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Sociologia da

Educação
Contextualização Geral das
Teorias Sociológicas
Contemporâneas sobre
Educação

Analisar os efeitos económicos e sociais


decorrentes dos processos de expansão do
sistema educativo durante os anos 50 e 60
do século XX
Ruben Andrade
Introdução: Nesta síntese pretendo expandir os acontecimentos económicos e sociais durante os anos
de 50 e 60 que influenciaram o sistema educativo e qual efeito desses acontecimentos sobre o modo que
o estado encarou a evolução da educação, verificando se a educação conseguiu tornar uma sociedade
mais igualitária, e se que mudanças trouxeram a educação na divisão de classes sociais.

Desenvolvimento: A perfectiva determinista desenvolvida explica os comportamentos dos indivíduos


por relatando os acontecimentos anteriores aos atos que quer explicar. Por exemplo a perspetiva
funcionalista explicitada por Parson encara a sociedade como um organismo vivo, então os indivíduos
têm uma relação muito próximas entre si por causa das funções que desempenham. Nessa perspetiva,
apesar de as instituições terem suas próprias funções, trabalham para um objetivo comum. O sistema
educativo contribui para que o valor partilhado pela sociedade permite a socialização das diferentes
classes sociais. Mas esta perspetiva se desenvolveu numa sociedade apos a segunda guerra mundial, e
dava-se muito valor a igualdade e acreditavam que a escola era um dos meios para atingir essa
expectativa. ao mesmo tempo, foi o momento da expansão industrial, económico e tecnológico, que
obrigava os governos a investirem em maior numero de pessoas capacitadas bem como aumentar o
conhecimento. momento esse retratado como funcionalismo tecnológico por Karabel e Halsey. tanto na
europa como na américa, esse investimento na educação contribuiu para certa medida de igualdade de
oportunidades. Mas os poderem políticos criticavam o desperdício de talentos bem como as despesas
causadas pela educação de massa.
De acordo com a obra de Cabral, podemos ver que houve alfabetização, que foi um processo voluntário
de aprendizagem e a escolarização que e por parte um processo de elite imposto que utiliza a educação e
cultura como instrumento de socialização. A religião teve forte influência na escolarização, e as cidades
mais dinâmicas de ponto de vista económico predominavam. Com isso podemos ver que a taxa de
alfabetização de recrutas e condenados quadriplicou a partir da era de 40 na europa central.
Especificamente em Portugal, a percentagem aumentou para 67 porcento dos anos 30 a anos 60. Se
formos ver mais de perto, 94% das criancas com 9 anos estao a frequentar a escola. Porém isso é pouco
comparado com o avanço dos outros paises europeus e menos 40% comparado a EUA. Além disso, foi
tambem o país europeu que menos teve gastos na educação.
Na parte do final dos anos 60 o clima social faz surgir a teoria do conflito onde a descolonização não
permite confiar na educação como a chave para reduzir as desigualdades. Então pode se ver, como no
caso da Franca, há uma concordância entre uma sociedade capitalista e a escola capitalista. essa
separação de educação para elites traduz numa expressão de Boules: “a desigualdade de escolarização
reproduz a divisão do trabalho”. isso ficou muito claro quando da escola primaria pode se ver duas vias
de ensino, liceu e escolas técnicas, teoria e pratica, trabalho manual e intelectual. isso permite que a
educação reproduzia o poder as classes dominantes eliminando as perspetivas consensual e dando lugar
as teorias de conflito.
Podemos ver que enquanto o resto do mundo, tentava acompanhar paulatinamente o ritmo acelerado da
educação, a europa continuava com uma esmagadora vantagem na educação.
Por exemplo: Portugal não se sentiu na obrigação de escolarizar os portugueses, dispensando a escola
obrigatória, uns dos instrumentos mais importantes para a homogeneização social. O isolamento
cultural, militar e politico, empobreceu o país, e serviu de obstáculo para que posteriormente a escola
publica fosse massificada.
AS escolas falharam em prover essa igualdade social prometida ou esperada, devido a desenvolvimento
de sociedades industriais, em vez de a sociedade educar a socialização par gerações futuras como
Durkheim acreditava, o foco passou a ser mais formadora e selecionadora de mão de obra. Para
Baudelot e Establet, a principal função da escola não é transmitir conhecimentos, mas a ideologia de
manter o estado social existente. Esta Acão não contribuiu para uma oportunidade de educação para
todos. apesar disso, o estado socioeconómico por guerra permitiu um maior acesso de crianças na escola,
e prolongamento dos estudos.
Por conseguinte, obrigou que países que não aderiram a onde educacional depois da guerra, ficaram a
merce dos países elites que dispunhas de conhecimentos e trabalhos intelectuais, o que mantinha uma
estabilidade económica enquanto os países da classe proletariado, ofereciam recursos humanos de pouco
valor.

Conclusão: podemos ver que nesta análise, a guerra impulsionou a educação no inicio mas
posteriormente, as desigualdades sociais se tornaram mais evidentes. A escola que serviria como o meio
de fornecer igualdades de oportunidade também se tornou um dos meios de promover a desigualdade.
Mas também podemos concluir que os países que optaram por embraçar a escolarização tiveram
resultados positivos num período favorável a educação, permitindo fornecer materiais e serviços,
aumentando o poder politico e económico. Com isso, podemos concluir que a educação sempre esteve
no seio das grandes nações, e ainda assim tem sido até hoje.
Referências bibliográficas de base:
Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola. Lisboa: McGraw-Hill.
Mónica, M. F. (1977). Correntes e Controvérsias em Sociologia da Educação. Análise Social, Vol. XIII (
Cabral, M. (Org.) (2007). Sucesso e Insucesso: Escola, Economia e Sociedade. Conferência
Internacional. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian

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