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10/03/2022

▪ I – EMENTA
▪ Introdução ao funcionamento do laboratório clínico, com ênfase no preparo
de soluções e nas principais técnicas de análise quantitativa e qualitativa.
Estudo da aplicação de métodos laboratoriais nas diferentes áreas da
Biomedicina.
▪ II - OBJETIVOS GERAIS
▪ Apresentar ao aluno os princípios do funcionamento do laboratório clínico,
com ênfase no princípio das técnicas e procedimentos mais utilizados tanto
no âmbito da pesquisa quanto do diagnóstico.
▪ III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
▪ Fornecer relações entre as propriedades da matéria e os fenômenos físico
químicos que ocorrem nos meios biológicos e não biológicos.
▪ Conhecer os principais métodos de separação e análise de misturas, assim
como os procedimentos necessários para o preparo de soluções.
▪ Auxiliar na compreensão de fenômenos biológicos ligados à física e à
química.
▪ Desenvolver a capacidade de interpretação dos resultados obtidos nas
análises laboratoriais.

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▪ IV - COMPETÊNCIAS
▪ 2. PREPARO DE SOLUÇÕES
▪ Ser capaz de desenvolver o conhecimento sobre técnicas básicas,
reativos, reagentes e equipamentos utilizados para as biológicas, ▪ 2.1. Conceito de solução e de dispersão.
químicas e físico químicas de amostras, para que esteja capacitado ▪ 2.2. Características físico-químicas das soluções. Propriedades
ao exercício de atividades referentes às análises clínicas, coligativas.
toxicológicas, bromatológicas e ambientais, dentro dos padrões de ▪ 2.3. Curva de solubilidade.
qualidade e normas de segurança.
▪ 2.4. Saturação: soluções insaturadas, saturadas e
▪ 1. ESTRUTURA FÍSICA DO LABORATÓRIO CLÍNICO supersaturadas.
▪ 1.1. Principais equipamentos do laboratório: balança analítica, ▪ 2.5. Cálculos de concentrações: concentração simples,
centrífuga, espectrofotômetro, capela de exaustão, fluxo laminar. concentração em quantidade de matéria (molaridade), título em
▪ 1.2. Vidrarias e demais ferramentas laboratoriais: tubo de ensaio, massa e em volume, normalidade, molalidade, ppm.
proveta, balão volumétrico, pipetas de vidro, pipetas automáticas, ▪ 2.6. Etapas do preparo de soluções no laboratório.
almofariz, béquer, ▪ 2.7. Diluição de soluções

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▪ 3. PRINCIPAIS TÉCNICAS EXPERIMENTAIS NO LABORATÓRIO


CLÍNICO ▪ 4. TÓPICOS DE ANÁLISE LABORATORIAL APLICADOS À
BIOMEDICINA:
▪ 3.1. Espectrofotometria: princípio da técnica; conceitos de absorbância e
transmitância; lei de Beer; representação gráfica dos resultados em ▪ 4.1. Análises clínicas e toxicológicas: parâmetros físico-químicos no
relação à curva de calibração; aplicação nas análises clínicas e na exame de urina: propriedades organolépticas (cor, odor), turbidez,
pesquisa. densidade, pH, velocidade de sedimentação, solubilidade, saturação,
cristalização, concentração.
▪ 3.2. Cromatografia: princípio da técnica; composição das fases móvel e
estacionária; tipos de cromatografia: em papel, em camada delgada, ▪ 4.2. Análises ambientais e bromatológicas: análise físico-química da água:
líquida de alta performance (HPLC), gasosa, de troca iônica; aplicação nas determinação de sais minerais em solução, dureza da água, solubilidade,
análises clínicas e na pesquisa. análise de pureza, filtração, flotação.

▪ 3.3. Eletroforese: princípio da técnica; separação por tamanho e por carga; ▪ 4.3. Pesquisa científica: isolamento de princípios ativos de produtos
tipos de gel: gel de agarose, gel de acrilamida, gel unidimensional, gel naturais: fases aquosa e oleosa de uma dispersão, conceitos de solvente e
bidimensional; aplicação nas análises clínicas e na pesquisa. soluto, lipossolubilidade e hidrossolubilidade, polaridade, concentração

▪ 3.4. Determinação do pH: conceito de pH; estrutura do pHmetro, soluções


ácidas e básicas, soluções tampão; importância para os sistemas
biológicos.

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▪ VII – AVALIAÇÃO ▪ COMPLEMENTAR


▪ A avaliação dos alunos será feita através de provas BIMESTRAIS (np1, ▪ BARBOSA, G. P. Química Analítica - Uma Abordagem Qualitativa e
np2, sub e exame, bem como pelas demais atividades realizadas pelos Quantitativa. São Paulo: Érica, 2014. (Minha Biblioteca)
alunos, de acordo com os Critérios de Avaliação da Universidade. ▪ ATKINS, P.; JONES, L.; LAVERMAN, L. Princípios de Química –
▪ VIII – BIBLIOGRAFIA
Questionando a vida moderna e o meio ambiente. Bookman, 2018.
(Minha Biblioteca)
▪ BÁSICA ▪ FIOROTTO, N.R. Físico-química: propriedades da matéria, composição e
▪ BROWN, T. Et al. Química: a ciência central. 13ª ed. São Paulo: Pearson transformações. São Paulo: Érica, 2014. (Minha Biblioteca) DIAS, S.L.P.;
Education do Brasil, 2016. (Biblioteca virtual) VAGHETTI, J.C.P.; LIMA, E.C.; BRASIL, J.L.; PAVAN, F.A. Química
▪ ATKINS, Peter; PAULA, Julio de. Físico-Química. Vol. 2. São Paulo: LTC, Analítica – Teoria e prática essenciais. Bookman. 2016. (Minha
2017. (Minha Biblioteca) Biblioteca)
▪ KOTZ, John C. Química Geral e Reações Químicas. Vol. 1. São Paulo: ▪ RODGERS, G.E. Química inorgânica descritiva, de coordenação e do
Cengage Learning Editores, 2016. (Minha biblioteca) estado sólido. Cengage Learning Edições. 2017. (Minha Biblioteca)

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▪ Estrutura básica do laboratório: iluminação; sistema de


▪ LABORATÓRIO controle de temperatura; bancadas; bancos; pias; equipamentos
de proteção coletiva; vidrarias; equipamentos.
▪ Vestimenta BRANCA (regra dos cursos da saúde)

▪ Jaleco manga longa


▪ Particularidades de acordo com o tipo de análise realizada
▪ Calçado baixo e fechado ▪ análises físico-químicas,
▪ Calça comprida e sem rasgos ▪ clínicas,
▪ toxicológicas,
▪ Luvas de látex ou nitrílica
▪ microbiológicas,
▪ Máscara (trocar a cada 2 h) ▪ bromatológicas,
▪ ambientais etc.)

▪ Requisitos mínimos para o funcionamento dos laboratórios


clínicos: Resolução RDC Nº 302/2005 (portal.anvisa.gov.br).

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▪ Vidrarias: utilizadas para acondicionar e transferir as


amostras. ▪ Vidrarias apresentam diferentes graus de EXATIDÃO E DE PRECISÃO.

▪ Vidro borossilicato temperado (Pyrex®): maior dureza e


resistência mecânica. grau de conformidade de uma
grau de variação dos
medida ou aferição ao valor de
resultados de uma
referência padrão
medição ou aferição
correspondente.

Pipetas

Precisão: Não Precisão: Sim Precisão: Não Precisão: Sim


Balões volumétricos Béquer Exatidão: Não Exatidão: Não Exatidão: Sim Exatidão: Sim

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▪ Recipientes T.C. (to contain) ▪ Recipientes T.C. (to contain)

▪ Acondicionamento de amostras ▪ Acondicionamento de amostras

Tubo de ensaio Microtubo Tubo de ensaio Microtubo

Béquer Béquer

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▪ Recipientes T.D. (to deliver) Amostras experimentais –definição e principais


conceitos
▪ Transferência de amostras
▪ Amostra experimental: porção representativa da espécie
ou do composto a ser analisado.
▪ Contém ANALITOS: componentes que terão suas propriedades
químicas e/ou físicas determinadas experimentalmente.
▪ Exemplo: determinação da glicemia no sangue.
▪ Amostra: sangue Analito: glicose

Micropipetas Pipetas Bureta

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Amostras experimentais –definição e principais conceitos Amostras experimentais –definição e principais conceitos
▪ Matéria: tudo aquilo que apresenta massa e ocupa lugar no espaço. ▪ Substância química: cada molécula ou composto iônico, de ocorrência
natural ou artificial, presente em um sistema.
Constituída por ÁTOMOS: menor partícula que ainda guarda as características ▪ Molécula: átomos ligados entre si por meio de ligações covalentes.
de um ELEMENTO QUÍMICO. ▪ Ex.: H2O

conjunto de átomos que ▪ Composto iônico: íons ligados por meio de ligações iônicas.
têm o mesmo número de ▪ Ex.: NaCl
prótons em seu núcleo
▪ Íons: cátion e ânions.
atômico, ou seja, o mesmo
número atômico (Z).

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Substâncias puras e misturas Substâncias puras e misturas


▪ A matéria pode se apresentar PURA ou MISTURADA ▪ Exemplos de substâncias puras ▪ Substâncias puras simples

uma única mais de uma


substância substância
(um único (mais de um
componente) componente)
▪ Ex.: água destilada x água com sal.
Substâncias puras compostas

▪ Exemplos de misturas

Diferentes propriedades organolépticas.


▪Diferentes pontos de fusão e ebulição.
▪Diferentes densidades etc.
Mistura homogênea Mistura heterogênea

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Propriedades da matéria Propriedades gerais da matéria


▪ Propriedades gerais: são propriedades encontradas em toda espécie de ▪ Massa: medida da quantidade de matéria; determinada em balanças.
matéria.
▪ Massa
▪ Volume
Valores de massa: expressos em
▪ Inércia, impenetrabilidade, divisibilidade, compressibilidade, elasticidade, gramas(g),seus múltiplos e submúltiplos.
porosidade. ▪1t=106g,ou1.000.000degramas.
▪1 kg = 103g, ou 1.000 gramas.
▪1 mg = 10-3g, ou 0,001 gramas.
Balança analítica ▪1 µg = 10-6g, ou 0,000001 gramas.
▪1 ng = 10-9g, ou 0,000000001 gramas.
▪1 pg = 10-12g, ou 0,000000000001 gramas.

Compressibilidade do ar

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Propriedades gerais da matéria Propriedades específicas da matéria


▪ Volume: expressa a extensão de um corpo em três dimensões: o comprimento, a ▪ Propriedades específicas: são propriedades individuais de cada tipo particular de
largura e a altura; determinado com o auxílio de balão volumétrico, pipeta ou matéria.
proveta.
▪ Organolépticas

▪ Temperaturas de mudanças de estado


▪ 1L(litro)=1dm3
▪ Coeficiente de solubilidade
▪ 1mL=1cm3=10-3L
▪ Tenacidade, Dureza, Brilho
▪ 1µL=1mm3=10-6L
▪ Densidade

Determinação do volume de sólidos:


princípio de Arquimedes

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Propriedades específicas da matéria Propriedades específicas da matéria


▪ Temperaturas de mudança de estado ▪ Densidade: Indica a relação entre a massa e o volume ocupado por determinada
amostra.
▪ Expressa em g/cm3ou em Kg/m3
Estados de agregação da
matéria: grau de agitação
das moléculas versus
frequência de interações
intermoleculares

d= densidade (g/cm3ou Kg/m3)


m= massa da amostra (g ou Kg) Diferença entre a densidade do
v= volume da amostra (m3ou cm3) algodão e do chumbo

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Misturas: principais características e classificação


▪ Misturas: amostras constituídas de mais de uma substância
química.
▪ Misturas podem ser classificadas em:
▪ Soluções
▪ Dispersões coloidais
▪ Suspensões

▪ Dispersões: qualquer disseminação de uma substância


(disperso) ao longo de todo o volume de outra (dispersante)

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Misturas: principais características e Soluções


classificação ▪ Solução:
▪ Misturas complexas podem ser, ao mesmo tempo, soluções, coloides e ▪ Mistura homogênea
suspensões.
▪ Soluto (disperso) está dissolvido em um solvente (dispergente)
▪ Exemplo: sangue

Íons (HCO3-, Na+, K+, Cl-),


▪ Ex.: NaCl (soluto) em água (solvente)
moléculas (C6H12O6 etc.) estão
em solução ▪ Ar atmosférico
Proteínas e outras ▪ Ligas metálicas
macromoléculas compõem uma
dispersão coloidal

Células do sangue estão em


suspensão

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Soluções Dispersões coloidais


▪ Exemplo de mecanismo de dissolução: camada de solvatação ▪ Coloides: misturas heterogêneas, com aparência homogênea a olho nu.

Leite visto ao microscópio

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Dispersões coloidais Dispersões coloidais


▪ Fase sol: coloides apresentam aspecto líquido. ▪ Coloides micelares: disperso com característica anfipática (uma
▪ Fase gel: coloides apresentam aspecto sólido. mesma molécula apresenta uma região polar e uma região
apolar).
▪ Pectização ou coagulação: transição sol→ gel; adiciona-se disperso.
▪ Grande ocorrência nos organismos vivos
▪ Peptização: transição gel→ sol; adiciona-se dispersante
▪ Novas tecnologias (ex.: medicamentos)

Membrana plasmática: bicamada


lipídica
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=sol+gel&title
=Special%3ASearch&go=Go#/media/File:SolGel4.png

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Dispersões coloidais Dispersões coloidais


▪ Efeito Tyndall: dispersão da luz pelas partículas coloidais, o que ▪ Movimento Browniano: movimento aleatório das partículas do disperso, que
permite a visualização, a olho nu, do trajeto da luz. estão constantemente se chocando com as partículas do dispersante em uma
solução coloidal.
▪ Garante que não haja precipitação espontânea do disperso.

Teste de Tyndall
1.Solução
2.Coloide

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Suspensões
▪ Suspensões: mistura heterogênea, fases facilmente identificáveis (olho
nu ou ao microscópio óptico).
▪ Disperso precipita espontaneamente →potencial zeta: força de repulsão
entre as partículas do disperso. Quanto maior, mais lentamente ocorre a
precipitação.

Velocidade de hemossedimentação (VHS)

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