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As imagens foram extraídas do mundo em quatro dimensões, material, geralmente

capturadas por máquinas fotográficas digitais e/ou de celulares e transformadas, por meio de
softwares de edição fotográfica, em peças de humor (memes). Elas entram em processo de
viralização, se bem-sucedidas com seu conteúdo humorístico, por meio das redes sociais e, em
contato com o artista, passam por uma curadoria, sendo alguns memes selecionados para se
materializarem novamente, por meio da reprodução por projeção, seja ela feita com projetor ou
monitor.
De forma gradativa, esta curadoria de memes passa, do inicio ao fim, do monitor para o
papel vegetal, da redigitalização para o projetor e da projeção para a tela, onde o artista define seu
ponto de pausa com a pintura e o desenho.
Desta forma, o meme materializado pode romper de diversas formas as barreiras do virtual e
ser realocado em galerias e museus, surtando críticas ao sistema da arte, podendo sugerir que este
não passa de uma grande piada, ou ainda mais, não é nada além de uma estante de vendas bem
como as redes sociais. E, disso, será que a interação nas redes é mesmo social? A sensação de rir
com os outros é real quando não há alguém rindo no mesmo local que você no mundo material?
O meme realocado no espaço expositivo destinado para a arte demonstra o excesso de
utilização quando exagerado num espaço desses. É onde deveria estar? A sensação de que isto já foi
por diversas vezes visto, revisto, revisitado, refeito etc, é incomoda. Por que ir a uma exposição
onde o que está exposto é o que se vê todos os dias? Por que ver isto todos os dias? E então, a
tensão e raiva podem transparecer como as imagens que estão em anexo ao texto.

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Por quantos filtros essa imagem passou antes de chegar na superfície material "final" do
artista? Esses memes, especificamente, foram tirados do material, de fotos de criaturas orgânicas e,
por meio da fotografia digital, colocados no virtual em uma rede de acesso mundial, mais
especificamente redes sociais e configurados com diversas técnicas do entretenimento para fazer-
nos rir. A partir dessa premissa podemos nos ater em duas perspectivas.

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Trabalho sobre memes, articulando com o texto da priscilla arantes e o processo de ruptura com a
preocupação da observação do real, para apropriar-se da projeção da imagem virtual. vai por aí......

-projeção
-memes
-instagram
-distanciamento primeiro, para a materialização e objetificação, passando por um filtro orgânico de
quem executa.

a partir dessa grande circulação das imagens, com o uso do projetor, o artista materializa de forma
gradativa o virtual, definindo então seu ponto de pausa com a pintura e o desenho em tela. isso dá
margem para a perenidade do refazer da obra.
-a risada na cara da arte, um fazer graça, ridicularizar a arte, talvez, pelo ato do "passar por cima". a
cópia ou coisa do genero
-a visceralidade (o importar-se, o enraivecer-se) de uma figura e o desprezo (o não importar-se, o
entediar-se) da outra

_qual o artista referencial buscar? Eva e Franco Mattes


O trabalho parte do gracejar para com o sistema, não somente da arte mas o político e social, no
momento em que se identifica que a utilização das redes sociais já não serve mais para a interação,
mas sim para a propagação de um mercado baseado no marketing visual ininterrupto e que se baseia
em técnicas

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