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A PSICOLOGIA COMO O BEHAVIORISTA A VÊ

No Artigo Clássico: A psicologia como o behaviorista a vê pode-se identificar


alguns conceitos em Psicologia, os quais serão elencados abaixo:

Pode-se observar, também, que alguns conceitos convergem, outros são


divergentes, ainda há aqueles que são complementares, indicando uma
evolução do conceito.

A Psicologia como behaviorista a vê é um ramo experimental puramente


objetivo das ciências naturais, a qual necessita da instrospecção tão pouco
quanto as ciências da química e da física, cujo objetivo teórico é a previsão e
controle do comportamento.

O behaviorista considera que a psicologia deve modificar o seu ponto de vista


de maneira a incluir fatos do comportamento, tendo eles ou não relevância para
os problemas da “consciência”; ou então o comportamento deve ficar sozinho
como uma ciência completamente separada e independente.

No Behaviorismo Metodológico (de Watson), a introspecção não podia ser


aceita como uma prática científica.

Para o Behaviorismo Metodológico, dentre outras visões de psicologia, os


eventos inobserváveis publicamente são considerados de natureza diferentes
dos eventos publicamente observáveis. Sendo assim, conferiam o caráter de
físico aos eventos externos (o comportamento publicamente observável) e de
metafísico aos eventos internos (lembranças, medos, pensamentos, sonhos,
imaginações, fantasias, etc.) desta forma era mantida a dicotomia mente e
corpo: não-físico e físico.

O Behaviorismo Radical de acordo com Skinner o behaviorismo não é uma


ciência do comportamento humano, mas a filosofia que embasa esta ciência
(fornece embasamento filosófico da análise do comportamento). (Skinner,
1982).

O Behaviorismo Radical tem este adjetivo por negar radicalmente a


causalidade especulativa de eventos mentais não-físicos. Não nega eventos
mentais, nega apenas que eles existam a parte do comportamento e que seja a
sua causa observável publicamente, ou seja, não nega a existência de
sentimentos, sensações e ideias; questiona o papel destes eventos na
determinação da conduta humana.

Desta forma, o behaviorismo radical restabelece um equilíbrio, pois não nega a


possibilidade da auto-observação ou do autoconhecimento ou sua possível
utilidade, mas questiona a natureza daquilo que é sentido ou observado e,
portanto conhecido.

Skinner rompe radicalmente com o dualismo, ou seja, este autor considera que
os eventos privados eram tão físicos como os eventos públicos.

Psicologia Funcional ou funcionalismo é a escola psicológica oposta ao


estruturalismo, tendo voltado ao estudo da consciência humana em uma
perspectiva evolucionária, interessava-se pelo valor adaptativo e pela função
do comportamento e dos processos mentais, a qual deprecia o uso de
elementos no sentido estático dos estruturalistas; com ênfase sobre o
significado biológico dos processos conscientes em vez da análise dos estados
conscientes em elementos introspectivamente isoláveis. John Dewey e James
Angell são considerados os fundadores do funcionalismo.

Psicologia funcional consistente é a hipótese paralelística, na qual pensa


em termos de interação e recorre ao paralelismo apenas quando forçado a dar
expressão aos seus pontos de vista.

Paralelelismo Psicofísico ou hipótese paralelística, cuja hipótese propõe


um funcionamento paralelo entre a mente e o corpo, são consideradas
entidades independentes. Contudo, estão em perfeita sincronia. Tem como
principal representante Gottfried Wilhelm Leibniz.

Psicologia das drogas - pode-se mostrar os efeitos sobre o comportamento


de certas doses de cafeína, em que se pode chegar a conclusão de que
cafeína tem um bom efeito sobre a velocidade e precisão do trabalho.

Psicologia Humana cumpre a reinvidicação como uma ciência natural, de


acordo com o autor esta psicologia falhou, devido à uma noção errônea de que
seus campos de fatos são os fenômenos conscientes e que introspecção.

Psicologia das faculdades refere-se a uma corrente teórica do século XVIII


que via a mente como uma entidade separada do corpo, constituída por
diferentes poderes ou faculdades separados entre si. São expoentes dessa
corrente Christian Von Wolff, Franz e Thomas Reid.

De ante tantos conceitos supracitados no referido artigo clássico, pode-se


considerar que a consciência é um instrumento ou ferramenta a qual os
cientistas trabalham, contudo, caso esta ferramenta não seja usada
adequadamente é um problema da filosofia e não da psicologia. É possível
estabelecer, ainda que o comportamento, a variedade de respostas e a
determinação de estímulos efetivos, da formação de hábitos, permanência de
hábitos, inferferência e reforçamento de hábitos, precisam ser determinados e
avaliados em si mesmos e por eles mesmos.
Um dos objetivos da análise do comportamento como uma ciência é
desenvolver princípios comportamentais gerais que podem ser aplicados
igualmente a humanos e a não-humanos, tanto em laboratório quanto em
ambientes naturais.

A análise do comportamento funciona como uma tecnologia de duas maneiras


diferentes: aplicando princípios estabelecidos por meio das pesquisas básica e
aplicada para o melhoramento de problemas de significância social (Baer et al.,
1968) e como uma fonte de métodos para tornar “observação e mensuração
válidas e confiáveis” (Baer, 1991, cf. Cardwell, 1994, p. 492). É a ênfase na
solução de problemas práticos que tem creditado à análise do comportamento,
dirigida a humanos, sua reputação positiva.

REFERÊNCIAS

Medeiros, Carlos Augusto e Moreira, Márcio Borges: Princípios Básicos da


Análise do Comportamento; Editora Artmed, 2007. Cap. 12 (B. F. Skinner,
análise do comportamento e o behaviorismos radical)

Análise do comportamento [recurso eletrônico]: pesquisa, teoria e aplicação /


Josele Abreu-Rodrigues, Michela Rodrigues Ribeiro (organizadoras). – Dados
eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2007.

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