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Colonização (Peça teatral interativa)

Ato 1:
Narradora: (Apresentação rápida, narradora decide) 22
de abril de 1500 os portugueses invadem o que hoje
chamamos de Brasil. Mais precisamente Pedro Álvares Cabral
e o seu escrivão Pero Vaz de Caminha (Os atores entram em
cena).

Pero Vaz entra escrevendo algo.

Cabral: O seu vício por escrita é impressionante! (Diz


espantado)

Pero: Preciso relatar sobre tal terra para a coroa. (Diz


olhando para seu caderno)

Narradora: Após uma chegada conturbada e uma pequena


andada pela terra invadida, os portugueses encontram dois
nativos do território (Os atores dos nativos entram em
cena). E por motivos de conveniência o roteirista optou
por todos falarem a mesma língua perfeitamente.

Amana: Quem são vocês? (Pergunta apontando para os atores


dos portugueses)

Rudá: E por que vieram para cá? (Acompanha a pergunta de


Amana)

Cabral: Sou o Fidalgo do conselho do rei e cavaleiro da


ordem de Cristo, Pedro Álvares Cabral. (Diz orgulhosamente
com a mão no peito)

Pero: E eu sou o escrivão. (Diz com o olhar no que


escreve)

Cabral: E vocês quem seriam? Desde quando se encontram


nessa terra?
Rudá: Sou Rudá, estou aqui aparentemente desde que nasci.
(Diz calmamente)
Amana: Sou Amana, estou na mesma situação que Rudá.
(Responde logo após Rudá)

Narradora: E após uma pequena troca de diálogos nem um


pouco historicamente precisas, e algumas trocas entre os
três (Enquanto a narradora diz isso os atores devem ficar
fazendo trocas de itens comuns ao fundo. Mas de
preferência ter um espelho), inicia-se um processo de
ocupação e roubo de riquezas do território brasileiro.

Ato 2:
Narradora: E após alguns meses dos portugueses no
território e da extração de materiais do país Rudá decide
questionar algo.

Rudá: Ow Cabral, chega aqui rapidinho. (Rudá chama Cabral


com a mão). Assim, não que eu te ache chato ou coisa do
tipo, mas ai, e vazar? Vai quando? (Pergunta gesticulando
com as mãos).

Cabral: Vazar? Por que eu sairia dessa terra incrível?


(Pergunta abrindo os braços)

Rudá: É eu sei a que a terra é bonita mesmo, tem floresta


pra caramba, não é frio, tem muita fruta e etcetera e
tal, mas é que assim, a Amana já tá reclamando, o pessoal
já ta achando estranho que vocês começaram a trazer mais
gente pra cá, vocês tão tentando empurrar aquele tanto de
espelho pra gente em troca de madeira. O pessoal está
ficando incomodado. (Responde calmamente)

Cabral: Bem, se é assim, vou pegar minhas coisas e ficar à


força. (Cabral responde calmamente)

Rudá: Pô mas aí não né, vim conversar contigo na moral,


tamo aqui conversando na boa, aí fala de algo que você não
gosta e você já vem com esse negócio de ficar a força.
(Responde de maneira indignada)

Cabral: Mas aí é injusto comigo também, ter que viajar


daqui até Portugal, você sabe o quão longe é? (Responde
igualmente indignado)

Rudá: Façamos o seguinte então (Rudá se vira ao público).


Vocês aí, decidam, ele vaza ou não? (Pergunta apontando
para a plateia)

Narradora (Caso a plateia decida que Cabral fique): E


assim, Cabral ficou, e seguiu a história canônica do
Brasil.

Narradora (Caso a plateia decida que Cabral vaze): Após


Cabral e os outros portugueses serem escorraçados do
território, tudo seguiu como deveria ter sido desde o
começo. Ninguém viveu feliz para sempre, até porque o
mundo é uma droga. Fim.

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