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BALCONISTA DE FARMÁCIA

Módulo 4
1 INTRODUÇÃO

Medicamentos são produtos especiais que são elaborados com o intuito


de prevenção, cura de doenças, alívio de seus sintomas, ou até mesmo o
diagnóstico de doenças. São produzidos com um rigoroso controle
técnico a fim de atender às especificações estabelecidas pela Anvisa.
Lembrando que medicamento e remédio são conceitos diferentes, como
já foi estudado em nosso curso (BRASIL, 2010).

Para os profissionais da área da saúde, o conceito de medicamento


torna-se cada vez mais amplo, não sendo suficiente conhecê-lo apenas
pelo nome ou sua indicação. É de extrema importância compreender
todos os aspectos relacionados, desde a sua produção até o momento
em que proporciona o efeito no organismo (BRASIL, 2010).

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2 TIPOS DE MEDICAMENTOS

Medicamento alopático: A Alopatia é a medicina tradicional, que


consiste em utilizar medicamentos que vão produzir no organismo do
doente uma reação contrária aos sintomas que ele apresenta, a fim de
diminuí-los ou neutralizá-los. Por exemplo, se o paciente tem febre, o
médico receita um medicamento que faz baixar a temperatura (PORTAL
EDUCAÇÃO, 2018).

Medicamento homeopático: Os medicamentos homeopáticos seguem


os princípios da Homeopatia. Iniciou com Samuel Hahnemann, um
médico alemão, que devido não acreditar nas práticas médicas da sua
época, desenvolveu um método inovador que foi baseado em diversos
princípios que apresentavam o objetivo final de reorganizar a “energia”
do indivíduo. Esse sistema inovador foi chamado de Homeopatia (ABFH,
2007).

O primeiro e principal princípio da homeopatia é o “princípio da cura


pelo semelhante”, que se trata de a mesma substância que pode causar
uma doença no homem saudável é capaz de curá-lo, tratando essa
condição patológica quando administrada no homem doente (ABFH,
2007).

Mas como uma substância que causa uma doença não vai agravar o
estado de saúde do doente e, ainda por cima, vai curá-lo? Para responder
a essa pergunta, a homeopatia apresenta o 2º princípio, que é o
“princípio das doses infinitesimais”, ou seja, doses muito, mas muito,
pequenas (ABFH, 2007).

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Os medicamentos homeopáticos devem ser produzidos de acordo com
as regras estabelecidas na edição em vigor da Farmacopeia Homeopática
Brasileira, que especifica que o produto final da homeopatia seja um
medicamento “dinamizado”. Como o medicamento deve conter
quantidades muito pequenas da droga inicial (doses infinitesimais),
devem ocorrer diversas diluições. As três escalas de diluição mais
utilizadas são a decimal, a centesimal e a cinquenta milesimal, ou seja, o
medicamento será diluído 1 para 10, 1 para 100 ou 1 para 50.000,
respectivamente. Para cada diluição, o medicamento deverá ser
dinamizado (ABFH, 2007).

Mas afinal, o que é dinamização? A dinamização é um processo que


consiste em:

• Triturações sucessivas: no caso de substâncias no estado


sólido.
• Sucussões: agitações vigorosas, contínuas e ritmadas.
2.2 No caso de substâncias no estado líquido.

Dessa forma, apesar de o medicamento estar muito diluído, ele está


“dinamizado”, isso significa que a energia curativa da substância original
foi liberada para o medicamento pela trituração ou sucussão (ABFH,
2007).

De acordo com a Homeopatia, o medicamento homeopático leva um


tempo maior para iniciar o seu efeito, e, por isso, “nos casos de maior
urgência, em que perigo de vida e morte iminente não dão tempo para a
ação de um medicamento homeopático...” outras estratégias
terapêuticas deverão ser utilizadas (HAHNEMANN, S.).

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Medicamento biológico: Medicamentos biológicos são produzidos e
isolados a partir de sistemas vivos (bactérias, leveduras ou células de
mamíferos), recorrendo a tecnologia do DNA recombinante (BARATA, L.
T., 2017).

De acordo com a “Food and Drug Administration” (FDA) produtos


biológicos são “um leque alargado de produtos, como vacinas, sangue e
componentes sanguíneos, alergênicos, células somáticas, terapia génica,
tecidos e proteínas terapêuticas recombinantes, isolados a partir de
várias fontes celulares naturais vivas (humana, animal, microrganismo)
(BARATA, L. T., 2017).

Figura 1 - Medicamento biológico. Vacina.


Adaptado de Freepik.

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Medicamento fitoterápico: Quando a planta medicinal é industrializada
para a obtenção de um medicamento, o resultado é o medicamento
fitoterápico. A industrialização de medicamentos evita contaminações
por microrganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas, além de
proporcionar a padronização da quantidade e a forma correta de uso,
permitindo uma maior segurança. Os fitoterápicos industrializados
devem ser registrados na Anvisa antes de serem comercializados
(FINTELMANN, V.; WEISS, R. 2010).

Medicamento Genérico: É idêntico ao medicamento de referência e


possui qualidade, eficácia terapêutica e segurança comprovadas por
meio de testes científicos, contendo o(s) mesmo(s) princípio(s) ativo(s),
na mesma dose e forma farmacêutica, administrado pela mesma via e
com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de
referência, podendo ser intercambiável com o medicamento de
referência. Além disso, deve ser registrado pela Anvisa (BRASIL, 2010).

A intercambialidade (a substituição segura do medicamento de


referência pelo seu genérico) é assegurada por testes de equivalência
terapêutica, que consistem na comparação in vitro (estudos de
equivalência farmacêutica) e in vivo (estudos de bioequivalência)
apresentada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2015).

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Figura 2 - A intercambialidade de medicamentos.
Fonte: Ache

A substituição do medicamento prescrito pelo medicamento genérico


correspondente, somente poderá ser realizada pelo farmacêutico
responsável pela farmácia ou drogaria. O registro deverá ser feito na
prescrição médica (BRASIL, 2015).

Os medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela


escrito "Medicamento Genérico". Além disso, deve constar na
embalagem a frase “Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999”. Já que
os medicamentos genéricos não têm marca, nome do medicamento na
embalagem é o próprio princípio ativo do medicamento (BRASIL, 2010

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Figura 3 - Medicamento Genérico.
Fonte: Brasil, 2010

A lei n° 9.787/99 (que consta na embalagem do medicamento genérico)


altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a
vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a
utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras
providências (BRASIL, 1999).

O preço do medicamento genérico é consideravelmente menor. Isso


ocorre devido os fabricantes de medicamentos genéricos não
necessitarem de executar todas as pesquisas que são realizadas no
desenvolvimento de um medicamento inovador, já que suas
características são as mesmas do medicamento de referência, com o qual
são comparados (BRASIL, 2010).

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Quais as vantagens dos medicamentos genéricos?

• Disponibilizar medicamentos de menor preço, já que o


medicamento genérico deve ser no mínimo, 35% mais barato
quando comparado ao medicamento de referência (BRASIL,
2010).
• Reduzir os preços dos medicamentos de referência, com a
entrada de medicamentos concorrentes (genéricos) (BRASIL,
2010).
• Contribuir para o aumento do acesso aos medicamentos
de qualidade, seguros e eficazes (BRASIL, 2010).

Medicamento de referência: É um produto inovador, registrado no


órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no
país cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovados
cientificamente. Ele possui a patente (20 anos) (BRASIL, 2010).

Figura 4 - Identificação de medicamentos de Referência, Genérico e Similar.


Fonte: Equivalentes, 2016

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Medicamento similar: A realização de testes de equivalência e
bioequivalência farmacêutica passaram a se tornar obrigatória a partir
de 2003. Com a publicação pela Anvisa da RDC nº58/2014 os
medicamentos similares também passaram a poder substituir o
medicamento de referência, desde que os estudos de equivalência
farmacêutica, biodisponibilidade relativa/bioequivalência sejam
apresentados, analisados e aprovados pela Anvisa. Ainda segundo a
RDC, para que a substituição possa ser realizada deve constar na bula
que o medicamento similar é intercambiável com o medicamento de
referência (BRASIL, 2014).

3 EMBALAGEM DO MEDICAMENTO

Você já reparou as embalagens de medicamentos? Você já percebeu que


elas não são exatamente iguais? Além do nome e das informações, a cor
das caixinhas também apresenta variações. Esse detalhe não ocorre de
forma aleatória. Existem razões muito importantes para que ocorram
essas diferenças (BRASIL, 2010).

Quando se trata de saúde, é sempre importante ser o mais cuidadoso e


detalhista possível. Por essa razão, as embalagens dos medicamentos
servem para uma série de informações, mas também servem para
mostrar a classificação de venda de cada um deles (de acordo com os
fármacos), com o objetivo de garantir a segurança de todo o processo de
aquisição dos medicamentos dos pacientes. Assim, as diferentes tarjas
coloridas têm como principal objetivo identificar as distintas formas de
classificação de venda (BRASIL, 2010).

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Medicamentos sem tarja: Esses medicamentos não possuem tarjas em
suas embalagens. São os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP), ou
também chamados de medicamentos de venda livre (BRASIL, 2010).
São medicamentos que não precisam de prescrição, ou receita médica.
Porém, devem ser utilizados segundo as orientações de um profissional
farmacêutico. Esse tipo de medicamento apresenta poucas
contraindicações, assim como poucos efeitos colaterais. De forma geral,
os MIPs são utilizados para o tratamento de sintomas amenos, como por
exemplo resfriado, azia, má digestão e dor de dente. Esse tipo de
medicamento pode ficar na área de circulação livre (BRASIL, 2010).

Medicamentos com tarja vermelha: “Venda Sob Prescrição Médica”:


Os medicamentos de tarja vermelha já são de venda sob prescrição, o
que significa que precisam ser prescritos por um médico ou dentista. No
caso da tarja vermelha em que há o texto “Venda sob prescrição médica”,
o medicamento pode ser vendido sem retenção de receita, ou seja, a
receita não precisa ficar retida na farmácia. Apesar disso, são
medicamentos que tem contraindicações e podem provocar efeitos
colaterais graves. Esses medicamentos devem estar armazenados em
área de circulação restrita (atrás do balcão) (BRASIL, 2010).

Medicamentos com tarja vermelha: “Venda sob prescrição médica –


só pode ser vendido com retenção de receita”: São medicamentos
controlados e a receita precisa ser retida na farmácia. Na tarja, está
escrito: “Venda sob prescrição médica — só pode ser vendido com
retenção de receita”. Esses medicamentos só podem ser vendidos com
receituário de controle especial de cor branca. Devem ser armazenados
em um armário com chave (BRASIL, 2010).

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Medicamentos com tarja preta: São psicotrópicos. Os medicamentos
dessa classe apresentam ação sedativa ou ativam o sistema nervoso
central. Dessa maneira, são identificados com a seguinte frase: “venda
sob prescrição médica — o abuso deste medicamento pode causar
dependência”. São medicamentos que oferecem alto risco para o
paciente, principalmente se usados de maneira inadequada. Também
são medicamentos controlados e só podem ser vendidos com
notificação de receita azul ou amarela, dependendo da classe
terapêutica do medicamento. São medicamentos que devem estar
armazenados em um armário com chave (BRASIL, 2010).

Veja abaixo os tipos de tarja

Figura 5 - Tarjas dos medicamentos.

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4 FORMAS FARMACÊUTICAS

Como já falamos, um fármaco precisa ser misturado com várias outras


substâncias para chegar ao produto final, ou seja, ao medicamento. No
final da preparação do medicamento, o produto toma uma forma, a
chamada “forma farmacêutica”. Dessa maneira, a forma farmacêutica é o
tipo físico que o medicamento adquire. Para facilitar a compreensão,
vamos dividir as formas farmacêuticas em sólidas, semissólidas e líquidas
(GENNARO, A. R., 2004).

SÓLIDAS

Os medicamentos nas formas farmacêuticas sólidas apresentam-se


como um sólido, como no caso dos comprimidos, cápsulas, drágeas, pós,
supositórios, pastilhas, óvulos, etc (GENNARO, A. R., 2004).

Comprimido: é a forma sólida de um pó medicamentoso, preparado por


compressão, adicionando ou não substâncias aglutinantes. É a forma
farmacêutica mais vendida, de fácil uso, resistente a choques, dose exata,
menor sensação de sabor. Apresenta as seguintes desvantagens: menor
absorção comparada a soluções e podem provocar irritações gástricas
(GENNARO, A. R., 2004).

Cápsula: É constituída por um invólucro duro ou mole, de forma e


capacidade variáveis, que contém uma quantidade de substância ativa
(fármaco) que normalmente se usa de uma só vez, por via oral
(GENNARO, A. R., 2004).

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Drágea: É, na verdade, um comprimido, que passou por um processo de
revestimento com açúcar e corante, processo denominado
drageamento (ALLEN, et al, 2007).

Pós: Forma farmacêutica em que o princípio ativo se encontra


pulverizado (ALLEN, et al, 2007).

Figura 6 - Figura 6: (1) Diferentes tipos de comprimidos; (2) Cápsulas gelatinosas; (3) Drágeas; (4) Cápsulas duras.
Fonte: Adaptado de Freepik.

Supositório: Forma cônica e alongada de administração de fármacos


por via retal ou vaginal (neste caso, a denominação preferencial é óvulo)
(ALLEN, et al, 2007).

Óvulo: É uma forma farmacêutica de dose única e sólida. Podem ter


formas diversas, porém o comum é a ovoide. Composto por uma base
solúvel ou fundível à temperatura corporal (ALLEN, et al, 2007).

Adesivo Tópico: Adesivo de material poroso que libera lentamente o


medicamento através da pele (ALLEN, et al, 2007).

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SEMI-SÓLIDAS

Creme: Forma farmacêutica de consistência mole destinada ao uso


tópico e difere das pomadas por possuir grande quantidade de água em
sua formulação. Ideal para lesões úmidas (GENNARO, A. R., 2004).

Pomada: Forma farmacêutica de consistência mole e oleosa destinada


ao uso tópico. Possui o efeito local mais prolongado e é ideal para lesões
secas (GENNARO, A. R., 2004).

Pasta: Forma farmacêutica de consistência pastosa para uso externo


(ALLEN, et al, 2007).

Gel: Forma farmacêutica que possui grande quantidade de água em sua


formulação (ALLEN, et al, 2007).

LÍQUIDAS

E as formas farmacêuticas líquidas são representadas pelas soluções,


suspensões, xampus, enemas, colutórios, líquidos para injeção, etc.
(GENNARO, A. R., 2004).

Suspensão: A suspensão é uma forma farmacêutica na qual a substância


responsável pelo efeito terapêutico é insolúvel e, para que seja
administrada na forma líquida precisa estar suspensa em um líquido.
Para administrar a dose correta é necessário agitar bem para que o pó
depositado no fundo do frasco seja ressuspendido (GENNARO, A. R.,
2004).

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Solução: São preparações líquidas homogêneas que contêm uma ou
mais substâncias químicas dissolvidas em solvente adequado ou em
uma mistura de solventes mutuamente miscíveis. Em relação ao seu uso,
uma solução farmacêutica pode ser classificada como oral, tópica,
oftálmica, otológica, nasal e parenteral (GENNARO, A. R., 2004).

Enema: Forma farmacêutica líquida de uso retal (ALLEN, et al, 2007).

Colutório: Forma farmacêutica líquida destinada à higiene bucal


(antissépticos orais). Não devendo ser engolido (GENNARO, A. R., 2004).

5 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Todo medicamento precisa ser introduzido no organismo para que libere


o fármaco, que será o responsável pelo efeito. Normalmente, o
medicamento deve ir para a corrente sanguínea para que sua ação
aconteça (BRASIL, 2010).

A via de administração é o local de “entrada” do medicamento em um


organismo, ou seja, é por onde o medicamento vai ser introduzido para
que possa seguir para a corrente sanguínea e ter seu efeito (BRASIL,
2010).

Os conceitos de forma farmacêutica e via de administração tem uma


importante correlação, pois a escolha da forma farmacêutica orienta a via
de administração a ser utilizada. Por exemplo, um comprimido deve ser
dministrado pela via oral, um xampu deve ser administrado pela via

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tópica, etc. (CAREY et al, 2002).
As vias de administração são classificadas em enterais e parenterais. Para
as parenterais, há ainda uma subdivisão (parenterais diretas e parenterais
indiretas) (CAREY et al, 2002).

Via enteral
Uma via enteral é aquela na qual o medicamento inicia o processo de
absorção a partir de qualquer uma das porções do trato gastrintestinal
(TGI) (p. ex., via oral, sublingual, bucal, retal, etc.). Quando o
medicamento não utiliza o TGI como ponto de início da absorção, a via é
considerada parenteral (RANG et al, 2012).

A via oral é a mais segura, econômica e conveniente. As desvantagens


são a limitação da absorção, êmese, destruição do fármaco por enzimas
digestivas ou pelo pH gástrico (que é acido), irregularidades de absorção
e passagem do fármaco pelo fígado (RANG et al, 2012).

Via parenteral

Parenteral direta
É aquela realizada fora do trato gastrointestinal. Se divide em parenteral
direta e parenteral indireta. Administração de medicamentos por via
parenteral direta é realizada por meio da injeção que consiste na
introdução, em tecido ou órgão, do medicamento, por meio de pressão,
utilizando-se para isso a seringa e a agulha. De um modo geral, é a
administração de medicamentos pelas seguintes vias: intradérmica,
subcutânea, intramuscular, intravenosa, intra-arterial, intraóssea, dentre
outras (HORTA, 1973).

Os objetivos principais do uso dessa via são a rapidez da ação e eficiência

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da dosagem; além disso, constitui-se na única forma de se administrar
determinados fármacos que são destruídos pelos sucos digestivos, como
é o caso da insulina, por exemplo (HORTA, 1973).

Para aplicação por via parenteral direta, respeitadas as especificidades de


cada fármaco, devem ser obedecidas as seguintes características
(HORTA, 1973):

a) Serem absolutamente estéreis;


b) Líquidas;
c) Isentas de substâncias pirogênicas;
d) Apresentarem pH dentro dos limites fisiológicos.

Figura 8 - As seringas (A) são constituídas por duas peças: o corpo ou cilindro e o embolo. Podem ser metálicas,
de vidro ou plástico. O corpo, numa das extremidades termina em tubo afilado, onde se encaixa a agulha (B).
As agulhas (B) são, em geral, metálicas. Seus comprimentos e calibres variam de acordo com as vias utilizadas.
Cada agulha possui duas partes: uma porção que se encaixa na seringa, o canhão, e a haste, que termina em
bizel. Após a agulha ser acoplada à seringa, é possível extrair o medicamento a ser administrado da ampola
para, posteriormente, ser aplicado (C).
Fonte: (HORTA,1973).

Parenteral indireta
São todas as outras vias, que não utilizam o TGI e nem o recurso da
injeção, como exemplos temos as vias cutânea (tópica), nasal, ocular,
auricular, vaginal, etc. (MOURA, D. M., 2019).

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6 ÍNDICE TERAPÊUTICO E O GRAU DE SEGURANÇA

Índice terapêutico: É uma medida utilizada em Farmacologia, que


relaciona a dose do fármaco necessária para produzir o efeito desejado
com a que produz o efeito indesejado (RANG et al, 2012).

Margem de segurança: Dependendo de alguns fatores, como dose,


condições do paciente, vias de administração, os fármacos podem agir
como medicamento ou produto tóxico. O limite entre a dose terapêutica
e a tóxica é a margem de segurança (RANG et al, 2012).

Dose: É a quantidade de medicamento administrada, podendo ser única


ou em intervalos regulares estabelecidos por horários. Esta dose pode
eficaz (DE), letal (DL), efeito terapêutico desejado considerado mínimo e
máximo tolerável (RANG et al, 2012).

Dose mínima: É a menor quantidade de um medicamento administrada


no organismo capaz de produzir algum efeito (RANG et al, 2012).
Dose máxima: é a maior quantidade de um medicamento administrada
no organismo, produzindo o efeito terapêutico sem ultrapassar a
margem de segurança (RANG et al, 2012).

Dose terapêutica ou de manutenção: A dose capaz de produzir o efeito


esperado sem causar toxicidade (RANG et al, 2012).

Dose letal: Uma dose administrada capaz de causar óbito (RANG et al,
2012).

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Dose de ataque: Uma dose administrada para surtir efeito imediato,
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geralmente em quantidade maior do que se administra diariamente
(RANG et al, 2012).

REAÇÕES ADVERSAS

São efeitos indesejados causados pelo medicamento em uso. São


desconsiderados quando usados em doses muito maiores. Ocorrem por
problemas genéticos, uso incorreto, com outros medicamentos, dieta e
hipersensibilidade alérgica (GOODMAN & GILMAN, 1975).

Fatores contribuem para reação adversa (RANG et al, 2012):

• Idade: idoso e criança com diferenças como ph gástrico,


imaturidade, envelhecimento.
• Nas mulheres pelos hormônios,
• Uso de 2 ou mais medicamentos, problemas de saúde
como insuficiência hepática e renal, sofrem com metabolismo
e excreção.

Classificação das reações (RANG et al, 2012):

Leve: Não requer tratamentos específicos ou antídotos e não é


necessária a suspensão da droga.

Moderada: Exige modificação da terapêutica medicamentosa, apesar de


não ser necessária a suspensão da droga agressora.

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Grave: Potencialmente fatal, requer a interrupção da administração do
medicamento e tratamento específico da reação adversa,

Letal: Contribui direta ou indiretamente para a morte do paciente. A


Insuficiência Renal Essa complexidade é determinada pelas alterações
funcionais do rim, principal órgão excretor, e suas implicações
metabólicas como: retenção de água e sódio.

7 INTERPRETAÇÃO DE BULAS

Bula é o “papel” que acompanha as embalagens dos medicamentos onde


apresenta uma série de informações obrigatórias e fornecidas pelos
laboratórios farmacêuticos. Elas são dirigidas aos usuários e aos
profissionais de saúde. A bula é considerada como a principal fonte de
informação aos pacientes, representando um papel fundamental na
promoção do uso racional de medicamentos, já que seu conteúdo alerta
sobre os riscos da automedicação, da interrupção do tratamento, assim
como também alerta sobre a necessidade da prescrição médica para o
uso de medicamentos. Para o profissional de saúde, a bula é uma
ferramenta que proporciona o conhecimento mais profundo do
medicamento para que a orientação adequada possa ser feita
(CALDEIRA, T. T., et al, 2008).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem como atribuição


analisar e aprovar o conteúdo informativo da bula antes de sua produção
e distribuição. A bula é exigida como documento sanitário no pedido de

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licença desde o ano de 1931, sendo considerado um item obrigatório
para a concessão do registro. As informações no texto da bula não
poderiam (e não podem) estar diferentes daquelas que a indústria
comprovou no ato do registro (CALDEIRA, T. T., et al, 2008).

De acordo com a RDC nº 47 de 2009, que estabeleceu regras para as


bulas de medicamentos, devem ser obedecidos os seguintes itens:
tamanho da fonte, acesso às recomendações da bula para os deficientes
visuais e precisão de informações para os usuários de medicamentos e
profissionais de saúde, além da disponibilidade eletrônica e com maior
facilidade (BRASIL, 2009).

As informações contidas na bula são divididas em tópicos, que deve


responder as seguintes perguntas (BRASIL, 2009):

• Para que este medicamento é indicado?


• Como este medicamento funciona?
• Quando não devo usar este medicamento?
• O que devo saber antes de usar este medicamento?
• Onde, como e por quanto tempo posso guardar este
medicamento?
• Como devo usar este medicamento?
• O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este
medicamento?
• Quais os males que este medicamento pode me causar?
• O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do
que a indicada deste medicamento?
• Informações técnicas aos profissionais de saúde

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8 A DISPENSAÇÃO DO MEDICAMENTO

A dispensação farmacêutica consiste na entrega do medicamento ao


consumidor juntamente com uma série de informações a fim de garantir
a utilização correta deste produto. A dispensação é deve ser executada
pelo farmacêutico. Sendo assim, o balconista de farmácia não dispensa,
ele fornece e avia os medicamentos (GALANO, D. et al, 2008).

Vários documentos legais regulamentam a dispensação farmacêutica.


Um dos mais importantes é a RDC n. 44, de 17 de agosto de 2009, que
dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação da comercialização de produtos e da
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá
outras providências (BRASIL, 2009). Além disso, a portaria nº 344, DE 12
de maio de 1998 (Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial) (BRASIL, 1998).
Todos os produtos comercializados e dispensados em uma farmácia
devem estar regularizados junto à Anvisa. A lista de medicamentos
genéricos atualizada deve estar disponível em versão impressa para os
clientes a consultarem (BRASIL, 2009).

Durante a dispensação, o cliente deverá ser informado sobre a posologia,


a influência dos alimentos, a interação medicamentosa, o
reconhecimento de reações adversas potenciais, assim como as
condições de conservação do produto, entre outras informações
(GALANO, D. et al, 2008).

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MEDICAMENTOS SUJEITOS À RETENÇÃO DE RECEITA

Os medicamentos sujeitos à retenção de receita somente podem ser


dispensados mediante apresentação de receita médica ou odontológica.
É muito importante observar se a receita atende aos seguintes pontos
(BRASIL, 1998):

1. Ser legível;

2. Não conter rasuras;

3. Apresentar identificação do paciente;

4. Apresenta os dados do medicamento como nome, concentração do


fármaco, forma farmacêutica, dose e quantidade e duração do
tratamento.

5. Indicar o local e a data da emissão;

6. Apresentar identificação do profissional prescritor (nome e número


do registro junto ao conselho de classe; no caso dos médicos, é o número
do registro junto ao CRM - Conselho Regional de Medicina e, no caso dos
cirurgiões-dentistas, o número do registro do CRO - Conselho Regional
de Odontologia);

7. Apresentar a assinatura do prescritor.

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Figura 8 - Modelo de Receituário de Medicamentos Controlados.
Se um produto estiver próximo do prazo de validade expirar,
o cliente deve ser informado.
Fonte: Farmacêutico Digital.

NOTIFICAÇÃO DE RECEITA

É um documento padronizado destinado à notificação da prescrição de


medicamentos (BRASIL, 1998):

a) Entorpecentes (cor amarela),

b) Psicotrópicos (cor azul) e

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c) Retinóides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca).

A Notificação concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser


firmada por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de
Medicina, no Conselho Regional de Medicina Veterinária ou no Conselho
Regional de Odontologia; a concernente ao terceiro grupo (c),
exclusivamente por profissional devidamente inscrito no Conselho
Regional de Medicina (BRASIL, 1998).

Notificação de Receita tipo “A” – Cor Amarela

Figura 9 - Modelo de Notificação de Receita A.


Fonte: Videbula

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Para medicamentos relacionados nas listas A1 e A2 (Entorpecentes) e A3
(Psicotrópicos) (BRASIL, 1998).

• Validade após prescrição: 30 dias.

• Válida em todo o território Nacional (desde que apresente uma


justificativa do médico caso precise comprar o medicamento em outro
estado).

• Quantidade máxima por receita: para 30 dias de tratamento.


Limitado a 5 ampolas por medicamento injetável.

Notificação de Receita tipo “B1” – Cor Azul

Para medicamentos relacionados nas listas B1 (Psicotrópicas) (BRASIL,


1998).

• Validade após prescrição: 30 dias.

• Válida somente no estado emitente.

• Quantidade máxima por receita: 60 dias de tratamento. Limitado a 5


ampolas por medicamento injetável.

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Figura 10 - Modelo de Notificação de Receita B ou B1.
Fonte: Videbula.

Notificação de Receita tipo “B2” – Cor Azul

Figura 11 - Figura 11: Modelo de Notificação de Receita B2.


Fonte: Videbula

28
Para medicamentos relacionados na lista B2 (Psicotrópicas
Anorexígenas) (BRASIL, 1998)

• Validade após prescrição: 30 dias. Válida somente no estado


emitente.

• Quantidade Máxima / Receita: 30 dias de tratamento.

• Deve estar acompanhado do termo de responsabilidade do


prescritor. Esse termo deverá ser assinado pelo médico, paciente e pelo
farmacêutico. Esse termo deverá ter três vias, sendo que: a 1ª via deverá
ser arquivada no prontuário do paciente, a 2ª via deverá ser arquivada na
farmácia ou drogaria dispensadora e a 3ª via deverá ser mantida com o
paciente. Além disso, o termo de responsabilidade deve estar anexado à
notificação.

Notificação de Receita Especial Retinóides – Cor Branca

Figura 12 - Modelo de Notificação de receita de Retinóides.


Fonte: Videbula

29
Para medicamentos relacionados nas listas C2 (Subst. Retinóides de uso
sistêmico) (BRASIL, 1998).

• Validade após prescrição: 30 dias. Válida somente no estado


emitente.

• Quantidade máxima por receita: 30 dias de tratamento. Limitado a 5


ampolas por medicamento injetável.

• Deve vir acompanhada do Termo de Consentimento de Risco e


Consentimento Pós-Informação. Esse termo deverá ser assinado pelo
médico, paciente e pelo farmacêutico. Uma via do termo deverá ficar
retida na farmácia (ou drogaria).

301
Notificação de Receita Talidomida – Cor Branca

Figura 13 - Notificação de receita de Talidomida (C3).


Fonte: Videbula.

31
Para medicamentos relacionados nas listas C3 (Imunossupressoras)
(BRASIL, 1998).

• Validade após prescrição: 15 dias.

• Válida somente no estado emitente.

• Quantidade Máxima por receita: 30 dias de tratamento. Limitado a


30 dias o número de ampolas por medicamento injetável.

• Deve vir acompanhada do Termo de Esclarecimento para Usuário de


Talidomida e Termo de Responsabilidade.

CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA NOTIFICAÇÕES DE


RECEITAS

As Notificações de Receita deverão estar preenchidas de forma legível,


sendo a quantidade em algarismos arábicos por extenso, sem emenda
ou rasura. Deve conter somente uma substância e ficará retida pela
farmácia ou drogaria no momento da dispensação do medicamento. A
receita deve ser devolvida ao paciente devidamente carimbada, como
comprovante da dispensação (BRASIL, 1998).

As Notificações de Receita deverão conter todos os itens devidamente


impressos e apresentando as seguintes características e para aquisição
do medicamento todos os campos deverão estar preenchidos
corretamente (BRASIL, 1998).

32
5
1. Sigla da Unidade da Federação.

2. Identificação numérica: A sequência numérica será fornecida pela


Autoridade Sanitária competente dos Estados, Distrito Federal e
Municípios.

3. Identificação do emitente: Nome do profissional com sua inscrição


no Conselho Regional com a sigla da respectiva unidade da Federação;
ou nome da Instituição, endereço completo e telefone.

4. Identificação do usuário: Nome e endereço completo do paciente e,


no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e
identificação do animal.

5. Nome do medicamento ou substância: prescritos sob a forma de


denominação comum brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma
farmacêutica, quantidade (em algarismo arábico e por extenso) e
posologia.

6. Símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóides deverá


conter um símbolo de uma mulher grávida, recortado ao meio, com a
seguinte indicação: “Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no
coração e nos sistema nervoso do feto”.

7. Data de emissão.

8. Assinatura do prescritor: quando os dados do profissional


estiverem devidamente impressos no campo “emitente”, este poderá
apenas assinar a Notificação de Receita. No caso de o profissional
pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá

33
identificar a assinatura com carimbo, contando-se a inscrição no
Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível.

9. Identificação do comprador: Nome completo, número de


documento de identificação, endereço completo e telefone.

10. Identificação do fornecedor: Nome e endereços completos, nome


do responsável pela dispensação e data do atendimento.

11. Identificação da gráfica: Nome, endereço e CNPJ. Impressos no


rodapé da cada folha do talonário. Deverá constar também, a numeração
inicial e final concedida ao profissional ou instituição e o número da
Autorização para confecção dos talonários emitida pela Vigilância
Sanitária local.

12. Identificação do registro: Anotação da quantidade do medicamento


aviada, no verso, e quando tratar-se de fórmulas magistrais, o número de
registro da receita no livro de receituário.

34
GLOSSÁRIO

INSULINA: é uma hormona responsável pela redução da glicemia (taxa


de glicose no sangue), ao promover a entrada de glicose nas células.
(ACHE, 2017).

Intradérmica (ID): São aplicadas rente à pele, entre a derme e a


epiderme, a agulha não chega a camadas profundas. (ACHE, 2017).
Subcutânea (SC): é injetada pequena quantidade de medicamento
líquido (0,5 a 2,0 ml) no tecido subcutâneo abaixo da pele do paciente.
(ACHE, 2017).

Intramuscular (IM): Administração direta do injetável na massa


muscular. Esta via permite a administração de medicamentos em
soluções aquosa e oleosa. É a via mais apropriada quando se trata de
vacinas com soluções mais irritantes, pois a região dentro dos músculos
tem menos sensibilidade que as camadas da pele. (ACHE, 2017).

Endovenosa (EV): A administração intravenosa ou endovenosa é


efetuada introduzindo o medicamento diretamente na veia, na corrente
sanguínea. (ACHE, 2017).

Anvisa : (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi fundada em 26 de


janeiro de 1999 pela lei nº 9.782/1999. Ela é classificada como agência
reguladora, sob forma de autarquia – órgão autônomo da administração
pública com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios – e é
vinculada ao Ministério da Saúde. (ANVISA,1999).
Bactéria: são organismos unicelulares que não possuem núcleo definido
nem organelas membranosas. (ACHE, 2017).

35
Leveduras: são tipos de fungos. São organismos unicelulares, que não
fazem fotossíntese e, de modo geral, se reproduz (ACHE, 2017).em de
modo assexuado.

Células de mamíferos: são aquelas que apresentam um núcleo


delimitado por um envoltório nuclear. (ACHE, 2017).

Terapia gênica: é o tratamento baseado na introdução de genes sadios


com uso de técnicas de DNA recombinante. (ACHE, 2017).

Unguentos: Tipo de perfume; essência com a qual se perfuma o corpo.


Medicamento de uso externo que tem por base uma substância
gordurosa ou de gordura; unto, untura. (ACHE, 2017).
Linimentos: Medicamento untuoso, que tem por excipiente uma matéria
gordurosa (ACHE, 2017).

Elixires: preparado com substâncias aromáticas e/ou medicamentosas


dissolvidas em álcool, glicerina, vinho etc. (ACHE, 2017).

36
REFERÊNCIAS

ACHE. Nova lei de intercambialidade. São Paulo, 2017. Disponível em


<https://www.ache.com.br/arquivos/SUZ1814_17_FOLHETO_INTER-
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agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o contro-
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produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e dro-

37
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agosto de 2009.

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atualização, publicação e disponibilização de bulas de medicamentos
para pacientes e para profissionais de saúde. Diário Oficial da União, Bra-
sília, DF, 08 de setembro de 2009.

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(Anvisa). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 58, de 10 de ou-
tubro de 2014. Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto à
Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para a intercambiali-
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1999. Altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre
a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre
a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras
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