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RESUMO - DOUTRINA MILITAR BRASILEIRA

DOUTRINA: Conjunto de princípios, conceitos, normas e procedimentos, fundamentadas


principalmente na experiência, destinado a estabelecer linhas de pensamentos e a orientar ações,
expostos de forma integrada e harmônica.

DOUTRINA MILITAR: Conjunto harmônico de ideias e de entendimentos que define, ordena, distingue
e qualifica as atividades de organização, preparo e emprego das Forças Armadas.

a) engloba a administração, a organização e o funcionamento das instituições militares.


b) foco em como agir.
c) é dinâmico.
d) se vale da experiência acumulada.

DOUTRINA MILITAR DE DEFESA: Parte da doutrina militar brasileira que aborda as normas gerais da
organização, do preparo e do emprego das Forças Armadas, quando empenhadas em atividades
relacionadas com a defesa do País.

a) relaciona-se diretamente com a garantia da soberania e da integridade territorial e patrimonial do país,


além da consecução dos interesses nacionais.

DOUTRINA AEROESPACIAL: Conjunto de princípios e normas orientadores do preparo e emprego do


Poder Aeroespacial da Nação, em tempos de paz ou em período de conflito.

a) estabelece como deve ser executado o preparo e o emprego do pessoal, aeronaves,


plataformas espaciais, armamentos, instalações, equipamentos e sistemas.
b) divide-se em três níveis: estratégico, operacional e tático.
c) em Nível Estratégico:
=> é de competência do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).
d) em Nível Operacional:
=> é de competência dos Órgãos de Direção Setorial e dos Órgãos de Assistência Direta e
Imediata ao Comandante da Aeronáutica (ODSA).
=> defini os conceitos, as normas e os procedimentos que orientam o planejamento, a execução
e o controle das Ações de Força Aérea
=> deve ser estabelecida em concordância com os princípios e conceitos da Doutrina em Nível
Estratégico.
e) em Nível Tático:
=> sob competência dos ODSA.
=> define as normas e os procedimentos a serem seguidos na execução das Ações de Força
Aérea.
=> em concordância com os conceitos, as normas e os procedimentos preconizados na Doutrina
em Nível Operacional.

DOUTRINA BÁSICA DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA: Conjunto de princípios e normas


fundamentais que orientam o preparo e o emprego da Força Aérea Brasileira.

a) tem a finalidade de fixar princípios e conceitos que orientam o preparo e o emprego da FAB.

PRINCÍPIOS DA DOUTRINA MILITAR AEROESPACIAL

a) a DBFAB define princípio como: base orientadora (ponto de partida) da Doutrina, alicerçada
na teoria e nas convicções éticas da FAB”.
b) a Doutrina da FAB pode ser descrita como: um conjunto de fundamentos que se constituem
no “ponto de partida” para o estabelecimento das normas doutrinárias, e apoia-se em dois pilares:
base teórica e convicções éticas da Instituição.
c) princípios: são as premissas teóricas (não serão alteradas), alinhadas aos valores da
profissão militar e da Instituição que funcionam como base para o estabelecimento de normas
doutrinárias. Em síntese, Princípios são fundamentos que devem ser observados e mantidos e
dos quais não se deve abrir mão.

FONTES DA DOUTRINA MILITAR: são uma ampla gama de vetores que fomentam o processo
de desenvolvimento doutrinário.

a) essas fontes são: teorias e estratégias vigentes, a análise das experiências históricas, as
alterações na política nacional, os impactos relacionados ao surgimento de novas tecnologias e a
influência de fatores contextuais e operacionais.
b) outras fontes: experiências e práticas de outras nações; teorias desenvolvidas por estudiosos
das guerras; emprego do Poder Aéreo como Arma; exercícios e operações militares; jogos de
guerra e as simulações.

FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMULAÇÃO DA DOUTRINA: doutrina atual; ameaças;


geografia/demografia; tecnologias; recursos financeiros e materiais; estratégia/cultura militar;
ambiente interno e externo; conceitos; táticas, técnicas e procedimentos; estratégia e
conceitos de campanha; políticas de governo; história/lições aprendidas.

FATORES INFLUENCIADOS PELA DOUTRINA: política e estratégia; organização,


planejamento, programação e estrutura das forças; reaparelhamento das forças; conceitos;
ensino e exercícios de adestramento; diretrizes, táticas locais, regras de comportamento
operativo e de engajamento; táticas, técnicas e procedimentos; outras doutrinas.

A GUERRA AÉREA (CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA)

1709: Bartolomeu de Gusmão ascendeu pela 1ª vez o aeróstato (balão) usando ar quente.
1792: primeiro emprego do poder aeroespacial na Guerra Revolucionária Francesa.
1849: tropas austríacas utilizaram pela primeira vez aeróstatos para transportar granadas na
Guerra em Veneza (ficavam à mercê dos ventos).
1901 – 1906: Santos Dumont deu dirigibilidade aos balões e ascendeu de forma controlada e
autônoma uma aeronave mais pesada que o ar.
1911: aeronaves de Santos Dumont foram utilizadas na Guerra Ítalo-turca.
1912 – 1913: novamente utilizadas aeronaves na Guerra dos Bálcãs.
1ª GM: de fato teve uma guerra aérea relevante.
1914: tecnologia implementada em equipamentos de voo: velocidade, razão de subida,
manobrabilidade e armamento.
1915: Brasil fez sua primeira tentativa de usar aviões como poder aéreo durante um movimento
sedicioso. Ten Kirk armou três aeronaves para combater os separatistas.
1917:MB e EB enviou tenentes para o exterior para aprenderem sobre aviões.

Período entre guerras: países descobriram novas funções para as aeronaves, como substituindo
tropas de superfície para manter possessões. Guerra civil espanhola: laboratório para novos
equipamentos de aeronaves. O transporte aéreo assumiu uma nova dimensão com a operação
da Força Aérea Alemã (Luftwaffe) no transporte de soldados através do Mediterrâneo.

2ª GM: guerra relâmpago – não era possível participar de uma guerra sem usar aviões.
1941: após participação na GM, surge a FAB com a consolidação dos aviões da MB e do EB.
1942: batismo de fogo da FAB, que se juntou aos Aliados na GM. Participação do 1º GAv, 1º ELO
e caça aos submarinos ao longo do litoral por aeronaves de patrulha.

1945: Guerra Fria – preocupação com a capacidade de bombardeio nuclear. Corrida pelo
espaço.

1965 – 1972: Guerra do Vietnã – dilema entre guerra convencional e guerra contra a
insurgência.
1967: Guerra dos Seis Dias – Força Aérea de Israel destruiu a Força Aérea Egípcia. Trabalho de
inteligência, treinamento e doutrina.
1982: Guerra das Malvinas – guerra aeronaval. Importância da projeção de poder.
1991:Guerra do Golfo – apogeu da guerra aérea. Esforço logístico para o transporte de tropas e
suprimentos. Requisição de aviões comerciais para o transporte de tropas para o teatro de
operações. Planejamento e condução num único comando. 1ª guerra aeroespacial da história.

Daí em diante as guerras começaram a utilizar cada vez mais o poder aeroespacial com negação
do uso do espaço aéreo, ataque em larga escala a alvos terrestres, bombardeio às estruturas de
importância estratégico, etc.

TEORIAS DO PODER AÉREO E DO PODER AEROESPACIAL

a) Teoria do poder aéreo: formulações teóricas que dão base à guerra aérea.
b) Essência da doutrina: teoria + observação da experiência histórica (práticas + simulações +
trocas de conhecimento).
c) Teoria do poder aeroespacial: é a expansão da anterior, com a inclusão do espaço exterior e
do ciberespaço. Não há mais como se conceber uma Teoria de Poder Aeroespacial que não
contemple o uso das potencialidades. A teoria do poder aeroespacial é a utilização do espaço
aéreo e do espaço exterior, quer como instrumento de ação política e militar quer como fator de
desenvolvimento econômico e social.

PODER AEROESPACIAL: consiste na projeção da parcela do Poder Nacional que resulta da


integração dos recursos de que a Nação dispõe para a utilização do espaço aéreo e do espaço
exterior, quer como instrumento de ação política e militar quer como fator de desenvolvimento
econômico e social, visando conquistar e manter os objetivos nacionais.

PRINCÍPIOS DE GUERRA SOB A ÓTICA DO PODER AEROESPACIAL

a) foram desenvolvidos a partir de observações e análises de batalhas terrestres e, em alguns


casos, para a batalha naval (experiência obtida na história dos conflitos).
b) orientam o planejamento e a conduta das operações de combate.
c) estão conceituados na Doutrina Militar de Defesa.
d) os seguintes princípios de guerra serão apresentados sob a ótica da guerra
aeroespacial: Economia de Forças ou de Meios, Exploração, Manobra, Massa, Moral, Objetivo,
Ofensiva, Prontidão, Segurança, Simplicidade, Surpresa, Unidade de Comando.

ECONOMIA DE FORÇAS E MEIOS: os Meios Aeroespaciais e de Força Aérea possuem alto


valor agregado (científico-tecnológica e capacitação). A quantidade de meios disponíveis (tanto
materiais quanto humanos) exige que seu emprego seja realizado de forma judiciosa.

EXPLORAÇÃO: consciência do potencial que um sucesso inicial pode trazer para a continuidade
das ações. Esse princípio está diretamente ligado à consciência situacional do comandante e à
sua capacidade de comando centralizado.

MANOBRA: está associada a duas perspectivas: tempo e espaço. Explora a velocidade, para
colocar o inimigo em desvantagem quanto à sua capacidade de decisão, interferindo efetivamente
em sua habilidade de comandar e controlar.

MASSA (obtenção de efeitos): efeitos resultantes das ações de força aérea; NÃO está ligado ao
fato de ser superior em termos de quantidade.Efeitos.

MORAL: o estado de ânimo ou a atitude mental das tripulações de combate é um fator decisivo
para o sucesso. A manutenção do moral na guerra é alcançada por uma boa liderança, senso de
disciplina consciente, preocupação com o bem-estar da tropa e uma clareza nos propósitos da
missão.

OBJETIVO: princípio mestre na guerra aeroespacial. Preservar as características de clareza e


coerência, sempre com o foco prioritário.

OFENSIVA: iguala em importância ao princípio do objetivo. Por meio da iniciativa das ações, a
ofensiva obriga o oponente a reagir, ao invés de agir. Assim, obtém-se uma vantagem valiosa
sobre o ciclo de decisão do adversário, impondo-se o ritmo desejado.

PRONTIDÃO: significa estar em condições de colocar em prática todas as capacidades


demandadas em uma guerra aeroespacial. A prontidão se revela na forma de atendimento
premente às demandas dos níveis operacional e estratégico.

SEGURANÇA: preservação da capacidade de combate. Envolve medidas que reduzam


vulnerabilidades, assegurem a disponibilidade dos Meios Aeroespaciais, mantenham a habilidade
em exercer as funções de comando e controle e, em última instância, conservem o potencial de
infligir efeitos estratégicos e nos centros de gravidade do adversário.

SIMPLICIDADE: está associada à plena compreensão dos objetivos, à comunalidade de


conceitos, à facilidade de coordenação das ações e à eficiência na obtenção de resultados.

SURPRESA:ações que obtém efeitos de forma inesperada, levando a paralisação momentânea


ou duradoura. Atinge o ciclo da decisão. Agir sem chance de reagir. A velocidade, alcance e
penetração é fundamental.

UNIDADE DE COMANDO: controle centralizado e execução descentralizada.Um manda, vários


executam. Evita o fratricídio (fogo amigo)

CARACTERÍSTICAS DO PODER AEROESPACIAL

a) POTENCIALIZADORES:

-ALCANCE: potencial das aeronaves e das plataformas espaciais para atingir objetivos a grandes
distâncias. Ex: autonomia, capacidade de reabastecimento em voo, cargas externas, tipo de
órbita no caso de satélites.

-FLEXIBILIDADE OU VERSATILIDADE: estão implícitas as ideiassíntese de maleabilidade,


rapidez e facilidade nos movimentos, mutabilidade e mudança.

-MOBILIDADE: habilidade de desdobrarem-se de um aeródromo para outro, operando com igual


ou maior efetividade.

-PENETRAÇÃO: capacidade de adentrar o território do oponente, a despeito das defesas


inimigas.

-PERSPECTIVA: atuação na terceira dimensão do espaço de batalha (espaço), o que fornece


ampla perspectiva e consciência situacional. (uso de veículos orbitais)

-PRECISÃO: emprego de armamento com alto grau de precisão. (minimiza danos colaterais,
reduz custos e esforço logístico).

-PRONTA-RESPOSTA: habilidade para reagir, imediatamente.


-TECNOLOGIA: conhecimentos, oriundo das pesquisas científicas, que inovam no emprego das
aeronaves e seus sistemas d’armas.
-VELOCIDADE: percorrer, rapidamente, grandes distâncias. Utilizada na obtenção da surpresa e
redução do tempo de exposição à ação do inimigo, aumentando sua capacidade de
sobrevivência.

b) LIMITADORES:

-CUSTOS: alto valor investido na aquisição, na operação e na manutenção, bem como do tempo
e formação de recursos humanos.

-DEPENDÊNCIA DE TECNOLOGIA: ser muito sensível às evoluções científico-tecnológicas


(necessidade do domínio de tecnologias).

-DEPENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA: necessidade de instalações e de equipamentos


especializados para o preparo, acolhimento de aeronaves, plataformas espaciais, etc.

-FRAGILIDADE: intrínsecas às aeronaves, às plataformas espaciais, equipamentos, sistemas,


dotados de componentes frágeis e fáceis de destruir. (podem ter resultados catastróficos)

-NECESSIDADE DE COMANDO E CONTROLE: capacidade de comandar, controlar e dirigir as


aeronaves no campo de batalha. (opera no Domínio Cibernético, sendo necessárias ações de
Defesa Cibernética para a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações)

-NECESSIDADE DE INTELIGÊNCIA E DE CONTRA-INTELIGÊNCIA: conhecimento profundo do


inimigo. Na contra-inteligência, o acesso do inimigo às informações anula os pontos fortes. Inicia-
se desde o tempo de paz buscando aspectos quantitativos e qualitativos do poder adversário e
por salvaguardar princípios de guerra como surpresa, ofensiva, segurança e economia de meios.

-PERMANÊNCIA: incapacidade das aeronaves voarem indefinidamente (reabastecer, rearmar,


trocar tripulações).

-RESTRIÇÃO DE CARGA ÚTIL: limitação que aeronaves e plataformas espaciais possuem para
carregar pessoal, armamento, material e sensores (uso de múltiplos vetores e repetidas surtidas).

-SENSIBILIDADE ÀS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS: influência das condições atmosféricas


ou da falta de luz solar. (Sistemas/sensores e tripulações treinadas diminuem a incerteza)

DISSUASÃO: estratégia que utiliza meios de qualquer natureza com a finalidade de


desaconselhar ou desviar adversários de propósitos bélicos.

a) criação de um efeito psicológico no inimigo que funciona em dois tempos:


=>obrigá-lo a fazer um cálculo das reais possibilidades de vencer.
=>prestígio militar do seu adversário e sua determinação de afrontar a ameaça.
=>custos de uma guerra prolongada e instabilidade na comunidade internacional.
b) o êxito da dissuasão depende de três fatores:
=>técnico: varia com o avanço tecnológico dos armamentos
=>político: análise das consequências da ação/inação
=>psicológico: convence o agressor de que a ameaça é real.
c) a capacidade de Dissuasão é uma ferramenta da diplomacia.
d) a capacidade de Dissuasão das FA concentra-se no fortalecimento de suas:
=>Capacidades de Proteção: garantir a soberania, o patrimônio nacional, a integridade territorial
e a incolumidade da população brasileira, através dos sistemas de vigilância.
=>Pronta-resposta: visa prevenir o agravamento de uma situação de crise ou a encerrá-la de
forma célere.
PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO: é a projeção do Poder Nacional resultante da
integração dos recursos que a Nação dispõe para a utilização do espaço aéreo e do espaço
exterior visando conquistar e manter os objetivos nacionais.

ELEMENTOS DO PODER AEROESPACIAL BRASILEIRO:

-Força Aérea Brasileira: organizações, instalações, recursos humanos e materiais.


=> quando EB e MB agirem sob comando de autoridade militar aeroespacial para cumprir missão
da FAB, passam a ser designados como poder militar aeroespacial.
=>Mobilização Nacional: ações estratégicas do Estado brasileiro, planejadas, coordenadas e
desenvolvidas de modo metódico e permanente desde a situação de normalidade. (viabiliza a
capacitação da FAB). Será decretada por ato do Poder Executivo autorizado pelo Congresso
Nacional ou referendado por ele.
a) especifica o espaço geográfico e medidas necessárias.
-Aviação Civil: empresas de transporte aéreo, de serviços aéreos, aviação desportiva e aviação
privada.
-Infraestrutura Aeroespacial: instalações e serviços, militares e civis, que proporciona o apoio
às atividades aeronáuticas e espaciais do país. (controle, vigilância, segurança da navegação,
operação segura e eficiente da aviação) Ex: CLA.
-Indústria Aeroespacial e de Defesa: empresas do parque industrial brasileiro, que oferece
produtos e serviços aeronáutico, espacial e de defesa. (objetiva reduzir a dependência externa)
-Complexo Científico-tecnológico Aeroespacial: organizações, que executa atividades de
pesquisa, desenvolvimento, formação e aperfeiçoamento nos setores aeronáutico e espacial.
-Recursos Humanos Especializados: militares e civis que desempenham atividades
relacionadas ao Poder Aeroespacial.

PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL DA AERONÁUTICA

a) há uma vinculação entre Doutrina e Planejamento Estratégico Militar.


b) Planejamento Estratégico Militar: defini e organiza as atividades do preparo e emprego do
Poder Militar.
-preparo: são construídas as capacidades do Poder Militar Nacional.
-emprego: são organizadas as estruturas operativas e formuladas as concepções operacionais
para a aplicação do Poder Militar.
c) planejamento estratégico: atividades que abrangem a definição da missão, objetivos, visão e
desenvolvimento de uma hierarquia de planos.
d) estratégia:
-análise dos possíveis caminhos para atingir os objetivos.
-para EVANS, é a forma como a Instituição pretende atingir seus objetivos, mediante o emprego
de recursos.
-está associado a “vantagem competitiva”.
-busca de resultados a longo prazo.
-definida no mais alto nível da Instituição e envolve toda a organização.

SISTEMÁTICA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO INSTITUCIONAL DA AERONÁUTICA


(SPGIA): regula normas que balizam o planejamento, execução e controle, das ações
administrativas, orçamentárias e financeiras.

a) definida pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).


b) SPGIA destina-se a: Promover maior eficácia na administração; Condicionar processos;
integração entre os planejamentos de longo, médio e curto prazos; Harmonizar o planejamento
orçamentário-financeiro; Possibilitar a obtenção das capacidades militares; Propiciar continuidade
administrativa.
c) SPGIA baseia-se nos princípios:
-Abrangência Institucional: atuar sobre os processos adm relacionados ao planejamento,
execução e controle dos recursos.
-Suporte à Decisão: apoiar o processo de tomada de decisão.
-Aderência ao Modelo Governamental: estrutura compatível com a gestão do Governo Federal.
-Previsão Integral de Gastos: planejamento dos dispêndios (despesas).
-Transparência Processual: visibilidade dos processos institucionais.
-Melhoria Contínua: buscar a excelência dos serviços.

FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL

a) é classificado em três níveis: estratégico, operacional e tático.


b) é dividido em 5 fases.

FASE DOCUMENTO NÍVEL ORGÃO ATIVIDADES


Missão, visão, valores, diagnóstico/eixo
1º DCA 11-45
estratégico, capacidades.
PLANEJAMENTO INST

ESTRATÉGICO
Cadeira de valor, mapa/projetos estratégico,
2º PMAER – PCA 11-47 EMAER
diretrizes gerais.
Premissas do planejamento, diretrizes do
3º DIPLAN
CmtAer, Planejamento Orçamentário.
OPERACIONAL
Diretrizes do ODSA, contribuição setorial,
4º PLANSET ODSA
projetos, atividades, inspeções.
Diretrizes, objetivos orgânicos, projetos (marcos
5º PTA TÁTICO OM e tarefas), atividades (itens de controle e
tarefas) composição orçamentária, calendário.

c) 1º fase: Documentos do MD: direciona a confecção da Concepção Estratégica (DCA 11-45).


d) 2 º fase: Plano de Articulação e Equipamento da Aeronáutica (PLAER): decorre
diretamente da Concepção Estratégica e provê dados e informações para a confecção do
PEMAER e da DIPLAN.
e) 3 º fase: Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA): atualiza a projeção orçamentária para o
ano seguinte.
f) 4 e 5 º fase: Plano de Ação da Aeronáutica: documento que congrega (junta) informações
orçamentárias a execução do planejamento realizado.
g) concepção Estratégica contém os Fundamentos Institucionais:
=>Missão: O quê? Por quê? Para quem? Identifica “qual é o negócio” e a “razão de ser”
=>Visão: Para onde? Para quando? Identifica o “posicionamento estratégico futuro”
=>Valores: traduzem os princípios que deverão permear o comportamento org e as atividades.
h) Concepção Estratégica: Visão de longo prazo.
i) Plano Estratégico (PEMAER): visões, de curto/médio prazo,que dão suporte para alcançar a
visão de longo prazo.

MISSÃO: traduz o desígnio ou a razão de ser da instituição. Para os órgãos governamentais:


função que ela desempenha de modo a tornar-se útil sua ação e justificar sua existência.

“MANTER A SOBERANIA DO ESPAÇO AÉREO E INTEGRAR O TERRITÓRIO NACIONAL,


COM VISTAS À DEFESA DA PÁTRIA”

a) benefícios da missão: Direcionamento dos esforços; Definição das áreas de atuação


prioritárias; Obtenção do consenso.
b) para definir a missão do COMAER foi considerado: as atribuições legais; a amplitude, o
caráter dual e a visão institucional.

VISÃO: descrição de um estado futuro ambicioso, exprimindo uma conquista estratégica de


grande valor para a Instituição.
“UMA FORÇA AÉREA DE GRANDE CAPACIDADE DISSUASÓRIA, OPERACIONALMENTE MODERNA
E ATUANDO DE FORMA INTEGRADA PARA A DEFESA DOS INTERESSES NACIONAIS”

a) deve possuir as seguintes características:


=>ser desenvolvida pela alta direção.
=>ser abrangente e precisa.
=>ser compartilhada e ter o apoio de todos.
=>transmitir noção de direção.
b) a elaboração delineou os aspectos fundamentais:
=>Operacionalidade: capacidade de pronta-resposta a qualquer ameaça à soberania.
=>Modernidade: “estado da arte” investimento em tecnologia de ponta, técnicas, táticas de
vanguarda.
=>Integração: 1) contribuir para uma sociedade mais evoluída. 2) estreitar a cooperação com a
MB e EB, agências governamentais, FA de Nações Amigas.
c) foi projetada para 2041 (100 anos).

VALORES: conjunto de princípios e crenças que norteiam os trabalhos e que auxiliam a tomar
decisões complexas, associadas à ética e que geram conflitos de interesses.

a) são crenças e atitudes que dão personalidade a instituição. (espírito/essência da organização militar)
b) bússola norteadora de condutas e políticas. (inspiração de futuras gerações).
c) atitude, comportamento e resultados presentes em todos os seus integrantes.
d) relaciona-se com: o planejamento, a doutrina e a estratégia institucional.
e) são 5 valores que traduzem a personalidade da FA:
=>Disciplina:
=> rigorosa observância e o acatamento às leis, regulamentos, etc.
=>Patriotismo:
=> orgulho, amor e devoção à pátria, terra, símbolos, instituições e seu povo.
=>Integridade:
=> caráter, fazer o correto, ética militar, honestidade e responsabilidade.
=>Comprometimento:
=> satisfação de pertencer à Instituição, entusiasmo, motivação, espírito de
sacrifício, gosto pelo trabalho, dedicação integral, trabalho em equipe e lealdade ao País e aos
irmãos de farda; e
=>Profissionalismo:
=> trabalho de competente e responsável, foco nos compromissos, persevera
diante de problemas e desafios, permanece inabalado, orgulha do seu trabalho, motiva-se por
questões profissionais em vez de pessoais.

DIMENSÃO 22: Um conceito moderno que sintetiza a responsabilidade de atuação da instituição


no cumprimento da sua missão, em sintonia com os desafios do futuro (campanha institucional)

a) são 3 as principais ações executadas pela FAB:


=>Controlar: prestação dos Serviços de Tráfego Aéreo no espaço aéreo nacional e mais uma
parte do Oceano Atlântico, totalizando 22 milhões de quilômetros quadrados.
-serviços prestados: controle da circulação aérea, vigilância do espaço aéreo, gerenciamento do
tráfego aéreo, meteorologia, cartografia, informações aeronáuticas, missões SAR.
=>Defender: garantia da soberania do espaço aéreo e, também, a defesa dos interesses
nacionais na Zona Econômica Exclusiva, totalizando doze milhões de quilômetros quadrados.
-a FAB realiza missões: aviações de Caça, Patrulha Marítima, SAR, Reconhecimento, Transporte,
Contraterrorismo, GLO e Defesa Antiaérea.
=>Integrar: integração do Brasil através de: ajuda humanitária, ações cívico-sociais, transporte
de pessoas e de suprimentos, transporte de órgãos e de urnas eleitorais, evacuações
aeromédicas e construção de pistas. (garante direitos fundamentais aos carentes e percepção de
presença do Estado em regiões de difícil acesso)
b) a tríade está relacionada com a Missão da FAB.
c) dialoga com o público interno e externo mostrando “qual é e como” cumpre sua missão
institucional, demonstrando a razão de sua existência e de sua importância para a sociedade.

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