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área estão marcadas pela filosofia. A filosofia é a visão que temos do mundo e
nossa prática está intimamente ligada a como vemos os fenômenos. Este texto
“como” vemos, são hipóteses de como o mundo funciona. Sendo esta uma
pessoais e não existe algo como uma filosofia certa. O máximo que podemos
As hipóteses de mundo
publicou no ano de 1942 uma das obras mais influentes do século passado:
(Carrara, 2004; Biglan, & Hayes, 1996). Nesta, que é apenas uma das formas
mesmas, possuem não apenas significado, mas também status causal. Desse
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Kuhn (1991) descreveu as hipóteses de mundo como paradigmas, modelos ou representações do mundo dos quais
os cientistas extraem problemas e soluções para os mesmos.
problemas no modo como os organismos se comportam são atribuídos a falhas
descrições dos cientistas (Bach, & Moran, 2008). Dentro desta tradição
evento histórico”. Ao realizar tal descrição, o autor defende que não apenas o
contexto presente está em voga, mas também toda a história que tornou
cientista é o que determina a validade das suas asserções, desse modo, uma
holística do mesmo.
Por outro lado, para Fox (2008), partições são possíveis, todavia, com a
condição de que tal medida esteja a serviço de uma meta específica. O autor
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Livre tradução para successful working.
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Da raíz grega análysis, dissolução, decomposição .
Modelos terapêuticos contemporâneos – aqueles ditos de terceira
seguir.
Contextualismo Funcional
origens acreditavam estar na filosofia que amparava sua atuação. Biglan, &
prática dos cientistas comprova que ainda não se conseguiu traduzir o corpo de
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Os autores citam as investigações em que são correlacionadas atitudes e comportamentos abertos; estratégias de
memorização e desempenho em testes; etnia e comportamentos; expectativas e comportamentos.
Ainda no que se refere à origem do que seria considerada a base de
Skinner (1945) realizou uma série de ajustes (Törneke, 2010) e findou por
algum tipo de relação com grupos extremistas até uma inquebrável vinculação
dos eventos.
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O leitor cuidadoso tenderá a perceber que são evidentes as semelhanças entre a proposta de Biglan e Hayes (1996) e a de Skinner
(1945). Todavia, conforme explicitado anteriormente, cumpre aos autores apenas apresentar o contextualismo funcional e as
derivações práticas dos seus supostos. Acredita-se que leituras comparativas e/ou críticas de ambas as propostas filosóficas são
não apenas benéficas como necessárias para seu esclarecimento e desenvolvimento da ciência.
ações-em-contexto. Para tal tarefa recomenda-se o uso de um conjunto
(Carrara, 2004).
fenômeno.
bom àquilo que contribua para ações efetivas, estabelece como meta única
faz mais adequado uma vez que as análises são meramente probabilísticas e
organismos.
dele. De acordo com o autor, uma vez que cada ação (inclusive a de analisar)
atingidas.
Biglan e Hayes (1996) apresentam uma visão acerca das teorias que, se não
semelhantes.
possibilidade de intervenção.
também, entre outras terapias de terceira onda. Este tipo de atu ação revela
contextualismo funcional.
é que o individuo pare de alucinar, mas sim que esta resposta não interfira em
alucinar à vontade quando isto não lhe trouxer prejuízo, mas em contextos
tarefa.
humano com a história do garoto que foi mordido por um cachorro. Seu
cachorros). Porém a história de aprendizagem vai muito além. Este garoto foi à
escola e lhe fora apresentado diversas vezes o estímulo visual cachorro com o
sua resposta será correr para longe; se no contexto casa ele ler um livro com o
estímulo verbal escrito “CACHORRO” ele fechará o livro e lerá outra história; se
estímulo verbal vocal “cachorro”, sua resposta será escrever o estímulo textual
animal fora da janela, ele irá se encolher no banco do carro. Veja que mesmo
Referências
Inc.
Biglan, A., & Hayes, S. (1996). Should the behavioral sciences become more
Perspectives, 5, 47-57.
29-54.
Theory and the third wave of behavior therapy. Behavior Therapy, 35,
639-665.
Hayes, S. C., Masuda, A., & De Mey, H. (2003). Acceptance and Commitment
96.
Hayes, S., & Long, D. (2013). Contextual behavioral Science, evolution, and
Hayes, S., & Strosahl, K. (Eds.). (2004). A practical guide to Acceptance and
Hayes, S., Strosahl, K., & Wilson, K. (1999). Acceptance and Commitment
Press.
Hayes, S., Strosahl, K., & Wilson, K. (2012). Acceptance and Commitment
Therapy: The process and practice of mindful change. New York: Guilford
Press.
Pepper, S. (1942). World hypotheses: A study in evidence. Berkeley: University
of California Press.
327-332.
publicado em 1974)
Wilson, K., Whiteman, K., & Bordieri, M. (2013). The pragmatic truth criterion