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EDIÇÃO E MIXAGEM DE ÁUDIO

AULA 1 - FUNDAMENTOS
PÓS-PRODUÇÃO DE ÁUDIO
• Os sons de um filme são pensados, elaborados, organizados e tratados em várias etapas
por um produtor de áudio ou designer de som;
• Com sensibilidade, ouvidos treinados, habilidades em gravação e produção de áudio e
operação de softwares, esses profissionais são responsáveis pela construção de uma
narrativa sonora original, em relação criativa com as imagens;
• As principais famílias de som são:
PÓS-PRODUÇÃO DE ÁUDIO
• Diálogos: falas e sons emitidos pelos personagens;
• Walla: grupo de vozes, geralmente de personagens fora de quadro, que caracterizam
um ambiente, como o murmúrio de uma multidão;
• Hard efects: sons cujas fontes são vistas pelo expectador (on-screen);
• BG efects: sons fora de enquadramento (off-screen) utilizados para caracterizar um
ambiente onde se passa uma determinada cena: um pássaro, um carro, etc.;
PÓS-PRODUÇÃO DE ÁUDIO
• Foley: gravados “ao vivo” em sincronia com as imagens, como passos, objetos e roupas;
• Ambiências: sons que caracterizam paisagens sonoras de ambientes ou lugares;
• Sound efects: sons utilizados para reforçar a narrativa de movimentos de personagens,
em situações de reforço dramático, sem correspondência com a realidade;
• Música: parte da finalização de audiovisual, a composição e gravação (produção) e a
edição, mixagem e masterização (pós-produção) ficam a cargo do produtor musical.
CARACTERÍSTICAS DO SOM
O SOM é a propagação de energia mecânica em um meio material. Suas características são:
• Frequência / altura: número de vezes (Hz) que uma onda senoidal se repete em relação
a um determinado tempo. Maior velocidade = som mais agudo;
• Amplitude / intensidade / volume: a força do agente sonoro, medida em decibéis (dB);
• Timbre: resultado da onda fundamental somada de seus harmônicos, o que permite
identificar a fonte sonora. É a “cor” do som;
• Duração: a extensão de um som, determinada pelo tempo de emissão das vibrações.
SENOIDE
HARMÔNICOS
CARACTERÍSTICAS DA MÚSICA
• A VIBRAÇÃO REGULAR produz sons de altura definida,
chamados sons musicais ou notas musicais. Ex.:
pianos, violino, guitarra etc.
• A VIBRAÇÃO IRREGULAR produz sons de altura
indefinida, chamados de barulhos ou ruídos. Ex.:
avião, carro, explosão, percussão (menos marimba
e xilofone, que produzem sons regulares) etc.
CARACTERÍSTICAS DA MÚSICA

MÚSICA é a arte de combinar sons de forma simultânea e sucessiva. Suas características:


• Melodia: conjunto de sons dispostos em ordem sucessiva;
• Harmonia: conjunto de sons dispostos em ordem simultânea;
• Ritmo: ordem e proporção em que estão dispostos os sons.
ENVELOPE DINÂMICO
Cada som é único, conforme as características físicas de sua emissão e o meio no qual se
propaga. O ENVELOPE DINÂMICO contém algumas de suas características básicas (ADSR),
sobretudo aquelas relacionadas às variações de amplitude:
• Attack: tempo inicial necessário para o som chegar a uma amplitude máxima;
• Decay: tempo necessário para que o som atinja um patamar de sustentação após o pico;
• Sustain: intervalo de tempo em que o som se sustenta com relativa estabilidade;
• Release: intervalo de tempo em que a amplitude do som decai da sustentação até o silêncio.
ADSR
DELAY

• Termo em inglês que significa “atraso”. Ocorre com sons iguais afastados no tempo,
levando à sensação de que há duas fontes sonoras. Quanto mais afastados no tempo,
maior será o atraso e, portanto, maior o efeito precedência.
• Perceptível a partir de aproximadamente 40ms. Um atraso entre 20ms a 50ms pode
ajudar a encorpar um som, simulando a existência de uma sensível duplicidade.
DELAY

• Há diversos processadores de sinal que simulam eletronicamente esse efeito, usados


tanto para música quanto para design de som no audiovisual;
• Para compensar o atraso natural do som em ambientes dotados de várias colunas de
som em diferentes locais, são utilizados delays com atraso igual ao natural a fim de
equilibrar os sons emitidos.
REVERB

• Define a identidade acústica de um lugar, com fatores como tamanho, tipo de material,
quantidade e característica de objetos presentes, temperatura etc.;
• Esse efeito é resultado da soma das reflexões das diferentes frequências de um som;
• Há vários tipos de reverbs que simulam essas identidades, com possibilidades de
variações segundo objetivos estéticos ou mesmo técnicos.
REVERB

• São utilizados para simular ambiências e distâncias entre foco sonoro e ouvinte,
impossíveis de serem conseguidas naturalmente;
• São de grande importância em produções musicais e audiovisuais, e estão sempre
presentes no dia a dia da pós-produção de áudio.
REVERB
AMPLIFICADOR

• Amplifica em potência os níveis do sinal de áudio.


COMPRESSOR

• Utilizado para equilibrar a amplitude de um sinal, aproximando as emissões mais fortes


das mais sutis, sem comprometer a dinâmica natural do som;
• Ou seja, o compressor atua nos picos, diminuindo sua diferença ou sua dinâmica em
relação à média do sinal, aproximando os pontos de maior aos de menor amplitude.
COMPRESSOR
Os principais parâmetros de controle desse processador são:
• Threshold: indica o limite em amplitude a partir do qual o compressor deverá começar a
atuar. Com base nesse parâmetro, a potência de saída do sinal não corresponderá à de
entrada;
• Attack: a velocidade que o compressor leva para começar a atuar, a partir do momento
que os sinais atingirem o limite estabelecido pelo threshold. Como cada som tem seu
próprio envelope dinâmico, também possui um valor ou um tempo de attack distinto; (…)
COMPRESSOR
• Ratio: indica a taxa de compressão a ser
exercida pelo processador. Ex.: uma taxa de 2:1
indica que, para cada 2 dB que passam do
ponto-limite estabelecido pelo threshold, apenas
1 dB será ouvido após o processamento;
• Release: controla a velocidade (ms) que o
compressor deixará de atuar e voltar à sua
condição original. O ajuste deve levar em conta
o envelope dinâmico do som.
GATE
Permitem que passem apenas os níveis sonoros determinados. Abaixo disso, os sons são
ignorados ou atenuados, dependendo dos parâmetros:
• Threshold: define o limite a partir do qual o gate irá atuar. Ex.: threshold em -16 dB
indica que sons abaixo dessa marca serão ignorados;
• Attack: a velocidade em que o gate começa a atuar a partir do momento em que os
sinais ultrapassam o limite estabelecido pelo threshold; (…)
GATE
• Release: determina o tempo e a intensidade em que o gate deverá
ficar aberto até que o nível do som chegue novamente ao threshold.
Útil para evitar que o gate fique operando e desoperando;
• Range: dlz em quantos dBs o gate atenua o volume do som.
• Também pode haver filtros LF e HF, que servem para impedir que
frequências indesejadas acionem o gate, mesmo que a pressão
sonora-limite estabelecida pelo threshold seja alcançada.
GATE
EQUALIZADOR
• O EQ pode ser considerado um corretor de sinal, pois entra em ação toda vez que um
som não é captado perfeitamente;
• Funcionam como um filtro, que atenua ou reforça frequências ou grupos de frequências
em desequilíbrio;
• A cada alteração de uma frequência, as regiões periféricas sofrem interferência, que
depende do fator de mérito Q.
EQUALIZADOR
Os principais tipos de equalizadores são:
• Shelving: limitados, com campo de atuação previamente definido para
regiões graves, médias e agudas, com fator Q fixo. Geralmente é
utilizado em aparelhos de som domésticos;
• Gráficos: atuam a partir de 30 Hz, com controles deslizantes para
atenuação ou reforço (-12 dB a +12 dB). As correções são feitas em
frequências definidas e determinadas, sempre com interferências nas
adjacências por conta do Q fixo;
EQUALIZADOR
• Semiparamétricos: comuns em mesas de som
analógicas de pequeno e médio portes,
apresentam controle de frequência e de reforço
ou atenuação de nível. Possuem fator Q fixo.
• Paramétricos: mais completos, com diversos
controles de Q, escolha precisa de frequências
a serem trabalhadas e níveis a serem alterados.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
OBRIGADO!
WWW.LEOPORTOPASSOS.COM.BR

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