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Medicamentosas de Stockley
CDU 615.015.2
Interações
Medicamentosas de Stockley
Referência Rápida
Tradução:
Beatriz A. Rosário
Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição:
Letícia Hoerbe Andrighetti
Mestre em Ciências Farmacêuticas pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2010
Capa
Tatiana Sperhacke
Foto de capa
© iStockphoto.com/FotografiaBasica
Leitura final
Ana Luisa Gampert Battaglin
Editora Sênior – Biociências
Cláudia Bittencourt
Projeto e editoração
Armazém Digital® Editoração Eletrônica – Roberto Carlos Moreira Vieira
SÃO PAULO
Av. Angélica, 1091 - Higienópolis
01227-100 São Paulo SP
Fone (11) 3665-1100 Fax (11) 3667-1333
SAC 0800 703-3444
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Prefácio
O que é
Interações medicamentosas de Stockley – referência rápida?
Stockley’s Drug Interactions (Interações medicamentosas de Stockley) é um tra-
balho de referência que fornece informações resumidas, precisas e clinica-
mente relevantes para profissionais da área da saúde. As monografias são
baseadas em fontes publicadas, incluindo estudos clínicos, relatos de caso e
revisões sistemáticas, e são completamente referenciadas. Interações medica-
mentosas de Stockley – referência rápida resume esse abrangente trabalho para
criar um texto de consulta rápida.
Tal trabalho fornece ao ocupado profissional da saúde acesso rápido e fácil
a informações relevantes do ponto de vista clínico, avaliadas e baseadas em
evidências sobre as interações medicamentosas. Este livro busca responder às
seguintes questões:
Abrangência
Interações medicamentosas de Stockley 2008 – referência rápida contém mais
de 1.300 monografias de interação relacionadas a fármacos específicos ou
grupos de fármacos. Cada monografia foi avaliada por farmacêuticos clínicos
em exercício quanto à sua adequação para inclusão nesta publicação. Falan-
do em termos gerais, as interações envolvendo anestesia, o uso específico de
múltiplos antirretrovirais, o uso específico de múltiplos antineoplásicos ou
antineoplásicos intravenosos e casos de ausência de interação foram omiti-
das. Entretanto, foram feitas exceções, em especial quando havia controvérsia
sobre se um fármaco interage ou não. Todas as interações de plantas foram
incluídas, visto que esta é uma área em crescimento sobre a qual temos mui-
tas perguntas, assim, avaliamos que mesmo os dados escassos deveriam ser
comentados. Todas essas interações são discutidas na seção específica sobre
Medicamentos à base de plantas e suplementos dietéticos.
Classificação
Cada monografia tem um símbolo de classificação para oferecer uma orienta-
ção ao usuário sobre a importância clínica da interação. Essa classificação é a
mesma usada nos alertas de interação de Stockley. Os alertas são classificados
em três categorias diferentes:
• Ação – Descreve se uma ação precisa ser tomada ou não para ajustar
a interação. Esta categoria classifica desde “evitar” a “nenhuma ação é
necessária”.
• Gravidade – Descreve o provável efeito de uma interação não manejada sobre
o paciente. Esta categoria classifica desde “grave” a “nada é esperado”.
• Evidência – Descreve o peso da evidência por trás da interação. Esta
categoria classifica desde “amplo” a “teórico”.
Estrutura
Interações medicamentosas de Stockley – referência rápida é organizado em or-
dem alfabética para facilitar seu uso, com a Denominação Comum Internacio-
nal (DCB) para identificar os nomes dos fármacos. Também estão incluídas re-
ferências cruzadas com nomes aprovados pelos EUA (USANs), onde os nomes
dos fármacos podem diferir de modo significativo. Consequentemente, uma
interação entre o ácido acetilsalicílico e b-bloqueadores aparecerá em A e uma
interação entre b-bloqueadores e digoxina aparecerá em B. Todos os inversos
são referências cruzadas, assim, os b-bloqueadores estão listados em digoxi-
na com a indicação do número da página adequado. Usamos apenas grupos
farmacológicos considerados bastante reconhecidos; por isso, b-bloqueadores
são usados, mas a-bloqueadores não. Em certos casos, quando sentimos que
seria necessário, mantivemos grupos pouco definidos, tais como quando os
simpatomiméticos, mas incluímos um índice de pesquisa básico para ajudar os
leitores a localizar as informações. Assim, alguém procurando por adrenalina
verá o número da página da seção de simpatomiméticos. Os grupos farmaco-
lógicos que usamos são:
Contato
Ficaremos muito satisfeitos em receber o retorno de nossos leitores. Qualquer
um que queira pode nos contatar no seguinte e-mail: stockley@rpsgb.org
Acetazolamida + Carbamazepina !
Em um número muito pequeno de pacientes, ocorreu aumento nos níveis
séricos de carbamazepina, resultando em toxicidade, quando acetazolamida
também foi administrada.
A importância geral dessa interação é desconhecida, mas pode ser prudente moni-
torar indicadores de toxicidade por carbamazepina (náusea, vômito, ataxia, sono-
lência) e verificar seus níveis, se for necessário.
Acetazolamida + Ciclosporina !
Existe evidência limitada de que acetazolamida pode provocar aumento rápi-
do e marcante nos níveis séricos de ciclosporina (até seis vezes em 72 horas),
podendo ser acompanhado de toxicidade renal.
Os níveis e/ou efeitos de ciclosporina (p. ex., sobre a função renal) devem ser monitora-
dos de forma rotineira, mas pode ser prudente aumentar o monitoramento se acetazo-
lamida for iniciada ou interrompida. Ajuste a dose de ciclosporina, se for necessário.
Acetazolamida + Fenitoína ?
Têm sido observados grave osteomalacia e raquitismo em poucos pacientes
usando fenitoína com acetazolamida. Também têm sido descritos aumentos
nos níveis de fenitoína em um número muito pequeno de pacientes.
Acetazolamida + Fenobarbital ?
Têm sido observados grave osteomalacia e raquitismo em poucos pacientes
usando fenobarbital ou primidona com acetazolamida. Uma redução marcan-
te nos níveis séricos de primidona, com perda do controle de crise em um
número muito pequeno de pacientes, tem sido descrita.
A importância geral dessa interação não está clara, mas tenha-a em mente no caso
de uma resposta inesperada ao tratamento.
Acetazolamida + Lítio !
Existe alguma evidência sugerindo que a excreção de lítio pode ser aumen-
tada pela acetazolamida, mas tem sido observada toxicidade por lítio em um
paciente usando a combinação.
A importância geral dessa interação não está clara. Tenha-a em mente no caso de
uma resposta inesperada ao tratamento.
Acetazolamida + Mexiletina x
Grandes mudanças no pH urinário provocadas pelo uso simultâneo de fármacos
alcalinizantes, tais como acetazolamida, podem, em alguns pacientes, ter um
efeito marcante nos níveis plasmáticos de mexiletina.
Parece que esse efeito não é previsível. O fabricante de mexiletina recomenda que
o uso simultâneo seja evitado.
Acetazolamida + Opioides ?
Teoricamente, os alcalinizantes urinários, como acetazolamida, podem au-
mentar os efeitos de metadona.
A importância geral dessa interação não está clara, mas tenha-a em mente no caso
de uma resposta inesperada ao tratamento.
Acetazolamida + Quinidina !
Grandes aumentos no pH urinário devido ao uso simultâneo de acetazolamida
poderiam provocar retenção da quinidina, levando à toxicidade por quinidina.
Note também que hipocalemia, a qual pode, raramente, ser provocada por
Aciclovir
Aciclovir + Ciclosporina !
Normalmente, parece que o aciclovir não afeta os níveis de ciclosporina nem
piora a função renal, mas um número muito pequeno de casos de nefrotoxici-
dade e aumento dos níveis de ciclosporina têm sido observados durante o uso
simultâneo. Espera-se que o valaciclovir, um pró-fármaco do aciclovir, interaja
de forma similar.
Aciclovir + Micofenolato ?
Aparentemente, não ocorre interação farmacocinética significativa entre
aciclovir e micofenolato. Entretanto, os fabricantes dizem que, no compro-
metimento da função renal, pode haver competição pela secreção atubular
e concentrações maiores de ambos os fármacos podem ocorrer. Isso também
é possível com valaciclovir. Existe um relato de caso de neutropenia em um
paciente usando valaciclovir com micofenolato.
Não é necessária nenhuma ação, mas pode ser prudente aumentar o monitoramen-
to em pacientes com função renal reduzida. Neutropenia é um efeito adverso raro
apenas do valaciclovir. Contudo, tenha em mente a possibilidade de uma interação
se ocorrer neutropenia, caso micofenolato também seja administrado.
Aciclovir + Probenecida
Probenecida reduz a excreção renal de aciclovir e valaciclovir e, assim, au-
menta seus níveis plasmáticos.
É improvável que sejam necessárias alterações de dose, dada a ampla faixa te-
rapêutica de aciclovir e valaciclovir, embora o fabricante recomende que tais al-
ternativas possam ser consideradas à probenecido se forem administradas altas
doses de valaciclovir.
Aciclovir + Teofilina !
A Evidência preliminar sugere que aciclovir pode reduzir o clearance de teofilina
em cerca de 30%.
A evidência parece ser limitada. Fique alerta para um aumento nos efeitos adversos
da teofilina (náusea, dor de cabeça, tremor) se aciclovir for adicionado, e considere
monitorar os níveis de teofilina.
Ácido acetilsalicílico