade será a chave para o sucesso de um para enfrentar os desafios da mater-
dos homens e mulheres acima dos emagrecimento rápido, com resulta- nidade.
20 anos têm excesso de peso e mais dos a longo prazo. Contudo, refor- Não deixe que o excesso de peso o
de 20% são obesos. ça-se que não é aconselhável iniciar atinja a si e muito menos ao seu so-
Com a acumulação excessiva de uma dieta sem o acompanhamento nho de ser mãe. Mude de estilo de
gordura no corpo, dá-se um aumen- de profissionais médicos, pois estes vida agora!

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NÃO ESPERE PARA SER FELIZ
Aceite o desafio

Mónica Reis, Diretora de Recursos Humanos


8
A nossa vida é passada em sua jetivos não são necessariamente • Criando oportunidades para
maioria nas organizações. antagónicos. impacte positivo (fazer a dife-
Se considerarmos um horário de Em minha opinião e, utilizando rença).
trabalho médio de 8 horas por os níveis de motivação do Autor
dia, é sinonimo de que um terço Richard Barrett, as necessidades
de nossa vida adulta é passada mais básicas podem ser suprimi-
no trabalho. Se considerarmos das pelas Organizações:
apenas o nosso tempo acorda-
dos, em média metade da nossa • Desde as necessidades de so-
vida adulta decorre dentro de brevivência, que estão direta-
uma organização! mente ligadas ao salário e às
Portanto, trabalhar não pode ser condições de trabalho;
um sacrifício nem uma obriga- • Às de relacionamento e tra-
ção com vista a suprir algumas balho em Equipa, que impul-
necessidades básicas. sionam a fase seguinte da au-
Acho injusto imaginar que um toestima; NÍVEIS DE
ser humano deve passar meta- • Até as necessidades superio- CONSCIÊNCIA
de da sua vida adulta esperan- res, podem ser suprimidas, de
do para ser feliz quando sair do certa forma, pela organização;
trabalho. • Com posturas de auxílio às É nas pessoas que está a diferen-
pessoas que pretendam de- ça e, é com elas que as Organiza-
A solução será as organizações senvolver as suas capacidades ções conseguirão destacar-se no
tornarem-se locais de felicidade pessoais (transformação); mercado.
e desenvolvimento humano, ao • Criando condições para que
invés de apenas geradoras de encontrem o Seu Eu (coesão Num clima competitivo como o da
lucro e, atenção que estes ob- interna); atualidade, a Motivação, formação

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e desenvolvimento dos colaborado- 3. REGISTE UM DIÁRIO as pessoas abusem de si.
res e adequada retenção de talentos Pode sempre usar expressões po-
5 MINUTOS POR DIA
são, em minha opinião, fatores im- sitivas, como por exemplo: “Neste
Para reconhecer as oportunidades
portantes não só para a competiti- momento estou a fazer…., acho
que surgem diariamente, registe
vidade, bem como o bom ambiente que poderias fazer deste modo…,
as coisas pelas quais ficou agra-
empresarial. Aqui, o Gestor de Re- e obviamente que estarei aqui
decido terem ocorrido, no seu
cursos Humanos, deve ter liberdade para te apoiar”.
para trabalhar e fazer diretamente dia.
parte da estratégia organizacional 6. CATCH DREAMS
e de desenvolvimento da Empresa. 4. COMBATA OS RECEIOS
Incentivando o trabalho em Equipa “O sucesso de uma pessoa na (CAÇA SONHOS)
e a comunicação entre os colabora- vida geralmente pode ser medido Normalmente deixamos que a
dores dos diferentes departamentos pelo número de conversas des- vida nos conduza, ao invés de
e cargos. Pessoas competitivas são confortáveis que ele(a) está dis- projetar a nossa vida em torno das
pessoas felizes, que sabem fazer e posto a ter.” nossas ambições.
dão o seu melhor. Tim Ferriss Comece com o fim em mente.
Atrevo-me a fazer AQUI um desa- Seja o que for que você sinta que Como se fosse “terminar” ama-
fio a todos os GRH, CEO, Líderes precisa fazer – faça-o. A antecipa- nhã, e delineie o caminho para a
e Responsáveis de Organizações, ção do evento é muito mais do- realização.
para experimentarem, estas dicas, lorosa do que o próprio evento.
durante 1 mês: Então, basta fazê-lo e acabar com 7. SEJA FELIZ E TRANS-
essa tortura interna. FORME A ORGANIZAÇÃO 9
1. MEDITE / CAMINHE / ONDE TRABALHA
RELAXE DE MANHÃ 5. APRENDA A DIZER QUE “As pessoas mais felizes não têm
“Se a escada não está encostada “NÃO” as melhores coisas... Elas sabem
na parede correta, cada passo Como sabe claramente os seus fazer o melhor das oportunida-
que damos só nos leva ao lugar objetivos, vai ter a coragem e a des que aparecem em seus cami-
errado mais rápido.” clarividência de filtrar até mesmo nhos... Pense nisso! O que você
Stephen R. Covey
oportunidades brilhantes – por- tem, todo mundo pode ter, mas o
que em última análise, eles são que você é ninguém pode ser.”
Esvazie as PRÉ OCUPAÇÕES. Fil- distrações para o objetivo atual. Desconhecido
tre o que é realmente importante
Registe-as para voltar a elas pos-
e desvalorize o acessório. Somos nós que criamos os nos-
teriormente.
Se negligenciar a oxigenação do sos problemas. Se quer viver uma
Em algumas ocasiões, não sabemos
cérebro, não importa o quão in- vida abundante, comece por mu-
dizer não e, acabamos por ceder
teligente ou produtivo é. Ser pro- dar e ampliar o campo de visão.
a alguns pedidos. Negar é muito
dutivo para as coisas erradas não Não espere para ser feliz. A vida
difícil, porque ao fazê-lo, senti-
é útil. é para ser vivida e não para ser
Confirme se está a caminhar na mos que somos egoístas e temos
pensada. É tão simples assim, nós
direção certa e, redirecione-se!!! receio de rejeição, por parte de
é que complicamos as coisas.
quem nos solicitou algo. Mas às
vezes é preciso saber dizer não,
2. LEIA UM LIVRO POR para ganhar o respeito sobre si e
SEMANA daqueles que nos cercam. Caso
Pessoas extraordinárias e felizes, você realize os desejos de todos, Você é tão feliz quanto
buscam o ensino e a aprendizagem. deixará a porta aberta para que acredita ser?

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pessoas felizes
Pub.

ambiente saudavel
´

10

ÇÃO
IDENTIFICA OS
DOS PERIG AVALIAÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS
Competindo ao empregador zelar, de forma continuada e permanente,
1
AVAL ISCOS

p e l o e x e r c í c i o d a at i v i d a d e e m c o n d i ç õ e s d e s e g u r a n ç a e d e s a ú d e pa r a
DOS R

o t r a b a l h a d o r , i d e n t i f i c a n d o o s r i s c o s p r e v i s í v e i s e m t o d a s a s at i v i d a d e s
IAÇÃO
ÇÃO

da empresa, apoiamos as empresas na avaliação dos riscos existentes,


REAVALIA

p e l a a u d i t o r i a à e m p r e s a , e l a b o r a n d o o r e l at ó r i o d e ava l i a ç ã o d e r i s c o s
5

e indicando as medidas de prevenção e de correção adequadas aos mesmos.

3
AVALIAÇÃO DE RISCOS PSICOSSOCIAIS
4
ÃO S
IMPL LEÇ IDA
E SE MED
DAS MENTAÇ S Tendo sido os riscos psicossociais relacionados com o trabalho identificados
MED ÃO DA como um dos grandes desafios contemporâneos para a saúde e segurança dos
IDAS
trabalhadores, apoiamos as empresas na identificação e avaliação dos riscos
p s i c o s s o c i a i s, r e c o r r e n d o a f e r r a m e n ta s e s p e c í f i c a s pa r a o e f e i t o, e l a b o r a n d o
o r e l at ó r i o d e ava l i a ç ã o d e r i s c o s p s i c o s s o c i a i s e i n d i c a n d o a s m e d i d a s p r e v e n t i va s
e corretivas mais adequadas a cada situação.

PO
SD
G RU

AJUDAMOS AS PESSOAS A CHEGAR MAIS LONGE!


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GRUPO SD
Os portugueses são felizes no trabalho?

sendo este depois encaminhado Das 150 empresas concorren-


internamente para os inquiridos). tes ao ranking Happiness Works
No estudo é pedido aos inqui- 2017, apresentamos as 10 em-
ridos que respondam a várias presas mais felizes:
questões sobre felicidade na Orga-
nização (9 dimensões e 45 variá- 1. Hilti Portugal;
veis) e felicidade na função (10 2. PHC Software;
dimensões e 31 variáveis). São
3. Omega Pharma Portugal;
colocadas questões sobre o am-
4. Grupo Your;
biente de trabalho, envolvimen-
to com a organização, espírito 5. Solfut;
de equipa, humor no dia-a-dia, 6. Real Vida Seguros;
Telma Eusébio, Grupo SD comunicação, reconhecimento, 7. Mendes Gonçalves;
justiça, aprendizagem, condi- 8. F. Fonseca;
ções financeiras, processos de
Os profissionais portugueses afir- 9. Novo Oculista de Loures;
trabalho, inovação, alinhamento
mam ter um nível de felicidade 10. Selmatron.
de valores, liderança, objetivos,
de 3,8 em 5 pontos. Este resulta-
equilíbrio entre trabalho e vida 11
do foi apurado na 6ª Edição do Paralelamente com o Happiness
pessoal, responsabilidade social,
estudo Happiness Works 2017, Works, é realizado também o Es-
entre outras.
que avalia o nível de Felicidade tudo Happy Boss, que já vai na 3ª
Cada Organização recebe os
Organizacional das Empresas em Edição. Pedro Ribeiro, diretor da
seus resultados e posição relativa
Portugal. Esta iniciativa realiza-se Rádio Comercial e líder da equipa
no ranking. As Empresas “Felizes”
desde 2012 e tem como parcei- do programa da manhã, é consi-
do Top 10 recebem um diploma
ros a Consultora Lukkap Portugal, derado pelos inquiridos no estudo
e selo que podem utilizar na sua
a Revista EXAME, a Associação como o ‘chefe mais feliz’ de Portu-
comunicação interna e externa.
Portuguesa de Gestão de Pes- gal, tendo sido o nome mais men-
Georg Dütschke, docente e inves-
soas, a Universidade Atlântica, a cionado pelos inquiridos.
tigador na Universidade Atlântica
Happy Brands e a Winning Scien-
que se tem dedicado ao estudo
tific Management.
da felicidade e do seu impacto
O estudo decorre entre Janeiro
no local de trabalho, aponta que
e Abril. Todas as Empresas são
“pela primeira vez, a amostra do
convidadas a participar através
estudo ultrapassou a quatro mil
do preenchimento de um inquéri-
respostas, o que nos dá conta da
to online. Existem duas formas de
maior robustez dos resultados an-
participar: individualmente (sem
teriores, mas que vem confirmar,
ser através da Empresa, é preen-
de facto, que para os portugueses
chido o inquérito no link geral
o pior já passou e que a felicidade
disponibilizado nas redes sociais);
voltou às suas Empresas”. Indica-
ou através da Empresa (aplicável
dores económicos positivos como
nas Empresas que pretendem
a descida da taxa de desempre-
participar no estudo, preenchen-
go e o aumento do consumo têm
do o inquérito no link Empresa
contribuído para a felicidade dos
que é enviado ao responsável,
trabalhadores portugueses.

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ALTA PERFORMANCE DESPORTIVA
Aplicação em organizações brilhantes

da melhoria gradual, das melhorias


simples.
Este é um conceito aplicado pelo
Dr. W. Edward Deming, técnico
americano de controlo de quali-
dade, na revolução industrial ja-
ponesa do pós guerra e que, de
facto, operou uma mudança de
tal forma significativa no “modus
operandi” instalado, que permitiu
ao Japão, de uma forma consis-
tente tornar-se em poucos anos
uma das maiores potências eco-
nómicas do mundo.
Esta nova filosofia, de alguém li-
gado ao controle de qualidade,
pode leva-lo a pensar que se trata
12 do controlo de qualidade físico, o
que na verdade não corresponde
à realidade do processo. A infor-
mação passada por Deming aos
japoneses consistia no seguinte:
um empenho constante e inces-
sante para aumentar, de forma
sistemática, a qualidade dos pro-
dutos, todos os dias e em todas
as variáveis do mesmo, alavanca-
António Fidalgo, Coach rá a curto, médio e longo prazo,
um total domínio do mercado. E
“Somos o que pensamos. competências, das aptidões…do mais: esse aumento de qualidade,
seu “mundo”.
Tudo o que somos surge não passa apenas por cumprir um
Os japoneses, têm um termo, determinado padrão, sim por um
com os nossos pensamen- pouco traduzível por palavras processo dinâmico de melhoria
tos. Com os nossos pen- para outra língua (kaizen), muito constante.
samentos fazemos o nos- utilizado nas mais variadas áreas, Aplicado na área desportiva, este
so mundo”. desde as relações pessoais, ao conceito permitiu a um dos técni-
meio empresarial, que, quando cos de basquetebol mais bem su-
No desporto como na vida, acre- aplicado no desporto e nas insti- cedido dos EUA, Pat Riley, (anos
dito, que uma das fórmulas mais tuições em geral, faz todo o sen- 80) revitalizar a equipa dos Los
eficaz para quem quer alcançar o tido, face aos resultados que se Angeles Lakers, recuperando em
sucesso (seja lá o que for que isso quer alcançar! 1987 o título de campeão.
signifique para a pessoa), passa Kaizen, significa literalmente – Pat Riley utilizou nessa época, e
pela melhoria contínua e constan- melhoria contínua – e tem a sua nas posteriores, uma estratégia
te, das próprias capacidades, das base de sustentação no principio completamente nova nos anais

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do basquetebol americano, que Ao aplicar, eu próprio, esta filoso- compreensão do nível em que nos
passava por “convencer/influen- fia, empenhando-me em melho- encontramos e a crença de que
ciar” os jogadores a aumentarem rar de forma constante e incessan- podemos aceder a um nível ainda
em um por cento a sua qualidade te os meus padrões de qualidade mais elevado.
de jogo em relação ao melhor de vida, noto claramente que os
que, individualmente já tinham resultados, são fantásticos. “Não me preocupo em
conseguido. Assim, tendo como objetivo parti- manter a qualidade da
Parecendo uma melhoria ridicula- lhar de forma simples este concei-
mente pequena, a verdade é que, to, para que todos os que queiram minha vida, porque to-
aplicada a cada um dos doze possam usufruir do mesmo, criei dos os dias trabalho para
jogadores da equipa, nomeada- uma mnemónica MCI, que traduz a melhorar”.
mente no seu desempenho em na realidade, o conceito exposto.
campo nas diversas componentes MCI, constitui nada mais nada – Na vida pessoal, nos relacio-
do jogo, o esforço combinado se menos, de que uma “âncora” que namentos, nos negócios, no des-
traduziu num aumento de 60 por cada um pode utilizar à sua ma- porto, na saúde, nas finanças…
cento na eficácia coletiva! neira, tendo em conta o objetivo como posso promover uma me-
– O verdadeiro segredo (valor) do processo – Melhoria Constante lhoria constante e incessante em
desta estratégia, reside na capaci- e Incessante. cada uma das áreas da minha
dade de influência do Líder, para MCI é um princípio que pode uti- vida?
que todos os jogadores (trabalha- lizar em todos os aspetos da sua Desenha e constrói o teu “MCI”,
dores) acreditem, de forma con- vida, acreditando eu que o nível promovendo as acções necessá-
gruente, que é possível e mais do de sucesso que experimentará, rias ao seu desenvolvimento.
que isso, possam ter a certeza que será diretamente proporcional ao 13
conseguem melhorar em um por empenho e ao compromisso com
cento as suas performances. o mesmo. É um processo de me- Qual o melhor momento
lhoria gradual, por mínima que para começar?
“A única verdadeira se- seja, cujos resultados aparecerão AGORA!
mais tarde…ou mais cedo!
gurança da vida, provém
MCI é um processo que exige
de sabermos que todos ação e dedicação. Não significa
os dias melhoramos de ausência de dificuldades, signi-
alguma forma” fica sim, a estreita observância e

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Pub.

desenvolvimento pessoal
‘SOMOS AQUILO QUE FAZEMOS DE FORMA REPETIDA.
POR ISSO A EXCELÊNCIA NÃO É UM ATO, MAS UM HÁBITO.’ ARISTÓTELES

14

DESENVOLVEMOS A SUA EQUIPA


PARA OBTER MAIOR ENVOLVIMENTO
E MELHORES RESULTADOS

G E S TÃ O D E E M O Ç Õ E S | M E D I A Ç Ã O D E C O N F L I T O S | T R A B A L H O S O B P R E S S Ã O
R E L A C I O N A M E N T O C O M O C L I E N T E | T É C N I C A S D E N E G O C I A Ç Ã O | g E S TÃ O C O M E R C I A L
C O M U N I C A Ç Ã O E T R A B A L H O E M E Q U I PA | G E S TÃ O D E P R O D U T I V I D A D E E T E M P O
LIDERANÇA E ENVOLVIMENTO | IMAGEM INSTITUCIONAL E COMUNICAÇÃO
COACHING

PO
SD
G RU

AJUDAMOS AS PESSOAS A CHEGAR MAIS LONGE!


REVISTA PENSAR FORA DA CAIXA | OUTUBRO 2017
GRUPO SD
Ter pessoas mais felizes traz custos ou benefícios
às organizações?
desafio constante que deve ser gar tem que ter este processo
uma preocupação constante do claramente consciente, “ Pessoa
Líder. Felizes Organizações Brilhantes”.
De seguida, utilizar as melhores
Quem ganha com a felicida- ferramentas para o fazer, por ve-
zes encontrar também uma visão
de dos colaboradores nas or- externa com esse objetivo, sendo
ganizações? fundamental ter um processo de co-
municação interna eficaz.
Em primeiro lugar a organização, A liderança deve estar focada nas
de seguida os colaboradores, as pessoas, pois nas organizações te-
seguradoras, o serviço nacional mos pessoas com pontos fortes e
de saúde e, claro, a sociedade com oportunidades de melhoria. A
em si, pelo contágio que essas Arte de liderar passa por permitir
pessoas fazem por onde passam. que os colaboradores potencializem
Será que a felicidade está direta- os seus pontos fortes assim como
mente ligada à motivação? Se o permitir oportunidades de melhoria.
estiver, temos que primeiro enten- Como estimular as pessoas? Exis-
der que motivo leva os colabora- tem diversos estudos que indicam 15
dores a fazerem o que fazem. Se que 80% dos colaboradores re-
assim é, então, cabe ao Líder en- ferem que ficam mais motivados
tender esse motivo. quando o seu líder mostra apreço
Sobreiro Duarte, CEO Grupo SD Se, para as organizações serem pelo desempenho que têm, en-
brilhantes isso depende em pri- quanto apenas 17% das pessoas
Sendo que felicidade é um estado meiro lugar dos colaboradores, é entendem que são suficientemente
durável de satisfação e equilíbrio fundamental construir uma cultu- consideradas pelos empregadores.
psíquico e físico gerando bem-es- ra organizacional forte e um am- E mais de 50% das pessoas ficariam
tar e paz interior, faz todo o sen- biente interno eficaz que promova mais tempo no trabalho se sentis-
tido que cada um de nós esteja a felicidade de toda a equipa. sem mais apreço por parte do seu
constantemente a trabalhar para A conjugação entre pessoas que líder.
atingir este estado, quer na vida encontrem motivo naquilo que Assim, o Líder mesmo que se sinta
profissional assim como na vida fazem e isto lhes dê significado muito ocupado deve reservar algum
familiar. de vida, aliado a uma cultura or- tempo para construir, com mais fre-
Será que é possível ter felicidade ganizacional fortemente voltada quência e de forma mais consisten-
na vida familiar e não a ter na para as pessoas, leva a termos te, sistemas e rituais de valorização
vida profissional? Sendo a pessoa PESSOAS FELIZES e ORGANIZA- das pessoas, estando assim a esti-
constituída por “partes” e o seu ÇÕES BRILHANTES, logo, objeti- mulá-las.
todo é naturalmente a soma das vo alcançado. Gerar uma atitude de Gratidão e
partes. Se a felicidade é um esta-
respeito para com os colaboradores
do, caso não exista nestas partes
Se isto é assim tão simples que lidera gera grandes benefícios.
não poderemos ter uma felicidade
global mas sim momentos felizes, porque não acontece com a
e o objetivo é atingir a felicidade frequência desejada? Ter pessoas mais felizes traz
no seu todo. custos ou benefícios às orga-
Assim sendo, a felicidade das pes- No meu entender, começa pela nizações?
soas nas organizações é, pois, um Liderança, pois em primeiro lu-

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A resposta é evidente e clara, traz melhoria de cada um dos seus
benefícios, então faz todo o senti- colaboradores?
do criar-se dentro da organização • Nos últimos seis meses quantas
uma estratégia de felicidade! vezes de uma forma clara valo- “As pessoas não
Algumas sugestões: rizou os seus colaboradores?
• Costuma envolver os seus cola- precisam de ser
• Sabe qual o motivo por que
cada pessoa trabalha na sua
boradores nas soluções de tra- geridas, precisam de
balho?
organização?
• Sabe o que os seus colaboradores ser estimuladas.”
• Sabe claramente qual o grau de
gostam de fazer extra trabalho?
satisfação dos seus colaborado-
res? Richard Florida
Todas as pessoas nas organiza-
• Tem de uma forma clara avalia-
ções têm um papel importante e
do e consciencializado os pon-
uma visão interessante para de-
tos fortes e as oportunidades de
senvolver a sua organização.

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A FELICIDADE NAS ORGANIZAÇÕES!
Uma abordagem prática

sentimento de bem-estar, de rea- praticar a velha máxima de ensinar


lização, concretização de sonhos, a pescar em vez de oferecer o pei-
a felicidade está também associa- xe, ajudar a que cada elemento
da à ausência de sofrimento. de equipa desenvolva ferramentas
Quem lidera organizações tem de estudo contínuo, desta forma
como principal responsabilidade estaremos a contribuir para que
criar um ambiente onde se poten- o sentimento de autorrealização
cie sentimentos e emoções positi- seja mais forte e consequente-
vas! O contributo de todos os lí- mente vai contribuir para um sen-
deres nas organizações passa por timento positivo de felicidade.
serem eles próprios os maiores
agentes de promoção da felicida- Sermos um verdadeiro elemento
de, e como o podem fazer? lubrificador na equipa, darmos
um contributo para que a inte-
Na Samsys usamos estas aborda- ração de todos os elementos de
gens: equipa seja mais fácil e menos
conflituosa. Sermos um elemen-
Samuel Soares, Diretor Geral
Começar por algo muito simples, to moderador, apaziguador, um 17
é de manhã cedo que o dia come- elemento que potencia a boa co-
Considero que a felicidade é um ça, cumprimentar todos os elemen- municação entre os elementos de
modo, ou forma como escolhe- tos com alegria e energia positiva, equipa, desta forma potenciarmos
mos viver a nossa vida e não um uma alegria e energia contagian- o sentimento positivo de trabalho
destino. Quando consideramos te, esta alavanca pode ser muito de equipa.
que a felicidade é um destino per- útil, todos nós temos noites mal
demos toda a beleza e a oportu- dormidas, ou preocupações que Envolver a equipa na definição
nidade de vivermos felizes com o não deixaram descansar bem, se do rumo a seguir, estimular que
que o universo nos oferece! encontrarmos de manhã um cum- toda a equipa dê o seu contributo
primentar assim, pode ajudar-nos para a construção de uma equipa
a melhorar o nosso registo emo- melhor, que a equipa apresente
Nas organizações acredito que cional e assim o dia ser mais feliz. ideias para melhorar o negócio,
a fórmula é a mesma, devemos Demonstrar interesse genuíno nos desta forma potenciamos o senti-
viver gratos com o que já alcan- nossos elementos de equipa, dar- mento positivo de pertença e con-
çamos e com ações alinhadas no -lhes tempo e atenção, preocu- tributo.
sentido de transformar os nossos par-se com as suas dores, sendo
dias em dias felizes! por vezes “o ombro amigo que Dar, sim dar, dar o nosso tempo, dar
faz falta”, querer saber dos seus a nossa atenção, dar alguns mimos
sonhos, aqueles sonhos que os e com surpresas para a equipa, na
O sentimento de felicidade e a sua fazem mover e superarem-se, e Samsys temos usado alguns des-
definição intrínseca, é de alguma perceber como os ajudar a con- tes exemplos, numa tarde de ve-
forma, diferente para todos os se- cretizar. rão, presentear a equipa com ge-
res humanos, em alguns aspetos lados, no outono com castanhas
genéricos, estamos de acordo de Investir tempo em acompanhar e assadas, no dia da mulher uma
que associamos a felicidade, a ajudar os elementos de equipa flor para todas as nossas colegas,
sentimentos e emoções positivas, a se desenvolverem e evoluírem, de vez em quando trazemos frutos

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tipo mirtilos, outras vezes doces. vez que festejamos, cultivamos o sinceramente que possam ser de
sentimento positivo de querer de ajuda para todas as organizações
Festejar, festejar é obrigatório, to- novo concretizar mais metas e ob- e a todos os que lerem este artigo.
das as conquistas e superações, jetivos.
devem de ser festejadas, e a sua
dimensão deve ser proporcio- Estes são alguns dos condimentos
nal ao feito em si, porque cada que praticamos na Samsys, desejo

18

Samuel Soares

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COACHING E COMUNICAÇÃO
Felicidade é movimento

confusão, má-disposição, preocu- sença, imagem; o apego a tare-


pação, dúvida, stress e ansiedade. fas, regras e procedimentos; a es-
Se se sentir assim alguma vez, é peculação mental da dualidade,
porque está em looping. Anda à como bem e mal, certo e errado,
volta e não há movimento. Há mau e bom, prazer e desprazer.
movimento, mas repetitivo. A vida Ora toda a experiência é válida,
não flui. A aprendizagem para, a não havendo apego nem duali-
experiência fica retida e sem ela dade. Tomando consciência do
o indivíduo fica anestesiado, num mundo espiritual ou emocional,
transe tóxico. saberá que o mundo material é
Ora a experiência é o que permite temporário. Não é fácil assimilar
ao indivíduo crescer. O percurso este estado, a maioria das pessoas
tem de ser feito pelo próprio. Há são servas do mundo material.
quem fique à espera que a felici- Mas embora o gosto pelos obje-
dade e a boa vida cheguem em tos permaneça, entregue-se a um
vez de a viverem. A felicidade não propósito maior e ganhará mais
se encontra num ponto. Nem no consciência da sua interioridade,
início, nem no final. Está contida das suas emoções, que consti- 19
Jorge Dias, no movimento, na coleção de tuem o seu mundo espiritual. Esse
Presidente da ACC - Associação de Coaching e
emoções no trajeto. é o caminho para a felicidade. A
Comunicação
vida material é o passaporte para
Do material ao espiritual sentimentos de medo, ansiedade,
A vida é como uma montanha- perda e escassez.
-russa. Cheia de curvas, contra- Felicidade é um processo espiri-
curvas, altos, baixos, suspense, tual, da sua interioridade, e não
adrenalina, subidas lentas, desci- material, baseado na acumulação Pessoas felizes
das estonteantes, sensações, uma de bens ou de status. As emoções
verdadeira coleção de emoções. positivas que sentimos dos bens
experimentam mais,
Calculo que ninguém pagaria materiais que adquirimos esgo- vivem sensações,
uma volta na montanha-russa se tam-se mais depressa do que as convivem, criam
fosse uma linha reta, apenas de que sentimos das experiências que
A para B. O seu sucesso reside vivemos, sobretudo com outras ligações significantes
mesmo no durante, a sucessão de pessoas. Convívio, passeios, fé- e partilham boas
experiências dentro da experiência rias, encontros, celebrações, parti- sensações.
global. lha. São as experiências que const
Um dos pontos quentes da monta- roem memórias positivas e lhe dão
nha-russa é o «looping», aqueles a sensação de bem-estar. Do ou-
segundos em que damos uma volta tro lado está a aquisição de bens, Invista mais em experiências e
rodando sobre nós mesmos, de ca- uma sensação momentânea sem menos em objetos. Partilhe vivên-
beça para baixo. É um momento registo significante na memória. cias e momentos, acumule capi-
febril, radical e temporário. Como material entende-se carros, tal emocional vivo. Mantenha-se
Na vida também se passa o mes- casas, roupas, etc.; os conceitos sempre em viagem, em movimen-
mo. Porém, há quem fique no de status, como poder, importân- to. Comece já. Agora é o momen-
looping tempo de mais. Surge a cia, valor, honra, bom-nome, pre- to, o momento é agora.

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Pub.

FORMAÇÃO
CRIADA À SUA
MEDIDA!
AVALIAMOS O POTENCIAL DE
CADA UM, E DESENHAMOS
UM PLANO À MEDIDA
20

desenvolvimento pessoal
segurança e higiene no trabalho
saúde | proteção de pessoas e bens
transportes
entre outras

PO
SD
G RU

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Pub.

VIII ENCONTRO
NACIONAL SD
CALDAS DA RAINHA 21 OUTUBRO 2017

PROGRAMA
Consulte os detalhes do programa em 8encontronacional.gruposd.pt,

JORGE SAMUEL PAULO SOBREIRO


DIAS SOARES MOREIRA DUARTE
Fundador - JD Communication CEO - Samsys CEO - EQ-Training CEO
Grupo SD
21

PAINEL ‘ENVOLVER & DESENVOLVER’

ORLANDA EUNICE FILIPE JOSÉ


COSTA DUARTE SIMÕES FERNANDO
Inspetora do Trabalho Diretora Recursos Humanos CEO - FRUEAT Diretor Zona Operacional
MODERADORA Transportes Paulo Duarte Boa Viagem - Barraqueiro Transportes, SA

HORÁRIO
SÓNIA 9h30 - 18h00
ROSA RECEÇÃO AOS PARTICIPANTES
A PARTIR DAS 8H45
Gestora de Projetos
APRESENTAÇÃO

AUDITÓRIO
FAÇA A SUA INSCRIÇÃO ESCOLA SECUNDÁRIA RAFAEL BORDALO PINHEIRO

8ENCONTRONACIONAL.GRUPOSD.PT/INSCRICAO

#8ENSD
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Mais felicidade, mais produtividade

O grande problema vem no facto Este contágio emocional é um as-


das empresas não entenderem o sunto muito sério e estudado na
verdadeiro impacto que a felicida- literatura psicológica há várias
de dos seus colaboradores traz nos décadas. A Dra. Sigal Barsade,
resultados da empresa. da Universidade de Wharton, nos
EUA, tem feito alguns estudos so-
A Social Market Foundation e a bre o contágio emocional. Ela ve-
Warwick’s Centre for Competi- rificou que quando grupos de tra-
tive Advantage, fez um estudo balho têm pessoas que contagiam
que contou com 700 pessoas, emocionalmente outros elementos
mostrando que os colaboradores do grupo, de forma positiva, esse
felizes são mais produtivos no tra- grupo mostra mais cooperação,
balho. O estudo mostrou que a menos conflito interpessoal e me-
produtividade aumentou 12%, em lhor desempenho.
média, tendo chegado até 20% Quando as empresas apostam
acima do grupo de controlo (gru- numa cultura emocional positiva
22 Paulo Moreira, Fundador da Marca Treino po de pessoas que não foram alvo e em disseminar felicidade e práti-
Inteligência Emocional®
da experiência). cas de bem-estar psicológico jun-
Embora a felicidade seja um tema to dos seus colaboradores, todas
Um estudo massivo feito pela subjetivo, tem resultados concre- as dificuldades sentidas pelas em-
Gallup em 2013, com empresas tos e objetivos. presas começam a diminuir.
de 142 países, mostrou que ape-
Os problemas de conflitos inter-
nas 13% dos colaboradores estão Um colaborador feliz, sente-se mais pessoais, baixa produtividade,
comprometidos no seu trabalho. realizado, melhora a sua saúde, con- falta de criatividade, baixo com-
A maioria dos colaboradores de segue estar mais disponível nos seus promisso, começam a melhorar.
todo o mundo, cerca de 63%, não relacionamentos pessoais, é mais E nesse momento, essas empresas
estão comprometidos, indicando produtivo e dedicado e ainda con- tornam-se também em “empresas
que lhes falta motivação e poucos, tagia positivamente os seus colegas. felizes”.
provavelmente, vão investir ener-
gia e foco extra na empresa onde
trabalham. Este estudo mostrou
ainda que 24% dos colaborado-
res estão ativamente descompro-
metidos, ou seja, estão infelizes e
pouco produtivos no trabalho, es-
tando também a contagiar negati-
vamente os outros colegas.
Algumas empresas já começam a
apostar na felicidade e bem-estar
psicológico dos seus colabora-
dores, mas ainda são poucas as
empresas que realmente investem
neste tema.

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DECIFRAR PESSOAS
10 Técnicas da linguagem corporal

negócios, falar em público com forma parecida com as outras pes-


sucesso, conseguir seduzir a mu- soas ou do modo como esperam
lher ou o homem da sua vida, que se vista. Adapte a sua forma
compreender e comunicar melhor de vestir à situação ou ao even-
com os filhos e ainda ganhar mais to para que o identifiquem como
dinheiro. semelhante. Não gostamos e sen-
timo-nos ameaçados por pessoas
que percecionamos como diferen-
1. Sorrir tes. Fale de igual forma, usando
até o mesmo calão ou gíria, e use
Sorrir é sinal de que não vamos
um perfume suave, devido à ten-
atacar, revela boas intenções e
dência que temos para desconfiar
vontade de ligação. Se for em
de pessoas que usam excesso de
grupo, entre no meio e à frente
perfume.
para ser identificado como mais
confiante e líder.
5. Diga o nome
2. Olhar olhos nos da Pessoa
23
olhos Não poderia deixar de referir a
importância do verbal nesta fase:
Olhar olhos nos olhos demonstra diga o nome da pessoa! Dizer o
confiança e credibilidade. Cabe- nome irá gerar mais foco, aten-
ça levantada, queixo na horizon- ção e aumentar o grau de ligação
tal e olhar nos olhos das pessoas inconscientemente.
com quem vai interagir, quando Para o poder usar tem de o ouvir;
entra no local e durante o cumpri- logo, obrigue-se a ouvir o nome
Alexandre Monteiro, Especialista em Decifrar Pessoas
mento do aperto de mão. da pessoa e durante a interação
diga-o pelo menos três vezes:
O corpo reflete os pensamentos 3. Palmas das mãos
e traduz em gestos, posturas e Início da conversa
expressões faciais os verdadeiros
visíveis
— «Muito gosto em conhecê-lo/a,
sentimentos das pessoas. Reve- «Nome”»
Palmas das mãos visíveis e viradas
la, ainda, a sua verdadeira per-
para cima, postura aberta, não Meio da conversa
sonalidade, intenções, graus de
colocar objetos à frente do peito — «Sim, «Nome”»
ligação, emoções, interesses e
como malas ou livros e vire o pei- Fim da conversa
até a posição que ocupam numa
to para a pessoa de forma a mi-
conversa. Não querer ver ou não — «Até já, “Nome”»
nimizar o domínio, demonstrando
dar importância a estes sinais do
total interesse e que não é nem
corpo é perder uma grande par- Temos uma necessidade primiti-
perigoso nem uma ameaça.
te da mensagem mais verdadeira va de pertencer a um grupo. Na
e secreta das pessoas. Saber in- Pré-História, quem não era acei-
terpretar e otimizar a linguagem 4. Aparência visual te pelo grupo não tinha acesso
corporal permitir-lhe-á ter uma ao abrigo e morria. Criámos um
vida melhor, ter emprego, prote- Vista-se para impressionar e não mecanismo de sobrevivência au-
ger a família, fazer bons ou maus para chocar. O ideal é vestir de tomático para encontrar pessoas

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semelhantes, sermos aceites e Um bom sinal de alerta é a au- maior for a distância, mais pode-
também para detetar rapidamente sência de movimento dos braços, rosa essa pessoa se sente.
as ameaças ao grupo, para assim ou então quando escondem as Para otimizar a imagem de con-
garantir a segurança de todos. mãos debaixo da mesa: a pessoa fiança e autoridade de pé ou sen-
quer passar despercebida porque tado, assente bem os pés no chão,
6. Queixo da horizontal poderá estar a esconder alguma afaste-os ligeiramente, não mais
informação ou fez algo errado. do que a largura dos ombros As
A posição do queixo indica o ní- Porém, também deverá desconfiar senhoras, em vez de afastarem os
vel do ego. Se adota a posição do excesso de movimentos com pés, podem avançar ligeiramente
do queixo erguido, o seu ego está os braços. um pé ou afastar ligeiramente o
elevado, podendo ser interpreta- Ao esticar os braços e colocá-los joelho.
do como uma pessoa egocêntrica, por cima da cadeira ao lado, está
que quer transmitir que se sente a ocupar demasiado espaço, é 10. Proteja-se!!!
superior naquela situação, ou que uma demonstração de poder e
a pessoa com quem está a intera- domínio, a pessoa sente que do- Microexpressão
gir não representa uma ameaça, mina o local. As mãos devem estar Desprezo
vê-a como menos poderosa, seja calmas e os movimentos controla-
ao nível de conhecimento, força, dos para gerar confiança, o que O levantar um só lado dos lábios,
estatuto social ou hierarquia; são não acontece frequentemente. ou seja, sorrir assimetricamente,
aqueles a que, na gíria popular, está associado à expressão facial
chamamos «nariz empinado» 9. Pés ligeiramente de desprezo, revela ausência de
consideração, superioridade mo-
afastados ral e que não considera o outro
7. Vire o tronco para
24 como ameaça; é um sentimento
a pessoa Quantas pessoas dizem que são que poderá ter quando se sente
dominantes, líderes, confiantes, superior. Tenha atenção redobra-
Vire o tronco para a pessoa para que enfrentam tudo e todos e que da em situações de negociação,
criar uma maior ligação incons- têm autoridade, mas que entrela- gestão de equipas ou relações
ciente com as pessoas que quer çam as pernas quando falam. É conjugais, e fique atento a este
influenciar. Isto é percebido pelo uma mensagem contraditória. A sinal. Numa negociação pode in-
outro como interesse, e o mais distância entre os pés é o melhor dicar que é ou foi uma presa fá-
provável é que lho devolvam, indicador de confiança e domínio, cil; em gestão de equipas indica
porque temos uma necessidade quanto maior for a distância entre que a pessoa não considera nem
inconsciente de devolver o que os pés, mais territorial e autoritá- valoriza a sua liderança; e em re-
nos dão. Esta técnica funciona ria é a pessoa. Vá buscar uma fo- lações conjugais, quanto mais ve-
tal como quando quer pedir um tografia antiga de grupo e repare zes surgir esta expressão em dis-
favor. Para ter mais sucesso no pe- na distância entre os pés de cada cussões, maior é a probabilidade
dido, primeiro faça um pequeno um. Lembre-se de que quanto for de divórcio.
favor à pessoa, depois esta sente
que tem de retribuir.

8. Mexa os braços e as
mãos
Nos dias de hoje passamos mui-
to tempo sentados, em reuniões,
apresentações, negociações, e os
braços são uma fonte importante
de informação de honestidade e
domínio.

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MOTIVAÇÃO E FELICIDADE
Os valores da sustentabilidade

produto tem possibilidades de sua consciência social enquanto


ser melhor aceite. Um dos re- organização. A responsabilidade
cursos que as organizações dis- social das empresas perante os
põem é o recurso ao Endomarke- trabalhadores e a comunidade
ting, ou seja, perceber juntos dos onde está inserida é uma mais-
seus colaboradores até que ponto -valia, quer a nível da produção,
é que comprariam esse produto. quer a nível dos benefícios so-
Dificilmente se conseguirá ven- ciais e fiscais para as mesmas.
der um produto no mercado se Desta forma, estando clientes,
este não for aceite internamen- empregados e todos os que de-
te. É um facto que, quanto mais pendem, direta ou indiretamente
António Batista, Informático aproximado estiver a conceção, da empresa satisfeitos, cada um
o empenho no desenvolvimento, dos intervenientes poderá, as-
o melhoramento e aperfeiçoa- sim, tirar o máximo proveito do
Muito se tem falado dos valores seu potencial contribuindo para
mento dos seus produtos às ne-
que sustentam uma empresa e o que se chama de Legado.
da importância que têm na ges- cessidades reais do consumidor,
mais hipóteses terá a empresa O poder de influenciar o cliente
tão e motivação dos seus recursos reside, não só na estratégia de 25
humanos. Quanto melhor for a de permanecer no mercado, aju-
dando-a na sua sobrevivência. marketing, mas passa também
relação da empresa com os fun- pela capacidade de proteger o
cionários, melhor será a relação Um outro fator a ter em conta
é a Inovação na conceção dos ambiente e de respeitar os seus
com os clientes, pois estes trans- trabalhadores. É importante per-
mitir-lhe-ão essa mesma força e seus produtos, o que permite à
empresa ter a sua própria iden- cebermos que o planeta é de
as suas próprias motivações. todos e para todos e que é di-
tidade perante a concorrência e
os consumidores, acabando por minutivo pensar-se somente no
Um empregado motivado repre- presente sem preservar o futuro.
senta mais e melhor. fazer com que a sua visibilidade
Tendo em conta a Hierarquia das
no mercado apareça.
Necessidades de Kotler, cada
Pode igualmente apelar-se aos Uma outra ação que pode aju-
necessidade do empreendedor
sentimentos do consumidor para dar é “Fazer o bem”, ou seja,
está intimamente ligada a uma
vender e promover o produto. ajudar as populações mais caren-
necessidade das pessoas. A for-
Ao fazê-lo, está-se a potenciar ciadas com oferta de produtos ou
ma como se comunica o produto
a criação de visibilidade da em- parte dos lucros da venda destes.
também tem a capacidade de
presa no mercado, uma vez que, Tal atitude permitirá ajudar as
influenciar o cliente na compra.
todos nós, temos a necessidade pessoas mais carenciadas den-
A empresa deve ter sempre em
de pertencer a um grupo, seja tro das respetivas comunidades
linha de conta a satisfação do
ele um clube, uma religião ou onde as organizações estão in-
cliente e a produção de um
uma família. No fundo, é realizar seridas. Também é uma forma de
produto que vá de encontro às
algo que marque a diferença em publicitar as marcas e a empre-
normas e valores instituídos bem
relação à concorrência. Natu- sa, incentivando as pessoas ao como às necessidades do consu-
ralmente que ninguém pode ga- consumo dos seus produtos. Ao midor. Essa deve ser a sua prio-
rantir o sucesso de um produto/ fazer estas campanhas a empre- ridade, aludindo ao lema: “Faz
serviço no mercado mas pode-se sa estará a sensibilizar os clien- aquilo que consegues vender”.
sempre tentar perceber se esse tes e o público em geral para a

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RESPONSABILIDADE SOCIAL
A felicidade como vantagem competitiva

inevitavelmente a nossa produtivi- realiza ordens, que faz o que lhe


dade e o nosso bem estar global. é pedido, sem grande autono-
O ambiente laboral reflecte-se mia ou criatividade; colaborador
na saúde de cada um, não só do é aquele que co-labora, ou seja,
ponto de vista psico-social, como que trabalha com, é um termo que
também na sua saúde física. Um pressupõe relação e cooperação.
mau ambiente de trabalho está As organizações do século XXI já
muitas vezes associado a uma não querem ter funcionários, que-
baixa produtividade e a eleva- rem ter trabalhadores motivados e
da taxa de absentismo, poden- criativos que lhes permitam fazer a
do mesmo levar à depressão, a diferença num mercado altamen-
doenças cardiovasculares e a ten- te competitivo, querem ter capaci-
são arterial elevada, entre outros dade de atração e posterior reten-
problemas de saúde. ção de talentos, de colaboradores
Os modelos de gestão de pessoas “ganhos” para o propósito da
mais vanguardistas olham para organização, que se distinguem
Rita Moura Rodrigues, Socióloga cada colaborador no seu todo, pela sua performance. Pessoas
como um ser com vida profissional, descontentes não trabalham bem.
26 Não, não estamos a falar de um pessoal e familiar, cientes de que Na melhor das hipóteses fazem o
conto de fadas! Estamos a fa- cada dimensão se reflete nas ou- mínimo que lhes é exigido, não se
lar de economia real e de novas tras duas. O interesse e preocu- envolvem, não são criativas, não
formas de gestão que têm no seu pação genuínos com o colabo- “vestem a camisola”.
centro a felicidade. Temos tão rador constituem uma verdadeira A preocupação com os colabora-
enraizada a ideia de que traba- política de responsabilidade so- dores, com o seu desenvolvimen-
lho é esforço e sofrimento, que cial para com a parte interessada to pessoal e profissional, com o
quase achamos que trabalho e que são os recursos humanos. É seu envolvimento na missão e va-
felicidade não combinam e que a responsabilidade social interna, lores da empresa cria um círculo
felicidade e organizações com- que deve pré-existir à externa e virtuoso. Garantir aos colabora-
petitivas são universos que nunca que lhe reforça a coerência. Nes- dores o seu bem estar no local de
se tocam. Mas há cada vez mais ta ótica pretende-se que cada co- trabalho – um bom ambiente la-
exemplos de empresas que de- laborador possa realizar o seu po- boral, a possibilidade de aprendi-
monstram que não é bem assim, tencial profissional, atribuindo-lhe zagem contínua, a oportunidade
tal como estudos de gestão que maior protagonismo e autono- de progressão profissional e o re-
sublinham o papel da felicidade mia, passando do papel passivo conhecimento pelo desempenho
e do bem estar como ingredientes de acolher e realizar ordens, para - é um passo fundamental para
fundamentais para a eficiência e um papel mais ativo, colocando a o aumento da eficiência de uma
capacidade competitiva de uma sua criatividade ao serviço da or- organização, vários estudos o têm
organização. ganização. confirmado. Nessas condições, a
Porque é que a felicidade ou o Em termos de gestão de recursos tendência é para o aumento da
bem-estar são assim tão impor- humanos, a expressão funcionário produtividade, para a melhoria da
tantes em contexto organizacio- vai caindo em desuso, sendo cada imagem da empresa que sai para
nal? Se pensarmos que passamos vez mais substituída pela expres- o exterior e logo na forma como
1/3 do nosso dia a trabalhar, são “colaborador”. Há que ana- a empresa é olhada pelo merca-
percebemos a importância de lisar o significado das palavras: do, que as vendas aumentem. Há
nos sentirmos bem em contexto funcionário é aquele que fun- uma convergência de propósitos
profissional, pois isso condiciona ciona, como uma máquina, que em que todos ganham.

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FELICIDADE NUMA ORGANIZAÇÃO
Comunicação e envolvimento

E essa mesma felicidade não passa


por ter matraquilhos, cabeleireiro ou
festas no escritório todos os meses.
Ela deve ser simples porque está
no teu coração. E estou certo que
a encontras mais facilmente num
passeio à beira mar com o teu filho
ou com o teu Pai do que numa rave
party em Ibiza. A efemeridade passa
mas o conteúdo fica. Os sentimen-
tos são raízes fortes, que resistem a
tempestades.
E a felicidade não é um evento. Não
pode ser um evento. Ela é conquista-
da minuto a minuto, num conjunto de
Filipe Simões, CEO FRUEAT
momentos bons a que chamamos
felicidade. De que vale um mega
É difícil para mim falar em felicidade pessoas felizes. E que nenhum su- jantar com Disk-Jockey se não sabes
numa organização pois corro o risco cesso do mundo valerá a pena se o nome do office-boy, nem imagi- 27
de cair em banalidades ou “esote- for conseguido desrespeitando as nas que a mãe dele está doente?
rismos”. E porque todos os gestores pessoas. Um líder que não goste de pessoas
pensam que têm equipas felizes, É na felicidade genuína que tudo nunca terá equipas felizes. Pode até
mesmo que não percam 1 minuto começa, sem show-off, lugares co- ter bons resultados, mas nunca terá
por mês para falar com elas, ouvi- muns, modas ou eventos para a fo- sucesso. Porque a nossa missão no
-las ou explicar-lhes uma alteração tografia. mundo não se expressa num balanço
de forma descomplexada e transpa- Ela surge naturalmente pela comu- ou numa demonstração de resultados.
rente. nicação aberta, pelo envolvimento, Se não tocares o coração de outros
Mas vou ter de correr o risco por- mas acima de tudo por acreditarmos e não lhes despertares sorrisos, en-
que se há coisa que estes 20 anos realmente naquilo que a nossa empre- tão lamento, mas falhaste rotunda-
de carreira me ensinaram é que o sa leva à vida das pessoas e no nosso mente. E isto passa tão depressa.
sucesso sustentável se constrói com papel na organização.

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COACHING
Autoconhecimento para o equilíbrio
e para a felicidade
de acordo com correntes de coa- pacidades, dos seus pontos for-
ching nacionais e/ou internacio- tes e fracos e dos seus valores.
nais, sendo que todas partilham
um denominador comum, o Coa-
ching é um processo de desenvol- O coach emprega várias ferra-
vimento pessoal que visa potenciar mentas e utiliza técnicas e co-
as capacidades de cada ser huma- nhecimentos de diversas ciências
no com vista a uma melhor reali- comportamentais como a psico-
zação, de acordo com a sua von- logia, sociologia, neurociência,
tade. Refere-se desenvolvimento gestão de recursos humanos,
pessoal, considerando que o SER com recurso à PNL - Programa-
pessoal e o SER profissional for- ção neuro linguística, planea-
Sónia Rosa, Coach e Gestora de Projetos mam o SER humano integral, e mento estratégico, visando a
quando um destes reage positiva conquista de objetivos/resulta-
Coaching tornou-se seguramen- ou negativamente o outro sentirá dos em qualquer contexto, seja
te num termo bastante massifi- as devidas repercussões. pessoal, profissional, social, fa-
cado nos nossos dias, quer pela O crescimento desta área le- miliar, saúde, desportivo, finan-
28 importância cada vez mais evi- va-nos a assistir à conceção de ceiro, entre outros.
denciada no contexto pessoal e várias metodologias/ modelos
profissional, quer pela aplica- desenvolvidas por coaches (pro-
bilidade em várias áreas. Não fissionais certificados que de- O Coaching é uma ferramenta
ficando indiferentes à ideia de sempenham esta função) fomen- fundamental para os indivíduos
que acresce significado na vida tando o processo de coaching, que embarcam numa viagem
de uma pessoa, será que todos procurando obter resultados de crescimento pessoal e otimi-
conhecem o seu significado? cada vez mais eficazes para o zação das suas potencialidades,
coachee (cliente). enriquecendo as competências
Segundo a APCOACHING - As- Diferente de um mentor ou con- pessoais e emocionais para uma
sociação Portuguesa de Coa- sultor, um coach não precisa ne- vida mais plena e equilibrada.
ching, o Coaching é uma Rela- cessariamente de ter experiência Todos nós deveríamos ter um
ção profissional, orientada para na área de intervenção do seu coach!
um Objectivo do Cliente (…), cliente, nem deve aconselhar
que ajuda o Cliente a produ- ou apresentar soluções para as
zir resultados extraordinários questões trabalhadas nas ses-
na sua vida, carreira, negócio sões. O pressuposto do processo
e organizações. Através do Pro- de coaching é que o cliente pos-
cesso de Coaching os Clientes sui em si as respostas e soluções
aprofundam o seu auto-conhe- para os seus dilemas, necessi-
cimento, encaram as mudanças tando de um profissional capaci-
desejadas, orientam-se para a tado, para o auxiliar no processo
Acção, produzindo abertura a de  autoconhecimento, fazendo
mais aprendizagem, melhoria do os questionamentos certos, com
desempenho e da sua qualidade recurso a perguntas poderosas,
de vida. permitindo que o coachee tenha
Vários autores criaram definições maior consciência das suas ca-

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Pub.

MOTIVAÇÃO E
L H O E M E Q U I PA
TRABA
TEAM BUILDING | EVENTOS
29

MOTIVAÇÃO | ESPÍRITO DE EQUIPA | COESÃO | DINÂMICA


QUEBRAMOS BARREIRAS, REFORÇANDO OS LAÇOS ENTRE OS COLABORADORES E PERMITINDO
MELHORAR A COMUNICAÇÃO, DESCOBRIR APTIDÕES E TALENTOS, FOMENTAR A SOLIDARIEDADE,
A COOPERAÇÃO E ESPÍRITO DE EQUIPA, MELHORAR O DESEMPENHO COLETIVO E INDIVIDUAL,
E AUMENTAR A MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES

S D E N V O LV E
EVENTOS TEAM BUILDING

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A “ECOLOGIA” DO OBJECTIVO
Eliminando as auto-sabotagens inconscientes

ciosa. Alguém com quem sabia paço e tempo para que cada um
bem estar por perto. dos elementos da família se pro-
Procurou-me porque sentia que nunciasse sobre essa mudança.
estava a precisar de ajuda. Ob- Percebemos que a “ecologia” do
servava um padrão nela que sen- seu objetivo profissional não esta-
tia como uma espécie de auto-sa- va considerada, e que o impacto
botagem. Nas palavras dela, uma que essa mudança poderia ter na
desmotivação oscilante. família estava a ser materializada
Sempre que ela estava prestes a num receio inconsciente que leva-
atingir resultados especialmente va à auto-sabotagem.
satisfatórios, que lhe poderiam
abrir caminho a uma ascensão na Pedi-lhe então que ela conside-
carreira, algo acontecia e não os rasse a hipótese de realizar essa
Mário Rui Santos, Terapeuta e Formador
chegava a atingir. reunião familiar. E chegamos a
O lugar de responsável de região fazer algumas simulações dessa
tinha-lhe sido apresentado como conversa, antecipando os diferen-
Há trabalhos que são autênticas uma forte possibilidade, e essa tes pontos de vista.
30 formas de vida. Tão difíceis de dis- perspetiva era encarada por ela Com esta iniciativa, os caminhos
sociar do resto da vida, que se tor- com muito bons olhos. abriram-se e as auto-sabotagens
nam a própria vida. O que faz com No entanto, ela não conseguia dissiparam-se.
que na história da humanidade avançar, dar o passo que a aju-
sejam inúmeras as personagens dava a progredir. Enquanto terapeuta, aprendi o res-
que conhecemos graças ao tra- peito que se deve colocar – aquan-
balho que fizeram, não por aquilo Quando comecei a pedir-lhe que do da definição de objetivos – no
que eram com as suas famílias ou ela se projetasse na função que impacto sobre os outros elementos
na sua vida diária. pretendia, deu-me alguns porme- da vida de cada pessoa.
Por vezes a paixão por aquilo que nores importantes. Entre os quais, Se essas situações não estiverem
se faz profissionalmente, confunde- o estado de equilíbrio da sua fa- clarificadas e pacificadas, o in-
-se com a paixão pela própria vida. mília. Com duas filhas pré-ado- consciente/subconsciente será
Quando assim é, sem exageros lescentes, ela sentia que as iria uma força de bloqueio, em vez da
patológicos, a felicidade que se “abandonar” um pouco. O novo fantástica alavanca que pode ser.
sente no trabalho sente-se na vida cargo que queria ocupar também Será, assim, importante definir
e para a vida. exigia mais responsabilidade e clara e especificamente o objetivo
Há, no entanto, que saber equili- algumas deslocações para locais a atingir, mas é de crucial impor-
brar a realização profissional com mais afastados da sua residência. tância antecipar o impacto da sua
a realização pessoal. E sermos Essa situação era uma “ponta-sol- concretização nas pessoas e nas
“ecológicos” na definição dos ta” que se materializava numa sa- circunstâncias envolventes.
nossos objetivos. botagem inconsciente. Daí, a necessidade da “ecologia”
A possibilidade de ascensão na nos objetivos.
Alguns anos atrás, trabalhei de carreira tinha sido referida de for-
perto com uma executiva comer-
cial de uma empresa farmacêuti-
ma muito subtil com o marido e Fiquemos bem…
com as filhas, mas o assunto nun-
ca. Uma mulher, mãe de família, ou melhor ainda!
ca tinha sido abordado de uma
dinâmica e saudavelmente ambi- forma mais cuidada. Dando es-

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ADAPTAÇÃO À MUDANÇA
Novas oportunidades de negócio

É uma verdade incontornável, as- que não é a fidelização que con-


sim como o é o facto de, ao lon- ta mas sim a manutenção dos
go dos tempos, virmos assistindo clientes. Ora, se os consumidores
à construção de um novo modelo procuram a informação on-line,
social, mais dinâmico e inovador importa perceber e ter em conta
ao qual denominamos de Socie- que quando o consumidor decide
dade da Informação. Esta nova adquirir um determinado serviço/
realidade surge como consequên- produto, este já está devidamente
cia da instabilidade sócio econó- informado sobre as suas caraterís-
mica e pela crescente importância ticas. Por fim, as empresas têm de
das tecnologias de informação, estar atentas à concorrência, pois
constituindo esta um fator crítico é importante perceber o que faz
António Batista, Informático
de sucesso. Esta dinâmica criou, a concorrência para que se possa
per si, um conjunto de novas pro- tomar uma posição de liderança
O mercado está em constante mu- fissões e novas expressões (Open pois ao não fazê-lo, correm um
tação e, por conseguinte, as em- sources, Tagging, Web 2.0/3.0, sério risco de falência pois os
presas precisam de estar atentas e API, Network, RFID…). As empre- concorrentes não são mais do
de se adaptarem a cada uma das sas vêem-se na particular necessi- que empresas que oferecem pro-
mudanças que o mercado exija. dade de mudar a forma de abor- dutos substitutos e que procuram 31
No entanto, essas mudanças serão dar o mercado e o consumidor, satisfazer as mesmas necessida-
tão mais eficazes quanto a preocu- em particular, passando a fazer des dos clientes torna-se, pois
pação que tivermos no sentido de uma abordagem mais interativa em imprescindível conhecer bem a
procurar o tão almejado sucesso, busca de novas formas de funciona- concorrência. Já Kotler dizia que
sim, porque não importa produzir mento e de novas oportunidades de “as firmas fracas ignoram os seus
a todo o custo mas sim de acordo negócio, pois o perfil do consumi- competidores, as firmas médias
com o custo. É importante perce- dor atual mudou. Eles estão, hoje, copiam os seus competidores e as
bermos que o planeta é de todos e mais informados, mais exigentes, firmas vencedoras lideram os seus
para todos e que é diminutivo pen- mais heterogéneos, pensam por si competidores”.
sar-se somente no presente sem mesmo e, por conseguinte, a ofer-
preservar o futuro. ta tem de ser apresentada à sua Boas decisões e bons negócios!
Muda o mercado porque o mun- medida, através de um produto
do está em profunda mutação. mais personalizado, mais versátil
Costuma dizer-se; mudam-se os e de uma distribuição mais indi-
tempos, mudam-se as vontades! vidualizada e temos de perceber

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SEGURANÇA NO TRABALHO
O papel da informação e da comunicação

dia, um dos motores da atividade res designados em matéria de


das empresas de forma a torna- primeiros socorros, luta contra
-las competitivas e também de incêndios e evacuação de tra-
forma a promover as condições balhadores;
de segurança e saúde necessá-
rias para os trabalhadores. Os trabalhadores e os seus re-
A comunicação em equipa é tam- presentantes para a SST devem
bém ela fulcral, pois sem ela, dispor de informação sobre:
não seria possível constituir uma - Os riscos, as medidas de pre-
organização formada por pes- venção e o modo de aplicação
soas felizes e interligadas entre no contexto do posto de trabalho
Ana Ligeiro si, possibilitando a expressão de e da empresa;
Técnica Superior de Segurança no Trabalho cada elemento do grupo, criando - As medidas a adotar em caso
espaço às posições dos diferentes de perigo grave e iminente;
Um bom programa de informa- elementos e ajudando a alcançar - As medidas de combate a in-
ção e comunicação é algo im- o consenso.V cêndio, primeiros socorros e eva-
prescindível dentro de uma or- A informação e a comunicação no cuação de trabalhadores.
32 ganização, pois são, aspetos es- âmbito da SST A empresa deve também dispor
senciais para promover um bom A informação desempenha um de formas de comunicação efi-
ambiente de trabalho, fomentar a papel essencial na identificação caz, que permita partilhar a vi-
coesão entre os diversos elemen- das componentes materiais do são, os valores e os princípios da
tos e garantir a aplicação das trabalho e no conhecimento dos política, o plano e os programas
obrigações no âmbito da segu- riscos a eles associados e das for- de execução de medidas, as nor-
rança e saúde. mas de proceder ao seu controlo. mas e procedimentos internos, a
Através deste programa as orga- Mais do que construir uma medi- informação externa oriunda de
nizações podem: da de prevenção, a informação entidades com competências em
é um fator potenciador da eficá- vários domínios (administração
- Determinar as necessidades cia das principais medidas e de do trabalho, inspeção, qualida-
de informação/comunicação da uma organização constituída por de, etc.).
avaliação de riscos e de normas pessoas felizes, cuja promoção e
jurídicas aplicáveis; segurança e saúde está assegu-
- Ajustar as ações a desenvolver rada.
junto dos diferentes grupos de A informação, enquanto siste-
colaboradores; ma permanente de alimentação
- Criar mecanismos de difusão e circulação de conhecimentos,
pelos sistemas de comunicação adequados ao processo produti-
da empresa; vo da empresa, deve permitir:
- Criar metodologias de comuni-
cação para os trabalhadores da • A avaliação sobre os riscos
organização e para terceiros; para a segurança e saúde e as
- Definir instrumentos que ava- medidas tomadas na empresa
liem a adequabilidade e eficácia para fazer face aos riscos em
da informação; cada posto de trabalho;
4 • Saber quais as medidas a
A informação assume, hoje em adotar e quais os trabalhado-

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RISCOS PSICOSSOCIAIS
O stress e a condução

dade, pior o desempenho se torna. fortemente enviesadas, devido aos


Sem querer prolongar a descrição seguintes aspetos:
das repercussões biológicas de
uma resposta de stress, podemos Ao nível da percepção – devido às
resumir que perante uma situação alterações biológicas referidas, o
indutora de stress, ocorre um con- indivíduo “stressado” é frequente-
junto de alterações ao nível quími- mente levado a fazer interpretações
co/hormonal (sobretudo ao nível erradas, p.ex., erros na avaliação
do Sistema Nervoso Central, mas de distâncias, velocidades, entre
com efeitos ao nível Cardiovascu- outros, que comprometerão a sua
Ana Júlio, Psicóloga
lar, Respiratório, Digestivo e Muscu- clareza na análise das relações
lar) que podem conduzir a variadas causa-efeito, e consequentemen-
Vários são os estudos que têm evi- interferências no comportamento/ te no seu processo de tomada de
denciado, ainda que de uma forma desempenho do indivíduo. decisão.
não específica à tarefa de condu- Estas alterações podem apresen-
ção, a relação entre uma situação tar consequências, quer ao nível Ao nível da atenção – o indivíduo
indutora de stress e a atividade in- da percepção, do comportamen- passa a sentir uma maior dificulda-
telectual e /ou o desempenho de to imediato ou em manifestações de em manter uma atenção persis-
33
determinado indivíduo. mais prolongadas. Sendo assim, tente, pelo que surge uma maior
Uma das primeiras explicações, e é comum verificar que indivíduos frequência de erros, sobretudo,
talvez a mais divulgada, é a de- que experienciam um nível de stress quando tem de atender a vários
signada por Lei de Yerkes-Dodson intenso e prolongado, tendem a estímulos simultâneos.
(1908), evidenciada no quadro se- apresentar alterações de sono, de
guinte: humor, de energia, de memória, Ao nível da memória – o indivíduo
que a longo mostra uma maior dificuldade em
prazo poderão reter informação e em recuperar
levar ao desen- dados de informação armazenada.
volvimento de Mais uma vez, vê assim compro-
outros quadros metida, a sua capacidade/qualida-
clínicos, tais de de tomar uma decisão.
como, depres- Perante um quadro de stress, o
são ou crises indivíduo tende a apresentar deci-
de ansiedade. sões prematuras, impulsivas, sem
Quando fala- considerar todas as alternativas
mos da tarefa possíveis, apenas com o intuito de
de Condução, se libertar rapidamente da situa-
pensamos sem- ção que o está a incomodar. Esta
pre num fenó- dificuldade tende a ser ainda mais
meno trifásico. acentuada quando o indivíduo se
Entretanto foram surgindo outras Um comportamento que envolve encontra num dilema em que pos-
explicações, com algumas corre- as etapas de VER, PENSAR e AGIR. sa estar ameaçada a sua condição
ções a este modelo, mas a conclu- Devido às alterações biológicas re- física, tal como poderá acontecer
são inquestionável foi sempre que feridas de uma resposta de stress, perante um imprevisto durante a
o stress interfere com o desempe- será importante (re)conhecer que tarefa da condução.
nho, e quanto maior a sua intensi- estas 3 competências poderão ser

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CONTABILIDADE
Distribuição de lucros pelos trabalhadores

sede de imposto sobre o rendimen- zação dos benefícios dos emprega-


to, iriam ser atribuídos aos sócios, dos, onde se inclui os benefícios de
nos termos propostos e acordados curto e longo prazo e também as
na assembleia relativa à distribui- gratificações de balanço.
ção de lucros. Para ser reconhecido como gasto
Logo só é possível a existência destas fiscal e contabilístico, a participa-
gratificações havendo lucro, uma vez ção nos lucros tem de ser reconhe-
que havendo resultados negativos cida como uma obrigação legal ou
não existe montante que possa ser construtiva, e se poder fazer uma
Patricia Abreu, distribuído. estimativa fiável do valor a atribuir.
Técnica Oficial de Contas, RF Consultores Os lucros distribuídos por socieda- O gasto tem de ser reconhecido no
des a pessoas singulares são ape- ano a que o lucro diz respeito inde-
Sempre que exista lucro na empre- nas tributados a 50% no seu IRS, pendentemente do seu pagamento
sa é possível fazer-se a gratificação desde que os mesmos optem pelo poder ocorrer no ano seguinte. A
por participação nos lucros (também englobamento dos restantes rendi- empresa poderá não ter a obriga-
conhecido como gratificações de mentos obtidos. A tributação ocor- ção legal, mas poderá ter a obriga-
balanço) pela sua gerência e/ou rerá no momento do recebimento ção construtiva, é o que acontece
aos trabalhadores, a título de par- ou colocados à disposição dos em- por exemplo se a entidade tiver a
34 pregados. prática enraizada de remunerar os
ticipação nos lucros da empresa,
lucros estes que, nos termos da Ao nível da segurança social as trabalhadores através de gratifica-
legislação comercial, pertencem gratificações atribuídas aos cola- ções, por participações nos lucros.
aos sócios. Ou seja, falamos dos boradores da empresa são sujeitas No entanto o valor tem uma limi-
valores apurados no resultado, a desconto para a segurança social, tação fiscal, o valor atribuído só
após estarem fechadas as contas, pelo valor total atribuído, mesmo poderá ser até ao dobro da remu-
que são distribuíveis aos sócios, que a sua atribuição esteja con- neração média mensal quando os
“abdicando” estes de parte desses dicionada aos bons serviços dos beneficiários sejam órgãos sociais
valores em proveito dos trabalha- trabalhadores, bem como as que ou funcionários com uma participa-
dores, normalmente como prémio revistam caráter de regularidade e ção de pelo menos 1% do capital
ou gratificação pelos resultados al- de permanência; da sociedade e para que sejam
cançados. Quando falamos de “prémios” de considerados um gasto fiscal terão
Uma gratificação não é mais que desempenho (não atribuídos por de ser pagos até ao fim do período
uma recompensa pecuniária que se via de “gratificações de balanço”), seguinte.
atribui para além do normal paga- estes são atribuídos quando existe
mento pelos serviços prestados. o cumprimento de determinados
Esta é uma das formas das em- objetivos, isto é, não depende de
presas reconhecerem o trabalho, existirem resultados positivos na
dedicação e empenho dos seus empresa. É considerado um gasto
funcionários em proveito dos resul- contabilístico e fiscal da empresa,
tados positivos da empresa e pelo relativo à remuneração do traba-
que continuarão a ter os seus tra- lhador. Estes prémios também po-
balhadores envolvidos, motivados, dem estar condicionados aos resul-
produtivos e empenhados no de- tados da empresa, se houver essa
sempenho das suas funções. condicionante imposta.
Tecnicamente falando, são valores Com o SNC surge a NCRF 28 Be-
apurados na conta de resultados nefícios dos empregados, com o
que com as tributações devidas em objetivo de prescrever a contabili-

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Porque acreditamos que ‘o capital mais valioso de Sendo a formação técnica a impulsionadora da
qualquer organização são as pessoas’, focamos a melhoria de competências, a Sentidos
missão da Yes D People® no desenvolvimento Dinâmicos® aposta na formação especializada
pessoal, como forma de crescimento das pessoas na área dos transportes como ativador das
e das organizações, permitindo a melhoria da potencialidades do capital humano das
relação com o cliente interno e externo. organizações.

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Sendo as pessoas o motor do Porque sabemos que os tempos de
crescimento das organizações, condução e repouso dos motoristas
dispomos de ferramentas para são difíceis de gerir e controlar, nós
‘encontrar a pessoa certa para o fornecemos as ferramentas que
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fazer a melhor gestão, para evitar
surpresas.

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Instrumento que permite avaliar a Contruímos os programas e os
atmosfera psicológica que envolve conteúdos da formação de acordo
a relação entre a empresa e os com as necessidades específicas da
seus colaboradores, a qual é empresa, sendo estes adaptados à
fundamental para o sucesso da sua realidade.
organização. Esta formação, sendo certificada,
permite cumprir com a
obrigatoriedade do Código do Trabalho
em matéria de formação profissional.
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Porque acreditamos que a formação aplicada na Quebramos barreiras, reforçando os laços entre os
prevenção dos riscos profissionais proporciona colaboradores e permitindo melhorar a
bem-estar e satisfação no local de trabalho, comunicação, descobrir aptidões e talentos,
apostamos na formação de Segurança e Higiene no fomentar a solidariedade, a cooperação e espírito de
Trabalho como forma de valorização da atratividade equipa, melhorar o desempenho coletivo e individual
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