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PRIMEIRO PLANTÃO
Vitória Rota
Curitiba – 2022
Sumário
1. INTERPRETAÇÃO BÁSICA DE EXAMES..............................................................................................................................4
SUMÁRIO
2. HEMOGRAMA
2.Aumento.
Hematócrito (%) Proporção de hemácias 1. Anemias, hemorragias.
pelo conteúdo do
plasma. 2. Desidratação, DPOC, policitemia.
1.Diminuído
2.Aumentado
VCM (Volume 1. Diminuído 1.Microcitose: anemia ferropríva,
corpuscular 2. Aumentado talassemias.
médio)
2. Macrocitose: anemias
megaloblásticas (def. de ac.
Fólico/B12/perniciosa
HMC 1. Diminuído 1. Hipocromia: anemia ferropriva,
(Hemoglobina 2. Aumentado talassemias.
corpuscular
média) 2. Hipercromia: anemias
megaloblásticas.
CHMC 1. Diminuido 1. Anemias
(Concentração 2. Aumentado 2.Esferocitose hereditária.
de Hb
corpuscular
média)
RDW (índice de Coeficiente de variação 1.Talassemias.
anisocitose) do tamanho das
hemácias. 2.Policromasia: Anemias
1. Diminuído: (principalmente a falciforme e
2. Aumentado: ferropriva), doenças
mieloproliferativas.
Plaquetas 1. Diminuídas: 1. Trombocitopenia: Maior risco de
Vitória Rota – Curitiba, 2022 4
2. Aumentadas: sangramento, neoplasias
hematológicas, algumas
infecções virais (arboviroses),
infecções na medula óssea (HIV,
EBV, doenças autoimunes
(purpura trombocitopênica, LES,
AR), quimioterapia.
2. Trombocitose: Anemias
(falciforme e hemolíticas),
policitemia, sd.
Mieloproliferativas,
infecções/inflamação,
leucemias.
Reticulócitos Eritrócitos imaturos. 1. Anemias
1. Aumentados
Leucócitos 1. Diminuído 1. Leucopenia: Infecções virais,
2. Aumentado neoplasias hematológicas.
2. Leucocitose: Infecções no geral,
neoplasias hematológicas (no
hiato leucêmico).
Neutrófilos 1. Diminuído 1. Neutropenia: Infecções virais,
2. Aumentado infecções bacterianas agudas
graves, leucemia, doenças
autoimunes.
2. Neutrofilia: Infecções
(bacterianas principalmente),
corticoide, leucemia.
Bastões/ 1. Aumentado 1. Desvio a esquerda/bastonetose:
Bastonetes Infecções (agudas bacterianas,
principalmente)
Linfócitos 1. Diminuídos 1. Linfopenia: Infecções
2. Aumentados bacterianas
2. Linfocitose: Infecções virais
Basófilos 1. Aumentados 1. Basofilia: reações alérgicas,
doenças autoimunes.
Eosinófilos 1. Aumentados 1. Eosinofilia: Infecções
parasitológicas, reações
alérgicas, leucemias (raro).
Monócitos 1. Aumentados 1. Monocitose: sífilis, TB.
Blastos, 1. Aumentados 1. Leucemias e linfomas, sd.
mielócitos, Mieloproliferativas.
metamielócitos
ALTERAÇÕES:
Massas: consolidações mais bem definidas, sem broncogramas aéreos, >3cm. Pode ter margens
bem ou mal delimitadas (espiculadas) e calcificações (esses últimos alertam para malignidade).
Nódulos: consolidações melhor definidas, sem broncogramas aéreos, <3cm. Pode ter margens
bem ou mal delimitadas (espiculadas) e calcificações (esses últimos alertam para malignidade).
Vidro fosco: lesões nodulares/massas que não são tão radiopacas (já que não são sólidas e sim
uma lesão mais concentrada) e que você consegue ver através dela.
Específicos:
Cavitações: espaços sem ar no meio do parênquima, geralmente bem delimitado, sem nível
hidroaéreo (se tiver, criou abscesso dentro ou também pode criar uma bola fungica). Comum na
TB ou neoplasias.
Pneumoconioses: placas face on.
Raio X:
Pedir na posição ortostática (tem que ver parte do tórax) nos casos de abdômen agudo, para
descartar principalmente PERFURAÇÃO (terá ar/pneumoperitônio no abdome).
Tomografia:
Muito mais específica, mostra mais estruturas e pode fazer diagnóstico com mais precisão da
maioria das causas.
Sinais de obstrução: distensão de alças na montante (antes) da obstrução com marcação das
haustrações (se intestino grosso) e sinal do empilhamento de moedas (obstrução alta-intestino
delgado), acumulo de ar/liquido (com nível hidroaéreo), ausência de ar distal a obstrução e
ampola retal, fecaloma, corpo estranho.
Específicos:
Volvo de sigmoide: sinal do feijão, alça que se torce fica extremamente distendida.
Sinal da alça sentinela: segmento de alça fixa e distendida. Ocorre mais comumente na
pancreatite, mas pode ocorrer em outros processos inflamatórios (apendicite, diverliculite).
Respostas compensatórias:
DISTURBIOS MISTOS:
A cada aumento de 10 do PaCO2 tem que aumentar 4 de bicarbonato -> se não aumenta é
acidose mista.
Também pode ter pH normal (compensado).
Tem 2 ou mais distúrbios juntos.
Podem ser concordantes (ambos acidose/alcalose) ou discordantes (nesses casos o pH fica
normal, como acidose+alcalose).
Nos concordantes tem que fazer o calculo da PCO2 esperada para saber se esta ocorrendo
compensação ou é outro distúrbio concomitante:
HEMATOMAS:
Subaracnóide (HSA): o sangue (hiperdenso) vai contornar os sulcos. Causada geralmente por
AVC hemorrágico, também faz edema cerebral com borramento dos sulcos.
Intraparenquimatoso (HIP): sangue dentro do parênquima, + edema cerebral com borramento
sulcos apagados.
AVC isquêmico
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
Posição do paciente: Decúbito dorsal com pescoço hiperextendido se possível (não fazer isso
na possibilidade de trauma cervical). A cabeça do médico tem que ficar no nível da do paciente
para melhor visualização (sentar ou se agachar) + PACIENTE DEVE ESTAR COM ACESSO
PARA MEDITAÇÕES.
A. Ventilação mecânica
Tipos de ventilação:
Modos ventilatórios:
Modo VCV: quando se atinge determinado volume faz a ciclagem da inspiração para expiração.
CICLA PELO VOLUME. Tem alarme para P de pico. Mias fácil de usar, permite avaliação da DP
e da complacência pulmonar.
Modo PVC: quando se atinge determinada pressão para a ciclagem. CICLA PELO T.
INSPIRATÓRIO. Tem alarme para o V corrente.
Moco PSV: quando atinge 25% do pico de fluxo inicial. Usado principalmente para desmame.
PS: desmame da VM -> 30 min de tubo T ou PSV com parâmetros mínimos e então retira a VM e
o IOT.
Geralmente regular pelo VCV (mais fácil e serve para a maioria dos casos).
Casos específicos:
Procuro eliminar CO2 se PaCO2 alto -> hipercapnia com acidose respiratória. Para “lavar” o CO2
eu AUMENTO O V. MINUTO (Vmin = VcorrentexFR), AUMENTANDO A FR OU O VOLUME
CORRENTE (tentando manter um Tinspiratório e uma relação I:E fisiológica).
Procuro reter CO2 se PaCO2 baixa -> hipocapneia, alcalose respiratória ou metabólica.
Relação I:E: o normal é 1:1, então quando mais conseguir deixar próximo disso melhor.
Pacientes com padrões obstrutivos de doença (DPOC, ASMA): aumentar o tempo de EXPIRAÇÃO
(1:3, 1:4). AUMENTAR O FLUXO -> AUMENTA O T. EXPIRATÓRIO.
Pulmão mais complacente (DPOC): Fazer modo PCV é melhor, pulmão menos
complacente (FIBROSE, SARA) melhor fazer modo VCV.
Pacientes hipoxemicos (PaO2 baixa): manter a relação mais perto de 1:1, aumento FiO2,
aumento a PEEP, prono para recrutar alvéolos.
Pacientes com hipoxemia a despeito dos ajustes de volume corrente e com um FiO2 alto:
pronação!
Relação PaO2/FiO2:
- Normal >400
- SARA leve: 300-200
- SARA moderada: 200-100
- SARA grave: <100
Anatomia da v. femoral
Veia subclávia
Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local (tentar deixar marcado)
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente + colocar campos + localizar o local (reforçar) + marcar o tanto
que o cateter vai entrar
5º Anestesiar o local (primeira anestesia em 90° graus profundamente, depois em leque)
6º Posicionar com a agulha e seringa de 5-10 ml (com ou sem SF dentro), direcionar a agulha
para o mamilo ipslateral -> IR ASPIRANDO ATÉ O SANGUE VIR.
7º Quando o sangue vier -> retirar a seringa
8º Passar o fio guia (até ver a alteração do eletro ou até marcação), depois retirar a agulha
(Técnica de Seldinger)
9º Passar o dilatador SEM SOLTAR O FIO GUIA
10º Passar o cateter até marcação enquanto retira o fio guia
11º Conectar o cateter ao soro e testar
12º Fixar o cateter
13º Fazer curativo (colocar sempre uma gaze em baixo para não machucar o paciente)
14º Pedir RAIOX de controle.
Complicações: Pneumotórax (+ do lado esquerdo, por isso sempre que possível preferir a Svji
D), hematoma (fazer compressão), infecção (menor que na V. femoral).
Veia Femoral
Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local (tentar deixar marcado)
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente + colocar campos + localizar o local (reforçar) + marcar o tanto
que o cateter vai entrar
5º Anestesiar o local (primeira anestesia em 90° graus profundamente, depois em leque)
6º Posicionar com a agulha e seringa de 5-10 ml (com ou sem SF dentro), direcionar a agulha
para o umbigo -> IR ASPIRANDO ATÉ O SANGUE VIR.
7º Quando o sangue vier -> retirar a seringa
8º Passar o fio guia (até ver a alteração do eletro ou até marcação), depois retirar a agulha
(Técnica de Seldinger)
9º Passar o dilatador SEM SOLTAR O FIO GUIA
10º Passar o cateter até marcação enquanto retira o fio guia
11º Conectar o cateter ao soro e testar
12º Fixar o cateter
13º Fazer curativo (colocar sempre uma gaze em baixo para não machucar o paciente)
14º Pedir RAIOX de controle.
Complicações: Maiores chances de infecção que a punção da VSC e VJI, hematoma (fazer
compressão), punção arterial (fazer compressão), hemorragia intraperitoneal.
5. Toracocentese
Materiais necessários:
EPIs
Avental e luvas estéreis
Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
Campos estéreis
Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
6. Drenagem de tórax
Materiais necessários:
EPIs
Avental e luvas estéreis
Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
Campos estéreis
Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
Seringa de 5 ml para o anestésico
Bisturi + lâmina 11
Kelly grosseira
Dreno de tórax (tam de 16-36) + selo d’gua + liquido para por dentro do selo
- Tamanho: 20 a 24 Fr para pneumotórax, 20 a 24 Fr para derrame pleural maligno; 28 a 36 Fr
para derrames parapneumônicos complicados, empiema e fístula broncopleural; e 32 a 36 Fr
para hemotórax.
Porta agulha + fio para fixação do dreno (Pode ser Nylon 1-0, 2-0).
Gazes e micropore para curativo.
7. Pericardiocentese
Materiais necessários:
EPIs
Avental e luvas estéreis
Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
Campos estéreis
Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
Seringa de 5 ml para o anestésico
Agulha para punção (abocath 16-18)
Seringa de 60ml para punção
9. Paracentese
Materiais necessários:
EPIs
Avental e luvas estéreis
Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
Campos estéreis
Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
Seringa de 5 ml para o anestésico
Agulha para punção (abocath ou jelco 16-18)
Seringa de 10 ml para punção
Equipo caso seja uma paracentese de alivio (terapêutica)
Frascos para coleta de material caso seja uma paracentese diagnóstica
Materiais para curativo
7° Se for diagnóstica: coletar o material para o laboratório; se for terapêutica: conectar o equipo
para ficar drenando e fazer curativo.
Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local (palpar a crista ilíaca bilateralmente e tentar unir os
polegares sobre a coluna, no local onde os dedos se encontrarem é o espaço entre L3 e L4,
palpar então os processos vertebrais de L3 e L4 e marcar o espaço entre elas com caneta ou
outra coisa).
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente (em circulo começando de dentro para fora) + colocar campos
5º Confirmar o local depois por cima dos campos
6º Anestesiar o local 90°
7° Posicionar a agulha em 15° com a pele com a ponta em direção cranial e puncionar
PS: Paciente sentado -> BISEL TEM QUE ESTAR VIRADO PARA DIREITA OU ESQUERDA
Paciente deitado -> BISEL VIRADO PARA CIMA OU BAIXO.
8° Insere até cruzar a resistência (sentir o “tuc”) e então retira o estilete para ver se o licor (cor
transparente de água de rocha) esta saindo. Para inserir ou reposicionar a agulha, inserir o
estilete de novo.
9º Após atingir o local, retirar o estilete e deixar as gotinhas caírem sobre os frascos.
10º Após terminar a coleta, tampa a saída da agulha e a retira e logo em seguida comprime
com uma gazes por uns 2-3 minutinhos até parar de sangrar
11° Faz um curativo e deixa o paciente em repouso deitado por 20-30 minutos.
8. Sondagem vesical
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Materiais necessários:
EPIs
Luvas estéreis e luvas de procedimento normal
Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
Campos estéreis
Anestésico em gel
Sonda vesical de Folley + bolsa
- Tamanhos: neonatal 4-6; criança 6-10; adulto 12-24)
Cuba rim para refluir a urina
Seringa de 20 ml com soro para insuflar o balão da sonda
9. Sondagem nasogástrica
Materiais necessários:
EPIs
Luvas de procedimento normal
Campos ou lençóis para forrar o tórax do paciente (caso venha alimentos)
Gazes
Anestésico em gel (colocar em cima da gaze)
Sonda nasogástrica (geralmente nº 18)
Seringa de 20ml com ar para testar + estetoscopio
Micropore para fixação da sonda
Cuba rim ou maior para colocar a extremidade mais distal da sonda
Posição do paciente: Sentado com inclinação de 45º com as costas encostadas e o pescoço
hiperfletido (queixo no peito)
8º Confirmar: ou vem suco gástrico refluindo ou você aspira o suco com a seringa ou você insufla
20 ml de ar na sonda enquanto ausculta a região epigástrica (vai escutar um barulho de bolhas
no estomago).
9° Conectar a sonda na bolsa.
A. Asma
Oferta de O2 (por cânula -> mascara -> IOT, começar com 3L/min a 100%) e manter SaO2 93-
95%.
Broncodilatadores de curta (BD/SABA): 3 ciclos de Salbutamol (jatos com ou sem espaçador)
-> cada ciclo é composto por 4-8 jatos. Intervalo de 20 min entre os ciclos.
Corticoide EV ou VO: se paciente precisar do segundo ciclo de BD, já aplicar o corticoide EV (na
primeira hora). Metilprednisolona 40-60 mg ou PREDNISONA 60mg VO ou EV
Brometo de ipratrópio: caso não responda a BD de curta + corticoide. Dose: 4-8 jatos a cada 20
min, fazer até 3x.
Sulfato de magnésio 10% + cuidados intensivos -> 2g EV. (Diluir as 2g/4ml em 50-100 ml de SF e
infundir lentamente em 20 min).
o DILUIÇÃO: 20 ml sulfato de magnésio a 10% + 80 ml soro fisiológico -> correr em 20
minutos DU
IOT se: dispneia grave, FR >35, PaO2 <40, PaCO2>60 e/ou pH <7,25 MESMO APÓS VNI.
Parâmetros da VM na DPOC:
Quando temos um empiema livre (corre livremente na cavidade), a toracostomia fechada em selo
d’água é suficiente. O dreno deve ser mantido funcionante até a drenagem ficar inferior a 50
ml/dia e o pulmão afetado ter se re-expandido totalmente. Continuar ATB até uns 20 dias após
retirada do dreno (mesmo ambulatorialmente) nas causas infecciosas.
Tratar a causa (pneumonia - ATB, ICC - Furosemida).
13. IVAs
Otite Média Aguda
Otalgia (geralmente unilateral), febre, astenia, inapetência, hipoacusia flutuante, otorreia (perfuração
timpania). Pode ter tido quadro gripal anterior.
Analgesia VO (paracetamol, dipirona) + só observar por 2-3 dias sem ATB se sintomas graves e aguardar
evolução.
ATB VO: sempre indicado se <6meses, otorreia, OMA bilateral, sintomas graves (otalgia persistente
mesmo com analgesia após 48hrs, febre >39, aparência toxica na otoscopia).
ATB de escolha: amoxicilina, amoxi + clavulanato, azitromicina.
Odinofaringite
Odinofagia (geralmente dói mais na viral – adenovírus), tosse, coriza, mal-estar, febre (se muito alta indica
etiologia bacteriana), anorexia, linfonodomefalia cervical.
Gripe X Resfriado
Rinossinusite
Bronquite
Laringotraqueite VIRAL.
Tosse com estridor INSPIRATÓRIO + sintomas gripais. Sintomas pioram a noite.
TTO: nebulização com adrenalina + corticoide.
Coqueluche
Bronquiolite Viral
14. FA
Escolha do ATB:
Monitorização + saturação
Coleta de gasometria (ajuda a definir se hipoxemica ou hipercapnica).
Oferecer O2 suplementar 100% com alto fluxo >5ml/min: mascaras -> VNI/IOT.
SARA:
Manter o paciente bem perfundido mas sem ofertar muito volume, preferir uso de DVP.
Manter uma PEEP alta.
Pronar o paciente pois -> maior quantidade de alvéolos na parte posterior do pulmão, então se você
deixa o paciente em decúbito ventral você leva pela gravidade esse edema mais para a parte anterior.
Parâmetros de VM na SARA:
Queixa de dor torácica? Primeiro ECG (em menos de 10 min) + caracteriza a dor e classifica-la
em A, B, C e D (se paciente estável).
Características de uma dor anginosa típica: inicio agudo com piora crescente, do tipo
pressão/aperto/difusa em região subesternal (pode ser que coloque a mão fechada em cima do
peito – Sinal de Levine), pode ter irradiação para pescoço, mandíbula, MMSS (principalmente
lado esquerdo), duração <20 min sugere angina estável e >20 min instável ou IAM, pode
piorar/iniciar por esforço, estresse, frio, tabagismo e ser ou não aliviada com repouso ou uso de
nitrato.
Características de uma dor anginosa atípica: dor de inicio aguda, do tipo fachada/agulhada,
piora ao respirar, localizada em outros pontos além do subesternal, desencadeada ou iniciada
sem estresse ou esforço, sintomas associados como náuseas, epigastralgia, dispneia. Mais
comum em: idosos, mulheres, diabéticos, DRC, imunossuprimidos, cardiopatas e após cx
cardíaca. Investigar sem os DXX.
Classificação da dor:
A. Definitivamente anginosa: características de angina típica (da o dx de SCA mesmo sem ECG
e/ou enzimas). -> Protocolo de dor torácica.
Se supra de D1, D2 e aVF (parede inferior) ou V3-V4 pedir V3R e V4R para definir se é ou não
IAM de VD.
Passo a passo do tto:
Definição: não existe elevação do segmento ST, mas existe aumento de troponinas.
Passo a passo do tto:
- TTO: Manobras vasovagais -> Adenosina 1º dose 6mg em bolus, 2º dose 12 mg em bolus e 3º
dose 12mg em bolus -> BCC (verapamil ou Diltiazem) e/ou BB (metoprolol) -> cardioversão
elétrica.
FA: FC 90-150, QRS estreito, sem onda P, RITMO IRREGULAR.
Flutter Atrial: FC>150//FA>250, QRS estreito, tem onda P em forma de serra (onda F), regular.
-TTO: BB + anticoagular.
Sd. De Wolf-Parkinson-White: alterações similares a TSV mas com onda P, só que como o
intervalo PR é curto a onda P se soma ao QRS (onda delta). Decorrente de uma via acessória
- TTO agudo: como a TSV ou Procainamida 15 mg/KG IV + manutenção de 1-4 mg/min IV.
- TTO crônico: antiarrítmicos (Procainamida)
TAQUIARRITMIAS INSTÁVEIS
Sintomas: dor torácica, rebaixamento do NC, hipotensão, choque, EAP.
Sedar paciente antes da cardioversão.
Cardioversão-SINC (no bifásico):
1. TSV e Flutter: 50-100 J.
2. TV com pulso: 100-200 J.
3. FA: 120-200 J.
PS: máximo de 200J no bifásico e 360J no monofásico.
BRADIARRITMIAS
Estáveis: geralmente só monitoriza e observa e trata/investiga a causa.
Instáveis:
- Benignos (BAV1 OU BAV2 Mobitz1):
1. Atropina 0,5-1mg EV (repetir no max 3x dose max de 3mg, intervalo de 3-5 min).
2. Depois seguir o tto dos malignos.
- Malignos (BAV2 Mobitz 2 e BAVT):
1. Adrena/Epinefrina (2-10 mcg/min) ou dopamina 5-20 mcg/min)
2. Marca-passo transcutaneo (colocar pás como no desfibrilador, selecionar uma FC de 70-80 bpm
e voltagem de 20-30 mA e pode ir aumentando de 5/5 mA -> cada espicula deve gerar um
QRS)
3. Marca-passo intratorácico.
H. Emergências hipertensivas
Sempre que PA elevada + sintomas, pedir exames para descartar LOA, podendo direcionar
para sintomatologia: Hemograma, função renal, função hepática, ECG, parcial de urina, RX de
tórax, TAC de crânio. Outros exames de imagem...
Hipertensão grave ou PA elevada: PA entre 180/120-220/130, paciente pode ter sintomas
(cefaleia, mal-estar, fraqueza, tontura) mas sem lesão de órgão alvo.
- TTO: ambulatorialmente, pode dar medicamento VO na emergência ou só aumentar a dose dos já
de uso continuo para hipertensos prévios ou iniciar um MUC para HAS e pedir acompanhamento na
UBS.
Urgência Hipertensiva:
PA >/ 220/130, paciente com sintomas, SEM lesão de órgão alvo ainda mas com risco de lesão
eminente.
- TTO: ambulatorial, iniciar com medicamento VO na emergência (Captopril 25-100 mg VO,
Nifedipino 5-10mg SL ou VO). Nunca reduzir muito a PA abruptamente.
Emergência Hipertensiva:
-> PA elevada, geralmente > 180/120, COM LESÃO DE ORGÃO ALVO e risco de morte eminente.
- TTO:
- Nitroprussiato de sódio (0,25-10 mcg/kg/min EV) – ir aumentando 0,5 mcg/kg/min conforme a
PA. Dose máxima 2-3 mcg/kg/min – dose máxima é 8mcg/kg/min,
DILUIÇÃO: 1 ampola em 248 SG 5% -> solução 0,2 mg/ml (200mcg/ml)
Nitroglicerina (se IAM ou IVE), Hidralazina (Eclampsia), Metoprolol (IAM, DAA), Esmolol (DAA),
Furosemida (EAP). Reduzir no max 25% na PA na 1º hora (nunca abruptamente), mas vai depender
também da LOA.
Estágio B – IECA/BRA + BB -> aqui o paciente tem doença estrutural, mas ainda assintomático
Estágio C e D: NYHA
Tratamento crônico:
1. ICC com fração de ejeção preservada: IECA ou BRA + BB
2. ICC com fração de ejeção reduzida (<40%): IECA ou BRA + BB + ESPIRO (Antagonista da
Aldosterona). Geralmente classe III/IV e estágio C/D.
3. Sintomáticos: Furosemida para EAP, pode ser necessário anticoagulação (FA, hx de evento
tromboembólico, hmf cardiomiopatia dilatada).
4. Alternativas: Ivabradina, Hidralazina (contraindicação a IECA/BRA, negros, associada a
IECA/BRA), Amiodarona, Digoxina (quarto medicamento a ser acrescentado a terapia tripla da
FE reduzida).
Tratamento agudizações: frio (baixa perfusão em repouso, baixo DC) e úmido (congestão
pulmonar – EAP)
D. Perfil D/L (frio e seco): Ionotropicos + reposição volêmica e sempre avaliar congestão.
K. Abdome Agudo
Definição: pH < 7,3 + glicemia > 250 + Cetonemia ou cetonúria. FAZ ACIDOSE
METABÓLICA COM ANION GAP ALTO.
Gravidade: Leve 7,3-7,2; moderada 7,2-7,0; grave <7. pH.
Leve: tto em enfermaria
Moderada/grave: tto em UTI.
Exames a serem solicitados: dextro, gasometria arterial, hemograma, Na (calcular o Na
corrigido), glicemia sérica, Cloro, K (faz hipocalemia), fósforo, Cr, Ur, calcular a
osmolaridade plasmática, parcial de urina, enzimas pancreáticas e hepáticas (aumentam
na CAD), culturas se necessário (o que descompensou a DM?), exames de imagem e
ECG.
- Na corrigido:
Passos:
1. Monitorização + 2 acessos + gasometria + estabilização ACLS.
2. HIDRATAÇÃO 1º HORA:
- Paciente com sinais de hipovolemia: 1L de SF 0,9% na 1º hora.
- Paciente com sinais de normovolemia: 250-500 ml na 1º hora.
3. HIDRATAÇÃO A PARTIR DA 2º HORA:
- Na >/145: 250-500 ml/h de SF 0,45% (soro ao meio: 500 ml de SF 0,9% + 500 ml de
SG5%).
- Na <145: 250-500 ml/h de SF 0,9% até glicemia <250, depois começar soro ao meio.
PS: monitorizar sinais de hipervolemia, principalmente em cardiopatas e/ou choque
cardiogênico.
4. INSULINA:
- Fazer IR na dose de 0,1 U/kg/h: primeira dose faz em BOLUS + 10ml de SF 0,9% e
depois faz em BIC a partir da 2º hora (solução da BIC: 50 U de IR + 500 ml SF 0,9% -
fica 1 U para 10ml).
- Corrigir primeiro o K se necessário.
- Queda <50 mg/dL/h: dobra a velocidade da infusão.
- Queda da glicemia de 50-80 mg/dL/h: manter infusão até glicemia <250, após isso
reduzir pela metade a velocidade de infusão.
- Queda >80 mg/dL/h: reduzir pela metade a velocidade.
5. CORREÇÃO DO K:
- K normal (3,3-5): insulinizar e repor K junto com a hidratação (2 ampolas a cada 1L
de solução – cada ampola tem 25 mEq, ambas corrigem em torno de 0,5 mEq sérico,
diluir no SG5% 500ml).
- K >5 (alto): apenas insulinizar e monitorizar o K de 2/2hrs.
- K <3,3 (baixo): REPOR ANTES DA INSULINA na dose de 0,4-0,6 mEq/L/h durante
6hrs e só insulinizar depois que K >3,3.
6. PS: avaliar glicemia de 1/1 hora até estabilização do paciente e outros exames a cada
2 hrs.
Pediátrica:
3. INSULINIZAÇÃO
- Somente após a 2º hora de tto.
- IR da dose de 0,1 U/kg/hora (ou 0,05 para evitar edema cerebral e hipoglicemia) em
BIC.
4. CORREÇÃO DO K:
- Sempre corrigir antes da insulina se hipocalemia.
- Calcular o K real: pH sobe 0,1 = K diminui 0,6 (o inverso tbm vale, se o pH baixo ->
calcular quanto diminui e quanto o K deveria subir).
HIDRATAÇÃO
10-20 ml/kg/hora de SF a 0,9% ou RL nas primeiras 2 horas.
20 ml no caso de sinais de choque, senão só 10. -> Correr em 1
hora, um pouco mais rápido se sinal de choque.
Reavaliar a cada hora 1 hora (ou 30 min) e repetir a dose de SF
se preciso (sem ultrapassar a dose de 30ml/kg).
Após estabelecimento de diurese adequada seguir para a fase
de manutenção da volemia.
FASE 2 INSULINA CORREÇÃO DA GLICOSE
(a partir da 2º Insulina regular 0,05-0,1U/kg/hora (25 U + 250 ml de SF = 0,5-
hora) – após 1ml/kg/h) em BIC.
correção da Manter a insulina até a resolução da cetoacidose.
desidratação. Quando glicemia 200-250 ou queda superior a 50-90mg/dL/hora
associar soro glicosado 5%.
Diminuir insulina para 0,02-0,05U/kg/hora se hipoglicemia.
CORREÇÃO DO K
Tem que aguardar a dosagem do K para iniciar a insulina!!!
Se hipocalemia (K <3,5), iniciar reposição de K com a hidratação,
K<3,3 40 mEq/L de solução; se K 3,3-5,5 reposição com 20-30
Cálculo da Kcal:
- Peso até 10kg: cálculo por kg.
- Peso de 10-20 kg = [(excedente de 10kgx50) + 1000]/100
- Peso> 20kg= [(excedente de 20kg x 20) + 1500]/100
Regular um equilíbrio entre os soros de acordo com a glicemia e
dosagem de K.
Não é necessário a correção do BIC geralmente. Apenas em algumas situações, como: Se pH <6,9,
choque com falência miocardiaca, hiperpotassemia grave -> fazer bicarbonato 1-2 meq/kg em
1hora.
Cistite
- Dx pode ser clinico e tto pode ser feito antes do resultado do PU.
- Dor subrapubica + disúria + polaciúria + febre baixa ou ausente.
- TTO:
1. Analgesia + alta ingestão hídrica
2. ATB: Fosfomicina 3g DU -> Nitrofurantoína -> Amoxi ou Amoxi+Clavulanato por 7 dias ->
Ampicilina -> Cefalosporinas -> Cipro (Tirando fosfomicina, todos por no min 7 dias).
Pielonefrite
- DX pode ser clinico e tto pode ser feito antes do resultado do PU. MAS SEMPRE CONFIRMAR
COM UROCULTURA.
- Dor lombar + disúria + polaciúria + febre alta + mialgia, atesnia e outros sintomas sistêmicos.
- Giordano positivo.
N. Sepse adulto
Sepsis-3 + atualizações recentes de 2021.
Sepse: O SEPSIS-3 define sepse como suspeita/documentação de infecção + disfunção orgânica
potencialmente fatal (>/2 critérios no qSOFA ou aumento de 2 ou mais no SOFA).
1. qSOFA:
GSG <15
2. SOFA: avalia BT e frações, plaquetas, relação PaO2/FiO2, Cr ou DU, PAM c/ ou s/ uso de DVP.
Atualização de 2021: não usar mais o qSOFA, pode usar direto o SOFA ou outras ferramentas para
definir disfunção orgânica. No escore 2 pontos ou mais define sepse.
Choque séptico: Paciente com sepse e necessidade de uso de drogas VP para manter PAM >/65 E
lactato acima de 2mmol/L (18 mg/dL) após reposição volêmica adequada (na atualização 2021).
PACOTE DE 1HORA (Sepsis-3):
PACOTE DE 1 HORA
1. MOV + ABCDE
2. Coleta de exames laboratoriais: gasometria, lactato (repetir após 1h), hemograma
(plaquetas), creatinina, bilirrubina , coagulograma, PCR, procalcitonina.
3. Repetir lactato se o inicial for >2.
4. 2 hemoculturas de sítios distintos antes de iniciar ATB.
5. Iniciar ATB de amplo espectro o quanto antes, mas este pode ser retardado até a coleta dos
exames caso o paciente esteja estável (pode ser feito até a 3ª hra caso a suspeita de sepse
ainda não tenha sido definida).
6. Ressuscitação volêmica com 30 ml/kg (nas primeiras 3hrs) de cristaloide para hipotensão
ou lactato >4 mmol/L (36 mg/dL) – utilizar a redução do lactato como meta.
7. Iniciar vasopressores (NE) se paciente hipotenso após volume, para manter PAM > 65. ->
Drogas vasoativas: pode fazer em acesso periférico por até 3-4 hrs, depois passar
para acesso central.
A. Noradrenalina se PAM < 65 mmHg após ressuscitação com fluidos. A NE É A DE
ESCOLHA PQ EM ADULTO A SEPSE LEVA A CHOQUE SEPTICO QUENTE E
UMIDO (NA CRIANÇA PODE SER FRIO – USA ADRENA, OU QUENTE – USA
NORA).
Meditações usadas:
1. Noradrenalina: 2-100 mcg/min (diluir 4 ampolas em 236 ml SG 5% – cada ampola tem
Outras atualizações:
1. Procalcitonina entra como outro biomarcador de inflamação/infecção.
2. O TEC entra como medida de avaliação da ressuscitação volêmica.
O. Sepse pediátrica
Sepsis-2
Sepse: continua a definição do SEPSIS-2 de que é a resposta inflamatória sistêmica do organismo
frente ao estímulo infeccioso, tradicionalmente é definida com a presença de ao menos 2 dos 4
critérios para SRIS na presença de insulto infeccioso comprovado ou presumido.
PACOTE DE 6HRS:
P. Litíase urinária
Para dor: AINE + analgésico simples ou opioide. Anti-hemético se náuseas e vômitos. Manter em
observação até dor parar.
Para retirada do calculo:
- <5mm: vão sair sozinhos, indicar bastante hidratação e a1-bloqueadores (se não tiver segurança,
pede para o urologista prescrever).
- 6-5 mm: litotripsia.
- >7 mm ou casos de infecção associada: indicar litotripsia, nefrolitotomia percutânea,
ureteroscopia.
Q. Cefaleia
Primárias: tensional, enxaqueca (2ª causa mais comum), trigeminais (cefaleia em salvas).
Secundárias: Trauma, infecções, doença vascular, neoplasias, etc.
Descartar sinais de alarme (red flags): cefaleia de inicio recente, PIOR cefaleia já sentida na vida,
sinais focais que não aura típica, cefaleia desencadeada por tosse/espirro/atv sexual/atv física,
cefaleia após 50 anos, cefaleia de instalação rápida ou durante exercícios, cefaleia em trovoada,
manifestações sistêmicas ou neurológicas associadas, hx de uso de substancias ilícitas, cefaleia
nova em pacientes imunossuprimidos e/ou câncer.
Se sinais de alarme: pedir um exame de imagem + encaminhar para neuro (se não for emergência)
-> INVESTIGAR.
Tratamento:
Tensional: analgésicos comuns, AINEs, acupuntura, TCC, técnicas de relaxamento.
Enxaqueca/migrânea:
A. Abortivos:
- Crise leve: analgésicos simples + AINEs (paracetamol, dipirona, naproxeno, ibuprofeno).
- Crise moderada a intensa: triptanos (sumatriptana, zolmitriptana, naratriptana), considerar
antieméticos e medicamentos EV.
- Estado migranoso (dor >72hrs): neurolépticos como clorpromazina EV 0,1 mg/kg.
B. Profilático:
Em salvas: O2 a 100% 7-12L/min com mascara com reservatório (paciente sentado), sumatriptana
EV ou IM, corticoides. Profilaxia: Verapamil, topiramato, gabapentina, lítio.
Nos casos de AVE: escala de NYHA e TAC para diferenciar hemorrágico de isquêmico.
AIT:
Sinas de HIC:
AVE isquêmico
AVE hemorrágico
Mal convulsivo
S. Distúrbios hidroeletrolíticos
Potássio (K)
Sódio (Na)
T. Choques
Definição de choque:
Sinais de choque:
Tipos de choque:
Manejo geral:
A
B
C
D
E
Manejo hemodinâmico
U. Afogamento
Resgate Paciente responde, respira e não tem tosse ou sai espuma pelo ESTA BEM
nariz, esta bem. Somente avaliar e liberar no mesmo local.
1 Paciente responde, respira, APENAS tosse e NÃO tem espuma TOSSE S/ ESPUMA
saindo.
2 Paciente responde, respira, tosse, sai PEQUENA quantidade de TOSSE E ESPUMA +
Vitória Rota – Curitiba, 2022 60
espuma pela boca/nariz, ausculta pulmonar com estertores em ESTERTORES EM BASE
base.
3 Paciente pode ou não responde, mas respira, tosse, sai TOSSE+ ESPUMA
GRANDE quantidade de espuma pela boca/nariz, TEM PULSO EDEMA AGUDO DE
RADIAL PRESENTE e tem estertores em todos os campos. Sem PULMÃO
hipotensão.
4 Paciente pode ou não responder, mas respira, tosse e sai TOSSE+ESPUMA
GRANDE quantidade de espuma pela boca/nariz E NÃO TEM EDEMA AGUDO DE
PULSO RADIAL PRESENTE PELA HIPOTENSÃO, MAS TEM PULMÃO +
CENTRAL. HIPOTENSÃO
5 Paciente não responde, NÃO RESPIRA MAS TEM SINAIS DE PARADA RESPIRATÓRIA
CIRCULAÇÃO.
6 Paciente não responde, nem respira, nem tem sinais de PCR ou morte
circulação. SEM PULSO CENTRAL.
OU
Tem tempo de submersão >/ 1hora ou rigidez cadavérica, sinais
de decomposição.
PCR
V. Parada cardiorrespiratória
ADULTO
Compressões:
Ventilação:
Sem VA avançada:
Utiliza-se bolsa-valvula-mascara (ambu).
Mascara do tamanho correto cobre totalmente a boca e nariz do paciente.
Utilizar posição das mãos C/E para fixar bem a mascara ao rosto do paciente.
Técnicas de posicionamento da cabeça para facilitar ventilação:
- Jaw thrust: anteriorização da mandíbula.
- Chin lift: elevação do queixo/mento com hiperextensão da cabeça.
Pode ser usado o guedel (canula orofaríngea) para facilitar a ventilação, principalmente em
paciente inconsciente antes da IOT.
2 Ventilações: aperta-solta-solta.
11. Paciente voltou? Cuidados pós parada (VA avançada com VM -> manter SPO2 92-98%, PaCO2 35-
45, PAM >65, controle te temp., obter ECG com 12 derivações, TAC de crânio, gasometria,
eletrólitos, hemograma e outros exames pertinentes)
Checar pulso: lactante palpa pulso braquial (até 1 ano); na criança (>1 ano) palpa pulso
carotídeo ou femoral.
RCP: 30x2 se 1 socorrista, 15x2 se 2 socorristas.
Compressões: com os dois dedos (indicador e médio da mão dominante se lactantes pequenos
e 1 socorrista) ou com os polegares se 2 socorristas. Crianças >1 ano faz como no adulto só
com 1 mão e dependendo do tamanho com 2 mãos. No mesmo local do adulto, comprimindo
1/3 do tórax (4-5 cm) e permitindo retorno completo. Ritmo de 100-120 compressões/min.
Ventilações: 1 a cada 6-8s se VA avançada (aperta-solta-solta) ou 2 ventilações se entre as
compressões.
Se ritmo chocável (FV/TV s pulso)-> chocar (DESFIBRILAR). Primeiro choque 2J/Kg,
segundo choque em diante 4J/kg (máximo de 10J/Kg ou dose adulta).
Criança para mais em assistolia (já que as principais causas são por hipóxia).
Dose adrenalina: 0,01 mg/kg EV ou 0,1 mg/kg se OT.
Dose amiodarona: 5 mg/kg, pode ser repetida até 2x.
4.Prescrições
A. Enfermaria
Dieta (tipo, frequência)
Oxigenioterapia em cateter nasal a baixo fluxo (2L/min) se saturação <92%.
Hidratação:
1. SF 0,9% 500ml de 12/12hrs ou ACM se fluidoterapia;
2. SF 0,9% amp de 10 ml SN (diluir medicamentos)
3. Se necessário deixar um SGF 0,9% de 250 ml para manter o acesso.
Medicamentos que serão necessário para a doença (primeiros os EV, depois os VO).
1. Analgesia simples: dipirona/paracetamol 500 mg cp ou EV de 6/6hrs (deixar de horário
ou se dor ou febre).
2. Analgésicos para dor forte: Morfina 10mg (1 ampola de 1ml) de 8/8hrs se dor forte
refratária ao dipirona OU codeína 30 mg + paracetamol 500 mg cp de 8/8hrs (PACO).
3. Antieméticos: metoclopramida 5mg/ml – fazer 2ml de 8/8 hrs se náuseas ou vomito.
Controle glicêmico:
1. Medição da glicemia de horário (2/2hrs; 6/6hrs)
2. Correção da glicemia: administrar IR conforme o dextro:
- 181-220= 2UI
- 221-260= 4UI
- 261-300= 6UI
- 301-350= 8UI
- 351-400= 10UI
Vitória Rota – Curitiba, 2022 65
- 401-450= 12UI
- >450= 14UI
Profilaxias: troboprofilaxia (enoxaparina 40 mg sc 1x/dia), ulcera de estresse (IBP –
omeprazol 20-40 mg cp 1x ao dia), ulcera de decúbito (movimentação dentro ou fora do
leito).
Medicamento de uso continuo (VO).
Sinais vitais de 6/6hrs (PA, SaPO2, FC, FR)
Cuidados gerais: Posição (cabeceira elevada em 30-45°, etc) e outros com o paciente.
B. UTI
FAST-HUG
F – food: dieta livre pela boca, dieta restrita pela boca (pra diabético ou outras específicas,
alimentação via sonda (nasogástrica, nasoenteral), parenteral.
A – analgesia: analgésicos simples (deixar de horário), AINEs (se nenhuma
contraindicação), opioides (de horário ou a critério médico) -> ir subindo a escala de dor.
S – sedação: midazolam (dormo), propofol, fentanil, quetiapina.
T – tromboprofilaxia: Enoxaparina SC (HBPM) 40mg/dia dose profilática (a dose de
anticoagulação é 1 mg/kg/dose de 12/12hrs, ajustar para Cr <30 e >75 anos);
Rivaroxabana (Xarelto) 10 mg/dia.
H – Head: cabeceira elevada 30-45° para prevenir broncoaspiração. PS: todo paciente
com >48hrs intubado, passar por fono depois da desentubação para avaliar deglutição e
risco de broncoaspiração.
U – ulcera de estresse: profilaxia de ulcera de estresse com omeprazol 20 mg/dia. Não é
indicado para todos (pode aumentar risco de broncoaspiração).
G – glicemia: controle glicêmico (geralmente de 2/2hrs com dextro) com correção conforme
tabela, feito com IR. Manter em geral 110-180 mg/dL. O que aumenta a glicemia
geralmente: processos infecciosos/sepse, pós-op, queimados, corticoide.
Exemplo:
MV + bilateral, sem RA, acoplado em VM, sincrônico, confortável em modo PCV 12, FiO2, PEEP,
FR
MMII com edema 1+/4, sem empastamento ou sinais de TVP (colocar se profilaxia de TVP)
PS: Pacientes com SARA grave (relação PaO2/FiO2 <150), HIC, mal convulsivo refratário
obrigatoriamente mantem paciente em RASS -5.
FLUXOGRAMA