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ENQUADRAMENTO
As Associadas e as Outras Entidades não são incluídas nas DFC porquanto não existe controlo sobre essas
entidades, apenas sendo apresentado o Ativo representativo do Investimento Financeiro, ou seja, para as
essas participações financeiras não será efetuada essa substituição da participação financeira pelos Ativos
e Passivos que representam, visto não haver controlo isolado ou conjunto, continuando a serem
apresentadas como participações financeiras detidas pela Empresa-Mãe na rubrica de Investimentos
Financeiros nas demonstrações financeiras consolidadas.
As DFC além de incluírem a informação da Empresa-Mãe devem incluir (consolidar) a informação das
Subsidiárias e ECC que aplicam os seguintes métodos contabilísticos de consolidação:
De acordo com método de Consolidação Integral, são incluídos nas DFC a totalidade (integralidade) dos
elementos da Subsidiária (Ativos, Passivos e Capital Gerado após a inclusão da Subsidiária nas DFC, na
sequência da obtenção do controlo) reconhecendo a parte do interesse económico não controlado
(Interesses que Não Controlam (INC)) no Capital Próprio, refletindo a parte do interesse económico de
terceiros que não o Grupo em elementos totalmente reconhecidos nas DFC do Grupo.
De acordo com o método de Consolidação Proporcional, são incluídos nas DFC a proporção do interesse
económico nos elementos da ECC (Ativos, Passivos e Capital Gerado após a inclusão da ECC nas DFC, na
sequência da obtenção do controlo conjunto) não originando qualquer reconhecimento de INC visto que
não são reconhecidas as partes dos elementos da ECC que não sejam interesse económico do Grupo.
Adicionalmente, deve-se ter em consideração que no momento em que se passa a ter controlo, isolado
ou conjunto, de uma Subsidiária ou ECC, respetivamente, existe uma junção dos negócios (atividades
empresariais) da Empresa-Mãe com as dessa Subsidiária ou ECC, cujos efeitos são refletidos, nesse
momento, nas DFC, de acordo com o Método da Compra para as Concentrações de Atividades
Empresariais.
Assim, e embora esse Investimento Financeiro seja reconhecido pelo custo nas Demonstrações
Financeiras Individuais, nesse momento, nas DFC tem de se aplicar o Método da Compra aplicável às
Concentrações das Atividades Empresariais, ou seja, considerar que:
Posteriormente ao momento da inclusão da Subsidiária e/ou ECC nas DFC esses montantes (Justo Valor)
devem ser considerados como o Custo Inicial na aplicação das Políticas Contabilísticas (não devem ser
revalorizados para o Justo Valor a todas as datas do Balanço), o que difere do respetivo tratamento ao
nível das Demonstrações Financeiras Individuais (DFI) dessas Subsidiárias e ECC.
Adicionalmente, visto que as DFC representam a informação do Grupo como sendo uma entidade
económica, os efeitos económicos das relações estabelecidas entre essas entidades do Grupo a nível
individual na esfera de cada uma entidade jurídica (saldos e transações intra-grupo) não podem estar
refletidas nas DFC.
Usualmente, por uma questão de relação custo-benefício, as Empresas-Mãe não registam os efeitos
tendentes à preparação e apresentação das DFC num sistema de informação contabilístico.
Ao invés, partem da informação de fecho das entidades integrantes do Grupo representado nas DFC (ou
especificamente preparada pelas Subsidiárias e/ou ECC na data de fecho da Empresa-Mãe) procedendo a
ajustamentos às mesmas de forma a refletir os efeitos pretendidos de acordo com os Métodos
Contabilísticos Aplicáveis às Demonstrações Financeiras Consolidadas por forma a obter uma informação
equivalente à que se teria caso tivesse sido preparada num sistema de informação contabilístico próprio
para a consolidação de contas (ou seja, obter um benefício equivalente mas a um custo mais reduzido).
DFI
(QE)
PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO
1 – Procedimentos Iniciais
O ponto de partida é a informação na data de fecho de cada uma das entidades incluídas nas DFC, sabendo
que:
Empresa-Mãe DFI
(QE)
Totalidade
Subsidiária DFI
(QE)
Totalidade
ECC DFI
(QE)
Proporcional à % IE
1.2 – Ajustamentos de Harmonização Políticas Contabilísticas e Estimativas Contabilísticas Significativas
Caso as DFI das Subsidiárias e/ou das ECC tenham sido preparadas com Políticas Contabilísticas e/ou
Estimativas Contabilísticas Significativas que difiram das Políticas Contabilísticas e das Estimativas
Contabilísticas Significativas do Grupo (que usualmente são as aplicadas pela Empresa-Mãe), é necessário
ajustar as DFI dessas Subsidiárias e/ou ECC de forma a que reflitam a informação como se aplicassem
essas Políticas Contabilísticas e Estimativas Contabilísticas Significativas do Grupo desde o momento em
que foram incluídas nas DFC (momento em que se deu a concentração de atividades empresariais pela
obtenção do controlo, isolado e/ou conjunto, da Empresa-Mãe nessas e Subsidiárias e/ou ECC,
respetivamente).
- Subsidiária é efetuado pela totalidade, separando-se o efeito em resultados afeto ao Grupo e a INC
(método de consolidação integral);
- ECC é efetuado pela proporção da % Interesse Económico detido, sendo a totalidade do efeito em
resultados afeto ao Grupo (método de consolidação proporcional);
Subsidiária DFI
(QE)
DFI (QE
Ajustadas
por PC e EC)
ECC DFI
(QE)
Caso as DFI das Subsidiárias e/ou das ECC não tenham sido preparadas à data de fecho da Empresa-Mãe
(porque é diferente e não elaboraram DFI com essa finalidade especial à data de fecho da Empresa-Mãe),
e desde que essas DFI das Subsidiárias e/ou das ECC não antecedam em mais de 3 meses a data de fecho
da Empresa-Mãe (caso contrário são forçadas a elaborar DFI com essa finalidade específica), é necessário
ajustar as DFI dessas Subsidiárias e/ou ECC de forma a que reflitam a informação como se tivessem sido
elaboradas na data de fecho da Empresa-Mãe ajustando-as especificamente pelos efeitos materialmente
relevantes das operações ocorridas entre essas datas.
- Subsidiária é efetuado pela totalidade, separando-se o efeito em resultados afeto ao Grupo e a INC
(método de consolidação integral);
- ECC é efetuado pela proporção da % Interesse Económico detido, sendo a totalidade do efeito em
resultados afeto ao Grupo (método de consolidação proporcional);
Subsidiária
ECC
2.1 – Procedimentos na Data de Inclusão de uma Subsidiária nas DFC (momento em que ocorre a
concentração de atividades empresarias, ou seja, a Empresa-Mãe obtém controlo)
Aplicação do Método da Compra no caso de uma Subsidiária e eliminação da relação entre Investimento
Financeiro na Empresa-Mãe e Capital Próprio na Subsidiária (método de consolidação integral)
2.1.3 – Reconhecimento das Diferenças entre Justo Valor e Quantia Escriturada dos Ativos e Passivos
Identificáveis Reconhecidos na Subsidiária à data de inclusão
2.1.4 – Reconhecimento do Justo Valor dos Ativos e Passivos Identificáveis Não Reconhecidos na
Subsidiária à data de inclusão
(note-se que o Goodwill Adquirido é calculado na proporção da %IE detido logo é todo ele reconhecido
pois já é em si a proporção afeta ao Grupo)
Empresa-Mãe DFI
(QE)
Subsidiária DFI
(QE)
2.2 – Procedimentos na Data de Inclusão de uma ECC nas DFC (momento em que ocorre a concentração
de atividades empresarias, ou seja, a Empresa-Mãe obtém controlo conjunto)
Aplicação do Método da Compra no caso de uma ECC e eliminação da relação entre Investimento
Financeiro na Empresa-Mãe e Capital Próprio na ECC (método de consolidação proporcional)
2.2.2 – Eliminação da proporção da %IE do Capital Próprio na ECC à data de inclusão (elimina-se apenas
a parte que se havia agregado, a proporcional)
2.2.3 – Reconhecimento da proporção da %IE das Diferenças entre Justo Valor e Quantia Escriturada
dos Ativos e Passivos Identificáveis Reconhecidos na ECC à data de inclusão (reconhece-se apenas a
parte relativa aos Ativos e Passivos que se havia agregado, a proporcional)
2.2.4 – Reconhecimento da proporção da %IE do Justo Valor dos Ativos e Passivos Identificáveis Não
Reconhecidos na ECC à data de inclusão (reconhece-se apenas a parte relativa aos Ativos e Passivos que
se havia agregado se tivessem já reconhecidos, a proporcional)
(note-se que o Goodwill Adquirido é calculado na proporção da %IE detido logo é todo ele reconhecido
pois já é em si a proporção afeta ao Grupo)
2.2.6 – XXX
(não há INC porque não se agregou qualquer parte de Ativos e Passivos que fossem Interesse Económico
de Terceiros fora do Grupo (Interesses que Não Controlam (INC)).
Data Inclusão ECC nas DFC da Data Fecho
Empresa-Mãe Empresa-Mãe
Empresa-Mãe DFI
(QE)
ECC DFI
(QE)
- Alterar mensuração de A&P para JV (na proporção dos A&P que se havia
agregado) DFI (QE ajustada
para JV à data de
- Reconhecer A&P Não Reconhecidos pelo JV (na proporção dos A&P que
inclusão e sem
teriam sido agregados caso já estivessem reconhecidos)
Capital Próprio)
- Reconhecer Goodwill Adquirido
- XXX
3 – Procedimentos Após a Data de Inclusão (após a Concentração de Atividades Empresariais) das
Participadas
3.1 – Procedimentos Após a Data de Inclusão de uma Subsidiária nas DFC (posteriormente à ocorrência
da concentração de atividades empresarias, ou seja, da Empresa-Mãe obter o controlo)
Tratamento subsequente dos efeitos decorrentes da aplicação do Método da Compra da Data da Inclusão
no caso de uma Subsidiária (método de consolidação integral)
3.1.1 – XXX
3.1.2 – XXX
3.1.3 – Realização (entre a data de inclusão e a data de fecho) das Diferenças reconhecidas entre Justo
Valor e Quantia Escriturada dos Ativos e Passivos Identificáveis Reconhecidos na Subsidiária à data de
inclusão
3.1.4 – Realização (entre a data de inclusão e a data de fecho) do reconhecimento pelo Justo Valor dos
Ativos e Passivos Identificáveis Não Reconhecidos na Subsidiária à data de inclusão
3.1.5 – Realização (entre a data de inclusão e a data de fecho) do Goodwill Adquirido (GW):
Se for positivo é reconhecida a amortização do Ativo Goodwill (efeito em resultados totalmente afeto ao
Grupo), no prazo máximo de 10 anos
(note-se que o Goodwill Adquirido é calculado na proporção da %IE detido logo toda a sua realização é já
é em si a proporção afeta ao Grupo)
3.1.6 – Imputação do Resultado Líquido (entre a data de inclusão e a data de fecho) afeto a Interesses
que Não Controlam (INC):
Subsidiária DFI
(QE)
Tratamento Subsequente:
- INC
3.2 – Procedimentos Após a Data de Inclusão de uma ECC nas DFC (posteriormente à ocorrência da
concentração de atividades empresarias, ou seja, da Empresa-Mãe obter o controlo conjunto)
Tratamento subsequente dos efeitos decorrentes da aplicação do Método da Compra da Data da Inclusão
no caso de uma ECC (método de consolidação proporcional)
3.2.1 – XXX
3.2.2 – XXX
3.2.3 – Realização (entre a data de inclusão e a data de fecho) das Diferenças reconhecidas entre Justo
Valor e Quantia Escriturada dos Ativos e Passivos Identificáveis Reconhecidos na ECC à data de inclusão
(essa diferença reconhecida na data de inclusão foi com base na proporção da %IE)
3.2.4 – Realização (entre a data de inclusão e a data de fecho) do reconhecimento pelo Justo Valor dos
Ativos e Passivos Identificáveis Não Reconhecidos na ECC à data de inclusão (essa diferença reconhecida
na data de inclusão foi com base na proporção da %IE)
3.2.5 – Realização (entre a data de inclusão e a data de fecho) do Goodwill Adquirido (GW):
Se for positivo é reconhecida a amortização do Ativo Goodwill (efeito em resultados totalmente afeto ao
Grupo), no prazo máximo de 10 anos
Se for negativo é reconhecida a imputação do Passivo de Diferimentos (Rendimentos a Reconhecer, ou
seja, Diferimentos de Rendimentos) a Outros Rendimentos, com base na vida útil média remanescente
estimada dos AFT e AI da Subsidiária
(note-se que o Goodwill Adquirido é calculado na proporção da %IE detido logo toda a sua realização é já
é em si a proporção afeta ao Grupo)
3.2.6 – XXX
(não há INC)
ECC DFI
(QE)
- Alterar mensuração de A&P para JV (na proporção dos A&P que se havia
agregado) DFI (QE ajustada
para JV à data de
- Reconhecer A&P Não Reconhecidos pelo JV (na proporção dos A&P que teriam inclusão e sem
sido agregados caso já estivessem reconhecidos) Capital Próprio)
- XXX
Tratamento Subsequente:
- Goodwill Adquirido
- XXX
4 – Eliminação de Relações Intra-Grupo (após a Data de Inclusão (Concentração de Atividades
Empresariais))
Eliminação de saldos entre empresas do Grupo constantes das DFI destas e que na lógica das DFC serão
saldos internos (não se tratam de Dívidas a Receber e/ou a Pagar do Grupo a terceiros fora do Grupo)
Os saldos são eliminados pela totalidade quando envolvem entidades cuja informação é integrada pela
totalidade (Empresa-Mãe e Subsidiárias que aplicam o método de consolidação integral), ou seja, entre:
- Empresa-Mãe e Subsidiária;
- 2 Subsidiárias.
Os saldos são eliminados pela proporção da %IE detido na ECC quando a relação envolve uma ECC que
integra a informação apenas proporcionalmente à %IE (método de consolidação proporcional), ou seja,
entre:
- Empresa-Mãe e ECC;
- Subsidiária e ECC.
Os saldos são eliminados pela menor proporção da %IE entre as ECC envolvidas quando se trata de uma
relação entre 2 ECC.
Eliminação dos efeitos das transações e resultados não realizados entre empresas do Grupo constantes
das DFI destas e que na lógica das DFC serão transações e resultados internos (não se tratam de
Transações com terceiros fora do Grupo e consequentemente nem de Resultados realizados com terceiros
fora do Grupo).
Anulações a efetuar:
Estas eliminações devem ser feitas de forma análoga ao referido para as eliminações de Saldos Intra-
Grupo (se pela totalidade, ou proporcionalmente), e no caso de as Vendas, e os respetivos Resultados
Intra-Grupo Não Realizados, serem gerados:
- Na Empresa-Mãe, todo o efeito da eliminação do Resultado Intra-Grupo Não Realizado é afeto ao Grupo;
- Numa Subsidiária, o efeito da eliminação do Resultado Intra-Grupo Não Realizado é separado entre a
parte afeta ao Grupo e a parte afeta a INC;
- Numa ECC, todo o efeito da eliminação (que é necessariamente proporcional pelo referido anteriormente)
do Resultado Intra-Grupo Não Realizado é afeto ao Grupo.