Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Módulo 4
1 INTRODUÇÃO
2
2 TIPOS DE MEDICAMENTOS
Mas como uma substância que causa uma doença não vai agravar o
estado de saúde do doente e, ainda por cima, vai curá-lo? Para responder
a essa pergunta, a homeopatia apresenta o 2º princípio, que é o
“princípio das doses infinitesimais”, ou seja, doses muito, mas muito,
pequenas (ABFH, 2007).
3
Os medicamentos homeopáticos devem ser produzidos de acordo com
as regras estabelecidas na edição em vigor da Farmacopeia Homeopática
Brasileira, que especifica que o produto final da homeopatia seja um
medicamento “dinamizado”. Como o medicamento deve conter
quantidades muito pequenas da droga inicial (doses infinitesimais),
devem ocorrer diversas diluições. As três escalas de diluição mais
utilizadas são a decimal, a centesimal e a cinquenta milesimal, ou seja, o
medicamento será diluído 1 para 10, 1 para 100 ou 1 para 50.000,
respectivamente. Para cada diluição, o medicamento deverá ser
dinamizado (ABFH, 2007).
4
Medicamento biológico: Medicamentos biológicos são produzidos e
isolados a partir de sistemas vivos (bactérias, leveduras ou células de
mamíferos), recorrendo a tecnologia do DNA recombinante (BARATA, L.
T., 2017).
55
Medicamento fitoterápico: Quando a planta medicinal é industrializada
para a obtenção de um medicamento, o resultado é o medicamento
fitoterápico. A industrialização de medicamentos evita contaminações
por microrganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas, além de
proporcionar a padronização da quantidade e a forma correta de uso,
permitindo uma maior segurança. Os fitoterápicos industrializados
devem ser registrados na Anvisa antes de serem comercializados
(FINTELMANN, V.; WEISS, R. 2010).
6
Figura 2 - A intercambialidade de medicamentos.
Fonte: Ache
7
Figura 3 - Medicamento Genérico.
Fonte: Brasil, 2010
8
Quais as vantagens dos medicamentos genéricos?
9
Medicamento similar: A realização de testes de equivalência e
bioequivalência farmacêutica passaram a se tornar obrigatória a partir
de 2003. Com a publicação pela Anvisa da RDC nº58/2014 os
medicamentos similares também passaram a poder substituir o
medicamento de referência, desde que os estudos de equivalência
farmacêutica, biodisponibilidade relativa/bioequivalência sejam
apresentados, analisados e aprovados pela Anvisa. Ainda segundo a
RDC, para que a substituição possa ser realizada deve constar na bula
que o medicamento similar é intercambiável com o medicamento de
referência (BRASIL, 2014).
3 EMBALAGEM DO MEDICAMENTO
10
Medicamentos sem tarja: Esses medicamentos não possuem tarjas em
suas embalagens. São os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP), ou
também chamados de medicamentos de venda livre (BRASIL, 2010).
São medicamentos que não precisam de prescrição, ou receita médica.
Porém, devem ser utilizados segundo as orientações de um profissional
farmacêutico. Esse tipo de medicamento apresenta poucas
contraindicações, assim como poucos efeitos colaterais. De forma geral,
os MIPs são utilizados para o tratamento de sintomas amenos, como por
exemplo resfriado, azia, má digestão e dor de dente. Esse tipo de
medicamento pode ficar na área de circulação livre (BRASIL, 2010).
11
Medicamentos com tarja preta: São psicotrópicos. Os medicamentos
dessa classe apresentam ação sedativa ou ativam o sistema nervoso
central. Dessa maneira, são identificados com a seguinte frase: “venda
sob prescrição médica — o abuso deste medicamento pode causar
dependência”. São medicamentos que oferecem alto risco para o
paciente, principalmente se usados de maneira inadequada. Também
são medicamentos controlados e só podem ser vendidos com
notificação de receita azul ou amarela, dependendo da classe
terapêutica do medicamento. São medicamentos que devem estar
armazenados em um armário com chave (BRASIL, 2010).
12
4 FORMAS FARMACÊUTICAS
SÓLIDAS
13
Drágea: É, na verdade, um comprimido, que passou por um processo de
revestimento com açúcar e corante, processo denominado
drageamento (ALLEN, et al, 2007).
Figura 6 - Figura 6: (1) Diferentes tipos de comprimidos; (2) Cápsulas gelatinosas; (3) Drágeas; (4) Cápsulas duras.
Fonte: Adaptado de Freepik.
14
SEMI-SÓLIDAS
LÍQUIDAS
15
Solução: São preparações líquidas homogêneas que contêm uma ou
mais substâncias químicas dissolvidas em solvente adequado ou em
uma mistura de solventes mutuamente miscíveis. Em relação ao seu uso,
uma solução farmacêutica pode ser classificada como oral, tópica,
oftálmica, otológica, nasal e parenteral (GENNARO, A. R., 2004).
5 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
16
tópica, etc. (CAREY et al, 2002).
As vias de administração são classificadas em enterais e parenterais. Para
as parenterais, há ainda uma subdivisão (parenterais diretas e parenterais
indiretas) (CAREY et al, 2002).
Via enteral
Uma via enteral é aquela na qual o medicamento inicia o processo de
absorção a partir de qualquer uma das porções do trato gastrintestinal
(TGI) (p. ex., via oral, sublingual, bucal, retal, etc.). Quando o
medicamento não utiliza o TGI como ponto de início da absorção, a via é
considerada parenteral (RANG et al, 2012).
Via parenteral
Parenteral direta
É aquela realizada fora do trato gastrointestinal. Se divide em parenteral
direta e parenteral indireta. Administração de medicamentos por via
parenteral direta é realizada por meio da injeção que consiste na
introdução, em tecido ou órgão, do medicamento, por meio de pressão,
utilizando-se para isso a seringa e a agulha. De um modo geral, é a
administração de medicamentos pelas seguintes vias: intradérmica,
subcutânea, intramuscular, intravenosa, intra-arterial, intraóssea, dentre
outras (HORTA, 1973).
17
da dosagem; além disso, constitui-se na única forma de se administrar
determinados fármacos que são destruídos pelos sucos digestivos, como
é o caso da insulina, por exemplo (HORTA, 1973).
Figura 8 - As seringas (A) são constituídas por duas peças: o corpo ou cilindro e o embolo. Podem ser metálicas,
de vidro ou plástico. O corpo, numa das extremidades termina em tubo afilado, onde se encaixa a agulha (B).
As agulhas (B) são, em geral, metálicas. Seus comprimentos e calibres variam de acordo com as vias utilizadas.
Cada agulha possui duas partes: uma porção que se encaixa na seringa, o canhão, e a haste, que termina em
bizel. Após a agulha ser acoplada à seringa, é possível extrair o medicamento a ser administrado da ampola
para, posteriormente, ser aplicado (C).
Fonte: (HORTA,1973).
Parenteral indireta
São todas as outras vias, que não utilizam o TGI e nem o recurso da
injeção, como exemplos temos as vias cutânea (tópica), nasal, ocular,
auricular, vaginal, etc. (MOURA, D. M., 2019).
18
6 ÍNDICE TERAPÊUTICO E O GRAU DE SEGURANÇA
Dose letal: Uma dose administrada capaz de causar óbito (RANG et al,
2012).
19
Dose de ataque: Uma dose administrada para surtir efeito imediato,
4
geralmente em quantidade maior do que se administra diariamente
(RANG et al, 2012).
REAÇÕES ADVERSAS
20
Grave: Potencialmente fatal, requer a interrupção da administração do
medicamento e tratamento específico da reação adversa,
7 INTERPRETAÇÃO DE BULAS
21
licença desde o ano de 1931, sendo considerado um item obrigatório
para a concessão do registro. As informações no texto da bula não
poderiam (e não podem) estar diferentes daquelas que a indústria
comprovou no ato do registro (CALDEIRA, T. T., et al, 2008).
22
8 A DISPENSAÇÃO DO MEDICAMENTO
23
MEDICAMENTOS SUJEITOS À RETENÇÃO DE RECEITA
1. Ser legível;
24
Figura 8 - Modelo de Receituário de Medicamentos Controlados.
Se um produto estiver próximo do prazo de validade expirar,
o cliente deve ser informado.
Fonte: Farmacêutico Digital.
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA
25
c) Retinóides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca).
26
Para medicamentos relacionados nas listas A1 e A2 (Entorpecentes) e A3
(Psicotrópicos) (BRASIL, 1998).
27
Figura 10 - Modelo de Notificação de Receita B ou B1.
Fonte: Videbula.
28
Para medicamentos relacionados na lista B2 (Psicotrópicas
Anorexígenas) (BRASIL, 1998)
29
Para medicamentos relacionados nas listas C2 (Subst. Retinóides de uso
sistêmico) (BRASIL, 1998).
301
Notificação de Receita Talidomida – Cor Branca
31
Para medicamentos relacionados nas listas C3 (Imunossupressoras)
(BRASIL, 1998).
32
5
1. Sigla da Unidade da Federação.
7. Data de emissão.
33
identificar a assinatura com carimbo, contando-se a inscrição no
Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível.
34
GLOSSÁRIO
35
Leveduras: são tipos de fungos. São organismos unicelulares, que não
fazem fotossíntese e, de modo geral, se reproduz (ACHE, 2017).em de
modo assexuado.
36
REFERÊNCIAS
37
garias e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 de
agosto de 2009.
38
CALDEIRA, T. R; NEVES, E. R. Z; PERINI, E. Evolução histórica das bulas de
medicamentos no Brasil. Scielo, 2008. Disponível em: https://www.scie-
lo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000400003 .
Acesso em: 18 de novembro de 2020.
39
GALATO, D. ALANO, G. M. TRAUTHMAN, S. C. VIEIRA, A. C. A dispensação
de medicamentos: uma reflexão sobre o processo para prevenção, iden-
tificação e resolução de problemas relacionados à farmacoterapia. Rev.
Bras. Cienc. Farm., São Paulo , v. 44, n. 3, p. 465-475, Sept. 2008. Disponí-
vel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
-93322008000300017&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 de novembro
de 2020.
RANG, H. P.; DALE, M. M.; Ritter, J. M.; Flower, R. J.; Henderson G. Rang &
Dale. Farmacologia. 7ª edição. Rio de Janeiro, Elsevier, 2012. 808 p.
40
Videbula. Medicamentos: Entenda a importância de medicamentos
controlados. Disponível em: http://videbula.far.br/medicamentos-con-
trolados-parte-3/. Acesso em: 18 de novembro de 2020.
41