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GUIA DE BOLSO DO

PRIMEIRO PLANTÃO

Vitória Rota

Curitiba – 2022
Sumário
1. INTERPRETAÇÃO BÁSICA DE EXAMES..............................................................................................................................4

SUMÁRIO

1. Interpretação básica de exames ........................................................ 4


A. Hemograma ..................................................................................... 4
B. Radiografia de Tórax ...................................................................... 6
C. Radiografia e TAC de abdômen .................................................. 11
D. Gasometria .................................................................................... 14
E. TAC nas hemorragias intracranianas ......................................... 15
2. Procedimentos necessários ............................................................ 18
A. Intubação de sequência rápida ................................................... 18
B. Ventilação mecânica .................................................................... 19
C. Acesso venoso central ................................................................ 21
D. Toracocentese .............................................................................. 25
E. Drenagem de tórax ....................................................................... 26
F. Pericardiocentese ........................................................................ 26
G. Paracentese .................................................................................. 27
H. Punção lombar ............................................................................. 28
I. Sondagem vesical ........................................................................ 29
J. Sondagem nasogástrica .............................................................. 30
3. Condutas e manejos importantes
A. Asma .............................................................................................. 31
B. DPOC exacerbada ........................................................................ 31
C. Derrame pleural ............................................................................ 33
D. IVAs ................................................................................................
34
E. Pneumonia Comunitária .............................................................. 36
F. Insuficiência respiratória aguda ................................................. 37
G. Anafilaxia .......................................................................................
38
H. Dor torácica – geral ...................................................................... 39
I. Infarto agudo do miocárdio com supra de ST ........................... 42
J. Infarto agudo do miocárdio sem supra de ST ........................... 44
K. Arritmias ........................................................................................ 45
L. Emergências hipertensivas ......................................................... 47
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M. Insuficiência Cardíaca descompensada .................................... 48
N. Edema Agudo de Pulmão ............................................................ 50
O. Abdome Agudo ............................................................................. 52
P. Cetoacidose diabética (adulto e pediátrica) .............................. 52
Q. Infecção do Trato Urinário .......................................................... 55
R. Sepse adulto ................................................................................. 55
S. Sepse pediátrica .......................................................................... 57
T. Litíase urinária .............................................................................. 58
U. Cefaleia .......................................................................................... 59
V. Acidente vascular cerebral e mal convulsivo ........................... 59
W.Distúrbios hidroeletrolíticos ........................................................
60
X. Choques ........................................................................................ 60
Y. Afogamento ..................................................................................
Z. Parada cardiorrespiratória ...........................................................
4. Prescrição básica
A. Enfermaria .......................................................................................
B. UTI ....................................................................................................
5. Dicas básicas UTI ...............................................................................
6. Medicamentos emergência c/ diluição .............................................

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1. Interpretação básica de exames

2. HEMOGRAMA

PARÂMETRO ALTERAÇÃO INTERPRETAÇÃO


Eritrócitos 1.Diminuído 1.Ericitropenia: anemias.

2.Aumentado 2.Poliglobulia: policitemia, neoplasias


mieloproliferativas.
Hemoglobina 1. Diminuição: 1. Anemias, hemorragias, neoplasias
- Homens: <13 hematológicas.
- Mulheres: <12
- Crianças <6 anos: 2.Tabagismo, DPOC, policitemia.
<11,5
- Crianças >6-11anos:
<11,0

2.Aumento.
Hematócrito (%) Proporção de hemácias 1. Anemias, hemorragias.
pelo conteúdo do
plasma. 2. Desidratação, DPOC, policitemia.
1.Diminuído
2.Aumentado
VCM (Volume 1. Diminuído 1.Microcitose: anemia ferropríva,
corpuscular 2. Aumentado talassemias.
médio)
2. Macrocitose: anemias
megaloblásticas (def. de ac.
Fólico/B12/perniciosa
HMC 1. Diminuído 1. Hipocromia: anemia ferropriva,
(Hemoglobina 2. Aumentado talassemias.
corpuscular
média) 2. Hipercromia: anemias
megaloblásticas.
CHMC 1. Diminuido 1. Anemias
(Concentração 2. Aumentado 2.Esferocitose hereditária.
de Hb
corpuscular
média)
RDW (índice de Coeficiente de variação 1.Talassemias.
anisocitose) do tamanho das
hemácias. 2.Policromasia: Anemias
1. Diminuído: (principalmente a falciforme e
2. Aumentado: ferropriva), doenças
mieloproliferativas.
Plaquetas 1. Diminuídas: 1. Trombocitopenia: Maior risco de
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2. Aumentadas: sangramento, neoplasias
hematológicas, algumas
infecções virais (arboviroses),
infecções na medula óssea (HIV,
EBV, doenças autoimunes
(purpura trombocitopênica, LES,
AR), quimioterapia.

2. Trombocitose: Anemias
(falciforme e hemolíticas),
policitemia, sd.
Mieloproliferativas,
infecções/inflamação,
leucemias.
Reticulócitos Eritrócitos imaturos. 1. Anemias
1. Aumentados
Leucócitos 1. Diminuído 1. Leucopenia: Infecções virais,
2. Aumentado neoplasias hematológicas.
2. Leucocitose: Infecções no geral,
neoplasias hematológicas (no
hiato leucêmico).
Neutrófilos 1. Diminuído 1. Neutropenia: Infecções virais,
2. Aumentado infecções bacterianas agudas
graves, leucemia, doenças
autoimunes.
2. Neutrofilia: Infecções
(bacterianas principalmente),
corticoide, leucemia.
Bastões/ 1. Aumentado 1. Desvio a esquerda/bastonetose:
Bastonetes Infecções (agudas bacterianas,
principalmente)
Linfócitos 1. Diminuídos 1. Linfopenia: Infecções
2. Aumentados bacterianas
2. Linfocitose: Infecções virais
Basófilos 1. Aumentados 1. Basofilia: reações alérgicas,
doenças autoimunes.
Eosinófilos 1. Aumentados 1. Eosinofilia: Infecções
parasitológicas, reações
alérgicas, leucemias (raro).
Monócitos 1. Aumentados 1. Monocitose: sífilis, TB.
Blastos, 1. Aumentados 1. Leucemias e linfomas, sd.
mielócitos, Mieloproliferativas.
metamielócitos

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C. RADIOGRAFIA DE TÓRAX

 Sempre pedir AP/PA e perfil.


 Sempre confirmar o nome, se foi feito corretamente (penetração, rotação das clavículas, se
paciente estava em decúbito – geralmente faz AP – ou ortostático [PA], contar se mostra as 12
costelas).
 No PA escapula aparece mais, no AP o coração fica maior.
 ABCDE da avaliação do RX de tórax:
A. Airway: traqueia, carina (divisão da traqueia nos brônquios) e brônquios principais (D é
mais horizontal).
B. Bows: arcos costais (12 costelas, 7 fixas/verdadeiras/vertebroesternais, 3 vertebrocondrais
e 2 livres/vertebrais).
C. Cardiiovascular: área cardíaca, arco da aorta, mediastino e trama vascular do pulmão.
D. Diafragma: observas as cúpulas (muito retas? -> hiperinsuflação; borradas -> derrame?),
abaixo da cúpula E está a bolha gástrica.
E. Effusion: pleuras (pneumotórax) e seios costofrênicos (borrados -> derrame).
F. Fields: campos pulmonares/parênquima pulmonar -> hora de ver consolidações,
atelectasias, nódulos, cavitações, etc.
G. Parede torácica: enfisema subcutâneo (pode indicar pneumotórax, lesões penetrantes),
ossos como clavícula e escapula.
H. Dispositivos: drenos, cateteres de AVC, tubo de IOT.

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 LMD e LIE abraçam o
coração/adjacentes ao mediastino
inferior.
 Incidência de Laurel: raio x em decúbito
lateral, para derrame pleural.
 O ar é mais radiotranslucido (fica preto,
maior parte do pulmão).
 Vasos, sangue, tecidos, secreções e
outras coisas são mais radiopocas e
ficam brancas.

ALTERAÇÕES:

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 Opacidade = velamento.
 Consolidações: opacidades irregulares com broncograma aéreo dentro, na maioria das vezes
causa INFECCIOSA.
 Broncograma aéreo: um bronquíolo cheio de ar no meio de uma opacidade.

 Massas: consolidações mais bem definidas, sem broncogramas aéreos, >3cm. Pode ter margens
bem ou mal delimitadas (espiculadas) e calcificações (esses últimos alertam para malignidade).
 Nódulos: consolidações melhor definidas, sem broncogramas aéreos, <3cm. Pode ter margens
bem ou mal delimitadas (espiculadas) e calcificações (esses últimos alertam para malignidade).
 Vidro fosco: lesões nodulares/massas que não são tão radiopacas (já que não são sólidas e sim
uma lesão mais concentrada) e que você consegue ver através dela.

 Infiltrado intersticial: consolidações em riscos. Pose ser reticular.


 Atelectasias: Diminuição do volume no hemitorax/lobo pulmonar acometido, opacidade total ou
lobar (já que pelo colapso da região o tecido fica sem ar, não tendo broncograma aéreo dentro) e
desvio das estruturas para o lado ipslateral a lesão (puxa as estruturas, pode inclusive elevar a
cúpula diafragmática levando a pensar em derrame pleural, POREM A CUPULA ESTARÁ
CONVEXA). Causas: neoplasias, corpo estranho, IOT mal passada, pulg mucoso

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 Pneumotorax: área pulmonar muito hiperradiotranslucida pois tem ar entre a pleura parenteral e
visceral e o pulmão se encontra colapsado (região mais estar com a vascularização mais
concentrada), empurra as estruturas para o lado contralateral. Para ver melhor pneumotórax
pequenos: RAIO X EM EXPIRAÇÃO FORÇADA.

Específicos:

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 Abscesso: uma lesão com liquido hidroaéreo DENTRO do parênquima.
 Derrame pleural: borramento do seio costofrênico, nível hidroaéreo côncavo (concavidade para
cima), se muito grande empurra as estruturas para o lado contralateral. Se for livre vai correr na
incidência de Lawrell, mas pode ser lacunado.
 Linhas B de Kerley: Sinal de congestão pulmonar (EAP).
 Corcova de Hamptom: na TEP.

 Cavitações: espaços sem ar no meio do parênquima, geralmente bem delimitado, sem nível
hidroaéreo (se tiver, criou abscesso dentro ou também pode criar uma bola fungica). Comum na
TB ou neoplasias.
 Pneumoconioses: placas face on.

 Bronquiectasias: várias alterações juntas e dentre elas infiltrados em VAs dilatadas.


 Área cardíaca aumentada: coração todo ou só uma parte? Pode ser dissecção de aorta se na
região do arco, pode ser HVE, HVD, cardiomegalia ou derrame pericárdio.
 Pericardio mais radiopaco -> pericardite.
 Ar entre o coração e pericárdio -> Pneumomediastino.
 Coração em formato de triangulo -> pode ser derrame pericárdio.

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 Mediastino aumentado: ruptura/dissecção de aorta, linfonodomegalia, neoplasias (timoma),
nódulos de tireoide mergulhante, timo aumentado em crianças.

D. RADIOGRAFIA E TAC DE ABDÔMEN

Raio X:

 Pedir na posição ortostática (tem que ver parte do tórax) nos casos de abdômen agudo, para
descartar principalmente PERFURAÇÃO (terá ar/pneumoperitônio no abdome).

Tomografia:

 Muito mais específica, mostra mais estruturas e pode fazer diagnóstico com mais precisão da
maioria das causas.

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ALTERAÇÕES:

 Sinais de obstrução: distensão de alças na montante (antes) da obstrução com marcação das
haustrações (se intestino grosso) e sinal do empilhamento de moedas (obstrução alta-intestino
delgado), acumulo de ar/liquido (com nível hidroaéreo), ausência de ar distal a obstrução e
ampola retal, fecaloma, corpo estranho.

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 Sinais de perfuração: pneumoperitônio (ar entre o fígado e cúpula diafragmática D e/ou ar entre o
baço e cúpula diafragmática E), edema nas alças intestinais (pela isquemia/processo inflamatório/necrose).

Específicos:

 Volvo de sigmoide: sinal do feijão, alça que se torce fica extremamente distendida.
 Sinal da alça sentinela: segmento de alça fixa e distendida. Ocorre mais comumente na
pancreatite, mas pode ocorrer em outros processos inflamatórios (apendicite, diverliculite).

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E. GASOMETRIA
DISTURBIOS SIMPLES:

 Primeiro olha o pH: ta baixo? Acidose, ta alto? Alcalose


 pH normal? Sim, então ver se é resposta compensatória ou distúrbio misto.
 Vai para a PaCo2 (lembrar que o CO2 deixa o sangue ácido pois se dissocia e forma um ácido):
se estiver > 45 (hipercapnia) é uma acidose respiratória, <35 (hipocapnia) é uma alcalose
respiratória.
 Se PaCO2 normal, o problema não deve ser respiratório e sim metabólico.
 Olha então o bicarbonato (é alcalino, então leva a alcalose), >26 é uma alcalose metabólica; <22
é uma acidose metabólica.
 BE >-2 é acidose que consumiu bases, >+2 alcalose. BE tem que bater com o bicarbonato.
 Uma PaCO2 elevada (acidose respiratória) com um pH normal é pq ta tendo um mecanismo de
compensação.

Respostas compensatórias:

 Na acidose metabólica ou respiratória: hiperventilação para fazer hipocapnia (diminui CO2) e


consequentemente diminuir a PCO2 fazendo alcalose compensatória.
 Na alcalose metabólica: diminui a respiração para reter CO2 e aumentar a pCO2 e
consequentemente fazer acidose resp.
 Na acidose respiratória: a reposta compensatória é mais lenta (3-5 dias) pois envolve os rins
aumentarem a absorção de BIC.

DISTURBIOS MISTOS:
 A cada aumento de 10 do PaCO2 tem que aumentar 4 de bicarbonato -> se não aumenta é
acidose mista.
 Também pode ter pH normal (compensado).
 Tem 2 ou mais distúrbios juntos.
 Podem ser concordantes (ambos acidose/alcalose) ou discordantes (nesses casos o pH fica
normal, como acidose+alcalose).
 Nos concordantes tem que fazer o calculo da PCO2 esperada para saber se esta ocorrendo
compensação ou é outro distúrbio concomitante:

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F. TAC EM HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS
 Pedir se: suspeita de AVC, TCE, alterações neurológicas focais, suspeita de neuroinfecção.
 No TCE: Anisocoria é um sinal de HIC com ou em eminencia de herniaçao do uncus (morte
cerebral). A pupila midriática é a do lado da lesão cerebral. Ambas pupilas midriáticas e sem
reflexo fotomotor é indicio de morte cerebral.

HEMATOMAS:

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 Epidural: sangramento arterial, mais rápido, sintomatologia aguda (mas tem aquela janela de
lucidez após o TCE). Sangramento ocorre entre a dura e o crânio Formato de LIMÃO no exame
de imagem.
 Subdural: sangramento venoso, mais lento, geralmente aumento e sintomatologia crônica. Mais
em idosos. Sangramento entre a dura e a aracnoide. Formato de BANANA no exame de imagem.

 Subaracnóide (HSA): o sangue (hiperdenso) vai contornar os sulcos. Causada geralmente por
AVC hemorrágico, também faz edema cerebral com borramento dos sulcos.
 Intraparenquimatoso (HIP): sangue dentro do parênquima, + edema cerebral com borramento
sulcos apagados.

AVC isquêmico

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 Área da lesão aparece com:
edema cerebral e borramento
dos sulcos, borramento do
ventrículo, área mais hipodensa
(escura).
 O trombo pode aparecer
hiperdenso em algum vaso
mais calibroso nos AVC
extensos.

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA

 Edema cerebral com apagamento dos sulcos e


áreas mais hipodensas no hemisfério
acometido.
 Desaparecimento ou desvio do ventrículo do
hemisfério acometido.
 Desvio de linha média.
 Leva a herniação do uncus -> ME.

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2. Procedimentos necessários

A. Intubação de sequência rápida


Materiais necessários:
 EPIs
 Luvas de procedimento
 Laringoscópio:
- Adultos: preferir a lâmina curva (nº 3, 4 ou 5)
- Crianças: nº de 0-4, em crianças pequenas preferir a reta. Para saber o tamanho mede-se a
lamina da rima da boca até o lóbulo da orelha.
 Tubo/cânula (tamanho vai de 2-8 cm em diâmetros e pode ser com ou sem cuff)
- Para adultos: preferir 8 para homens e 7 para mulheres. Preferir com cuff (balonete).
- Para crianças: usar a formula = (idade/4) + 4 (se tubo sem cuff) ou + 3,5 se tubo com cuff. Para
crianças muito pequenas escolher sem cuff pelo risco de estenose de traqueia.
 Seringa (sem bico/rosca) para insular o cuff.
 Medicamentos para intubação:
1. Pré-indução:
- Fentanil: melhor para doenças CVC e SNC. Evitar associar com midazolam e propofol pois
fará mais hipotensão. Dose: 3 mcg/kg (infusão rápida, ação em 2min até 60 min).
- Lidocaina: melhor para doenças do pulão e SNC. Dose: 1,5 mg/kg (infusão lenta, ação em
1min e duração até 20 min).
2. Indução:
- Indutor:
A. Etomidato: melhor para doenças CVC, HIC e paciente com instabilidade hemodinâmica por
fazer menos hipotensão. Dose: 0,3 mg/kg (ação em 30s, dura até 12 min).
B. Midazolam: mais hipotensor, mas o mais disponível. Melhor no paciente com mal epiléptico.
Dose: 0,2-0,3 mg/kg (ação em 60s, dura até 30min).
C. Quetamina: melhor para doenças pulmonares com broncoespasmos (faz broncodilatação).
É também analgésico dissociativo. Dose: 1,5 mg/kg (ação em 45s, duração de até 20 min).
D. Propofol: usar mais em pacientes estáveis hemodinamicamente. Dose: 1,5 mg/kg (ação em
45s, duração até 10 min).
- BNM: Succinilcolina: Dose 1-2 mg/kg (ação em 45s, duração de até 10 min).

 Posição do paciente: Decúbito dorsal com pescoço hiperextendido se possível (não fazer isso
na possibilidade de trauma cervical). A cabeça do médico tem que ficar no nível da do paciente
para melhor visualização (sentar ou se agachar) + PACIENTE DEVE ESTAR COM ACESSO
PARA MEDITAÇÕES.

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 Passo a passo:
1. Escolher os materiais (tam. De lâmina e tubo) e testar materiais (luz do laringo, balonete do tubo).
2. Pré-oxigenação do paciente: oferta de 02 a 100% ao paciente, sem realizar ventilação.
3. Pré-tratamento (pode fazer sem esse passo): administrar um medicamento pré-indutor 3 min. Antes
da indução.
4. Indução: administrar um indutor.
5. Bloqueio NM: administrar um BNM (esperar 30s ou as fasciculações para introduzir o tubo).
6. Posicionar: Colocar o coxim e levantar o mento do pcte – extensão da cabeça, chin lift (se sem
trauma de cervical) ou faz Jaw trust.
7. Pode aspirar a cavidade oral se necessário.
8. Introduzir o laringoscópio (lâmina) devagar COM A MÃO ESQUERDA (não dominante), encostando
a lâmina na língua/lateral da boca, até achar a epiglote na valécula (entre a base da língua e a
epiglote) e visualizar o esôfago e cordas vocais. FAZENDO FORÇA PARA CIMA E FRENTE.
9. Introduzir o tubo com a MÃO DIREITA pelo canto direito da boca (livre da lamina). Introduzir o tubo
até 3x o tamanho do diâmetro do tubo.
10. Insuflar o cuff para encher o balonete (não insuflar muito para não fazer isquemia e estenose da
parede traqueal);
11. Verificar o posicionamento: auscultar epigástrio  base do pulmão esquerdo, depois a base do
pulmão direito  auscultar ápice esquerdo e depois direito.
12. Fixar o tubo e conectá-lo a uma fonte de O2 + VM.
13. Raio X para controle.

A. Ventilação mecânica
Tipos de ventilação:

 Espontânea: controle total do paciente.


 Controlada: controle total do ventilador. Mais nas anestesias com sedações e bloqueio
neuromuscular.
 Assisto-controlada: controle+ação do paciente (geralmente inicia a o ciclo). A maioria na UTI.
Só usa totalmente controlada na UTI quando paciente brigando contra o ventilador,
broncosespamos, HIC, SARA grave, mal convulsivo refratário.

Modos ventilatórios:

 Modo VCV: quando se atinge determinado volume faz a ciclagem da inspiração para expiração.
CICLA PELO VOLUME. Tem alarme para P de pico. Mias fácil de usar, permite avaliação da DP
e da complacência pulmonar.
 Modo PVC: quando se atinge determinada pressão para a ciclagem. CICLA PELO T.
INSPIRATÓRIO. Tem alarme para o V corrente.
 Moco PSV: quando atinge 25% do pico de fluxo inicial. Usado principalmente para desmame.
PS: desmame da VM -> 30 min de tubo T ou PSV com parâmetros mínimos e então retira a VM e
o IOT.

Ajuste dos parâmetros:

 Geralmente regular pelo VCV (mais fácil e serve para a maioria dos casos).

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 Parâmetros da VCV: É o melhor, pois permite um melhor controle e determinações da fisiologia
respiratória.
1. Volume corrente: ar que entra e sai dos pulmões em um ciclo de inspiração/expiração.
Calcular em ml/kg (4-8ml/kg, geralmente usar 6ml/kg). PARA ESSE CALCULO USAR O
CALCULO DO PESO IDEAL PREDITO/IDEAL (ou você imagina o que um paciente com
aquela x idade e tamanho deveria estar pesando). Da para começar com 400 ml.

2. FR: colocar em geral de 12-20.


3. FiO2: você começa com 100% e vai titulando COM BASE NA SATURAÇÃO (diminuindo)
para deixar a mínima para manter uma saturação boa (>90-92%).
4. PEEP: começar com uma PEEP de 5 ou 6 (5-8). Pode ir aumentando.
5. Fluxo (Velo. max): Com base no ajuste do fluxo, a relação I:E é ajustada. Pode ir tateando
para manter uma relação 1:2, a principio.
6. Relação I:E: 1:1 ou 1:2. Casos com DPOC e asma 1:3.
7. Sensibilidade: 1-2.
PS: depois vai ajustando os parâmetros de acordo com a gasometria de controle (sempre
colher uma após o ajuste da ventilação).
PS2: Preferir a curva em rampa (mais fisiológico), curva em quadrado (tem P de platô, assim
da para calcular a DP=P de platô – PEEP, A DP TEM QUE SER <15). Com a DP da para
calcular a complacência = Vcorrente/DP.
PS3: Fluxo baixo e P de pico alta (ALTO-PEEP)-> obstrução de fluxo (tubo dobrado, rolha de
muco, broncoespasmos.
PS4: Fluxo baixo e P de pico baixa -> fuga de ar do sistema.
 Parâmetros da PVC:
1. P inspiratória: geralmente 12-15, ajusta e ve qual faz o V corrente que equivale a 6-8 ml/kg
do peso predito. Na DPOC aplicar uma P menor (pulmão mais complacente) e na SARA ou
doenças com fibrose, uma maior.
2. T inspiratório: Ajustar, ver qual deixa um relação I:E de 1:2. (DPOC e asma deixar 1:3 ou
1:4).
3. FR: 12-20.
4. PEEP: 5-8.
8. FiO2: começar com 100% e vai titulando COM BASE NA SATURAÇÃO (diminuindo) para
deixar a mínima para manter uma saturação boa (>90-92%).
 Parâmetros da PSV:
1. P de suporte: a mínima para fazer V corrente de 6-8 ml/kg.
2. PEEP: mínima de 5.
3. FiO2: mínimo para saturação >/92%.
4. Alarme para FR (para avisar se paciente em apneia). Voce deixa um modo com parâmetros
salvos caso o ventilador precise assumir a ventilação.

Casos específicos:

 Procuro eliminar CO2 se PaCO2 alto -> hipercapnia com acidose respiratória. Para “lavar” o CO2
eu AUMENTO O V. MINUTO (Vmin = VcorrentexFR), AUMENTANDO A FR OU O VOLUME
CORRENTE (tentando manter um Tinspiratório e uma relação I:E fisiológica).

CO2 ideal x Vmin ideal = CO2 atual x V min atual

 Procuro reter CO2 se PaCO2 baixa -> hipocapneia, alcalose respiratória ou metabólica.
 Relação I:E: o normal é 1:1, então quando mais conseguir deixar próximo disso melhor.
 Pacientes com padrões obstrutivos de doença (DPOC, ASMA): aumentar o tempo de EXPIRAÇÃO
(1:3, 1:4). AUMENTAR O FLUXO -> AUMENTA O T. EXPIRATÓRIO.

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 Não deixar a PEEP alta em (aumenta a pressão/pós-carga no VD): TEP, cor pulmonale,
insuficiência de VD.
 Auto-PEEP: a PEEP própria do paciente está alta:

 Pulmão mais complacente (DPOC): Fazer modo PCV é melhor, pulmão menos
complacente (FIBROSE, SARA) melhor fazer modo VCV.
 Pacientes hipoxemicos (PaO2 baixa): manter a relação mais perto de 1:1, aumento FiO2,
aumento a PEEP, prono para recrutar alvéolos.
 Pacientes com hipoxemia a despeito dos ajustes de volume corrente e com um FiO2 alto:
pronação!

 Relação PaO2/FiO2:
- Normal >400
- SARA leve: 300-200
- SARA moderada: 200-100
- SARA grave: <100

7. ACESSO VENOSO CENTRAL


Materiais necessários:
 EPIs
 Avental e luvas estéreis
 Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
 Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
 Campos estéreis
 Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
 Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
 Seringa de 5 ml para o anestésico
 Agulha para punção (calibre 18-16)
 Seringa de 5ml para punção
 Bisturi e lâmina tam 11 (pode ser necessário para abrir espaço na pele)
 Fio guia em J
 Dilatador
 Cateter venoso central (adulto: 8 F ou maior)
- Comprimento mínimo do cateter p/ VJI é de 15 cm para o lado direito, 20 cm para o lado
esquerdo.
- Comprimento mínimo do cateter para veia subclávia é de 20 cm para o lado direito e 24 cm

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para o lado esquerdo.
- Comprimento mínimo para cateter femoral é 24 cm.
 Gaze estéril
 SF estéril para lavar e testar o cateter
 Naylon 3-0 ou 4-0 para fixação, junto com porta-agulha e pinça para fixação.
 Materiais para curativo.

Anatomia das v. Jugular Interna e v. subclávia

Anatomia da v. femoral

A ORDEM É: NAV (Nervo, artéria e veia)

Veia subclávia

 Posição do paciente: Paciente em decúbito dorsal e de preferência em trendelembarg (cabeça


inclinada para baixo em 15°).
 Localização: A V. subclávia passa por trás da clávicula, portanto, puncionar abaixo do limite
entre o terço médio e o proximal da clavícula (no ângulo da clavícula), passando a agulha
“raspando” por baixo da clavícula e apontando ela em direção a fúrcula -> para achar o ângulo da
para palpar a fúrcula e o ângulo ao mesmo tempo.

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 Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local (tentar deixar marcado)
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente + colocar campos + localizar o local (reforçar) + marcar o tanto
que o cateter vai entrar
5º Anestesiar o local (primeira anestesia em 90° graus profundamente, depois em leque)
6º Posicionar com a agulha e seringa de 5-10 ml (com ou sem SF dentro), direcionar a agulha
para baixo da clavícula no ângulo em direção a fúrcula -> IR ASPIRANDO ATÉ O SANGUE
VIR.
7º Quando o sangue vier -> retirar a seringa
8º Passar o fio guia (até ver a alteração do eletro ou até marcação), depois retirar a agulha
(Técnica de Seldinger)
9º Passar o dilatador SEM SOLTAR O FIO GUIA
10º Passar o cateter até marcação enquanto retira o fio guia
11º Conectar o cateter ao soro e testar
12º Fixar o cateter
13º Fazer curativo (colocar sempre uma gaze em baixo para não machucar o paciente)
14º Pedir RAIOX de controle.

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 Complicações: Pneumotórax (+ do lado esquerdo, por isso sempre que possível preferir a
subclávia D), hematoma (fazer compressão), punção arterial (fazer compressão), punção do
ducto torácico -> quilotorax (do lado esquerdo, por isso preferir VSCD), infecção (menor que na V.
femoral).

8. Veia Jugular interna


 Posição do paciente: Paciente em decúbito dorsal e de preferência em trendelemburg (cabeça
inclinada para baixo em 15°) com a cabeça virada para o lado contralateral a punção.
 Localização: Encontrar o triangulo formado pelos 2 feixes musculares do m.
esternocleidomastoideo e a clavícula, puncionar o ÁPICE desse triangulo com a agulha em
direção ao mamilo ipslateral. A A. carótida passa lateralmente ao feixe/cabeça esternal (mais
medial) do musculo – PALPAR A CARÓTIDA!

 Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local (tentar deixar marcado)
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente + colocar campos + localizar o local (reforçar) + marcar o tanto
que o cateter vai entrar
5º Anestesiar o local (primeira anestesia em 90° graus profundamente, depois em leque)
6º Posicionar com a agulha e seringa de 5-10 ml (com ou sem SF dentro), direcionar a agulha
para o mamilo ipslateral -> IR ASPIRANDO ATÉ O SANGUE VIR.
7º Quando o sangue vier -> retirar a seringa
8º Passar o fio guia (até ver a alteração do eletro ou até marcação), depois retirar a agulha
(Técnica de Seldinger)
9º Passar o dilatador SEM SOLTAR O FIO GUIA
10º Passar o cateter até marcação enquanto retira o fio guia
11º Conectar o cateter ao soro e testar
12º Fixar o cateter
13º Fazer curativo (colocar sempre uma gaze em baixo para não machucar o paciente)
14º Pedir RAIOX de controle.
 Complicações: Pneumotórax (+ do lado esquerdo, por isso sempre que possível preferir a Svji
D), hematoma (fazer compressão), infecção (menor que na V. femoral).

Veia Femoral

 Posição do paciente: Paciente em decúbito dorsal e de preferência em LEVE trendelembarg


REVERSA (cabeça inclinada para cima e pernas para baixo em 15°), abduzir e rodar lateralmente
a perna do paciente do lado da punção.

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 Localização: Encontrar a linha formada entre a crista ilíaca e a sínfise púbica (é onde passa o
ligamento inguinal, puncionar 2-4cm abaixo), no meio dessa linha esta a NAV -> palpar o pulso (é
onde esta a A. femoral) -> puncionar o lado medial do pulso, 1cm ao lado, (a V. passa do lado
mais medial da A.) com a agulha em 45° em direção ao umbigo aspirando.

 Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local (tentar deixar marcado)
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente + colocar campos + localizar o local (reforçar) + marcar o tanto
que o cateter vai entrar
5º Anestesiar o local (primeira anestesia em 90° graus profundamente, depois em leque)
6º Posicionar com a agulha e seringa de 5-10 ml (com ou sem SF dentro), direcionar a agulha
para o umbigo -> IR ASPIRANDO ATÉ O SANGUE VIR.
7º Quando o sangue vier -> retirar a seringa
8º Passar o fio guia (até ver a alteração do eletro ou até marcação), depois retirar a agulha
(Técnica de Seldinger)
9º Passar o dilatador SEM SOLTAR O FIO GUIA
10º Passar o cateter até marcação enquanto retira o fio guia
11º Conectar o cateter ao soro e testar
12º Fixar o cateter
13º Fazer curativo (colocar sempre uma gaze em baixo para não machucar o paciente)
14º Pedir RAIOX de controle.
 Complicações: Maiores chances de infecção que a punção da VSC e VJI, hematoma (fazer
compressão), punção arterial (fazer compressão), hemorragia intraperitoneal.

5. Toracocentese
Materiais necessários:
 EPIs
 Avental e luvas estéreis
 Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
 Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
 Campos estéreis
 Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
 Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)

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 Seringa de 5 ml para o anestésico
 Agulha (com Jelco/Abocath – agulhas que você tira e fica só um pequeno cateter) para punção
(calibre 18-16)
 Seringa de 20ml para punção
 Gazes
 Micropore

 Existe a toracocentese para descompressão de pneumotórax hipertensivo (tornando-o simples), a


de alivio para derrames pleurais e diagnóstica.
 Posição do paciente: Paciente pode estar em decúbito dorsal (paciente inconsciente, em VM ou
situações de emergência) ou sentando encurvado sobre as pernas.
 Local:
- Para descompressão em pneumotórax hipertensivo em crianças: 2º EIC sobre a borda
superior da costela inferior na linha hemiclavicular.
- Para descompressão em pneumotórax hipertensivo em adultos: 5º EIC sobre a borda
superior da costela inferior anterior a linha axilar média.
- Para alivio de derrame pleural: EIC inferior ao limite superior do derrame na linha escapular
média (geralmente no 7º EIC) na borda superior da costela inferior.
 Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local (tentar deixar marcado)
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se (PODE PULAR A PARAMENTAÇÃO ESTERIL
EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA)
4º Fazer assepsia do paciente + colocar campos – EM SITUAÇÕES QUE NÃO SÃO DE
EMERGÊNCIA.
5º Anestesia em 90° até a pleural parietal e em leque no EIC (geralmente um espaço acima e
outro abaixo).
6º Puncionar com a agulha (calibre grande 16-18) até sair ar ou a secreção (nos casos de
derrame pode ir com uma seringa e aspirando). Nos casos de derrame pleural -> coletar a
secreção para análise laboratorial.
7º Fixar o abocath c/ micropore
8º Nos casos de pneumotórax: preparar para drenagem de tórax (tto definitivo)

6. Drenagem de tórax
Materiais necessários:
 EPIs
 Avental e luvas estéreis
 Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
 Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
 Campos estéreis
 Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
 Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
 Seringa de 5 ml para o anestésico
 Bisturi + lâmina 11
 Kelly grosseira
 Dreno de tórax (tam de 16-36) + selo d’gua + liquido para por dentro do selo
- Tamanho: 20 a 24 Fr para pneumotórax, 20 a 24 Fr para derrame pleural maligno; 28 a 36 Fr
para derrames parapneumônicos complicados, empiema e fístula broncopleural; e 32 a 36 Fr
para hemotórax.
 Porta agulha + fio para fixação do dreno (Pode ser Nylon 1-0, 2-0).
 Gazes e micropore para curativo.

 Posição do paciente: Decúbito dorsal


 Local: 5º EIC sobre a borda superior da costela inferior anterior linha axilar média.

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 Passo a passo:
1º Checar materiais (deixar o selo d’gua montado com 500 ml de SF ou agua esteril dentro)
2º Posicionar paciente + localizar o local (localiza a fúrcula, lateralmente é o 2º EIC, a partir dele
conta até o 5º EIC que geralmente é o logo abaixo do mamilo).
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente + colocar campos + medir o dreno e deixar marcado com uma
Kelly (se precisar cortar ele para não deixar buracos para fora)
5º Anestesia em 90° até a pleural parietal e em leque no EIC (geralmente um espaço acima e
outro abaixo).
6° Fazer um incisão transversal (paralelo ao arco) de 1,5-2cm com o bisturi até o subcutâneo.
7º Usar a Kelly para divulsionar até a pleural (insere, abre ela dentro e puxa aberta mesmo).
8° Após passar a pleural, inserir o dedo e palpar circularmente para ver se chegou mesmo a
cavidade torácica e abrir mais o orifício.
9° Inserir o dreno pinçado com a Kelly na extremidade que será inserida no torácica (bizelar a
ponta dele com o bisturi pode facilitar), inserir superior e posteriormente. Enquanto vai inserindo
também retira a Kelly.
10º Colocar o dreno até a marcação feita previamente ou até 2cm após o ultimo furo.
11° Conectar o tubo ao selo d’gua
12º Fixar o dreno (ponto em U e depois bailarina)
13º Fazer curativo
14° Raiox de controle

7. Pericardiocentese
Materiais necessários:
 EPIs
 Avental e luvas estéreis
 Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
 Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
 Campos estéreis
 Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
 Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
 Seringa de 5 ml para o anestésico
 Agulha para punção (abocath 16-18)
 Seringa de 60ml para punção

 Posição do paciente: Decúbito dorsal


 Local: 1-2 cm abaixo do xifoide, 2-3 cm para a lateral esquerda com uma angulação de 45°
(ESSA ANGULAÇÃO É IMPORTANTE) em direção a escápula ipslateral.

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 Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local + MONITORIZAR PACIENTE
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se (se o tempo permitir)
4º Fazer assepsia do paciente + colocar campos (se o tempo permitir)
5º Anestesiar o local
6º Puncionar o local com a agulha EM 45° em direção a escapula ASPIRANDO
7° Avança até ver alteração no eletro (alteração evidente no segmento ST, alargamento ou
aumento da amplitude do QRS) ou até vir sangue.
8º Retirar todo o sangue possível

9. Paracentese
Materiais necessários:
 EPIs
 Avental e luvas estéreis
 Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
 Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
 Campos estéreis
 Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
 Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
 Seringa de 5 ml para o anestésico
 Agulha para punção (abocath ou jelco 16-18)
 Seringa de 10 ml para punção
 Equipo caso seja uma paracentese de alivio (terapêutica)
 Frascos para coleta de material caso seja uma paracentese diagnóstica
 Materiais para curativo

 Pode ser diagnóstica ou terapêutica.


 Posição do paciente: Decúbito dorsal COM BEXIGA VAZIA.
 Local: Ponto de Mcburney no QID ou no mesmo ponto (médio entre a crista ilíaca e umbigo) só
que do lado E (preferir o lado esquerdo para evitar lesão do colo ascendente).
 Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente (quadrante abdominal inteiro) + colocar campos
5º Anestesiar o local 90°
6º Puncionar em 90° ASPIRANDO até passar o peritônio e vier liquido. USAR A TECNICA DE
Z-TRACK

7° Se for diagnóstica: coletar o material para o laboratório; se for terapêutica: conectar o equipo
para ficar drenando e fazer curativo.

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10. Punção lombar
Materiais necessários:
 EPIs
 Avental e luvas estéreis
 Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
 Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
 Campos estéreis
 Anestésico (lidocaína a 1% sem vasopressor, cerca de 5-10ml)
 Agulhas para anestesia: aspiração (calibre 22) e aplicadora (calibre 25-27)
 Seringa de 5 ml para o anestésico
 Agulha para punção (especial para punção vertebral, tamanho 20-22 que contem um estilete)
 Seringa de 10 ml para punção
 Frascos para coleta de material
 Manômetro (para fazer a aferição da pressão de abertura)
 Materiais para curativo
 Posição do paciente: Sentado e inclinado para frente ou em decúbito lateral abraçando as
pernas.
 Local: Espaço entre L3 e L4 em 15º em direção cranial e umbigo do paciente.

 Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente + localizar o local (palpar a crista ilíaca bilateralmente e tentar unir os
polegares sobre a coluna, no local onde os dedos se encontrarem é o espaço entre L3 e L4,
palpar então os processos vertebrais de L3 e L4 e marcar o espaço entre elas com caneta ou
outra coisa).
3º Fazer antissepsia das mãos + paramentar-se
4º Fazer assepsia do paciente (em circulo começando de dentro para fora) + colocar campos
5º Confirmar o local depois por cima dos campos
6º Anestesiar o local 90°
7° Posicionar a agulha em 15° com a pele com a ponta em direção cranial e puncionar
PS: Paciente sentado -> BISEL TEM QUE ESTAR VIRADO PARA DIREITA OU ESQUERDA
Paciente deitado -> BISEL VIRADO PARA CIMA OU BAIXO.
8° Insere até cruzar a resistência (sentir o “tuc”) e então retira o estilete para ver se o licor (cor
transparente de água de rocha) esta saindo. Para inserir ou reposicionar a agulha, inserir o
estilete de novo.
9º Após atingir o local, retirar o estilete e deixar as gotinhas caírem sobre os frascos.
10º Após terminar a coleta, tampa a saída da agulha e a retira e logo em seguida comprime
com uma gazes por uns 2-3 minutinhos até parar de sangrar
11° Faz um curativo e deixa o paciente em repouso deitado por 20-30 minutos.

8. Sondagem vesical
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Materiais necessários:
 EPIs
 Luvas estéreis e luvas de procedimento normal
 Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool)
 Cuba, pinça (Cheron) e gazes para a assepsia do paciente
 Campos estéreis
 Anestésico em gel
 Sonda vesical de Folley + bolsa
- Tamanhos: neonatal 4-6; criança 6-10; adulto 12-24)
 Cuba rim para refluir a urina
 Seringa de 20 ml com soro para insuflar o balão da sonda

 Posição do paciente: Decubito dorsal e em mulheres fazer pernas de borboleta.


 Passo a passo:
1º Checar materiais
2º Posicionar paciente
3º Fazer antissepsia das mãos + colocar luva NORMAL
4º Fazer assepsia do paciente COM LUVA NORMAL + colocar campos
- Assepsia feminina: primeiro a assepsia ao redor da região genital, depois no meato uretral e
vaginal circularmente primeiro de dentro pra fora.
- Assepsia masculina: primeiro a assepsia ao redor da região genital, depois expor a glande e
limpar da glande para a base do pênis
PS: usar uma gaze para cada movimento e descarta-las.
5º TROCAR DE LUVA, PARA LUVA ESTÉRIL
6º Colocar a xilo em gel na ponta da sonda
7º Inserir a sonda na uretra até vir a urina e deixar a outra extremidade dentro da cuba rim (pode
vir uma quantidade grande de xixi e molhar a maca/paciente/você). Após vir a urina ainda inserir
mais alguns cm da sonda.
PS: Com a mão dominante você SEGURA A SONDA, com a outra você: ou afasta os grandes e
pequenos lábios ou segura o pênis em 90° expondo a glande -> NÃO TOCAR A MÃO QUE
SEGURA NO PACIENTE NA SONDA.
8º Insular soro no balão da sonda (na hora da testagem veja quanto você inseriu o suficiente para
insuflar o balão sem ser excessivo)
9º Conectar a sonda a bolsa.
10º Fixar a sonda na perna do paciente.

9. Sondagem nasogástrica
Materiais necessários:
 EPIs
 Luvas de procedimento normal
 Campos ou lençóis para forrar o tórax do paciente (caso venha alimentos)
 Gazes
 Anestésico em gel (colocar em cima da gaze)
 Sonda nasogástrica (geralmente nº 18)
 Seringa de 20ml com ar para testar + estetoscopio
 Micropore para fixação da sonda
 Cuba rim ou maior para colocar a extremidade mais distal da sonda

 Posição do paciente: Sentado com inclinação de 45º com as costas encostadas e o pescoço
hiperfletido (queixo no peito)

Vitória Rota – Curitiba, 2022 30


 Passo a passo:
1º Checar materiais, deixar o micropore já cortado para fixação
2º Posicionar paciente E PEDIR PARA QUE ELE COMECE A FAZER MOVIMENTOS DE
DEGLUTIÇÃO CONFORME VOCE INSERE A SONDA
3º Fazer antissepsia das mãos + colocar luva NORMAL
4º Medir a sonda (da asa nasal até o lóbulo da orelha e depois até a região epigástrica) e marcar
com um pedaço de micropore
5º Passar xilocaína na ponta da sonda e inserir a sonda em direção a orofaringe (não para cima
do nariz). Ir girando a sonda pode ajudar. Se o paciente começar a tossir muito parar pois pode
estar indo para a traqueia. Deixar a ponta mais distal da sonda dentro da cuba rim.
6º Explicar que pode ser que ele sinta náuseas quando você insere a sonda -> EXPLICAR ELE.
7º Inserir até a marcação e fixar a sonda.

8º Confirmar: ou vem suco gástrico refluindo ou você aspira o suco com a seringa ou você insufla
20 ml de ar na sonda enquanto ausculta a região epigástrica (vai escutar um barulho de bolhas
no estomago).
9° Conectar a sonda na bolsa.

3. Condutas e Manejos importantes

A. Asma

 Oferta de O2 (por cânula -> mascara -> IOT, começar com 3L/min a 100%) e manter SaO2 93-
95%.
 Broncodilatadores de curta (BD/SABA): 3 ciclos de Salbutamol (jatos com ou sem espaçador)
-> cada ciclo é composto por 4-8 jatos. Intervalo de 20 min entre os ciclos.
 Corticoide EV ou VO: se paciente precisar do segundo ciclo de BD, já aplicar o corticoide EV (na
primeira hora). Metilprednisolona 40-60 mg ou PREDNISONA 60mg VO ou EV
 Brometo de ipratrópio: caso não responda a BD de curta + corticoide. Dose: 4-8 jatos a cada 20
min, fazer até 3x.
 Sulfato de magnésio 10% + cuidados intensivos -> 2g EV. (Diluir as 2g/4ml em 50-100 ml de SF e
infundir lentamente em 20 min).
o DILUIÇÃO: 20 ml sulfato de magnésio a 10% + 80 ml soro fisiológico -> correr em 20
minutos DU

Vitória Rota – Curitiba, 2022 31


 Sempre observar por pelo menos 4hs e reavaliar:

 Crises moderadas-grave: internar. Moderada pode ser em enfermaria e grave em UTI.


 Alta com pelo menos:
1. BD de curta: Salbutamol 2-4 jatos de 4/4hrs por 2-3 dias, depois apenas se crise.
2. Corticoide VO: Prednisona 1mg/kg/dia (max de 60mg/dia) por 5-10 dias.

11. DPOC exacerbada

 Definição de exacerbação (Critérios de Anthonisen): aumento da dispneia, aumento do volume do


escarro, mudança da cor do escarro. 2 ou 3 critérios já é indicação de ATB.
 Principal causa de exacerbação: infecções respiratórias.
 Oferecer O2: priorizar baixo volume com baixa concentração de O2 visando manter a saturação
de 88-92%. NÃO OFERECER MUITO O2.
 Se disponível -> VNI logo de cara e/ou se esforço respiratório, PaCO2 >45 e/ou pH <7,35, FR
>25.
 Broncodilatadores de curta: bombinha ou nebulização (fenoterol 10gts + brometo de ipratrópio
40gts até de 4/4hrs).
 Corticoide EV: Prednisona 40mg por 5-7 dias.
 Antibióticos (se 2 ou mais critérios).

Vitória Rota – Curitiba, 2022 32


 PaO2 ≤ 55 mmHg ou uma SaO2 ≤ 88% são indicações precisas de oxigenioterapia diária
contínua.
 Classificar o paciente no GOLD:

 IOT se: dispneia grave, FR >35, PaO2 <40, PaCO2>60 e/ou pH <7,25 MESMO APÓS VNI.
 Parâmetros da VM na DPOC:

12. Derrame pleural


 Rx: PA/perfil e Lawrell.
 Indicação de toracocentese diagnóstica: derrame >1 cm + associação com quadro clinico
infeccioso.
PS: Existem situações onde a toracocentese a princípio não precisa ser feita, por exemplo:
paciente com insuficiência cardíaca congestiva que apresenta derrame pleural bilateral e
simétrico (quadro típico).
 Classificação bioquímica do derrame:

Vitória Rota – Curitiba, 2022 33


 Classificação terapêutica do derrame (exsudativo):

 Indicação de drenagem terapêutica: derrame grau 3 e 4.

 Quando temos um empiema livre (corre livremente na cavidade), a toracostomia fechada em selo
d’água é suficiente. O dreno deve ser mantido funcionante até a drenagem ficar inferior a 50
ml/dia e o pulmão afetado ter se re-expandido totalmente. Continuar ATB até uns 20 dias após
retirada do dreno (mesmo ambulatorialmente) nas causas infecciosas.
 Tratar a causa (pneumonia - ATB, ICC - Furosemida).

13. IVAs
Otite Média Aguda

 Otalgia (geralmente unilateral), febre, astenia, inapetência, hipoacusia flutuante, otorreia (perfuração
timpania). Pode ter tido quadro gripal anterior.
 Analgesia VO (paracetamol, dipirona) + só observar por 2-3 dias sem ATB se sintomas graves e aguardar
evolução.
 ATB VO: sempre indicado se <6meses, otorreia, OMA bilateral, sintomas graves (otalgia persistente
mesmo com analgesia após 48hrs, febre >39, aparência toxica na otoscopia).
 ATB de escolha: amoxicilina, amoxi + clavulanato, azitromicina.

Odinofaringite

 Odinofagia (geralmente dói mais na viral – adenovírus), tosse, coriza, mal-estar, febre (se muito alta indica
etiologia bacteriana), anorexia, linfonodomefalia cervical.

Vitória Rota – Curitiba, 2022 34


 TTO Virais: assintomáticas, a não ser que seja por herpes-simplex em paciente imunossuprimido -> ai
necessita de tto com aciclovir.
 TTO Bacteriana: ATB (penicilinas, amoxicilina 50mg/kg/dia de 8/8hrs, amoxicilina + clavulanato,
azitromicina) por >/10 dias.

Gripe X Resfriado

 QC RESFRIADO: garganta arranhando (odinofagia, geralmente 1ª sintoma), espirros, obstrução


nasal (por edema e congestão dos cornetos), rinorreia (coriza, clara nos primeiros dias e
purulenta nos ultimos), a obstrução nasal piora a noite, febre baixa, mialgia leve, tosse e pode ter
febre. DURAÇÃO DOS SINTOMAS EM TORNO DE 1 SEMANA, NOS ALÉRGICOS PODE
DURAR MAIS, PASSAR DISSO SUSPEITAR DE COMPLICAÇÃO BACTERIANA.
 Resfriado pode complicar para OMA.
 QC GRIPE: parecidos com o de resfriado, mas sintomas sistêmicos mais predominantes como
mialgia, febre ALTA. Resolução em 1 semana.
 TTO ambos com sintomáticos: antitérmicos (paracetamol 1gta/kg de 6/6hrs; dipirona 1gta/2kg de
6/6hrs), lavagem nasal, vasoconstritor nasal para obstrução - oximetazolina (não usar em <2
anos), anti-histaminicos de 1ª geração para rinorreia (efeito anticolinérgico), brometo de ipatrópio
tópico (efeito anticolinérgico), B2 de curta ação se tosse, outros sintomáticos.

Rinossinusite

 Geralmente viral, mas se duração prolongada suspeita de evolução para bacteriana.


 QC: dor facial (não é comum em crianças <5 anos), cefaleia, edema, sensibilidade a palpação da face em
região dos seios faciais, TOSSE, SECREÇÃO NASAL ABUNDANTE (resfriado que demora a passar). Respiração
com odor desagradável, Febre. UM QUADRO DE RESFRIADO COM DURAÇÃO LONGA >10 DIAS OU FEBRE
MUITO ALTA - > SUSPEITA DE BACTERIANA.
 ATB por >/10 dias (com a melhora, +7 dias) se sintomas arrastados para evitar complicações supurativas
(amoxicilina com ou sem clavulanato, cefixima, levofloxacina, azitromicina, sulfametoxazol), sintomáticos,
lavagem nasal abundante.

Bronquite

 Geralmente viral ou alérgica.


 QC: tosse com 3 sem, coriza, obstrução nasal (associada a nasofaringite), escarro pode ser purelento.
 TTO: geralmente é autolimitada. Pode ser feito sintomáticos: anti-histaminicos, expectorantes, acetilcisteina,
lavagem nasal.

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CRUPE

 Laringotraqueite VIRAL.
 Tosse com estridor INSPIRATÓRIO + sintomas gripais. Sintomas pioram a noite.
 TTO: nebulização com adrenalina + corticoide.

Coqueluche

 Tosse comprida paroxística que foi precedida por um quadro gripal.


 Causa bacteriana.
 TTO: Azitromicina por 5 dias + sintomáticos

Bronquiolite Viral

 Virus mais comuns: VSR e adenovírus.


 Pode complicar com infecção bacteriana.
 Sintomas gripais + tosse + SIBILANCIA NO PEITO + dispneia + esforço respiratório.
 Lactante <2-3 meses sempre interna.
 ESFORÇO RESPIRATÓRIO, COMORBIDADES, RECUSA ALIMENTAR >12HRS, DIURESE
REDUZIDA (SINAL DE DESIDRATAÇÃO), CONDIÇÃO SOCIAL RUIM, HISTORICO DE
PREMATURIDADE -> INTERNA.
 TTO: oxigenioterapia para saturação <92% + monitorização da saturação + inalação com solução
hipertônica + lavagem nasal + sintomáticos.
 Fisio respiratória se atelectasia no RX.
 ATB se complicação para bacteriana.
 Ficar em isolamento de outras crianças.

14. FA

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15. Estável
1. CONTROLE DE FREQUÊNCIA:
a. BB – esmolol, bisoprolol, metoprolol
Metoprolol: ataque 5 mg EV -> repetir até 3x. manter com Metoprolol 20-400 mg/dia em
doses fracionadas a cada 12h

16. Instável – Cardioversão elétrica sincronizada


CARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA:
1. MOV + MATERIAL PARA REANIMAÇÃO PREPARADO
2. SEDAÇÃO E ANALGESIA:
a. Mida 3-5 mg EV em bolus OU propofol 0,5 – 1 mg/kg EV em 1 a 5 minutos
b. Fentanil 2mcg/kg Bolus
c. Posicionar as pás -> apertar em SINC -> BIFÁSICOS É 120 -200J, monofásico 100-200J
d. Se não reestabelecer o ritmo -> aumentar carga pra 360J
e. Se refratário, ADM ibutilida 1mg EV em 10 min parra tentar novamente

17. Pneumonia Comunitária

 Escolha do ATB:

PS: TTO POR 5-7 DIAS.


PS2: quinolonas em ultima estância.
 Para saber se tto ambulatorial ou internamento: CURB-65, 0 ou 1 critério pode ser tto Ambu e 2
ou mais INTERNAÇÃO. De preferencia reavaliar tto ambulatorial em 3 dias.

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 Para saber se tto em enfermaria ou UTI:

 A ausência de resposta ao tratamento ou piora clínica/radiológica em 48 ou 72 horas é considerada como


fracasso precoce.
B. Insuficiência respiratória aguda

 Monitorização + saturação
 Coleta de gasometria (ajuda a definir se hipoxemica ou hipercapnica).

 Oferecer O2 suplementar 100% com alto fluxo >5ml/min: mascaras -> VNI/IOT.

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 Avaliar necessidade de IOT, indicações: paciente com instabilidade hemodinâmica,
inconsciente, manutenção da insaturação (SaO2 <90%) e/ou esforço respiratório mesmo depois
do uso de dispositivos de oferta de O2 a 100% não invasivos, rebaixamento do NC (GSG </8),
obstrução das VAs/ com muita secreção, PaO2 <60 // PaCO2 >55 com pH <7,25 // Capacidade
vital <15ml/kg com doença neuromuscular.
 Quando paciente intubado: ajustes da VM.
 Depois que paciente estável: RaioX de tórax e outros exames.
 Tratar causas.

SARA:

 Definição pelos critérios de Berlim:

 Manter o paciente bem perfundido mas sem ofertar muito volume, preferir uso de DVP.
 Manter uma PEEP alta.
 Pronar o paciente pois -> maior quantidade de alvéolos na parte posterior do pulmão, então se você
deixa o paciente em decúbito ventral você leva pela gravidade esse edema mais para a parte anterior.
 Parâmetros de VM na SARA:

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C. ANAFILAXIA
 Anafilaxia: reação alérgica que envolva 2 ou mais sistemas (pele, TGI, mucosas, respiratório,
cardiovascular).
 CHOQUE ANAFILÁTICO: um tipo de choque distributivo, pode correr em reações anafiláticas
graves, paciente irá apresentar hipotensão (PA mínima de crianças é 70 + 2x a idade), TEC >2s,
cianose, taquicardia ou bradicardia.
 TTO: ADRENALINA INTRAMUSCULAR! Pode ser feita até 3 doses.
- Dose: adultos 0,2-0,5 mg (dose máxima) IM e crianças 0,01 mg/kg até 0,3 mg IM.
- Onde: Face antero-lateral da coxa.
 Outras medidas:
1. Manutenção de sinais vitais
2. Expansão de volume (10ml/kg em crianças nos 30 primeiros min e depois 30ml/kg) se choque
3. O2 suplementar se saturação <95%
4. Salbutamol (2-4 jatos a cada 20 min)
5. Anti-histaminicos (prometazina, difenidramina, ranitidina) na dose de 25-50 mg EV em adultos
e 1mg/kg EV em crianças (max 50 mg).
6. Corticoide (metilprednisona, prednisona) na dose de 1-2 mg/kg/dia ou 0,5-1 mg/kg/dia VO.
 Pode ser necessário IOT.
 Observar por no min 6hrs (casos leves) e até 48hrs nos casos graves.
 MANDAR PARA CASA QUANDO ESTÁVEL, COM: prednisona ou prednisolona 1-2 mg/kg/dia
em dose única por 5-7 dias + anti-histaminicos de 2º geração (fexofenadina, desloratadina) por 7-
14 dias. -> PARA EVITAR FASE BIFÁSICA (recorrência dos sintomas em até 72hrs).

D. DOR TORÁCICA – GERAL

 Queixa de dor torácica? Primeiro ECG (em menos de 10 min) + caracteriza a dor e classifica-la
em A, B, C e D (se paciente estável).
 Características de uma dor anginosa típica: inicio agudo com piora crescente, do tipo
pressão/aperto/difusa em região subesternal (pode ser que coloque a mão fechada em cima do
peito – Sinal de Levine), pode ter irradiação para pescoço, mandíbula, MMSS (principalmente
lado esquerdo), duração <20 min sugere angina estável e >20 min instável ou IAM, pode
piorar/iniciar por esforço, estresse, frio, tabagismo e ser ou não aliviada com repouso ou uso de
nitrato.
 Características de uma dor anginosa atípica: dor de inicio aguda, do tipo fachada/agulhada,
piora ao respirar, localizada em outros pontos além do subesternal, desencadeada ou iniciada
sem estresse ou esforço, sintomas associados como náuseas, epigastralgia, dispneia. Mais
comum em: idosos, mulheres, diabéticos, DRC, imunossuprimidos, cardiopatas e após cx
cardíaca. Investigar sem os DXX.

 Classificação da dor:
A. Definitivamente anginosa: características de angina típica (da o dx de SCA mesmo sem ECG
e/ou enzimas). -> Protocolo de dor torácica.

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B. Provavelmente anginosa: angina atípica ou não tem a maioria das características de uma
angina tipica, SCA ainda é o dx mais provável mas com necessidade de ECG e enzimas para
confirmar. -> Protocolo de dor torácica.
C. Provavelmente não anginosa: as características da dor não fazem da SCA o dx mais provável
e precisa de exames complementares. -> Protocolo de dor torácica.
D. Definitivamente NÃO anginosa: dor bem característica de outra hipótese dx. -> Não segue
protocolo de dor torácica, investigar outras causas (dissecção de aorta, TEP, DRGE).

 Classificação do tipo de Sd. Coronariana aguda:


1. Angina estável: Breve isquemia. Angina típica durando <20 min que alivia com repouso e
nitrato. ECG e enzimas normais.
2. Angina instável: Isquemia prolongada, sem necrose. Angina típica >20 min sem melhora com
repouso e nitrato. ECG normal ou com alterações pré elevação do segmento ST, enzimas
normais.
3. IAM c/ supra de ST: Isquemia, hipóxia e necrose miocardia. Dor anginosa >20 min, podendo
iniciar em repouso e não melhorando com repouso e/ou nitrato. ECG com supra e enzimas
elevadas.
4. IAM s/ supra de ST: Necrose subendocárdica. Angina >20 min como no c/ supra. ECG sem
supra de ST, pode ter infra de ST, inversão de onda T e/ou outras alterações isquemicas e
enzimas elevadas.

 Protocolo de dor torácica:


1. ECG em <10 min (12 derivações, em até 50% dos casos de IAM pode estar normal e ele
normal NÃO DESCARTA SCA)

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2. Se primeiro ECG normal: repetir ECG seriado (a cada 3hrs até o final da investigação), pedir
enzimas de necrose miocárdia (troponina na hora 0, 1º e se persistir duvida na 3º hora tbm –
alterada se 3x o valor normal, ela aumenta e depois de algumas hrs diminui).
3. ECG alterado e/ou elevação de MNM (marcadores de necrose miocardia) -> faz rota 1 ->
tratamento para IAM.
4. Sem alterações dos exames mas dor A, B ou C -> ECG (de 3/3hrs) e MNM (0,1,3 e 9hrs)
seriados.
5. Se descartado SCA mas sem der tido outra causa esclarecida da dor (dxx), investigar
ambulatorialmente com testes ergonometricos, cintilografia, ecocardio, CATE tardio etc.
6. Indicar CATE para alta probabilidade pré-teste, alterações em outros exames prévios, tto se
confirmando IAM, angina + sintomas de IC, angina classe III e IV.
 Dxx diferencial:

CARACTERISTICAS DA DOR E SINTOMAS ASSOCIADOS


DISSECÇÃO AGUDA DE - Homens, >60 anos.
AORTA (DAA) - Dor SÚBITA, excruciante. A dor alcança seu máximo imediatamente.
- Irradia para o dorso.
- HMP: aneurisma aórtico torácico, artetire, valva aórtica bicúspide, HAS, aneurisma prévio,
tabagismo, uso de cocaína.
- Assimetria de pulsos, diferença da PA entre os braços.
TOMBROEMBOLISMO - Dor pleurítica (sensação de facada no tórax principalmente durante a inspiração), com
PULMONAR (TEP) piora ao inspirar. Inicio agudo, gradual.
- Sintomas associados: dispneia, ortopneia, taquicardia, hemoptise.
- Presença de FR: cirurgia recente, neoplasia, TVP, viagem longa recente, tabagismo, ACO.
PNEUMOTORAX - Pacientes jovens.
- Dor de inicio súbito que alcança o pico rapidamente. Associado a dispneia e sinais de IR.
- História de trauma torácico ou infecção pulmonar.

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PERICARDITE - Dor aguda em pontada, facada, piora ao inspirar.
- Irradiação para trapézio.
- Aumenta a dor ao deitar e alivia ao permanecer sentado ou inclinado para frente.
- FEBRE, mialgia ou mal-estar associado.
- Hx prévia de IVAS, uso de medicamentos.
- EF: atrito pericárdico, bulhas hipofonéticas.
CAUSAS DRGE: epigastralgia em queimação com irradiação para o tórax e dorso. Duração da dor é
GASTROESOFAGIANAS variável de minutos a horas. Pode acompanhar náuseas, vômitos e sudorese. Alivio ao
vomitar e no uso de IBP.
Causa esofágica -> dor principalmente a deglutição.
MUSCOLOESQUELÉTICA - Dor insidiosa e persistente, geralmente pontual e reprodutível a palpação.
- Posição pode ajudar a melhorar ou piorar.
- Melhora com analgesia.

E. INFARTO COM SUPRA DE ST


 Definição: Elevação do segmento ST >/1mm em >/2 derivações contiguas ou novo bloqueio de
ramo esquerdo.
 Definir localização do IAM pela elevação do segmento ST nas derivações, pois pode especificar
algumas condutas.

 Se supra de D1, D2 e aVF (parede inferior) ou V3-V4 pedir V3R e V4R para definir se é ou não
IAM de VD.
 Passo a passo do tto:

MOV - Monitorização + acesso


- O2 suplementar em CN ou mascara só se saturação <90%
- Garantir estabilidade hemodinâmicas do paciente.
AAS Dose de ataque: 126-325mg, 2-3 cp MASTIGADOS.
Dose de manutenção: 100 mg/dia
Clopidogrel e amigos 1. Clopidogrel: Melhor opção se for fazer fibrinólise.
(Antagonistas do - Dose de ataque: 300 mg se fibrinólise <75 anos; >75 anos sem
ADP) dose de ataque (fazer dose de manutenção de 75mg) e se for
fazer angioplastia independente da idade 300-600mg.
- Dose de manutenção: 75-100 mg/dia.
2. Prasugrel e ticagrelor: melhor opção se for fazer angioplastia.
Prasugrel é CI se AVC/AIT prévio e risco de sangramento alto.
Anticoagulação 1. Enoxaparina (HBPM): De escolha para fibrinólise.
- Dose de ataque: bolus EV de 30 mg se <75 anos; sem >75 anos
ou Clcr <30 sem dose de ataque.
- Dose de manutenção: 1 mg/kg de 12/12 hrs SC se <75 anos; se
> 75 anos fazer 0,75 mg/kg de 12/12hrs e se Clcr <30 fazer

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1mg/kg 1x ao dia. Clcr <15 EVITAR.
2. HNF: Melhor indicada para a angioplastia.
3. Fundaparinux: CI se for fazer angioplastia. Melhor escolha se
não for fazer angioplastia (no IAM s/ supra).
4. Bivalirudina: usada durante a angioplastia.
PS: evitar ficar trocando de anticoagulante pois aumenta o risco
de sangramento.
Reperfusão Farmacológica/ Fibrinólise:
miocárdica:  Se tempo do inicio dos sintomas >90 min e <3hrs -> indicar
fibrinólise sistêmica e iniciar em até 30 min de atendimento
(tempo porta-agulha).
 Medicamentos:
1. Estreptoquinase: dose de 1.500 U infundir em 30-60 min.
Pode levar a vômitos, hipotensão e reações alérgicas.
2. Ativador do plasmigonênio tecidual t-Pa (alteplase): 15
mg em bolus + 0,75 mg/kg durante 30 min (max de 50
mg), depois 0,5mg/kg durante 60 min (max 35 mg). De
escolha.
3. Ativador do plasminogenio tecidual recombinante
(reteplase).
4. TNK (tenecteplase).
 Avaliar critérios de exclusão a fibrinólise:
1. AVCh prévio
2. AVCi nos últimos 3 meses (exceto se concomitante
ao IAM ou com inicio do AVCi <4,5hrs).
3. Lesão estrutural do SNC (MAV, CA).
4. Cx no SNC nos últimos 2 meses.
5. Suspeita de dissecção de aorta.
6. Sangramento ativo.
7. Trauma facial ou TCE grave nos últimos 3 meses.
Invasiva (Angiografia coronária percutânea/CATE):
 Se tempo do inicio dos sintomas até colocação do balão
(tempo porta-balão) </90 min (ou 120 min se transporte) ->
indicar angioplastia percutânea.
 Se sintomas >3 hrs: realizar angioplastia se o tempo porta-
balão for <120 min, senão fibrinólise.
 As vezes tem que ser feito angioplastia de resgate (quando a
fibrinólise não da certo).
Outros: 1. Nitroglicerina e Nitratos:
 Para a dor anginosa persistente, hipertensão, ICC, EAP.
 Dose 4-10 mcg/min EV em BIC.
 Pode ser feito sublingual.
 Não diminuem a mortalidade.
 CI: uso recente de sildenafil e tadalafila. Não fazer em
IAM de VD (derivação D2, D3 E AVF), hipotensão e
bradicardia.
2. B-bloqueador (metoprolol):
 - Em todos os pacientes se não tiver contraindicação,
diminui a dor, diminui a mortalidade. COMEÇAR NAS
PRIMEIRAS 24HRS.
 - VO (PREFERIR SEMPRE VO): atenolol 25 mg VO 1-
2x/dia; carvedilol 6,25 mg VO 2x/dia; metoprolol 25-50
mg VO 2x/dia.
 CI: Não indicar se suspeita de uso de cocaína ou
vasoespamos importante, HIPOTENSÃO E INFARTO
DE VD, bradicardia.
3. Morfina:
 Se dor anginosa persistente. Em desuso. Terceira opção
para dor.
 Dose de 2-4mg EV, repetir a cada 5-15 min se
necessário.
 CI: infarto de parede inferior (ventrículo D),pode levar

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a hipotensão, bradicardia e choque.
4. IECA:
 Para todos os pacientes, principalmente se IAM de
parede anterior, se ICC.
Mandar para casa 1. AAS -> p/ todos por tempo indeterminado.
com: 2. Clopidogrel -> p/ todos por 1 ano.
3. BB -> p/ todos por tempo indeterminado.
4. IECA -> p/ todos por tempo indeterminado.

5. ESTATINAS DE ALTA POTENCIA -> p/ todos e por tempo


indeterminado.
6. Anticoagulante oral -> se FA (faz AAS por 1 mês + clopidogrel +
ACO, depois de 1 ano de clopidogrel suspende clopidogrel e inicia
AAS novamente).
7. Espironolactona se ICC de FR.
8. Nitratos -> só se continuar dor anginosa.

F. INFARTO SEM SUPRA DE ST

 Definição: não existe elevação do segmento ST, mas existe aumento de troponinas.
 Passo a passo do tto:

MOV - Monitorização + acesso


- O2 suplementar em CN ou mascara só se saturação <90%
- Garantir estabilidade hemodinâmicas do paciente.
AAS Dose de ataque: 126-325mg, 2-3 cp MASTIGADOS.
Dose de manutenção: 100 mg/dia
Clopidogrel e amigos 1. Clopidogrel: Melhor opção se for fazer fibrinólise.
- Dose de ataque: 300 mg se fibrinólise <75 anos; >75 anos
sem dose de ataque (fazer dose de manutenção de 75mg) e se
for fazer angioplastia independente da idade 300-600mg.
- Dose de manutenção: 75-100 mg/dia.
2. Prasugrel e ticagrelor: melhor opção se for fazer angioplastia.
Prasugrel é CI se AVC/AIT prévio e risco de sangramento alto.
Anticoagulação 1. Enoxaparina (HBPM): De escolha para fibrinólise.
- Dose de ataque: bolus EV de 30 mg se <75 anos; sem >75 anos
ou Clcr <30 sem dose de ataque.
- Dose de manutenção: 1 mg/kg de 12/12 hrs SC se <75 anos; se
> 75 anos fazer 0,75 mg/kg de 12/12hrs e se Clcr <30 fazer
1mg/kg 1x ao dia. Clcr <15 EVITAR.
2. HNF: Melhor indicada para a angioplastia.
3. Fundaparinux: CI se for fazer angioplastia. Melhor escolha se
não for fazer angioplastia (no IAM s/ supra).
4. Bivalirudina: usada durante a angioplastia.
PS: evitar ficar trocando de anticoagulante pois aumenta o risco de
sangramento.
Reperfusão  APENAS ANGIOPLASTIA, NÃO INDICA FIBRINÓLISE.
miocárdica: Pode ter indicação:
1- Imediata: até 2hrs

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2- Precoce: até 24hrs.
3- Retardada: dentro de 72 hrs.
Outros: 1. Nitroglicerina e Nitratos:
 Para a dor anginosa persistente, hipertensão, ICC, EAP.
 Dose 4-10 mcg/min EV em BIC.
 Pode ser feito sublingual.
 Não diminuem a mortalidade.
 CI: uso recente de sildenafil e tadalafila. Não fazer em
IAM de VD (derivação D2, D3 E AVF), hipotensão e
bradicardia.
2. B-bloqueador (metoprolol):
 - Em todos os pacientes se não tiver contraindicação,
diminui a dor, diminui a mortalidade. COMEÇAR NAS
PRIMEIRAS 24HRS.
 - VO (PREFERIR SEMPRE VO): atenolol 25 mg VO 1-
2x/dia; carvedilol 6,25 mg VO 2x/dia; metoprolol 25-50
mg VO 2x/dia.
 CI: Não indicar se suspeita de uso de cocaína ou
vasoespamos importante, HIPOTENSÃO E INFARTO
DE VD, bradicardia.
3. Morfina:
 Se dor anginosa persistente. Em desuso. Terceira opção para
dor.
 Dose de 2-4mg EV, repetir a cada 5-15 min se necessário.
 CI: infarto de parede inferior (ventrículo D),pode levar a
hipotensão, bradicardia e choque.
4. IECA:
 Para todos os pacientes, principalmente se IAM de parede
anterior, se ICC
Mandar para casa 1. AAS -> p/ todos por tempo indeterminado.
com: 2. Clopidogrel -> p/ todos por 1 ano.
3. BB -> p/ todos por tempo indeterminado.
4. IECA -> p/ todos por tempo indeterminado.

5. ESTATINAS DE ALTA POTENCIA -> p/ todos e por tempo


indeterminado.
6. Anticoagulante oral -> se FA (faz AAS por 1 mês + clopidogrel +
ACO, depois de 1 ano de clopidogrel suspende clopidogrel e inicia
AAS novamente).
7. Espironolactona se ICC de FR.
Nitratos -> só se continuar dor anginosa.

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G. Arritmias

TAQUIARRITMIAS DE COMPLEXO ESTREITO ESTÁVEIS


 TSV: QRS estreito, FC 150-200, sem onda P, ritmo regular.

- TTO: Manobras vasovagais -> Adenosina 1º dose 6mg em bolus, 2º dose 12 mg em bolus e 3º
dose 12mg em bolus -> BCC (verapamil ou Diltiazem) e/ou BB (metoprolol) -> cardioversão
elétrica.
 FA: FC 90-150, QRS estreito, sem onda P, RITMO IRREGULAR.

- TTO na emergen. se instável ou de inicio recente (<48hrs de inicio): cardioverte.


- TTO na emergen. se estável e/ou de inicio incerto ou crônica: Metoprolol 5 mg + amiodarona
300 mg DA e depois 1mg/kg de manutenção + anticoagulação (por no min. 4 sem. Se risco
tromboembólico baixo ou por tempo indefinido se alto) + encaminhamento para cardio (só pode
cardioverter uma FA crônica de instável ou após 3 sem. De anticoagulação).
- TTO crônico: BB/BCC/digoxina + anticoagulante -> se paciente com Risco Tromboembólico Alto
(usar o CHA2DS2VASC) ou FA valvar (de valva protética) dever ser anticoagulado. Associar a
digoxina sempre se ICC e/ou DPOC.

 Flutter Atrial: FC>150//FA>250, QRS estreito, tem onda P em forma de serra (onda F), regular.

-TTO: BB + anticoagular.

 Sd. De Wolf-Parkinson-White: alterações similares a TSV mas com onda P, só que como o
intervalo PR é curto a onda P se soma ao QRS (onda delta). Decorrente de uma via acessória
- TTO agudo: como a TSV ou Procainamida 15 mg/KG IV + manutenção de 1-4 mg/min IV.
- TTO crônico: antiarrítmicos (Procainamida)

TAQUIARRITMIAS DE COMPLEXO ALARGADO ESTÁVEIS


 TV com pulso: QRS alargado, QRS anômalo mas com mesmo padrão, regular.

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- TTO: Amiodarona 150 mg EV (10 a 15 min) depois manutenção de 1mg/min nas primeiras 6horas ->
procainamida.

TAQUIARRITMIAS INSTÁVEIS
 Sintomas: dor torácica, rebaixamento do NC, hipotensão, choque, EAP.
 Sedar paciente antes da cardioversão.
 Cardioversão-SINC (no bifásico):
1. TSV e Flutter: 50-100 J.
2. TV com pulso: 100-200 J.
3. FA: 120-200 J.
PS: máximo de 200J no bifásico e 360J no monofásico.
BRADIARRITMIAS
 Estáveis: geralmente só monitoriza e observa e trata/investiga a causa.
 Instáveis:
- Benignos (BAV1 OU BAV2 Mobitz1):
1. Atropina 0,5-1mg EV (repetir no max 3x dose max de 3mg, intervalo de 3-5 min).
2. Depois seguir o tto dos malignos.
- Malignos (BAV2 Mobitz 2 e BAVT):
1. Adrena/Epinefrina (2-10 mcg/min) ou dopamina 5-20 mcg/min)
2. Marca-passo transcutaneo (colocar pás como no desfibrilador, selecionar uma FC de 70-80 bpm
e voltagem de 20-30 mA e pode ir aumentando de 5/5 mA -> cada espicula deve gerar um
QRS)

3. Marca-passo intratorácico.

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RITMOS DE PARADA (ver tto no cap de PCR)
 Chocáveis: assistolia e FV
 Não chocáveis: TV sem pulso e AESP

H. Emergências hipertensivas

 Sempre que PA elevada + sintomas, pedir exames para descartar LOA, podendo direcionar
para sintomatologia: Hemograma, função renal, função hepática, ECG, parcial de urina, RX de
tórax, TAC de crânio. Outros exames de imagem...
 Hipertensão grave ou PA elevada: PA entre 180/120-220/130, paciente pode ter sintomas
(cefaleia, mal-estar, fraqueza, tontura) mas sem lesão de órgão alvo.
- TTO: ambulatorialmente, pode dar medicamento VO na emergência ou só aumentar a dose dos já
de uso continuo para hipertensos prévios ou iniciar um MUC para HAS e pedir acompanhamento na
UBS.

Urgência Hipertensiva:
 PA >/ 220/130, paciente com sintomas, SEM lesão de órgão alvo ainda mas com risco de lesão
eminente.
- TTO: ambulatorial, iniciar com medicamento VO na emergência (Captopril 25-100 mg VO,
Nifedipino 5-10mg SL ou VO). Nunca reduzir muito a PA abruptamente.

Emergência Hipertensiva:
-> PA elevada, geralmente > 180/120, COM LESÃO DE ORGÃO ALVO e risco de morte eminente.
- TTO:
- Nitroprussiato de sódio (0,25-10 mcg/kg/min EV) – ir aumentando 0,5 mcg/kg/min conforme a
PA. Dose máxima 2-3 mcg/kg/min – dose máxima é 8mcg/kg/min,
DILUIÇÃO: 1 ampola em 248 SG 5% -> solução 0,2 mg/ml (200mcg/ml)
Nitroglicerina (se IAM ou IVE), Hidralazina (Eclampsia), Metoprolol (IAM, DAA), Esmolol (DAA),
Furosemida (EAP). Reduzir no max 25% na PA na 1º hora (nunca abruptamente), mas vai depender
também da LOA.

 Casos específicos de EH:


A. DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA: Metoprolol (5mg) ou Esmolol EV em 3-5 min para manter
FC próximo de 60 (pode ser substituídos por um BCC) + Nitroprussiato de sódio APÓS O BB
para reduzir a PA (deixar a PAS próximo de 120-100) + analgesia com opioides.
B. IAM: BB, Nitroglicerina para controle da PA. Evitar o Nitroprussiato.
C. ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA: cursa com cefaleia, náuseas/vômitos, redução do NC,
convulsões, papiledema na fundoscopia (sintomas são de evolução mais lenta que em um
AVC). Tratar com BB (Esmolol 250-500 mcg/kg em 1-3 min). Reduzir 10-15% a PA na
primeira hora.
D. ECLAMPSIA: Hidralazina EV em bolus ou BIC (5-10 mg em 2 min, podendo repetir até 20mg) +
sulfato de magnésio 2mg + interromper a gestação.

Vitória Rota – Curitiba, 2022 49


E. RETINOPATIA HIPERTENSIVA MALIGNA: neurorretinopatia + doença renal (cefaleia,
borramento visual). Tratar com Labetol reduzindo a PA de 10-15% na primeira hora e avaliar
função renal.
F. APÓS USO DE DROGAS ILICITAS: BB ou BCC.

I. Insuficiência Cardíaca descompensada


Classificação IC
Estágio A – apenas medidas gerais + tto fatores de risco

Estágio B – IECA/BRA + BB -> aqui o paciente tem doença estrutural, mas ainda assintomático

Estágio C e D: NYHA

Estágio C -> começa a ter sintomas associados.

Tratamento crônico:
1. ICC com fração de ejeção preservada: IECA ou BRA + BB
2. ICC com fração de ejeção reduzida (<40%): IECA ou BRA + BB + ESPIRO (Antagonista da
Aldosterona). Geralmente classe III/IV e estágio C/D.
3. Sintomáticos: Furosemida para EAP, pode ser necessário anticoagulação (FA, hx de evento
tromboembólico, hmf cardiomiopatia dilatada).
4. Alternativas: Ivabradina, Hidralazina (contraindicação a IECA/BRA, negros, associada a
IECA/BRA), Amiodarona, Digoxina (quarto medicamento a ser acrescentado a terapia tripla da
FE reduzida).
 Tratamento agudizações: frio (baixa perfusão em repouso, baixo DC) e úmido (congestão
pulmonar – EAP)

A. Perfil A (quente e seco) – IC compensada de FE normal: Nitroprussiato ou Nitroglicerina se


PA alta + reposição volêmica e sempre analisas congestão.

Vitória Rota – Curitiba, 2022 50


B. Perfil B (quente e úmido) – IC descompensada e FE normal, menos grave, a maioria dos
pacientes: Furosemida (1 mg/kg EV) em bolus + VNI/suporte ventilatório + vasodilatadores
(Nitrato SL).

C. Perfil C (frio e úmido): Ionotropicos (Dobutamina) + Furosemida + VNI/suporte ventilatório

D. Perfil D/L (frio e seco): Ionotropicos + reposição volêmica e sempre avaliar congestão.

J. Edema Agudo de Pulmão


 MOV
 Fornecer O2 em alto volume (10-12 L/min) em máscara. Se necessário VNI ou IOT. Manter
saturação >94%.

Vitória Rota – Curitiba, 2022 51


 Se possível posicionar (cabeceira elevada) o paciente e colocar as pernas para baixo da maca.
 Medicamentos:
1. Furosemida EV 0,5-1mg/kg (cada ampola tem 20 mg, geralmente faz 3-4 ampolas) rápido.
2. Nitroglicerina sublingual e EV (10-25mg/min -> diluir 50 mg de tridil em 250mg de SG a 5%)
3. Nitroprussiato: cuidar se risco de IAM associado.
 Não reduzir tanto a PA, reduzir apenas de 15-25% na primeira hora.

K. Abdome Agudo

CAUSAS CIRURGICAS (OU POSSIVELMENTE CIRURGICAS)


 Inflamatório: apendicite, diverticulite, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, DIP
 Perfurativo: úlcera péptica, neoplasia gastro-intestinal perfurada, febre tifóide, diverticulite ou
apendicite perfurada.
 Obstrutivo: aderências intestinais (brida), hérnia estrangulada, fecaloma, obstrução pilórica, cálculo
biliar.
 Vascular: isquemia intestinal, trombose mesentérica, torção do omento, torção de cisto ovariano.
 Hemorrágico: gravidez ectópica rota, ruptura de aneurisma de aorta abdominal, endometriose.
CAUSAS NÃO CIRURGICAS OU GERALMENTE NÃO CIRURGICAS
 Metabólica: CAD, uremia, crises diabéticas, crises addisonianas, porfiria intermitente aguda,
hiperlipoproteinemia aguda e febre hereditária do Mediterrâneo.
 Hematológicos: crise falciforme, leucemias.
 Intoxicação: envenenamento por chumbo e por outros metais pesados, abstinência de narcótico e
envenenamento por picada da aranha viúva-negra.

 Dor abdominal aguda? Descartar perfuração, obstrução, hemorragia/isquemia e inflamatório.


 Sinais vitais + monitorização + coleta da história/exame físico a fim de descartar sinais de
alarme.
 Sinais e sintomas de alarme: Dor intensa que não melhora com analgésicos fortes, parada de
evacuações/flatos + náuseas/vômitos (principalmente se vômitos fecaloides), abdome em
tábua/irritação peritoneal difusa, febre alta refratária a uso de antitérmicos, sinais de sepse,
sangramento baixo ou alto, sinais de instabilidade hemodinâmica.
 Exames complementares gerais: hemograma, PCR/VHS, eletrólitos, glicemia, PU, B-HCG, BI
totais e frações, FA, GGT, TGO, TGP, Cr, Ur, lactato, amilase, lipase, RX de abdome agudo se
disponível (descartar principalmente perfuração), USG se disponível (útil para apendicite,
colelicitase, lititase urinária).
 Pode fazer analgésicos e outros sintomáticos na emergência -> reavaliar ver se a dor
melhorou.
 Se paciente INSTÁVEL -> ABCDE do ACLS -> estabilizar com reposição volêmica e
encaminhar para centro com tto cirúrgico disponível.
 Se provável dx com tto cirúrgico -> encaminhar.

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L. Cetoacidose diabética
Adulto:

 Definição: pH < 7,3 + glicemia > 250 + Cetonemia ou cetonúria. FAZ ACIDOSE
METABÓLICA COM ANION GAP ALTO.
 Gravidade: Leve 7,3-7,2; moderada 7,2-7,0; grave <7. pH.
 Leve: tto em enfermaria
 Moderada/grave: tto em UTI.
 Exames a serem solicitados: dextro, gasometria arterial, hemograma, Na (calcular o Na
corrigido), glicemia sérica, Cloro, K (faz hipocalemia), fósforo, Cr, Ur, calcular a
osmolaridade plasmática, parcial de urina, enzimas pancreáticas e hepáticas (aumentam
na CAD), culturas se necessário (o que descompensou a DM?), exames de imagem e
ECG.
- Na corrigido:

- Ânion GAP (normal de 8-10):

 Passos:
1. Monitorização + 2 acessos + gasometria + estabilização ACLS.
2. HIDRATAÇÃO 1º HORA:
- Paciente com sinais de hipovolemia: 1L de SF 0,9% na 1º hora.
- Paciente com sinais de normovolemia: 250-500 ml na 1º hora.
3. HIDRATAÇÃO A PARTIR DA 2º HORA:
- Na >/145: 250-500 ml/h de SF 0,45% (soro ao meio: 500 ml de SF 0,9% + 500 ml de
SG5%).
- Na <145: 250-500 ml/h de SF 0,9% até glicemia <250, depois começar soro ao meio.
PS: monitorizar sinais de hipervolemia, principalmente em cardiopatas e/ou choque
cardiogênico.
4. INSULINA:
- Fazer IR na dose de 0,1 U/kg/h: primeira dose faz em BOLUS + 10ml de SF 0,9% e
depois faz em BIC a partir da 2º hora (solução da BIC: 50 U de IR + 500 ml SF 0,9% -
fica 1 U para 10ml).
- Corrigir primeiro o K se necessário.
- Queda <50 mg/dL/h: dobra a velocidade da infusão.
- Queda da glicemia de 50-80 mg/dL/h: manter infusão até glicemia <250, após isso
reduzir pela metade a velocidade de infusão.
- Queda >80 mg/dL/h: reduzir pela metade a velocidade.
5. CORREÇÃO DO K:
- K normal (3,3-5): insulinizar e repor K junto com a hidratação (2 ampolas a cada 1L
de solução – cada ampola tem 25 mEq, ambas corrigem em torno de 0,5 mEq sérico,
diluir no SG5% 500ml).
- K >5 (alto): apenas insulinizar e monitorizar o K de 2/2hrs.
- K <3,3 (baixo): REPOR ANTES DA INSULINA na dose de 0,4-0,6 mEq/L/h durante
6hrs e só insulinizar depois que K >3,3.
6. PS: avaliar glicemia de 1/1 hora até estabilização do paciente e outros exames a cada
2 hrs.

Vitória Rota – Curitiba, 2022 53


 Critérios de melhora (para alta e passar insulina em BIC para SC): glicemia <200 + BIC >
18; pH >7,3; anion GAP <12; estabilidade hemodinâmica e ausência de náuseas/vômitos.
 Para alta faz retirada da IR em BIC e para SC (fazer primeira dose 1 h antes de desligar a
bomba). Faz uma dose de NPH 0,3-0,5 U/kg/dia: dividida em 2 aplicações de NPH + IR.

Pediátrica:

 Sintomas podrómicos: polidipsia, poliúria, perda de peso, polifagia, respiração de Kusmall,


hálito cetonico, desidratação severa (choque hipovolêmico).
 Atender esse paciente em UTI!!
 Pesar paciente se possível para definir as perdas de água (melhor se sabe o peso prévio).
 Passos:
1. Monitorização + 2 acessos + exames (GASOMETRIA) + estabilização como no ACLS.
2. HIDRATAÇÃO
- Infundir lentamente 10-20 ml/kg/hora nas 2 primeiras horas (reavaliar SEMPRE) com
SF 0,9%.
- Após 1 hora (na 2º hora) de hidratação faz soro em Y (soro A c/ glicose e KCL e soro
B s/ glicose e c/ KCL): faz o ajuste da proporção de acordo com a glicemia.
- A partir da 3º hora fazer a fase de manutenção da volemia.

3. INSULINIZAÇÃO
- Somente após a 2º hora de tto.
- IR da dose de 0,1 U/kg/hora (ou 0,05 para evitar edema cerebral e hipoglicemia) em
BIC.
4. CORREÇÃO DO K:
- Sempre corrigir antes da insulina se hipocalemia.
- Calcular o K real: pH sobe 0,1 = K diminui 0,6 (o inverso tbm vale, se o pH baixo ->
calcular quanto diminui e quanto o K deveria subir).

FASE 1 ESTABILIZAÇÃO 1. Monitorizar paciente


E HIDRATAÇÃO 2. Definir a perda de água (pesar paciente)
3. O2 se sinais de choque
(2 primeiras 4. Coleta de exames
horas) 5. Sonda vesical para DU

HIDRATAÇÃO
 10-20 ml/kg/hora de SF a 0,9% ou RL nas primeiras 2 horas.
20 ml no caso de sinais de choque, senão só 10. -> Correr em 1
hora, um pouco mais rápido se sinal de choque.
 Reavaliar a cada hora 1 hora (ou 30 min) e repetir a dose de SF
se preciso (sem ultrapassar a dose de 30ml/kg).
 Após estabelecimento de diurese adequada seguir para a fase
de manutenção da volemia.
FASE 2 INSULINA CORREÇÃO DA GLICOSE
(a partir da 2º  Insulina regular 0,05-0,1U/kg/hora (25 U + 250 ml de SF = 0,5-
hora) – após 1ml/kg/h) em BIC.
correção da  Manter a insulina até a resolução da cetoacidose.
desidratação.  Quando glicemia 200-250 ou queda superior a 50-90mg/dL/hora
associar soro glicosado 5%.
 Diminuir insulina para 0,02-0,05U/kg/hora se hipoglicemia.

CORREÇÃO DO K
 Tem que aguardar a dosagem do K para iniciar a insulina!!!
 Se hipocalemia (K <3,5), iniciar reposição de K com a hidratação,
K<3,3 40 mEq/L de solução; se K 3,3-5,5 reposição com 20-30

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mEq/L de solução e se K > 5,5 não repor no momento.
 Se K normal a aumentado iniciar KCl junto com a insulina e após
documentar diurese.
FASE 3 MANUTENÇÃO  1º Calcular volume para repor: manutenção (segundo peso) +
DA VOLEMIA perdas (segundo a desidratação).
Manutenção
(a partir da 3º - Até 10 kg: 100 ml/kg
hora) - 10-20kg: 50ml/kg
- maior que 20 kg: 25ml/kg.
Perdas
- Desidratação leve: perda de até 5% -> 50ml/kg.
- Desidratação moderada: perda de até 7% -> 70ml/kg.
- Desidratação grave: perda de até 10% -> 100ml/kg.
 FAZER O SORO AO MEIO (Com acesso em Y, colocar os dois
soros) do total calculado acima (manutença + perdas) nas
próximas 24hrs.
 Soro A: soro glicosado 10% + SF 20% + KCl + Glucagon.
 Soro B: SF 0,9% + KCl + glucagon.

 Cálculo da Kcal:
- Peso até 10kg: cálculo por kg.
- Peso de 10-20 kg = [(excedente de 10kgx50) + 1000]/100
- Peso> 20kg= [(excedente de 20kg x 20) + 1500]/100
 Regular um equilíbrio entre os soros de acordo com a glicemia e
dosagem de K.

 Não é necessário a correção do BIC geralmente. Apenas em algumas situações, como: Se pH <6,9,
choque com falência miocardiaca, hiperpotassemia grave -> fazer bicarbonato 1-2 meq/kg em
1hora.

M. Infecção do Trato Urinário

 Cistite
- Dx pode ser clinico e tto pode ser feito antes do resultado do PU.
- Dor subrapubica + disúria + polaciúria + febre baixa ou ausente.
- TTO:
1. Analgesia + alta ingestão hídrica
2. ATB: Fosfomicina 3g DU -> Nitrofurantoína -> Amoxi ou Amoxi+Clavulanato por 7 dias ->
Ampicilina -> Cefalosporinas -> Cipro (Tirando fosfomicina, todos por no min 7 dias).

 Pielonefrite
- DX pode ser clinico e tto pode ser feito antes do resultado do PU. MAS SEMPRE CONFIRMAR
COM UROCULTURA.
- Dor lombar + disúria + polaciúria + febre alta + mialgia, atesnia e outros sintomas sistêmicos.
- Giordano positivo.

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- TTO:
1. Analgesia + alta ingestão hídrica
2. ATB: TODOS POR 14 DIAS NO MIN. Amoxi ou Amoxi+Clavulanato -> Amipicilina -> Cipro ou
Levo -> Cefalosporinas.

N. Sepse adulto
 Sepsis-3 + atualizações recentes de 2021.
 Sepse: O SEPSIS-3 define sepse como suspeita/documentação de infecção + disfunção orgânica
potencialmente fatal (>/2 critérios no qSOFA ou aumento de 2 ou mais no SOFA).
1. qSOFA:

GSG <15
2. SOFA: avalia BT e frações, plaquetas, relação PaO2/FiO2, Cr ou DU, PAM c/ ou s/ uso de DVP.
 Atualização de 2021: não usar mais o qSOFA, pode usar direto o SOFA ou outras ferramentas para
definir disfunção orgânica. No escore 2 pontos ou mais define sepse.
 Choque séptico: Paciente com sepse e necessidade de uso de drogas VP para manter PAM >/65 E
lactato acima de 2mmol/L (18 mg/dL) após reposição volêmica adequada (na atualização 2021).
 PACOTE DE 1HORA (Sepsis-3):

PACOTE DE 1 HORA
1. MOV + ABCDE
2. Coleta de exames laboratoriais: gasometria, lactato (repetir após 1h), hemograma
(plaquetas), creatinina, bilirrubina , coagulograma, PCR, procalcitonina.
3. Repetir lactato se o inicial for >2.
4. 2 hemoculturas de sítios distintos antes de iniciar ATB.
5. Iniciar ATB de amplo espectro o quanto antes, mas este pode ser retardado até a coleta dos
exames caso o paciente esteja estável (pode ser feito até a 3ª hra caso a suspeita de sepse
ainda não tenha sido definida).
6. Ressuscitação volêmica com 30 ml/kg (nas primeiras 3hrs) de cristaloide para hipotensão
ou lactato >4 mmol/L (36 mg/dL) – utilizar a redução do lactato como meta.
7. Iniciar vasopressores (NE) se paciente hipotenso após volume, para manter PAM > 65. ->
Drogas vasoativas: pode fazer em acesso periférico por até 3-4 hrs, depois passar
para acesso central.
A. Noradrenalina se PAM < 65 mmHg após ressuscitação com fluidos. A NE É A DE
ESCOLHA PQ EM ADULTO A SEPSE LEVA A CHOQUE SEPTICO QUENTE E
UMIDO (NA CRIANÇA PODE SER FRIO – USA ADRENA, OU QUENTE – USA
NORA).

Meditações usadas:
1. Noradrenalina: 2-100 mcg/min (diluir 4 ampolas em 236 ml SG 5% – cada ampola tem

Vitória Rota – Curitiba, 2022 56


4mg/4ml) – o que gera uma concentração de 60mcg/ml -> 1mL/h = 1 mcg/min)
2. Adrenalina: Indicada se choque refratário. Dose: 1-30 mcg/min (diluir 2 amp. – cada ampola
tem 1mg/ml – em 250 ml de SG 5% -> 8mg/ml).
3. Vasopressina: 0-01-0,03 U/min (ou 0,6-1,8 U/h) (diluir 1 amp. De 20 unidades + 200 ml de
SG 5% -> 0,1 U/ml). Indicada em choque refratário, melhora a pré-carga.
4. Dobutamina: associar a NE caso disfunção cardíaca.
5. Hidrocortisona: Se choque refratário com aumento frequente da NE ou outras associadas,
adm hidrocortisona (suspeita de Ins. Aguda da Adrenal).
6. Dexametasona se suspeita de miningococcemia associada.

 Outras atualizações:
1. Procalcitonina entra como outro biomarcador de inflamação/infecção.
2. O TEC entra como medida de avaliação da ressuscitação volêmica.

O. Sepse pediátrica

 Sepsis-2
 Sepse: continua a definição do SEPSIS-2 de que é a resposta inflamatória sistêmica do organismo
frente ao estímulo infeccioso, tradicionalmente é definida com a presença de ao menos 2 dos 4
critérios para SRIS na presença de insulto infeccioso comprovado ou presumido.

Um deles tem que ser pelo menos alteração de temperatura ou de leucócitos.


 Sepse grave: é quando a sepse está associada a disfunção orgânica, hipotensão ou
hipoperfusão. Os critérios para sepse grave:

Vitória Rota – Curitiba, 2022 57


 Choque séptico: No SEPSIS-2 = paciente preenche os critérios de Sepse e apresenta hipotensão
refratária a reposição volêmica (responderá apenas a drogas VP) ou hiperlactatemia.
 PACOTE DE 3 HRS:

1. Coleta de laboratoriais: gasometria, lactato, hemograma, creatinina, bilirrubinas e


coagulograma.
2. Coleta de 2 hemoculturas de sítios distintos antes de administrar o antibiótico.
3. Administração de antibióticos de amplo espectro.
4. Para pacientes com hipotensão (PAS <90, PAM <65 ou redução de 40 mmHg na PAS), sinais
de hipoperfusão ou lactato >18, deve se iniciar reposição volêmica 20ml/kg em 5 min, podendo
a chegar a 50-200ml/kg (CUIDAR COM SOBRECARGA CARDIACA). DAR PREFERENCIA A
CRISTALOIDES (RL >SF)
FORMULA PARA HIPOTENSAO EM MAIORES DE 2 ANOS: PAS MIN 70+2xIDADE.

Sinais de hipotensão pela OMS:

 PACOTE DE 6HRS:

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1. Uso de drogas vasopressoras nos pacientes que continuam com PAM <65 mesmo após
volume.
A. Adrenalina (é preferível na criança por ser ionotropico tbm, mais que a NE): choque frio
B. Noradrenalina: choque quente
C. Dopamina: associar se choque refratário.
D. Vasopressina e Hidrocortisona: associar se choque refratário.
E. Dexametasona: suspeita de meningococcemia.
2. Acompanhamento com mensuração da PVC e da saturação venosa do O2.
3. Reavaliar o lactato
4. Para pacientes com hemoglobina <7, fazer transfusão.

P. Litíase urinária

 Para dor: AINE + analgésico simples ou opioide. Anti-hemético se náuseas e vômitos. Manter em
observação até dor parar.
 Para retirada do calculo:
- <5mm: vão sair sozinhos, indicar bastante hidratação e a1-bloqueadores (se não tiver segurança,
pede para o urologista prescrever).
- 6-5 mm: litotripsia.
- >7 mm ou casos de infecção associada: indicar litotripsia, nefrolitotomia percutânea,
ureteroscopia.

Q. Cefaleia

 Primárias: tensional, enxaqueca (2ª causa mais comum), trigeminais (cefaleia em salvas).
 Secundárias: Trauma, infecções, doença vascular, neoplasias, etc.
 Descartar sinais de alarme (red flags): cefaleia de inicio recente, PIOR cefaleia já sentida na vida,
sinais focais que não aura típica, cefaleia desencadeada por tosse/espirro/atv sexual/atv física,
cefaleia após 50 anos, cefaleia de instalação rápida ou durante exercícios, cefaleia em trovoada,
manifestações sistêmicas ou neurológicas associadas, hx de uso de substancias ilícitas, cefaleia
nova em pacientes imunossuprimidos e/ou câncer.
 Se sinais de alarme: pedir um exame de imagem + encaminhar para neuro (se não for emergência)
-> INVESTIGAR.
Tratamento:
 Tensional: analgésicos comuns, AINEs, acupuntura, TCC, técnicas de relaxamento.
 Enxaqueca/migrânea:
A. Abortivos:
- Crise leve: analgésicos simples + AINEs (paracetamol, dipirona, naproxeno, ibuprofeno).
- Crise moderada a intensa: triptanos (sumatriptana, zolmitriptana, naratriptana), considerar
antieméticos e medicamentos EV.
- Estado migranoso (dor >72hrs): neurolépticos como clorpromazina EV 0,1 mg/kg.

B. Profilático:

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- Betabloq.: Propanolol, metoprolol. Antiepilépticos (valproato e topiramato), BCC (flunarizina), ADT
(nortriptilina, amitriptilina), IRSN (venlafaxina).

 Em salvas: O2 a 100% 7-12L/min com mascara com reservatório (paciente sentado), sumatriptana
EV ou IM, corticoides. Profilaxia: Verapamil, topiramato, gabapentina, lítio.

R. Acidente vascular cerebral e mal convulsivo

 Nos casos de AVE: escala de NYHA e TAC para diferenciar hemorrágico de isquêmico.
 AIT:
 Sinas de HIC:

AVE isquêmico

AVE hemorrágico

Mal convulsivo

S. Distúrbios hidroeletrolíticos

Potássio (K)

Sódio (Na)

T. Choques

 Definição de choque:
 Sinais de choque:
 Tipos de choque:

Manejo geral:
A
B
C
D
E

Manejo hemodinâmico

U. Afogamento
Resgate Paciente responde, respira e não tem tosse ou sai espuma pelo ESTA BEM
nariz, esta bem. Somente avaliar e liberar no mesmo local.
1 Paciente responde, respira, APENAS tosse e NÃO tem espuma TOSSE S/ ESPUMA
saindo.
2 Paciente responde, respira, tosse, sai PEQUENA quantidade de TOSSE E ESPUMA +
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espuma pela boca/nariz, ausculta pulmonar com estertores em ESTERTORES EM BASE
base.
3 Paciente pode ou não responde, mas respira, tosse, sai TOSSE+ ESPUMA
GRANDE quantidade de espuma pela boca/nariz, TEM PULSO EDEMA AGUDO DE
RADIAL PRESENTE e tem estertores em todos os campos. Sem PULMÃO
hipotensão.
4 Paciente pode ou não responder, mas respira, tosse e sai TOSSE+ESPUMA
GRANDE quantidade de espuma pela boca/nariz E NÃO TEM EDEMA AGUDO DE
PULSO RADIAL PRESENTE PELA HIPOTENSÃO, MAS TEM PULMÃO +
CENTRAL. HIPOTENSÃO
5 Paciente não responde, NÃO RESPIRA MAS TEM SINAIS DE PARADA RESPIRATÓRIA
CIRCULAÇÃO.
6 Paciente não responde, nem respira, nem tem sinais de PCR ou morte
circulação. SEM PULSO CENTRAL.
OU
Tem tempo de submersão >/ 1hora ou rigidez cadavérica, sinais
de decomposição.
PCR

1 TOSSE S/ ESPUMA Repouso + aquecimento + tranquilizar o paciente. Geralmente não


precisa de O2 suplementar.
2 TOSSE C/ ESPUMA + Repouso + aquecimento
ESTERTORES EM O2 em baixo fluxo (5l/min) em mascara ou CN.
BASE Observação em leito normal do hospital por 6-48hrs.
3 TOSSE C/ ESPUMA O2 em alto fluxo com 15l/min em mascara.
EDEMA AGUDO DE Posição lateral sob o lado direito com a cabeça levemente elevada
PULMÃO para cima do tronco. AQUECIMENTO
HOSPITALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO (risco de pneumonite química).
4 EDEMA AGUDO DE O2 em alto fluxo com 15l/min em mascara.
PULMÃO + Pode evoluir para parada respiratória -> IOT e ventilação.
HIPOTENSÃO Posição lateral sob o lado direito e cabeça levemente mais alta que o
corpo. AQUECIMENTO
HOSPITALIZAÇÃO C/ SUPORTE HEMODINAMICO.
5 PARADA 2 ventilações de resgate.
RESPIRATÓRIA Continuar a ventilação manual DE PREFERENCIA COM PACIENTE EM
IOT na frequência de 12-20/min até retorno da respiração espontânea
AQUECIMENTO
Se evoluir para retorno da respiração tratar como grau 4.
Se evoluir para PCR fazer a RCP.
6 PCR 2 ventilações de resgate -> RCP.
MORTE Se sucesso da RCP tratar como grau 4.

V. Parada cardiorrespiratória
ADULTO

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1. EPIs + segurança do local
2. Chama o paciente e analisa resposta/respiração/consciência com isso.
3. Checar pulso central (carotídeo) e respiração se ausência de resposta.
4. Com pulso -> ABCDE.
5. Sem pulso -> PCR -> iniciar RCP (CAB)
6. Pede para alguém chamar ajuda + DEA
7. Iniciar 30 compressões x 2 ventilações no ritmo de 100-120 compressões/min. Faz 5 ciclos
(aproximadamente 2 min) e checa o pulso de novo se o ritmo for AESP ou TV.

Compressões:

 Local: dois dedos acima do xifoide, levemente para a esquerda.


 Posição das mãos: mãos entrelaçadas com a base da palma encostada no tórax do
paciente, mão dominante por cima. Braços em 90° com o tórax do paciente e totalmente
estendidos.
 Movimento: em pendulo, o que mexe é o quadril.
 O tórax tem que comprimir cerca de 5-6 cm e deve se permitir o retorno completo.

Ventilação:

Sem VA avançada:
 Utiliza-se bolsa-valvula-mascara (ambu).
 Mascara do tamanho correto cobre totalmente a boca e nariz do paciente.
 Utilizar posição das mãos C/E para fixar bem a mascara ao rosto do paciente.
 Técnicas de posicionamento da cabeça para facilitar ventilação:
- Jaw thrust: anteriorização da mandíbula.
- Chin lift: elevação do queixo/mento com hiperextensão da cabeça.
 Pode ser usado o guedel (canula orofaríngea) para facilitar a ventilação, principalmente em
paciente inconsciente antes da IOT.
 2 Ventilações: aperta-solta-solta.

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Com VA avançada:
 Tipos de VA avançada: mascara laríngea, IOT.
 Utiliza o ambu conectado a cânula. Faz uma ventilação a cada 6-8s simultânea as
compressões.

8. Checagem do ritmo com DEA ou com desfibrilador manual:


 Como usar o DEA: conectar as pás, ligar e esperar a instruções (se ritmo chocável ele dará o
choque, senão pedirá para retornar as compressões – ele checará o ritmo a cada 2 min).

- Ritmos chocáveis: FV, TV s/ pulso. -> Aplicar choque e drogas (ADRENALINA).


- Ritmos não chocáveis: AESP e assistolia. -> Aplicar drogas (ADRENALINA)
PS: se assistolia -> protocolo CAGADA (cabos, ganho e derivações).
 Desfibrilador manual: você posiciona as pás (passar gel nelas antes) na mesma posição que o
DEA, elas farão a leitura do ritmo E VOCÊ RECONHECE O RITMO (se for TV ou AESP, checa
o pulso para saber se é TV sem pulso/AESP). Paciente pode estar já monitorizado, ai você
checa o ritmo no monitor onde já está e usa as pás apenas para aplicar o choque.
CARGA:
 Bifásico: iniciar com 120J (pode até 200J).
 Monofásico: 360J.
PS: para administrar o choque TODAS AS PESSOAS E FONTES DE OXIGENIO DEVEM
ESTAR LONGE DO PACIENTE.
9. Choque: após saber o ritmo, se chocável, aplicar PRIMEIRO O CHOQUE (dois choques com
intervalo de 2 min e RCP entre eles), depois continua com drogas, senão chochável inicia a droga
(ADRENA).
a) Primeira drogas PARA TODOS OS RITMOS: adrenalina 1mg EV ou VO(traqueal) a cada 3-5
min. É aplicada de imediato nos ritmos não chocáveis e nos chocáveis imediatamente após o
SEGUNDO CHOQUE. Fazer 20ml de SF 0,9% em bolus após adrena e levanta braço do
paciente.
b) Amiodarona: USADA APENAS NOS RITMOS CHOCÁVEIS, 1º dose após o terceiro choque e
2º dose após o quinto choque (dose: 1º dose 300 mg EV em bolus -> 2º dose 150 mg EV em
bolus).
10. Pensar nas causas REVERSÍVEIS E TRATÁ-LAS.

11. Paciente voltou? Cuidados pós parada (VA avançada com VM -> manter SPO2 92-98%, PaCO2 35-
45, PAM >65, controle te temp., obter ECG com 12 derivações, TAC de crânio, gasometria,
eletrólitos, hemograma e outros exames pertinentes)

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PEDIATRIA

 Checar pulso: lactante palpa pulso braquial (até 1 ano); na criança (>1 ano) palpa pulso
carotídeo ou femoral.
 RCP: 30x2 se 1 socorrista, 15x2 se 2 socorristas.
 Compressões: com os dois dedos (indicador e médio da mão dominante se lactantes pequenos
e 1 socorrista) ou com os polegares se 2 socorristas. Crianças >1 ano faz como no adulto só
com 1 mão e dependendo do tamanho com 2 mãos. No mesmo local do adulto, comprimindo
1/3 do tórax (4-5 cm) e permitindo retorno completo. Ritmo de 100-120 compressões/min.
 Ventilações: 1 a cada 6-8s se VA avançada (aperta-solta-solta) ou 2 ventilações se entre as
compressões.
 Se ritmo chocável (FV/TV s pulso)-> chocar (DESFIBRILAR). Primeiro choque 2J/Kg,
segundo choque em diante 4J/kg (máximo de 10J/Kg ou dose adulta).
 Criança para mais em assistolia (já que as principais causas são por hipóxia).
 Dose adrenalina: 0,01 mg/kg EV ou 0,1 mg/kg se OT.
 Dose amiodarona: 5 mg/kg, pode ser repetida até 2x.

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IOT na criança:
 Lâmina curva para lactantes e crianças, lamina reta para RN. De preferencia tubo SEM
CUFF se <2 anos e COM CUFF se >2 anos.
 Verificar os equipamentos.
 Posicionar paciente (elevar o queixo e pode usar o coxim -> em < 7 anos o coxim é no
occipito; em > 7 anos é atrás da escápula; fazer posição do farejador). PRESSÃO
CRICOIDE NÃO É MAIS RECOMENDADA.
 Tamanho do tubo: SEM CUFF: idade/4 + 4 // COM CUFF: idade/4 + 3,5. EX: 3 anos ->
usar com cuff -> ¾ + 3,5 = 4,25 = usar tubo tam. 4.
 Tamanho da lamina: lamina reta <4 anos, lamina curva >4 anos. Tam de 0-3.
 Realizar a intubação: lamina na mão esquerda e tubo na maio direita, insere a lamina na
valécula e empurra para frente e cima.
 Inserir o tubo até: 3x o tamanho do tubo. Ex: tubo tam 4, inserir até 12 cm.
 Checar se intubou certo: expansão torácica simétrica, ausculta (primeiro epigástrio depois
pulmão bilateral começando pela base esquerda), capnografia, raio x.
 Fixar tudo e ventilar 1 ventilação a cada 2-3s.
CHECAGEM SE TUDO CERTO COM A IOT CASO VENTILAÇÃO NÃO ESTEJA SENDO EFICIENTE:

4.Prescrições

A. Enfermaria
 Dieta (tipo, frequência)
 Oxigenioterapia em cateter nasal a baixo fluxo (2L/min) se saturação <92%.
 Hidratação:
1. SF 0,9% 500ml de 12/12hrs ou ACM se fluidoterapia;
2. SF 0,9% amp de 10 ml SN (diluir medicamentos)
3. Se necessário deixar um SGF 0,9% de 250 ml para manter o acesso.
 Medicamentos que serão necessário para a doença (primeiros os EV, depois os VO).
1. Analgesia simples: dipirona/paracetamol 500 mg cp ou EV de 6/6hrs (deixar de horário
ou se dor ou febre).
2. Analgésicos para dor forte: Morfina 10mg (1 ampola de 1ml) de 8/8hrs se dor forte
refratária ao dipirona OU codeína 30 mg + paracetamol 500 mg cp de 8/8hrs (PACO).
3. Antieméticos: metoclopramida 5mg/ml – fazer 2ml de 8/8 hrs se náuseas ou vomito.
 Controle glicêmico:
1. Medição da glicemia de horário (2/2hrs; 6/6hrs)
2. Correção da glicemia: administrar IR conforme o dextro:
- 181-220= 2UI
- 221-260= 4UI
- 261-300= 6UI
- 301-350= 8UI
- 351-400= 10UI
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- 401-450= 12UI
- >450= 14UI
 Profilaxias: troboprofilaxia (enoxaparina 40 mg sc 1x/dia), ulcera de estresse (IBP –
omeprazol 20-40 mg cp 1x ao dia), ulcera de decúbito (movimentação dentro ou fora do
leito).
 Medicamento de uso continuo (VO).
 Sinais vitais de 6/6hrs (PA, SaPO2, FC, FR)
 Cuidados gerais: Posição (cabeceira elevada em 30-45°, etc) e outros com o paciente.

B. UTI
FAST-HUG

 F – food: dieta livre pela boca, dieta restrita pela boca (pra diabético ou outras específicas,
alimentação via sonda (nasogástrica, nasoenteral), parenteral.
 A – analgesia: analgésicos simples (deixar de horário), AINEs (se nenhuma
contraindicação), opioides (de horário ou a critério médico) -> ir subindo a escala de dor.
 S – sedação: midazolam (dormo), propofol, fentanil, quetiapina.
 T – tromboprofilaxia: Enoxaparina SC (HBPM) 40mg/dia dose profilática (a dose de
anticoagulação é 1 mg/kg/dose de 12/12hrs, ajustar para Cr <30 e >75 anos);
Rivaroxabana (Xarelto) 10 mg/dia.
 H – Head: cabeceira elevada 30-45° para prevenir broncoaspiração. PS: todo paciente
com >48hrs intubado, passar por fono depois da desentubação para avaliar deglutição e
risco de broncoaspiração.
 U – ulcera de estresse: profilaxia de ulcera de estresse com omeprazol 20 mg/dia. Não é
indicado para todos (pode aumentar risco de broncoaspiração).
 G – glicemia: controle glicêmico (geralmente de 2/2hrs com dextro) com correção conforme
tabela, feito com IR. Manter em geral 110-180 mg/dL. O que aumenta a glicemia
geralmente: processos infecciosos/sepse, pós-op, queimados, corticoide.

Exemplo:

 Dieta (tipo, frequência)


 Oxigenioterapia em cateter nasal a baixo fluxo (2L/min) se saturação <92%.
 Hidratação:
4. SF 0,9% 500ml de 12/12hrs ou ACM se fluidoterapia;
5. SF 0,9% 100 ml SN (diluir medicamentos)
6. SF 0,9% amp 10ml SN
7. SF 0,9% 250ml para PAM/PVC.
8. SG 5% 250 ml para diluir drogas (dobuta, nora, adrena)
9. Outros solos que servirão para diluir medicamentos (em BIC ou de horário).
10. Se necessário deixar um SGF 0,9% de 250 ml para manter o acesso.
 Medicamentos que serão necessário para a doença (primeiros os EV, depois os VO).
4. Analgesia simples: dipirona/paracetamol 500 mg cp ou EV de 6/6hrs (deixar de horário
ou se dor ou febre).
5. Analgésicos para dor forte: Morfina 10mg (1 ampola de 1ml) de 8/8hrs se dor forte
refratária ao dipirona OU codeína 30 mg + paracetamol 500 mg cp de 8/8hrs (PACO).
6. Antieméticos: metoclopramida 5mg/ml – fazer 2ml de 8/8 hrs se náuseas ou vomito.
7. Heparina sódica 5000UI/ml (amp de 5ml) EV para PAM.
 Controle glicêmico:

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1. Medição da glicemia de horário (2/2hrs – sem em BIC; 6/6hrs)
2. Insulina regular 100UI/ml – FR 10ml (diluir 100UI em 100ml de SF 0,9% e correr em
BIC de acordo com protocolo da unidade)
3. Glicose a 50% (amp de 10ml) se dextro <70. Realizar glicemia novamente após 15 da
aplicação e repetir a ampola de glicose 3x se dextro continuar <70.
 Profilaxias: troboprofilaxia (enoxaparina 40 mg sc 1x/dia), ulcera de estresse (IBP –
omeprazol 20-40 mg cp 1x ao dia), ulcera de decúbito (movimentação dentro ou fora do
leito).
 Medicamento de uso continuo (VO).
 Sinais vitais de 6/6hrs (PA, SaPO2, FC, FR), monitorização da PAM e PVC, controle de
DU e SNG se tiver (e outros drenos).
 Cuidados gerais:
- Posição (cabeceira elevada em 30-45°, etc)
- Ventilação mecânica
- Fisioterapia respiratória
- Fisioterapia em assistecia a VM
- Aspiração nasal/orotraqueal
- Fisioterapia motora
- Psico, nutri, fono

11. DICAS BÁSICAS UTI


Evolução:

Paciente em leito de UTI, ventilando espontaneamente ou com IOT e VM (parâmetros) sem


sedação ou sedado (medicamentos sedativos e dose, se sedado escalda RASS, se acordado
ECG), hemodinamicamente estável e mantendo bons padrões macro-perfusionais as custas de
dopamina 5mcg/kg/min + Nora 0,1 mcg/kg/min, ou sem drogas.

Hipocorado, hidratado, acianótico, anictérico e afebril no momento

Pupilas isocóricas e fotorreagentes

MV + bilateral, sem RA, acoplado em VM, sincrônico, confortável em modo PCV 12, FiO2, PEEP,
FR

Drenos torácicos e débitos

BCRNF em 2t, sem sopros audíveis

Abdome flácido, globoso, RHA+, sem sinais de peritonite ou massas

Infeccioso: leucócitos e PCR

MMII com edema 1+/4, sem empastamento ou sinais de TVP (colocar se profilaxia de TVP)

Pulsos periféricos palpáveis, amplos e simétricos

TEC 2s, extremidades quentes

Dextro controlado (valor), tipo de dieta

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Sonda vesical Nº de dias, DU nas ultimas 24hrs

ATB: colocar um recordatórios dos ATB e culturas +

PS: Pacientes com SARA grave (relação PaO2/FiO2 <150), HIC, mal convulsivo refratário
obrigatoriamente mantem paciente em RASS -5.

FLUXOGRAMA

 Manter paciente em equilibro de: demanda/consumo de O2 (VO2) = Oferta/captação de


O2 (DO2)

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 Ionotropico usado: Dobutamina (além de aumentar a FC e a força de contração também
diminui a resistência vascular sistêmica, o que acaba diminuindo a pós-carga, ajuda
quando o coração esta fraco e precisa vencer uma RVS maior, mas não é indicado em
paciente muito hipotenso).
 Catecolaminas: Adrenalina, Noradrenalina (faz menos aumento da pós-carga).
- Em geral a droga de escolha é Nora.
- Associa vasopressina a Nora, quando dose > 0,6mcg/kg/min. No desmame de ambas,
primeiro retira da nora e depois a vaso.
- MANTER PAM EM 65.
 Pacientes pós cirurgias longas fazem SIRS -> hiperglicemia, ficam vasoplégicos (fazer
drogas vasopressoras).
 Avaliação de perfusão:
- Macro: PVC, PAM (PA), TEC, DU, UGG de veia cava (acompanha valor de PVC), nível
de consciência, DC.
- Micro: lactato (aumenta quando menor a perfusão, tecido faz resp. anaeróbia), excesso
de bases, SPO2, variação de CO2 (de um gaso arterial e venosa – quanto maior a
variação, menor a perfusão).
 Métodos de avaliação de fluidoresponssividade: PVC, USG de veia cava e coração,
passive leg raising, variação da pressão de pulso (delta PP).
- PVC: evitar adm fluidos se PVC >16, se PVC <5 (hipovolemia) provavelmente o paciente
responderá bem a fluidos. Mas quanto maior a PVC, menor o DC. Existe um platô que
você chega, que independente se você aumentar a adm de volume ao paciente, o DC não
aumenta, apenas faz sobrecarga do VD. Por isso, se você fez volume e aumentou até 3
pontos na PVC, não infunda mais. O cateter da PVC entra pelo AVC e vai até a veia
cava.
- DELTAPP: pressão de pulso máxima – pressão de pulso mínima. Paciente é
fluidorresponsivel se o APP >13%.
- Leg resing: (simula um bolus de 250ml – vê se o DC melhora com isso, é
fluidorresponsivo se aumenta >10% do DC.).

6. Medicamentos emergência c/ diluição


DROGA DOSE DILUIÇÃO TABELA DE CONVERSÃO
Dopa 3-15 - Ampolas de Dose Peso (Kg) do pct
mcg/kg/min. 50mg/10ml e Mcg/kg/min
50 60 70 80 90
>10 200mg.
mcg/kg/min - Diluição: 5 amp Velocidade de infu. (ml/h)
tem função de 50mg (250mg) 3 9 11 13 14 16
vasopressora. + SG5% 200ml = 5 15 18 21 24 27
1mg/ml
8 24 29 34 38 43
10 30 36 42 48 54
12 36 43 50 57 65
15 45 54 63 72 81
Nora 0,1-2 - Apresentação: Dose Peso (Kg) do pct
mcg/kg/min ampolas de 1ml a Mcg/kg/min
50 60 70 80 90
ou 1-30 1%

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mcg/min. - Diluição: 3 Velocidade de infu. (ml/h)
ampolas (12mg de
0,1 6 8 9 10 11
produtivo ativo e
0,2 13 15 18 20 23
24mg total) +
0,3 19 23 26 30 34
SG5% 200ml =
48mcg/ml 0,4 25 30 35 40 45
0,6 38 45 53 60 68
0,8 50 60 70 80 90
1,0 63 75 88 100 113
Adrena 0,1-2 - Apresentação Dose Peso (Kg) do pct
mcg/kg/min ampolas de 1ml Mcg/kg/min
50 60 70 80 90
1%.
- Diluição: 12 amp Velocidade de infu. (ml/h)
(12mg) + SG5% 0,1 6 8 9 10 11
200ml = 0,2 13 15 18 20 23
0,06mg/ml
0,3 19 23 26 30 34
0,4 25 30 35 40 45
0,6 38 45 53 60 68
0,8 50 60 70 80 90
1,0 63 75 88 100 113
Vaso 0,01- - Apresentação: Dose Peso (Kg) do pct
0,12UI/min ampolas de 20UI UI/h
50 60 70 80 90
- Diluição: 1 amp +
100ml de SF 0,9% Velocidade de infu. (ml/h)
0,04 12
0,08 24
0,12 36
Dobuta 2,5-20 - Apresentação: Dose Peso (Kg) do pct
mcg/kg/min. ampolas de 250 Mcg/kg/min
50 60 70 80 90
mg/20ml
- Diluição: 1 amp + Velocidade de infu. (ml/h)
SG5% 230ml = 3 9 11 13 14 16
1mg/ml. 5 15 18 21 24 27
8 24 29 34 38 43
10 30 36 42 48 54
12 36 43 50 57 65
15 45 54 63 72 81
Nitroprus- 0,25-10 - Apresentação: Dose Peso (Kg) do pct
siato mcg/kg/min ampola de 50mg. Mcg/kg/h
50 60 70 80 90
ou 0,1-3 - Diluição: 1 amp +
mg/kg/h. SG5% 250 ml = Velocidade de infu. (ml/h)
0,2mg/ml = 200 0,1 2 2 2 2 2
mcg/ml. 0,5 8 9 11 12 14
1 15 18 21 24 27
1,5 22 27 32 37 42
2,0 30 36 42 48 54
2,5 37 45 53 61 69
3,0 44 54 64 74 84
Midazolam Dose ataque - Ampolas de 5mg, Dose Peso (Kg) do pct
na ISR: 0,05- 15 e 50 mg. Mcg/kg/min
50 60 70 80 90
0,3 mg/kg e - Diluição: 3
manutenção frascos de 50 mg Velocidade de infu. (ml/h)
de 0,03-0,3 + 200ml de SG5%. 0,03 2 3 4 4 5
mg/kg/h.
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0,05 4 5 6 7 8
- Estado de 0,10 8 10 12 14 15
mal: ataque 0,20 17 20 24 27 30
com 10mg e 0,30 25 30 35 40 45
manutenção 0,40 34 40 47 54 60
de 0,05-0,4
mg/kg/h.
Fentanil Dose ataque - Ampolas de 500 Dose Peso (Kg) do pct
1-2 mcg/kg mcg em 10 ml. Mcg/kg/min
50 60 70 80 90
Manutenção: - Diluição: 2amp +
1-5 mcg/kg/h. 200ml de SG5% = Velocidade de infu. (ml/h)
5mcg/ml. 1 10 12 14 16 18
2 20 24 28 32 36
3 30 36 42 48 54
4 40 48 56 64 72
5 50 60 70 80 90
Propofol - Dose: 0,3-4 - Ampolas de 20 Dose Peso (Kg) do pct
mg/kg/h. ml (10mg/ml = Mcg/kg/min
50 60 70 80 90
200mg) -> utilizar
5 frascos = 100ml Velocidade de infu. (ml/h)
Não precisa de 0,3 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7
diluição, colocar 0,4 2 2,4 2,8 3,2 3,6
na embalagem do
0,6 3 3,6 4,2 4,8 5,4
SF de 100ml.
0,8 4 4,8 5,6 6,4 7,2
1,0 5 6 7 8 9
2,0 10 12 14 16 18
3,0 15 18 21 24 27
4,0 20 24 28 32 36
Heparina - Dose - Diluir 20.000 UI + KPTT DOSE
ataque: 60 500 ml de SG5% = (s)
UI/kg EV em 40 UI/ml <35 Repetir ataque (80 UI/kg) e
bolus aumentar a manutenção em 4
- Dose UI/kg/h
manutenção: 35-45 Fazer 40UI/Kg em bolus e
12 UI/kg/h aumentar a infusão em 2UI/kg/h
(dosagem do 46-70 Ideal, não altera
KPTT antes 71-90 Reduzir a infusão em 2UI/Kg/h
do ataque e a >90 Suspender infusão por 1h e
cada 6hrs diminuir a infusão em 3UI/kg/h
para corrigir a
dose)

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