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Interações

Medicamentosas de Stockley

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Equipe editorial
Mildred Davis, BA, BSc, PhD, MRPharmS
Samuel Driver, BSc
C Rhoda Lee, BPharm, PhD, MRPharmS
Alison Marshall, BPharm, DipClinPharm, PGCertClinEd, MRPharmS
Rosalind McLarney, BPharm, MSc, MRPharmS
Jennifer Sharp, BPharm, DipClinPharm, MRPharmS
Equipe de produção digital
Julie McGlashan, BPharm, DiplnfSc, MRPharmS
Elizabeth King, Dip BTEC PharmSci
Consultor editorial
Ivan H Stockley, BPharm, PhD, FRPharmS, CBiol, MlBiol

B355i Baxter, Karen.


Interações medicamentosas de Stockley : referência
rápida / Karen Baxter ; tradução: Beatriz A. Rosário. –
Porto Alegre : Artmed, 2010.
644 p. ; 18 cm.
ISBN 978-85-363-2161-5
1. Ação da associação de medicamentos. I. Título.

CDU 615.015.2

Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922

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Karen Baxter
BSc, MSc, MRPharmS

Interações
Medicamentosas de Stockley
Referência Rápida

Tradução:
Beatriz A. Rosário
Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição:
Letícia Hoerbe Andrighetti
Mestre em Ciências Farmacêuticas pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

2010

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Obra originalmente publicada sob o título Stockley’s Drug Interactions Pocket
Companion 2008
© Pharmaceutical Press 2008
This translation of Stockley’s Drug Interactions Pocket Companion 2008 is pu-
blished by arrangement with Pharmaceutical Press the publishing division of
the Royal Pharmaceutical Society of Great Britain, 1 Lambeth High Street,
London, SE1 7JN, UK.
Esta tradução de Stockley’s Drug Interactions Pocket Companion 2008 é publi-
cada conforme acordo firmado com Pharmaceutical Press, uma divisão de
Royal Pharmaceutical Society of Great Britain, 1 Lambeth High Street, London,
SE1 7JN, UK.

Capa
Tatiana Sperhacke
Foto de capa
© iStockphoto.com/FotografiaBasica
Leitura final
Ana Luisa Gampert Battaglin
Editora Sênior – Biociências
Cláudia Bittencourt
Projeto e editoração
Armazém Digital® Editoração Eletrônica – Roberto Carlos Moreira Vieira

Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à


ARTMED® EDITORA S.A.
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 Porto Alegre RS
Fone (51) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou
em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico,
mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros),
sem permissão expressa da Editora.

SÃO PAULO
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IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL

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Sobre a autora

Karen Baxter estudou Farmácia na Universidade De Montfort, Leicester, gra-


duando-se em 1995, completando, então, seu ano de pré-registro em Yeovil,
Somerset. Ela se mudou para Derby, onde foi residente em Farmácia por três
anos, período no qual obteve seu Diploma de Clínica e MSc. Trabalhou em
várias áreas clínicas antes de se dedicar à educação e ao treinamento, quan-
do se candidatou para trabalhar na Universidade de Derby, no programa de
pós-graduação em Farmácia. Karen iniciou na Pharmaceutical Press em 2001
como editora assistente de Interações medicamentosas de Stockley, trabalhando
sob a orientação de Dr. Ivan Stockley e a equipe do Martindale. Ela se tornou
a editora de Interações medicamentosas de Stockley em 2005.

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Prefácio

O que é
Interações medicamentosas de Stockley – referência rápida?
Stockley’s Drug Interactions (Interações medicamentosas de Stockley) é um tra-
balho de referência que fornece informações resumidas, precisas e clinica-
mente relevantes para profissionais da área da saúde. As monografias são
baseadas em fontes publicadas, incluindo estudos clínicos, relatos de caso e
revisões sistemáticas, e são completamente referenciadas. Interações medica-
mentosas de Stockley – referência rápida resume esse abrangente trabalho para
criar um texto de consulta rápida.
Tal trabalho fornece ao ocupado profissional da saúde acesso rápido e fácil
a informações relevantes do ponto de vista clínico, avaliadas e baseadas em
evidências sobre as interações medicamentosas. Este livro busca responder às
seguintes questões:

• Os fármacos ou substâncias em questão são conhecidos por interagir ou a


interação é apenas teórica e especulativa?
• Se eles interagem, o quão grave é essa interação?
• Ela foi descrita várias vezes ou apenas uma vez?
• Todos os pacientes são afetados ou apenas alguns?
• É melhor evitar algumas combinações de fármacos ou a interação pode ser
ajustada de alguma forma?
• Que alternativas e fármacos mais seguros podem ser usados?

Abrangência
Interações medicamentosas de Stockley 2008 – referência rápida contém mais
de 1.300 monografias de interação relacionadas a fármacos específicos ou
grupos de fármacos. Cada monografia foi avaliada por farmacêuticos clínicos
em exercício quanto à sua adequação para inclusão nesta publicação. Falan-
do em termos gerais, as interações envolvendo anestesia, o uso específico de
múltiplos antirretrovirais, o uso específico de múltiplos antineoplásicos ou
antineoplásicos intravenosos e casos de ausência de interação foram omiti-
das. Entretanto, foram feitas exceções, em especial quando havia controvérsia
sobre se um fármaco interage ou não. Todas as interações de plantas foram
incluídas, visto que esta é uma área em crescimento sobre a qual temos mui-
tas perguntas, assim, avaliamos que mesmo os dados escassos deveriam ser
comentados. Todas essas interações são discutidas na seção específica sobre
Medicamentos à base de plantas e suplementos dietéticos.

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Monografias
Seguindo o formato convencional dos produtos Stockley, as informações
desta publicação foram organizadas como um breve resumo da evidência
para interação e uma descrição da melhor maneira de manejá-la. As infor-
mações são baseadas na mais recente atualização trimestral de Stockley’s
Drug Interactions, no momento de ir para a impressão. Os dados estão total-
mente referenciados e disponíveis em www.medicinescomplete.com. Essas
referências não foram incluídas nesta publicação para manter seu tamanho
reduzido. Qualquer pessoa interessada em procurar nossas fontes pode con-
sultar MedicinesComplete ou o trabalho de referência completa de Stockley’s
Drug Interactions.

Classificação
Cada monografia tem um símbolo de classificação para oferecer uma orienta-
ção ao usuário sobre a importância clínica da interação. Essa classificação é a
mesma usada nos alertas de interação de Stockley. Os alertas são classificados
em três categorias diferentes:

• Ação – Descreve se uma ação precisa ser tomada ou não para ajustar
a interação. Esta categoria classifica desde “evitar” a “nenhuma ação é
necessária”.
• Gravidade – Descreve o provável efeito de uma interação não manejada sobre
o paciente. Esta categoria classifica desde “grave” a “nada é esperado”.
• Evidência – Descreve o peso da evidência por trás da interação. Esta
categoria classifica desde “amplo” a “teórico”.

A classificação é combinada para produzir um destes quatro símbolos:

x Para interação que resulta em risco de vida ou em que o uso simultâneo


é contraindicado pelos fabricantes.
! Para interação em que o uso simultâneo pode resultar em risco
significativo ao paciente; assim, é necessário o ajuste de dose ou o moni­
toramento cuidadoso.
? Para interação em que existe alguma dúvida sobre o resultado do uso
simultâneo; assim, pode ser necessário orientar os pacientes sobre os
possíveis efeitos e/ou considerar o monitoramento.
 Para interação que não é considerada de importância clínica ou para
ausência de interação.

Pensamos muito sobre o desenho original desses símbolos e evitamos deli-


beradamente um sistema de codificação numérica ou colorida, visto que não
queremos envolver qualquer relação entre símbolos e cores. Assim, escolhe-

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mos de forma intencional símbolos reconhecíveis, que em teste-piloto foram


compreendidos intuitivamente pelo público-alvo e profissionais da saúde.

Estrutura
Interações medicamentosas de Stockley – referência rápida é organizado em or-
dem alfabética para facilitar seu uso, com a Denominação Comum Internacio-
nal (DCB) para identificar os nomes dos fármacos. Também estão incluídas re-
ferências cruzadas com nomes aprovados pelos EUA (USANs), onde os nomes
dos fármacos podem diferir de modo significativo. Consequentemente, uma
interação entre o ácido acetilsalicílico e b-bloqueadores aparecerá em A e uma
interação entre b-bloqueadores e digoxina aparecerá em B. Todos os inversos
são referências cruzadas, assim, os b-bloqueadores estão listados em digoxi-
na com a indicação do número da página adequado. Usamos apenas grupos
farmacológicos considerados bastante reconhecidos; por isso, b-bloqueadores
são usados, mas a-bloqueadores não. Em certos casos, quando sentimos que
seria necessário, mantivemos grupos pouco definidos, tais como quando os
simpatomiméticos, mas incluímos um índice de pesquisa básico para ajudar os
leitores a localizar as informações. Assim, alguém procurando por adrenalina
verá o número da página da seção de simpatomiméticos. Os grupos farmaco-
lógicos que usamos são:

Agonistas b-bloqueadores Macrolídeos


dopaminérgicos Bisfosfonatos Medicamentos à
AINEs Bloqueadores de canal base de plantas
a-bloqueadores de cálcio ou suplementos
Aminoglicosídeos Cefalosporinas dietéticos
Anfetaminas Contraceptivos Nitratos
Antagonistas de Corticoides Opioides
receptor 5-HT3 Derivados do ergot Penicilinas
Antagonistas de Diurético Quinolonas
receptor H2 Estatinas Simpatomiméticos
Antagonistas do Fibratos Sulfonamidas
receptor de IMAOs Tetraciclinas
angiotensina II Inibidores da bomba TRH
Antidiabéticos de próton Tricíclicos
Anti-histamínicos Inibidores da ECA Triptanas
Antimuscarínicos Inibidores da protease Vacinas
Antipsicóticos ISRSs Vitaminas
Azóis ITRNNs
Benzodiazepínicos ITRNs

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Agradecimentos
Fora a equipe editorial, várias outras pessoas contribuíram para este livro, e a
organizadora agradece a ajuda e orientação que elas forneceram. Em particu-
lar, gostaríamos de expressar nossa gratidão a Michael Evans pelo seu contí-
nuo apoio na produção dos dados finais e desenvolvimento do conteúdo para
uma versão PDA, e a John Wilson e Tamsin Cousins, que controlaram os vários
aspectos da produção deste livro. Agradecemos também a Ivan Stockley, Sean
Sweetman, Paul Weller e Charles Fry pelo apoio dado a este projeto.
Várias pessoas dispenderam seu tempo para nos fornecer pareceres so-
bre o conteúdo e a estrutura dos dados, e gostaríamos de agradecê-las. Estes
comentários sempre são úteis para desenvolver produtos que melhor satisfa-
zem as necessidades dos usuários finais.

Contato
Ficaremos muito satisfeitos em receber o retorno de nossos leitores. Qualquer
um que queira pode nos contatar no seguinte e-mail: stockley@rpsgb.org

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Abreviações

AINE anti-inflamatório não esteroidal


ALT alanina aminotransferase
AST aspartato aminotransferase
AUC área sob a curva concentração-tempo
bpm batidas por minuto
CSM Committee on Safety of Medicines (atualmente incorporado a
Commission on Human Medicines)
DIU dispositivo intrauterino
ECA enzima conversora de angiotensina
ECG eletrocardiograma
EUA Estados Unidos da América
FMDAR fármaco modificador da doença antirreumática
HBPMs Heparinas de baixo peso molecular
HIV vírus de imunodeficiência humana
HPB hiperplasia prostática benigna
i.e. isto é
IBP inibidor da bomba de próton
IMAO inibidor da monoaminoxidase
INI índice normalizado internacional
IRMA Inibidores reversíveis da monoaminoxidase
ISRS inibidor seletivo da recaptação de serotonina
ITRN inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo
ITRNN inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo
LCS líquido cerebrospinal
MAO monoaminoxidase
MAO-A monoaminoxidase, tipo A
MAO-B monoaminoxidase, tipo B
Mg miligramas
MHRA Medicines and Healthcare products Regulatory Agency
ml mililitros
mmHg milímetros de mercúrio
mol mol
OMS Organização Mundial de Saúde
p. ex. por exemplo
pH logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio
PPC pneumonia por Pneumocystis carinii (agora Pneumocystis jirovecii)
RNA ácido ribonucleico
RU Reino Unido
SNC sistema nervoso central
TFH teste de função hepática
TRH terapia de reposição hormonal
TSH hormônio estimulante da tireóide

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Sumário

Lista de interações de A a Z . ...................................................................................... 13


Índice...................................................................................................................................631

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Acetazolamida
A
Note que, embora possa ocorrer hipocalemia com acetazolamida, acredita-se
que ela seja temporária e raramente tenha importância clínica.

Acetazolamida + Ácido acetilsalicílico !


Pode ocorrer acidose metabólica em pacientes usando altas doses de salicilatos
se eles receberem inibidores da anidrase carbônica (p. ex., acetazolamida).

Os inibidores da anidrase carbônica provavelmente devam ser evitados em pacien-


tes usando altas doses de salicilatos. Se eles forem usados, o paciente deve ser bem
monitorado quanto a qualquer indício de toxicidade (confusão, letargia, hiperven-
tilação, zumbido). Nesse contexto, os AINEs ou paracetamol podem ser alternativas
mais seguras. Não se sabe se gotas oftálmicas interagem de forma similar; parece
que não existem relatos sobre interação.

Acetazolamida + Carbamazepina !
Em um número muito pequeno de pacientes, ocorreu aumento nos níveis
séricos de carbamazepina, resultando em toxicidade, quando acetazolamida
também foi administrada.

A importância geral dessa interação é desconhecida, mas pode ser prudente moni-
torar indicadores de toxicidade por carbamazepina (náusea, vômito, ataxia, sono-
lência) e verificar seus níveis, se for necessário.

Acetazolamida + Ciclosporina !
Existe evidência limitada de que acetazolamida pode provocar aumento rápi-
do e marcante nos níveis séricos de ciclosporina (até seis vezes em 72 horas),
podendo ser acompanhado de toxicidade renal.

Os níveis e/ou efeitos de ciclosporina (p. ex., sobre a função renal) devem ser monitora-
dos de forma rotineira, mas pode ser prudente aumentar o monitoramento se acetazo-
lamida for iniciada ou interrompida. Ajuste a dose de ciclosporina, se for necessário.

Acetazolamida + Fenitoína ?
Têm sido observados grave osteomalacia e raquitismo em poucos pacientes
usando fenitoína com acetazolamida. Também têm sido descritos aumentos
nos níveis de fenitoína em um número muito pequeno de pacientes.

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A importância clínica dessa interação é desconhecida, mas tenha-a em mente no


caso de uma resposta inesperada ao tratamento. Os indicadores de toxicidade por
A fenitoína incluem visão turva, nistagmo, ataxia e sonolência.

Acetazolamida + Fenobarbital ?
Têm sido observados grave osteomalacia e raquitismo em poucos pacientes
usando fenobarbital ou primidona com acetazolamida. Uma redução marcan-
te nos níveis séricos de primidona, com perda do controle de crise em um
número muito pequeno de pacientes, tem sido descrita.

A importância geral dessa interação não está clara, mas tenha-a em mente no caso
de uma resposta inesperada ao tratamento.

Acetazolamida + Lítio !
Existe alguma evidência sugerindo que a excreção de lítio pode ser aumen-
tada pela acetazolamida, mas tem sido observada toxicidade por lítio em um
paciente usando a combinação.

A importância geral dessa interação não está clara. Tenha-a em mente no caso de
uma resposta inesperada ao tratamento.

Acetazolamida + Mexiletina x
Grandes mudanças no pH urinário provocadas pelo uso simultâneo de fármacos
alcalinizantes, tais como acetazolamida, podem, em alguns pacientes, ter um
efeito marcante nos níveis plasmáticos de mexiletina.

Parece que esse efeito não é previsível. O fabricante de mexiletina recomenda que
o uso simultâneo seja evitado.

Acetazolamida + Opioides ?
Teoricamente, os alcalinizantes urinários, como acetazolamida, podem au-
mentar os efeitos de metadona.

A importância geral dessa interação não está clara, mas tenha-a em mente no caso
de uma resposta inesperada ao tratamento.

Acetazolamida + Quinidina !
Grandes aumentos no pH urinário devido ao uso simultâneo de acetazolamida
poderiam provocar retenção da quinidina, levando à toxicidade por quinidina.
Note também que hipocalemia, a qual pode, raramente, ser provocada por

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acetazolamida, pode aumentar a toxicidade de fármacos que prolongam o
intervalo de QT, tais como quinidina.
A
Monitore os efeitos se acetazolamida for iniciada ou interrompida e ajuste a dose de
quinidina, se for necessário. Também considere monitorar o potássio, para garantir
que ele esteja dentro da faixa aceitável.

Aciclovir

Aciclovir + Ciclosporina !
Normalmente, parece que o aciclovir não afeta os níveis de ciclosporina nem
piora a função renal, mas um número muito pequeno de casos de nefrotoxici-
dade e aumento dos níveis de ciclosporina têm sido observados durante o uso
simultâneo. Espera-se que o valaciclovir, um pró-fármaco do aciclovir, interaja
de forma similar.

Os poucos casos em que os problemas surgiram indicam claramente que a função


renal deve ser muito bem monitorada se ambos os fármacos forem administrados.
Os fabricantes de valaciclovir recomendam que a função renal seja monitorada com
cuidado se altas doses (mais de 4 g ao dia) forem administradas com ciclosporina.

Aciclovir + Micofenolato ?
Aparentemente, não ocorre interação farmacocinética significativa entre
aciclovir e micofenolato. Entretanto, os fabricantes dizem que, no compro-
metimento da função renal, pode haver competição pela secreção atubular
e concentrações maiores de ambos os fármacos podem ocorrer. Isso também
é possível com valaciclovir. Existe um relato de caso de neutropenia em um
paciente usando valaciclovir com micofenolato.

Não é necessária nenhuma ação, mas pode ser prudente aumentar o monitoramen-
to em pacientes com função renal reduzida. Neutropenia é um efeito adverso raro
apenas do valaciclovir. Contudo, tenha em mente a possibilidade de uma interação
se ocorrer neutropenia, caso micofenolato também seja administrado.

Aciclovir + Probenecida 
Probenecida reduz a excreção renal de aciclovir e valaciclovir e, assim, au-
menta seus níveis plasmáticos.

É improvável que sejam necessárias alterações de dose, dada a ampla faixa te-
rapêutica de aciclovir e valaciclovir, embora o fabricante recomende que tais al-
ternativas possam ser consideradas à probenecido se forem administradas altas
doses de valaciclovir.

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Aciclovir + Teofilina !
A Evidência preliminar sugere que aciclovir pode reduzir o clearance de teofilina
em cerca de 30%.

A evidência parece ser limitada. Fique alerta para um aumento nos efeitos adversos
da teofilina (náusea, dor de cabeça, tremor) se aciclovir for adicionado, e considere
monitorar os níveis de teofilina.

Ácido acetilsalicílico

Ácido acetilsalicílico + Acetazolamida !


Veja acetazolamida, página 13.

Ácido acetilsalicílico + AINEs ?


Existe alguma evidência de que os AINEs não seletivos, tais como ibuprofe-
no, antagonizam os efeitos antiplaquetários do ácido acetilsalicílico em baixa
dose, mas os coxibes não. Entretanto, alguns AINEs (particularmente coxibes)
também estão associados com um aumento do risco trombótico/cardiovascu-
lar. Alguns estudos epidemiológicos têm demonstrado que AINEs não seletivos
reduzem os efeitos cardioprotetores do ácido acetilsalicílico em baixa dose. O
uso combinado de AINEs (incluindo coxibes) e ácido acetilsalicílico, mesmo
em baixa dose, aumenta o risco de sangramentos gastrintestinais.

A evidência que sugere o antagonismo dos efeitos antiplaquetários atualmente é


insuficiente para recomendar uma mudança prática. O CSM no RU aconselha que
a combinação de AINEs diferentes do ácido acetilsalicílico e ácido acetilsalicílico de
baixa dose deve ser usada apenas se for totalmente necessária. Os pacientes usan-
do ácido acetilsalicílico a longo prazo devem ser lembrados para evitar os AINEs,
incluindo aqueles de venda livre. Se for usada uma dose antiplaquetária de ácido
acetilsalicílico com AINEs , deve-se considerar a gastroproteção (p. ex., um IBP), es-
pecialmente quando outros fatores de risco (p. ex., corticoides) estiverem presentes.
Não existe evidência clínica racional para o uso combinado de doses anti-inflamató-
rias/analgésicas de ácido acetilsalicílico e AINEs e tal uso deve ser evitado.

Ácido acetilsalicílico + Álcool 


Veja álcool, página 37.

Ácido acetilsalicílico + Alimento !


O alimento retarda a absorção do ácido acetilsalicílico, mas não afeta, de
forma geral, a quantidade absorvida.

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