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Análise Acústica - Disfonias
Análise Acústica - Disfonias
DISFONIAS
Medidas quantitativas
● A um tempo atrás, tinha-se a intenção de utilizar as medidas para definir se o paciente tem
ou não disfonia ou qual seu tipo, diminuindo a subjetividade. Mas não deu certo, pois os
valores dependem de interpretação, o dado numérico por si só não é suficiente para definir
o tipo da disfonia.
● Extração de valores a partir de algoritmos baseados na teoria acústica na produção da fala
● Valores são passíveis de erro: medidas são apenas complementares.
● Quanto mais instável é a voz, menos confiável a relação numérica
● Associação das informações para melhor interpretação do dado
● Dependência de dados normativos
● Não dão índices se existe ou não disfonias
Extração de medidas
● Escolher preferencialmente a parte mais estável da emissão
● Utilizar janela mínima de pelo menos 1 seg de emissão, quanto maior a janela, mais
aleatorizado o dado
● Eliminar início e fim da emissão (partes mais instáveis)
● Vogais sustentadas (análise da fonte): vogal dependente - comparar sempre a mesma vogal
➔ A fala encadeada é para analisar como o filtro age
● Programas de acústica diferentes usam algoritmos diferentes impossibilitando a
comparação
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Frequência fundamental
● Tom da voz: depende da massa, tamanho da PPVV
● Medida extremamente robusta, expressa em Hz
● Exploração dos valores: média, mínima e máxima; desvio padrão (diferença entre mínimo e
máximo)
● Vogal sustentada (articuladores parados, estáveis - pequeno desvio padrão) e fala
encadeada (maior variação)
● Interpretação dependente da tarefa
● Emissões sustentadas: espera-se estabilidade na emissão, valores máximos e mínimos
próximos, pouco desvio padrão
● Valor médio da emissão deve estar dentro da extensão esperada para o sexo e idade, para
ser considerado dentro dos padrões de normalidade
● Emissões de fala encadeada espera-se maior variabilidade entre os valores máximo e
mínimo, desvio padrão ligeiramente maior (não exageradamente)
Intensidade
● Reflete amplitude da onda, medida em dB
● Diferentemente da frequência fundamental, é extremamente frágil, pois sofre
interferência do programa de análise acústica
● Valores: média, mínima, máxima
● Recomendado para o uso de medidas relativas
● Monitora distância do microfone e intenção de volume do falante: captação do sinal faz
diferença
● Variação dependente da tarefa
● Medidas de extensão são interessantes: falar alto ou baixo ao depender da necessidade
Shimmer
● Variação da amplitude ciclo a ciclo
➔ Correlação: percepção indireta do ruído na produção vocal
➔ Medida de estabilidade fonatória
➔ Vários métodos de extração: programa dependente
➔ Expressas em porcentagem
➔ Praat: valor limite de normalidade <3,81% local
Interpretações possíveis
● Correlação da presença de ruídos na qualidade vocal com aumento de jitter e shimmer, dos
cipstrum e diminuição do PHR
● Correlação de falta de controle da emissão com aumento ou diminuição das medidas de
desvio padrão de frequência e intensidade
● Relação da análise qualitativa do espectrograma com medidas quantitativas. Por exemplo,
presença de ruído com aumento de jitter e shimmer; presença de subharmônicos com alto
desbio de Fo, harmônicos presentes e estáveis com alto valor da PHR, quebras de
sonoridade e instabilidade na linha de pitch e intensidade com grande variação de Fo e
intensidade
Discussão
● Informações coletadas combinam? Se complementam? Fazem sentido?
● Há incoerência nas informações das etapas de processo avaliativo, o que pode indicar?
● Não há um único ponto de partida, todo o conjunto precisa ser considerado
● A avaliação laringológica é fundamental para o direcionamento da conclusão
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➔ Conclusão
★ Hipótese diagnóstica Fonoaudiológica
★ Direcionamento da conduta