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INSTITUTO DE FILOSOFIA SANTO TOMÁS DE AQUINO – INFISTA

HERMENÊUTICA

José Augusto Scudilio Junior

SÃO CARLOS
Maio/2023
José Augusto Scudilio Junior

Trabalho apresentado ao curso do


Instituto de Filosofia Santo Tomás de
Aquino em disciplina Hermenêutica.

Professor: Padre Marcos Eduardo Coró.

SÃO CARLOS
Maio/2023
HERMENÊUTICA – RAYMOND E. BROWN E SANDRA M. SCHNEIDERS

Hermenêutica deriva da palavra grega hermêneia, que se refere a visão de


esclarecimento ou interpretação de determinado contexto, em primeiro modo ela pode
se referir as dimensões analíticas e interpretativas da própria fala, como em exemplo, à
medida que um se expressa e o outro ouve, ali ocorre a interpretação, a capacidade de
compreender a mensagem que o outro deseja transmitir.
Em Segundo, ela pode se relacionar ao processo de tradução de uma língua, em
exemplo, o entendimento de palavras e conceitos para determinada cultura, com relação
a outra que deseja ter conhecimento de seus costumes, filosofias, etc. Tal como as
interpretações e traduções Bíblicas, que possuem versões em praticamente todas as
línguas presentes, e isso só é possível graças aos processos hermenêuticos que levam
necessariamente em consideração, muitos aspectos para uma boa tradução e
interpretação daquilo que o locutor desejava reproduzir.
Anteriormente a Hermenêutica se compreendida pelos aspectos noemáticos, que
buscavam avaliar os vários sentidos presentes nas Sagradas Escrituras, buscando
aprofundar o sentido de determinada expressão, contexto, fala; como também pelas
dimensões da proforística, em que era conduzida por métodos de interpretação do que
estava escrito, como um caminho seguro a se percorrer, em exemplo, tendo Cristo como
seu “personagem” principal, tendia a usar ele como finalidade da interpretação, como
referencia ao que o contexto apresentado deveria tratar.
Hoje ela se compreende por um meio de conduzir a interpretação buscando dar
fidedignidade ao texto, contexto e intenção do autor. Ou seja, seja no cenário bíblico ou
outro, considera por suas pesquisas fundamentar-se em críticas como: textual; histórica;
das fontes; das formas; da redação; canônica; literária; socióloga; entre outras. Para que
assim, se realize discussão adequada e encontre a maneira correta de compreender há
um determinado contexto.
Em exemplo, o autor apresenta acerca das interpretações em sentido literal da
Bíblia, como foram usadas na idade média, apontadas por Santo Tomás, como sensus
litteralis, que compreendia as palavras ali em seu sentido conforme estava escrito, o que
embora garantia uma compreensão segura, se deparou com alguns problemas quando
por exemplo alguns escritos eram apresentados em forma de metáfora, como por
exemplo as parábolas de Jesus, entre outras. Fazendo com que fosse buscado um sentido
mais aprofundado para base de interpretação.
Outro aspecto importante para esse tipo de compreensão, de dá através dos
estudos do autor, para encontrar elementos de referencia interpretativa, de modo a
descobrir a intenção do autor, elementos por trás de sua vivencia, que culminaram na
sua escrita. Além disso, a compreensão do contexto histórico bíblico em toda a sua
abrangência, costume dos povos, necessidades da época, buscas, conflitos, riquezas,
também se fazem necessários para tal compreensão.
Ainda sobre a interpretação bíblica, se faz necessário conhecimento específico
sobre as linguagens ali apresentadas, ou seja, o estilo apresentado no texto, tais como
entendemos hoje como a poesia, ficção, drama, entre outros. Isso deve servir de
benefício para conduzir uma análise coerente e consequentemente extrair dali a real
mensagem, a real verdade afirmada no texto.
Uma compreensão estudada e bastante aprofundada que permite interpretações
adequadas também se encontram no que se caracteriza como o estudo supra literal, que
significa aquele que vai além do sentido aparente, que busca elementos, detalhes que
favoreçam um novo tipo de compreensão, ademais aos apresentados pelo literal,
auxiliando na extração de seu sentido e adequando ao emprego nas situações da vida,
como é o caso da utilização dos escritos bíblicos para os cristãos, que buscam na
interpretação das palavras ali presentes, afago para sua busca espiritual.
Na contemporaneidade, situações relevantes remontam as analises
interpretativas, as quais se referem as finalidades que se deseja alcançar na compreensão
e uso de determinado texto, ou seja, o interesse por trás de quem investiga e o interpreta,
podendo partir por dimensões que se não respeitadas os aspectos originais do texto e
intenções ali aplicadas, corre-se o risco de interpretações equivocadas a respeito, no
entanto, pode também favorecer alguns tipos de análises.
Por isso, a partir dos estudos aprofundados do processo hermenêutico, por
Gadamer, Heidegger, Husserl, etc. se compreende necessário a hermenêutica hoje uma
base de compreensão histórica aprofundada (científica) e dialógica, em que a
interpretação exige diálogo, seja entre o leitor e o autor, mas, também, entre os
elementos extraídos e observados por aqueles que buscam o compreender.
Sendo assim, através do artigo, os autores buscaram desenvolver uma
compreensão a respeito das chaves de interpretações bíblicas, como seus métodos,
fundamentos, fatores considerados, as críticas dos tempos presentes. No intuito de levar,
além do conhecimento sobre o método interpretativo, a relevância e importância dos
avanços hermenêuticos nas discussões filosóficas acerca dos entendimentos, do diálogo
entre autor e interlocutor, como os fundamentos necessários para bem realiza-lo.

REFERENCIA
Brown, R. E.; Schneiders, S, M. Hermenêutica.

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