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DELEGAÇÃO DE FUTEBOL
pedro.goncalves@aluno.eteab.faetec.rj.gov.br
luis.santos@aluno.eteab.faetec.rj.gov.br
bruno.sousa@aluno.eteab.faetec.rj.gov.br
RESUMO: O seguinte artigo tem como objetivo principal entender a dinâmica de um hotel ao
receber uma delegação de futebol. A metodologia adotada foi de revisão de informações da
internet, dados coletados no site da empresa e uma entrevista com o supervisor da recepção do
Hotel Nacional Daniel Rodrigues. O hotel precisa desenvolver uma boa logística para receber
os jogadores, a equipe e diretoria do time. Por fim, conclui-se que o setor hoteleiro é parte
importante na rotina dos jogadores, pois faz parte da preparação para o jogo, alimentação,
descanso, troca de roupa e aquecimento, além dos benefícios da visibilidade trazida pelo clube
de futebol. Mostrando que a Hotelaria é um ponto fundamental para a preparação do jogador
antes do jogo.
1. INTRODUÇÃO
A hospitalidade é mais importante para o futebol do que aparenta. Partes importantes da rotina
pré-jogo de um jogador, como um bom descanso e uma dieta balanceada, estão nas mãos de
hotéis em todo o Brasil. Eles entram em um processo de preparação antes do jogo, em um
ambiente preparado para isso, que proporciona concentração e, assim, um bom desempenho.
Essa demanda exige a logística do negócio e alto grau de dedicação da equipe A&B(Alimentos
e Bebidas), para quem consegue promover um atendimento de excelência e atender aos padrões
esperados pelo clube. Um clube de futebol não fica muito tempo no hotel, mas eles precisam
de toda uma preparação para o jogo, colocando a funcionalidade da Hotelaria com os clubes de
futebol.
O Hotel Nacional possui um histórico de receber grandes times de futebol como Flamengo,
Vasco da Gama e o Fluminense, com quem manteve um contrato por 1 ano, com uma jogada
de marketing que uniu a Hotelaria com o futebol em troca de visibilidade para a rede hoteleira,
segundo o supervisor de recepção do hotel Daniel Rodrigues. Segundo o site da empresa
hoteleira, o hotel foi fundado em 1972 e oferece diversas oportunidades de quartos, como: luxo,
luxo vista a montanha, vista ao mar, suíte com banheira, suíte Nacional, acessibilidade e suíte
junior. Com funcionalidades de atrair uma grande demanda de clientes torcedores do time, com
descontos, quartos personalizados com itens do próprio time que fechou o contrato, levando
uma experiência para os torcedores que estão apoiando seu time por meio de uma determinada
parceria.
A escolha do tema se deu pelo interesse em entender como se preparam para recebê-los, a
logística, os cuidados necessários e possíveis problemáticas a serem resolvidas pelo hotel, desde
o check-in, distribuição dos quartos, organização do setor de A&B(Alimentos e Bebidas), até
os meios que influenciam a escolha do hotel.
2. DESENVOLVIMENTO
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Esse capítulo aborda a história do Hotel Nacional abordado nesta pesquisa e como aconteceu
o contrato(parceria) do Fluminense durante esses 2 anos, suas principais causas e apoio dos
torcedores.
3. METODOLOGIA
Como recurso metodológico apresenta-se uma entrevista. Com base na pesquisa qualitativa foi
feito um trabalho de campo com o objetivo de compreender a dinâmica do Hotel Nacional ao
receber jogadores. Para isso, o conceito que melhor define a pesquisa é o definido pelo autor
RICHARDSON(1999):
Para a coleta de dados foi feita uma entrevista nas dependências do Hotel Nacional, com
duração aproximada de 30 minutos, durante o mês de novembro, com o supervisor de recepção
do Hotel Nacional Daniel Rodrigues.
e) Quais cuidados vocês tomam para que não haja tumulto, vandalismo ou invasão?
4. RESULTADOS
A primeira pergunta feita ao entrevistado Daniel Rodrigues foi sobre como funciona o
fluxograma para receber os jogadores e como o hotel se organiza. O mesmo respondeu que no
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dia anterior a reserva a equipe de administração do hotel recebe um rooming list com o nome
de todos os atletas, da diretoria do time e dos técnicos para que seja feito o planejamento e
distribuição dos quartos, ainda acrescentou que o hotel prioriza deixar todos no mesmo andar
para que haja o menor contato com outros hóspedes possível e também para facilitar a
comunicação entre os membros do clube.
Logo após foi questionado como funcionava a dinâmica para receber os jogadores. Daniel
Rodrigues responde que normalmente o técnico ou responsável pela reserva chega mais cedo
para realizar o check-in e pegar todas as chaves, por volta de oito e nove da manhã os jogadores
chegam e ocorre a distribuição de chaves por parte da equipe, também disse que os jogadores
sempre ficam só até a hora do jogo e que não costumam retornar ao hotel para dormir.
Foi perguntado também quais os fatores que levaram o hotel nacional a ser escolhido pelos
times. Em que Rodrigues explicou que já havia recebido três times diferentes e que os principais
requisitos dos clubes eram a estrutura, qualidade dos quartos, alimentação e principalmente a
localidade, ainda acrescentou que o principal fator que fez o Fluminense se hospedar muitas
vezes no hotel foi um acordo de co-marketing realizado entre entre a diretoria do clube e o
Nacional. Ainda destacou que o acordo já teve fim e por tal motivo a delegação já não se
hospeda mais lá.
O termo ‘co-marketing’ citado acima segundo o site do SEBRAE é descrito como “O co-
marketing acontece quando duas (ou mais) empresas unem os seus esforços para realizar ações
que promovem as duas marcas.” No caso do Fluminense e do Hotel Nacional, o entrevistado
explica que o hotel procurou o time a fim de inserir a sua logomarca nos uniformes dos
jogadores para divulgar a empresa, em troca o hotel oferecia a estadia e refeição para todos os
membros do time, bem com a diretoria e o restante da equipe.
Logo após a resposta da pergunta anterior, foi perguntado como o hotel lida com fãs a fim de
não gerar tumulto e vandalismo. Daniel responde que nunca houve casos extremos, mas que
eles procuram sempre ficar atentos a check-ins feitos no mesmo dia e quantidade de pessoas.
Disse também que já houve casos de superlotação, como no dia da despedida do jogador do
Fluminense Fred, em que o hotel precisou colocar barricadas e controlar ainda mais o acesso
das pessoas, sendo permitido entrar apenas quem estava hospedado ou iria fazer check-in.
Outro questionamento feito ao entrevistado foi sobre como se comportava o setor de A &
B(Alimentos e Bebidas) e se o time fazia as refeições nos espaços comuns do hotel. O mesmo
respondeu que os membros do time costumavam comer em um andar reservado do hotel, onde
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teria um espaço para a refeição, a fim de evitar contato com outros hóspedes. Disse também
que o setor de A & B prepara um buffet com base no rooming list, enviado pela recepção do
hotel.
Após as análises de textos e pesquisa de campo, o presente artigo revela os pontos que levam
uma empresa de hotelaria a receber uma delegação de futebol, bem como a dinâmica e
organização do hotel perante a hospedagem.
Grandes empresas do ramo hoteleiro estão adotando esse meio de parceria, o que o torna algo
muito viável para ambos. Tendo em mente que as principais escolhas para um clube são:
estrutura, quartos e alimentação, tornando a escolha do determinado hotel para uma futura
escolha ou parceria mais seletiva para atender determinadas especificações. No caso do Hotel
Nacional a parceria foi feita em busca de um co-markenting entre a rede hoteleira e o time de
futebol, contrato que a pesquisa mostrou ser benéfico para ambos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa mostra como lidar e organizar o seu hotel para receber uma delegação de futebol e
conclui que são inúmeros os benefícios, desde uma maior visibilidade para a rede hoteleira com
objetivo de atrair fãs e torcedores para o seu estabelecimento, como até mesmo buscar atender
públicos maiores.
O seguinte artigo busca mostrar a dinâmica do Hotel Nacional para que haja um bom
atendimento, bem como os cuidados necessários para evitar problemáticas causadas por
torcedores, fluxograma, métodos e meios para facilitar a organização.
Apesar do presente estudo mostrar os meios necessários, vale ressaltar que é um processo difícil
e requer atenção, a fim de evitar casos de overbooking e vandalismo, bem como disponibilizar
um serviço de qualidade.
Portanto, concluindo o objetivo estabelecido por este artigo que é entender a dinâmica e
benefícios em receber uma delegação de futebol, bem como possíveis problemáticas, o trabalho
reconhece que esse tipo de parceria deveria ser cada vez mais buscada por grandes redes
hoteleiras, a fim de impulsionar a imagem do hotel e ampliar ainda mais o seu público.
6. REFERÊNCIAS
WAM Group renova patrocínio com o Atlético Clube Goianiense - Hotelier News. Hotelier
News. Disponível em: <https://www.hoteliernews.com.br/wam-group-renova-patrocinio-
com-o-atletico-clube-goianiense/>.
História do Hotel Nacional, que “rivalizou” com o Copacabana Palace. Diário do Rio de
Janeiro. Disponível em: <https://diariodorio.com/historia-do-hotel-nacional-que-rivalizou-
com-o-copacabana-palace/>
A jogada ensaiada entre WAM Group e Fluminense - Hotelier News. Hotelier News.
Disponível em: <https://www.hoteliernews.com.br/a-jogada-ensaiada-entre-wam-group-e-
fluminense/>.
Richardson, R. J. Pesquisa Social: métodos e técnicas (3rd ed.). São Paulo: Atlas. 1999.