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TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 9

Na caixa de câmbio da Ferrari F40 identifica-se que cada marcha é constituída de dois estágios de transmissão por
engrenamento cilíndrico padrão, módulo métrico 20°, com dentes inclinados. A redução final do eixo motriz é
constituída por uma transmissão por engrenamento cônico, módulo métrico 20°, com dentes inclinados.
O eixo primário sofre ação apenas do torque oriundo do motor (positivo) ou da ação de freio motor (negativo). O
torque no eixo primário varia entre um mínimo, correspondente ao torque na atuação do freio motor de
Tmínimo = −200 Nm
e um máximo, correspondente à rotação do motor onde o torque é máximo, no valor de
Tmáximo = 577 Nm
Essa variação de torque ocorre ao longo das mudanças de marcha e frenagens. A conexão do eixo primário à
embreagem do motor é efetuada através de um acoplamento estriado, que proporciona um Kt = 1,85, considerando-
se a seção bruta do eixo estriado (seção com diâmetro d). O raio de concordância do estriado é de 4 mm (raio do
entalhe r=4 mm). Qual o diâmetro do eixo primário (d), na região do acoplamento estriado, para que essa caixa de
câmbio opere em condição de vida infinita, empregando o critério de Goodman? A confiabilidade é de 99 %; a
temperatura de operação é de 110 °C; não há outros efeitos; o eixo é usinado. O material do eixo é aço ABNT 4130
TR, com
Smáx = 1280 MPa
e
Se = 1190 MPa
Considere coeficiente de segurança como
cs = 1,45

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a) A tensão atuante no eixo primário é de torção.

b) Cálculo da tensão de torção (τt):

𝑀𝑡 . 𝑐
𝜏𝑡 =
𝐼
𝑑 𝜋𝑑 4
𝑐= 𝐼=
2 32
𝑀𝑡𝑚á𝑥 = 577.000 𝑁𝑚𝑚

𝑀𝑡𝑚í𝑛 = 200.000 𝑁𝑚𝑚

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c) Cálculo da tensão de torção máxima (τt máx):


𝑑
577000 . 2 2,939 × 106
𝜏𝑡𝑚á𝑥 = = 𝑀𝑃𝑎
𝜋𝑑 4 𝑑 3
32

d) Cálculo da tensão de torção mínima (τt mín):


𝑑
−200000 . 2 1,018 × 106
𝜏𝑡𝑚í𝑛 = =− 𝑀𝑃𝑎
𝜋𝑑 4 𝑑 3
32

Diâmetro “d” em mm

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e) Cálculo da tensão média e amplitude de tensão:


𝜏𝑚á𝑥 + 𝜏𝑚í𝑛
𝜏𝑚 =
2
2,939 × 106 1,018 × 106
3 +− 3 0,960 × 106
𝜏𝑚 = 𝑑 𝑑 𝜏𝑚 = 𝑀𝑃𝑎
𝑑 3
2
𝜏𝑚á𝑥 − 𝜏𝑚í𝑛
𝜏𝑎 =
2

2,939 × 106 1,018 × 106 1,978 × 106


− −
𝑑3 𝑑3 𝜏𝑎 = 3
𝑀𝑃𝑎
𝜏𝑎 = 𝑑
2
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f) Cálculo da tensão equivalente de von Misses nominal para a tensão


média (seq m):
2
0,960 × 106 1,663 × 106
𝜎𝑒𝑞𝑚0 = 3𝜏𝑚 2 = 3. = 𝑀𝑃𝑎
𝑑3 𝑑 3

g) Cálculo da tensão equivalente de von Misses nominal para a


amplitude de tensão (seq a):
2
1,978 × 106 3,426 × 106
𝜎𝑒𝑞𝑎0 = 3𝜏𝑎 2 = 3. = 𝑀𝑃𝑎
𝑑3 𝑑 3

Diâmetro “d” em mm
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h) Cálculo da resistência à fadiga para vida infinita (Sn):


O projeto prevê vida infinita. Logo o modelo S-N pode ser aplicado.

𝑆𝑛 = 𝑘𝑎 𝑘𝑏 𝑘𝑐 𝑘𝑑 𝑘𝑒 𝑘𝑓 𝑆𝑛 ′

Como Smáx<1400 MPa

𝑆𝑛′ = 0,5. 𝑆𝑚á𝑥 𝑆′𝑛 = 0,5.1280 𝑆′𝑛 = 640 𝑀𝑃𝑎

−0,265
𝑘𝑎 = 4,51𝑆𝑚á𝑥
𝑘𝑎 = 4,51. 1280−0,265 = 0,677 Para usinagem
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𝑑𝑒 = 𝑑 𝑚𝑚
𝑘𝑏 = 1,24. 𝑑 −0,107

𝑘𝑐 = 1,0 Torção → distribuição de tensão → kc = 1,0 = corpo de prova


𝑘𝑑 = 1,0 Temperatura < 450 °C
𝑘𝑒 = 0,814 Confiabilidade = 99%
𝑘𝑓 = 1,0 Não há outros efeitos atuando sobre a peça
Então:
𝑆𝑛 = 𝑘𝑎 𝑘𝑏 𝑘𝑐 𝑘𝑑 𝑘𝑒 𝑘𝑓 𝑆𝑛 ′ 𝑆𝑛 = 0,677 .1,24. 𝑑−0,107 . 1,0 . 1,0 . 0,814 . 1,0 . 640

𝑆𝑛 = 437,5. 𝑑 −0,107 𝑀𝑃𝑎


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i) Cálculo do concentrador de tensões:


𝐾𝑓 = 1 + 𝑞. 𝐾𝑡 − 1
1
𝑞=
𝑎
1+
𝑟
2 3
𝑎 = 0,976 − 1,835 × 10−3 𝑆𝑚á𝑥 + 1,431 × 10−6 𝑆𝑚á𝑥 − 4,106 × 10−10 𝑆𝑚á𝑥

𝑎 = 0,976 − 1,835 × 10−3 . 1280 + 1,431 × 10−6 . 12802 − 4,106 × 10−10 . 12803

𝑎 = 0,1107
1
𝑞= 𝑞 = 0,9476
0,1107
1+
4
𝐾𝑓 = 1 + 0,9476. 1,85 − 1 𝐾𝑓 = 1,805

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f) Cálculo da tensão equivalente de von Misses para a tensão média


(seq m):
1,663 × 106 3,002 × 106
𝜎𝑒𝑞𝑚 = 𝐾𝑓 . 𝜎𝑒𝑞𝑚0 = 1,805. 3 = 3 𝑀𝑃𝑎
𝑑 𝑑

g) Cálculo da tensão equivalente de von Misses para a amplitude de


tensão (seq a):
3,426 × 106 6,184 × 106
𝜎𝑒𝑞𝑎 = 𝐾𝑓 . 𝜎𝑒𝑞𝑎0 = 1,805. 3
= 3
𝑀𝑃𝑎
𝑑 𝑑

Diâmetro “d” em mm
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j) Aplicação do critério de Goodman:


𝜎𝑒𝑞𝑚 𝜎𝑒𝑞𝑎 1
+ =
𝑆𝑚á𝑥 𝑆𝑛 𝑐𝑠

3,002 × 106 6,184 × 106


𝑑3 𝑑 3 1
+ −0,107 =
1280 437,5. 𝑑 1,45

𝑑 = 32,12 𝑚𝑚
1
0,07077 + 0,61828 =
1,45
𝑆𝑛 = 437,5. 32,12−0,107 𝑀𝑃𝑎 𝑆𝑛 = 301,8 𝑀𝑃𝑎
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• Determinar a curva de histerese para o material:


• Aço 1045 com dureza 220 HB

Propriedades monotônicas Propriedades cíclicas


Resistência ao escoamento 634 MPa Resistência ao escoamento cíclico 414 MPa
Tensão de ruptura 1227 MPa Tensão de ruptura cíclica 1227 MPa
Deformação na ruptura 1,04 Deformação na ruptura cíclica 1,00
H 1145 MPa H’ 1344 MPa
n 0,13 n’ 0,18
Módulo de elasticidade 200 GPa
Resistência máxima 724 MPa

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• Curva tensão x deformação monotônica

𝜀 = 𝜀𝑒 + 𝜀𝑝

𝜎
𝜀𝑒 =
𝐸
1ൗ
𝜎 𝑛
𝜀𝑝 =
𝐻

𝜎 𝜎 7,692
𝜀= +
200000 1145

141
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• Curva tensão x deformação cíclica

𝜀𝑎 = 𝜀𝑒𝑎 + 𝜀𝑝𝑎
𝜎𝑎
𝜀𝑒𝑎 =
𝐸
1ൗ
𝜎𝑎 𝑛′
𝜀𝑝𝑎 =
𝐻′

𝜎 𝜎 5,555
𝜀𝑎 = +
200000 1344

142
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• O material amolece com a deformação cíclica

143
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• Laço de histerese

• Limitando o laço de histerese em sa=700 MPa


5,555
700 700
𝜀𝑎 = + = 0,030175
200000 1344

144
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• Laço de histerese

• Aplicando s=700 MPa a partir do ponto A


1ൗ 1ൗ
𝑛′ 0,18
∆𝜎 ∆𝜎 700 700
∆𝜀 = +2 ∆𝜀 = +2 = 0,004634
𝐸 2𝐻′ 200000 2.1344

𝜎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ∆𝜎
𝜎𝐶 = 𝜎𝐴 + 700 = −700 + 700 = 0 𝑀𝑃𝑎
𝜀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ∆𝜀
𝜀𝐶 = 𝜀𝐴 + 0,004634 = −0,030175 + 0,004634 = −0,02554

145
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• Laço de histerese

• Aplicando s=1100 MPa a partir do ponto A


1ൗ 1ൗ
𝑛′ 0,18
∆𝜎 ∆𝜎 1100 1100
∆𝜀 = +2 ∆𝜀 = +2 = 0,019472
𝐸 2𝐻′ 200000 2.1344

𝜎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ∆𝜎
𝜎𝐷 = 𝜎𝐴 + 1100 = −700 + 1100 = 400 𝑀𝑃𝑎
𝜀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ∆𝜀
𝜀𝐷 = 𝜀𝐴 + 0,019472 = −0,030175 + 0,019472 = −0,01070

146
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 10

• Laço de histerese

• Aplicando s=1300 MPa a partir do ponto A


1ൗ 1ൗ
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎 1300 1300 0,18
∆𝜀 = +2 ∆𝜀 = +2 = 0,041845
𝐸 2𝐻′ 200000 2.1344

𝜎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ∆𝜎
𝜎𝐸 = 𝜎𝐴 + 1300 = −700 + 1300 = 600 𝑀𝑃𝑎
𝜀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ∆𝜀
𝜀𝐸 = 𝜀𝐴 + 0,019472 = −0,030175 + 0,041845 = 0,011670

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A
• Laço de histerese
Exemplo 10

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TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 10

• Laço de histerese
• Aplicando s=700 MPa a partir do ponto B, admitindo-se que o ramo de
descarga é simétrico ao ramo de carga
1ൗ 1ൗ
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎 700 700 0,18
∆𝜀 = +2 ∆𝜀 = +2 = 0,04634
𝐸 2𝐻′ 200000 2.1344

𝜎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − ∆𝜎
𝜎𝐹 = 𝜎𝐵 − 700 = 700 − 700 = 0 𝑀𝑃𝑎
𝜀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − ∆𝜀
𝜀𝐹 = 𝜀𝐵 − 0,04634 = 0,030175 − 0,041845 = 0,02554

149
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• Laço de histerese

• Aplicando s=1100 MPa a partir do ponto B, admitindo-se que o ramo de


descarga é simétrico ao ramo de carga
1ൗ 1ൗ
𝑛′ 0,18
∆𝜎 ∆𝜎 1100 1100
∆𝜀 = +2 ∆𝜀 = +2 = 0,019472
𝐸 2𝐻′ 200000 2.1344

𝜎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − ∆𝜎
𝜎𝐺 = 𝜎𝐵 − 1100 = 700 − 1100 = −400 𝑀𝑃𝑎

𝜀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − ∆𝜀
𝜀𝐺 = 𝜀𝐵 − 0,019472 = 0,030175 − 0,019472 = 0,01070

150
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 10

• Laço de histerese

• Aplicando s=1300 MPa a partir do ponto B, admitindo-se que o ramo de


descarga é simétrico ao ramo de carga
1ൗ 1ൗ
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎 1300 1300 0,18
∆𝜀 = +2 ∆𝜀 = +2 = 0,041845
𝐸 2𝐻′ 200000 2.1344

𝜎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − ∆𝜎
𝜎𝐻 = 𝜎𝐵 − 1300 = 700 − 1300 = −600 𝑀𝑃𝑎
𝜀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − ∆𝜀
𝜀𝐻 = 𝜀𝐵 − 0,041845 = 0,030175 − 0,041845 = −0,011670

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A
• Laço de histerese
Exemplo 10

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TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 10

• Tensão residual
• Fazendo =0 e, portanto, =0,030175 MPa a partir do ponto A
𝜀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ∆𝜀

𝜀𝐼 = 𝜀𝐴 + ∆𝜀 = 0
0 = −0,030175 + ∆𝜀 → ∆𝜀 = 0,030175
1ൗ 1ൗ
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎 ∆𝜎 ∆𝜎 0,18
∆𝜀 = +2 0,030175 = +2
𝐸 2𝐻′ 200000 1344

∆𝜎 = 1213,5 𝑀𝑃𝑎

𝜎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ∆𝜎 𝜎𝐼 = 𝜎𝐴 + 1213,5 = −700 + 1213,5 = 513,5 𝑀𝑃𝑎

153
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 10

• Tensão residual
• Fazendo =0 e, portanto, =─0,030175 MPa a partir do ponto B
𝜀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − ∆𝜀

𝜀𝐽 = 𝜀𝐵 − ∆𝜀 = 0
0 = 0,030175 − ∆𝜀 → ∆𝜀 = 0,030175
1ൗ 1ൗ
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎 ∆𝜎 ∆𝜎 0,18
∆𝜀 = +2 0,030175 = +2
𝐸 2𝐻′ 200000 1344

∆𝜎 = 1213,5 𝑀𝑃𝑎

𝜎𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝜎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − ∆𝜎 𝜎𝐽 = 𝜎𝐵 − 1213,5 = 700 − 1213,5 = −513,5 𝑀𝑃𝑎

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TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura

• Laço de histerese
Exemplo 10

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TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 11
✓Tensão e deformação elastoplástica em furo circular, Kt=3, sob tensão
nominal s0=500 MPa em material com Se=700 MPa, Smáx=1200 MPa, E=210000
MPa, H=1400 MPa e n=0,085. Regra linear.
𝐾𝜀 = 𝐾𝑡 = 3 1ൗ
𝜎 𝜎 𝑛
𝜀= +
𝜎0 𝐸 𝐻
𝜀0 =
𝐸
1ൗ
𝜎 𝜎 0,085
500 0,007143 = +
𝜀0 = = 0,002381 210000 1400
210000

𝜀 = 𝐾𝑡 . 𝜀0 𝜎 = 856 𝑀𝑃𝑎

𝜀 = 3 . 0,002381 = 0,007143

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TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 11
✓Tensão e deformação elastoplástica em furo circular, Kt=3, sob tensão nominal
s0=500 MPa em material com Se=700 MPa, Smáx=1200 MPa, E=210000 MPa,
H=1400 MPa e n=0,085.
1ൗ
𝜎 𝜎 𝑛
𝜀= +
𝐸 𝐻

856

𝜀 = 𝐾𝑡 . 𝜀0
s=856 MPa
0,007143
=0,007143

173
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 12

Tensão e deformação elastoplástica em furo circular – Regra Linear:


d=16 mm
Kt=3
Tensão nominal máxima s0máx=500 MPa
Tensão nominal mínima s0mín=-150 MPa

em material com 2
𝑎 = 1,239 − 2,250 × 10−3 𝑆𝑚á𝑥 + 1,600 × 10−6 𝑆𝑚á𝑥 3
− 4,105 × 10−10 𝑆𝑚á𝑥
Se=700 MPa 𝑎 = 1,239 − 2,250 × 10−3 . 1200 + 1,600 × 10−6 .12002 −4,105 × 10−10 .12003
Smáx=1200 MPa
𝑎 = 0,113656
E=210000 MPa
1 1
H=1400 MPa 𝑞= 𝑞=
0,252624
= 0,954878
𝑎 1+
H’=1530 MPa 1+
𝑟 16/2
n=0,085
𝐾𝑓 = 1 + 𝑞(𝐾𝑡 − 1) 𝐾𝑓 = 1 + 0,917948 3 − 1 = 2,909755
n’=0,091
174
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 12

1ൗ
𝜎 𝜎 𝑛
𝜀= +
𝐸 𝐻
1ൗ
𝑛′
A
∆𝜎 ∆𝜎 856
∆𝜀 = + 2.
𝐸 2𝐻′ 𝜀 = 𝐾𝑡 . 𝜀0

-0,001863

0,007143

∆𝜀 = 𝐾𝑓 . ∆𝜀0
-730
B
1ൗ
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎
∆𝜀 = + 2.
𝐸 2𝐻′

175
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 13

Tensão e deformação elastoplástica em furo circular, Kt=3, sob tensão nominal


s0=500 MPa em material com Se=700 MPa, Smáx=1200 MPa, E=210000 MPa,
H=1400 MPa e n=0,085. Regra de Neuber.

1ൗ
𝜎 𝜎 𝑛
𝜀= +
921 𝐸 𝐻

2
𝐾𝑡 . 𝜎0
𝜀=
𝜎. 𝐸

0,01163
s=921 MPa
=0,01163
180
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 14

Tensão e deformação elastoplástica em furo circular – Regra de Neuber:


d=16 mm
Kt=3
Tensão nominal máxima s0máx=500 MPa
Tensão nominal mínima s0mín=-150 MPa

em material com 2
𝑎 = 1,239 − 2,250 × 10−3 𝑆𝑚á𝑥 + 1,600 × 10−6 𝑆𝑚á𝑥 3
− 4,105 × 10−10 𝑆𝑚á𝑥
Se=700 MPa 𝑎 = 1,239 − 2,250 × 10−3 . 1200 + 1,600 × 10−6 .12002 −4,105 × 10−10 .12003
Smáx=1200 MPa
𝑎 = 0,113656
E=210000 MPa
1 1
H=1400 MPa 𝑞= 𝑞=
0,252624
= 0,954878
𝑎 1+
H’=1530 MPa 1+
𝑟 16/2
n=0,085
𝐾𝑓 = 1 + 𝑞(𝐾𝑡 − 1) 𝐾𝑓 = 1 + 0,917948 3 − 1 = 2,909755
n’=0,091
185
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 14

1ൗ
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎 𝜎 𝜎
1ൗ
𝑛
∆𝜀 = + 2. 𝜀= +
𝐸 2𝐻′ A 𝐸 𝐻
921

2
𝐾𝑓 . ∆𝜎0
2 𝐾𝑡 . 𝜎0
∆𝜀 = 𝜀=
∆𝜎. 𝐸 𝜎. 𝐸
0,001356

0,01163

1ൗ
𝑛′
-737 ∆𝜎 ∆𝜎
∆𝜀 = + 2.
B 𝐸 2𝐻′

186
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 15

Tensão e deformação elastoplástica em furo circular, Kt=3, sob tensão nominal


s0=500 MPa em material com Se=700 MPa, Smáx=1200 MPa, E=210000 MPa,
H=1400 MPa e n=0,085. Regra de Glinka.
1ൗ
𝜎 𝜎 𝑛
𝜀= +
𝐸 𝐻

881

2 1ൗ
𝐾𝑡 . 𝜎0 𝜎2 2𝜎 𝜎 𝑛
= + .
𝐸 𝐸 𝑛+1 𝐻

s=881 MPa
=0,008496
0,008496

192
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 16

Tensão e deformação elastoplástica em furo circular – Regra de Glinka:


d=16 mm
Kt=3
Tensão nominal máxima s0máx=500 MPa
Tensão nominal mínima s0mín=-150 MPa

em material com 2
𝑎 = 1,239 − 2,250 × 10−3 𝑆𝑚á𝑥 + 1,600 × 10−6 𝑆𝑚á𝑥 3
− 4,105 × 10−10 𝑆𝑚á𝑥
Se=700 MPa 𝑎 = 1,239 − 2,250 × 10−3 . 1200 + 1,600 × 10−6 .12002 −4,105 × 10−10 .12003
Smáx=1200 MPa
𝑎 = 0,113656
E=210000 MPa
1 1
H=1400 MPa 𝑞= 𝑞=
0,252624
= 0,954878
𝑎 1+
H’=1530 MPa 1+
𝑟 16/2
n=0,085
𝐾𝑓 = 1 + 𝑞(𝐾𝑡 − 1) 𝐾𝑓 = 1 + 0,917948 3 − 1 = 2,909755
n’=0,091
194
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 16

1ൗ
𝜎 𝜎 𝑛
𝜀= +
1ൗ
𝐸 𝐻
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎 881
∆𝜀 = + 2. 1ൗ
𝐸 2𝐻′ 𝐾𝑡 . 𝜎0 2
𝜎2 2𝜎 𝜎 𝑛
= + .
𝐸 𝐸 𝑛+1 𝐻
-0,00076

0,008496 1ൗ
𝑛′
∆𝜎 ∆𝜎
∆𝜀 = + 2.
-721 𝐸 2𝐻′
2 1ൗ ′
2 𝑛
𝐾𝑓 . ∆𝜎0 ∆𝜎 4∆𝜎 ∆𝜎
= + .
𝐸 𝐸 𝑛′ + 1 2𝐻′

195
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Resumo dos Exemplos 11 a 16

Regra Linear Regra de Neuber Regra de Glinka


Tensão (smáx) 856 MPa 921 MPa 881 MPa
Carga monotônica
Deformação (máx) 0,007143 0,01163 0,008496
Descarga até carga Tensão (smín) -730 MPa -737 MPa -721 MPa
mínima Deformação (mín) -0,001863 0,001356 -0,00076
Amplitude de 793 MPa 829 MPa 801 MPa
tensão (sa)
Carga cíclica
Amplitude de 0,004503 0,005137 0,00463
deformação (a)

196
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 17
Determinar as constantes da relação tensão x deformação e deformação x vida
para os dados de ensaio elastoplástico cíclico a seguir, com 𝐸 = 195800 𝑀𝑃𝑎:
∆𝜺 ∆𝝈 ∆𝜺𝒆 ∆𝜺𝒑 2.Nf
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
0,03930 1120 0,00572 0,03358 50
0,03930 1117 0,00570 0,03360 68
0,02925 1069 0,00546 0,02379 122
0,01975 989 0,00505 0,01470 256
0,01960 989 0,00505 0,01455 350
0,01375 941 0,00481 0,00894 488
0,00980 900 0,00460 0,00520 1364
0,00980 872 0,00445 0,00535 1386
0,00655 834 0,00426 0,00229 3540
0,00630 820 0,00419 0,00211 3590
0,00460 786 0,00401 0,00059 9100
0,00360 731 0,00373 -0,00013 35200
0,00295 583 0,00298 -0,00003 140000 223
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 17

𝜎′𝑓 𝑏
𝜀𝑒𝑎 = 2𝑁𝑓
𝐸

𝜎′𝑓
= 0,007831
𝐸
𝜎′𝑓 = 195800 . 0,007831

𝜎′𝑓 = 1533 𝑀𝑃𝑎

𝑏 = −0,076144

224
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 17

𝑐
𝜀𝑎𝑝 = 𝜀′𝑓 2𝑁𝑓

𝜀′𝑓 = 0,811161

c = −0,731859

225
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 17

226
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 17

227
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 17

𝜎𝑎 = 𝜀𝑝𝑛′𝑎 . 𝐻′

𝐻 ′ = 1492 𝑀𝑃𝑎

𝑛′ = 0,093865

228
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 17

Cálculo aproximado, para os dados do ensaio de tração do material:


𝜎𝑓 = 1572 𝑀𝑃𝑎
𝜀𝑓 = 0,734
𝐸 = 195800 𝑀𝑃𝑎
Empregando-se:
𝑏 = −0,085 𝑏 −0,085 ′ = 0,1417

𝑛 =

→ 𝑛 = −0,6 → 𝑛
𝑐 = −0,6 𝑐

𝜎′𝑓 ≅ 𝜎𝑓 = 1572 𝑀𝑃𝑎 𝜀′𝑓 = 𝜀𝑓 = 0,734

𝜎′𝑓 1572
𝐻′ = 𝑛′ → 𝐻′ = → 𝐻 ′ = 1642 𝑀𝑃𝑎
0,734 0,1417
𝜀′𝑓

229
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 17

Calculado a partir de
Parâmetro Diferença
dados experimentais aproximações
𝜎′𝑓 1533 𝑀𝑃𝑎 1572 𝑀𝑃𝑎 +2,54 %
𝜀′𝑓 0,8112 0,7340 −9,5 %
𝑏 −0,0761 −0,0850 +11,7 %
𝑐 −0,7319 −0,6000 −18,0 %
𝐻′ 1492 𝑀𝑃𝑎 1642 𝑀𝑃𝑎 +10,0 %
𝑛′ 0,0939 0,1417 +50,9 %

230
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 18
Tensão e deformação elastoplástica em furo circular – Regra de Neuber:
d=16 mm ; Kt=3
Tensão nominal máxima s0máx=500 MPa
Tensão nominal mínima s0mín=-150 MPa
em material com
Se=700 MPa
Smáx=1200 MPa Regra de Neuber
E=210000 MPa Tensão (smáx) 921 MPa
H=1400 MPa Carga monotônica
Deformação (máx) 0,01163
H’=1530 MPa Descarga até carga Tensão (smín) -737 MPa
n=0,085 mínima Deformação (mín) 0,001356
n’=0,091 Amplitude de 829 MPa
σ’f=1545 MPa tensão (sa)
Carga cíclica
’f=1,113 Amplitude de 0,005137
b= -0,0527 deformação (a)
c= -0,579 252
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 18

Número de ciclos de transição

1
𝜀′𝑓 𝐸 𝑏−𝑐
2𝑁𝑡 =
𝜎′𝑓

1
1,113.210000 −0,0527−(−0,579)
2𝑁𝑡 =
1545

2𝑁𝑡 = 13858 𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠õ𝑒𝑠

𝑁𝑡 = 6929 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
253
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 18

Regra de Morrow
𝜎𝑚á𝑥 + 𝜎𝑚í𝑛
Tensão média 𝜎𝑚 =
2
921 + (−737)
𝜎𝑚 = = 92 𝑀𝑃𝑎
2
𝜎′𝑓 − 𝜎𝑚 𝑏 𝑐
𝜀𝑎 = 2𝑁𝑓 + 𝜀′𝑓 2𝑁𝑓
𝐸
1545 − 92 −0,0527 −0,579
0,005137 = 2𝑁𝑓 + 1,113. 2𝑁𝑓
210000

2𝑁𝑓 = 105319 𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠õ𝑒𝑠

𝑁𝑓 = 52659 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
254
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 18

Regra de Manson e Halford


𝜎𝑚á𝑥 + 𝜎𝑚í𝑛
Tensão média 𝜎𝑚 =
2
921 + (−737)
𝜎𝑚 = = 92 𝑀𝑃𝑎
2
𝑐
𝜎′𝑓 − 𝜎𝑚 𝑏 𝜎′𝑓 − 𝜎𝑚 𝑏 𝑐
𝜀𝑎 = 2𝑁𝑓 + 𝜀′𝑓 . 2𝑁𝑓
𝐸 𝜎′𝑓
−0,579
1545 − 92 −0,0527 1545 − 92 −0,0527 −0,579
0,005137 = 2𝑁𝑓 + 1,113. 2𝑁𝑓
210000 1545

2𝑁𝑓 = 42205 𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠õ𝑒𝑠

𝑁𝑓 = 21102 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
255
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 18

Regra de Smith, Watson e Topper


𝜎𝑚á𝑥 + 𝜎𝑚í𝑛 𝜎𝑚á𝑥 = 𝜎𝑚 + 𝜎𝑎
Tensão média 𝜎𝑚 =
2
921 + (−737) 𝜎𝑚á𝑥 = 92 + 829 = 921 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑚 = = 92 𝑀𝑃𝑎
2
2𝑏 𝑏+𝑐
𝜎𝑚á𝑥 𝜀𝑎 𝐸 = 𝜎′𝑓2 . 2𝑁𝑓 +𝜎′𝑓. 𝜀′𝑓 . 𝐸. 2𝑁𝑓

2.−0,0527 −0,0527+(−0,579)
921.0,005137.210000 = 15452 . 2𝑁𝑓 +1545.1,113.210000. 2𝑁𝑓

2𝑁𝑓 = 87011 𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠õ𝑒𝑠

𝑁𝑓 = 43505 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
256
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 18

Método das inclinações universais

0,832 −0,53
𝑆𝑚á𝑥 −0,09 0,155 𝑆𝑚á𝑥 −0,56
𝜀𝑎 = 0,623. 2𝑁𝑓 + 0,0196. 𝜀𝑓 . 2𝑁𝑓
𝐸 𝐸

0,832 −0,53
1200 −0,09 0,155
1200 −0,56
0,005137 = 0,623. 2𝑁𝑓 + 0,0196. 1,113 . 2𝑁𝑓
210000 210000

2𝑁𝑓 = 13072 𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠õ𝑒𝑠

𝑁𝑓 = 6536 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠

257
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 19 – Tamanho máximo da trinca

✓ Trinca passante central em placa com largura 200 mm e espessura 10 mm


✓ KIC = 75 MPa m
✓ P=300 kN
𝑃 300000
𝜎= = = 150 𝑀𝑃𝑎
𝐵𝑊 10.200
𝑊 𝜋𝑎 𝜋𝑎
𝐾𝐼 = 𝜎 𝜋𝑎. 𝑠𝑒𝑐 = 𝜎. 𝑊𝑠𝑒𝑐
𝜋𝑎 𝑊 𝑊

𝜋𝑎𝑐
75 = 150. 0,2. 𝑠𝑒𝑐 0,2

𝑎𝑐 = 0,040967 𝑚 = 40,967 mm
2𝑎 2𝑎 2.40,967
0< < 0,95 = = 0,40967
𝑊 𝑊 200
361
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 20 – Tamanho máximo da trinca

✓ Trinca passante de borda em placa com largura 200 mm e espessura 10 mm


✓ KIC = 75 MPa m
✓ P=300 kN
300000
𝜎= = 150 𝑀𝑃𝑎
10.200
Para W→∞ Y=1,12 na equação
75 = 1,12.150. 𝜋𝑎𝑐 𝑀𝑃𝑎 𝑚
𝑎𝑐 = 0,06344 𝑚
𝑎 63,44
= = 0,317
𝑊 200
3=𝑌 𝜋 𝑌 = 1,693
75 = 1,693.150. 𝜋𝑎𝑐 𝑎𝑐 = 0,02777 𝑚 364
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 20 – Tamanho máximo da trinca

✓ Trinca passante de borda em placa com largura 200 mm e espessura 10 mm


✓ KIC = 75 MPa m
✓ P=300 kN

𝑎 27,77
= = 0,139
𝑊 200
2,2 = 𝑌 𝜋 𝑌 = 1,241
75 = 1,241.150. 𝜋𝑎𝑐

𝑎𝑐 = 0,05165 𝑚

365
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 20 – Tamanho máximo da trinca

✓ Trinca passante de borda em placa com largura 200 mm e espessura 10 mm


✓ KIC = 75 MPa m
✓ P=300 kN
𝑎 300000
0< < 0,95 𝜎= = 150 𝑀𝑃𝑎
𝑊 10.200
𝑎 𝑎 2 𝑎 3 𝑎 4
𝐾 = 𝜎 𝜋𝑎 1,12 − 0,231 + 10,550 − 21,710 + 30,382 𝑀𝑃𝑎 𝑚
𝑊 𝑊 𝑊 𝑊

𝑎𝑐 𝑎𝑐 2 𝑎𝑐 3 𝑎𝑐 4
75 = 150 𝜋𝑎𝑐 1,12 − 0,231 + 10,550 − 21,710 + 30,382 𝑀𝑃𝑎 𝑚
0,2 0,2 0,2 0,2

𝑎𝑐 = 0,04136 𝑚

366
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 21

✓ Determinação da máxima carga de tração em uma haste de seção quadrada


de lado 40 mm, com uma trinca transversal ao seu eixo.

✓ A trinca é de superfície, com largura 2c=10 mm e profundidade a=4 mm.

✓ O material da haste apresenta Se=500 MPa, KIC=90 MPa m, módulo de


elasticidade E=205000 MPa e coeficiente de Poisson =0,305.

✓ A condição de carregamento é EPD.

Carga máxima para o limite de escoamento


𝑃 𝑃
𝜎 = ≤ 𝑆𝑒 500 = P = 800 𝑘𝑁
𝐴 40.40

387
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 21

Carga máxima para a tenacidade à fratura

𝜋𝑎 Com ao carga é distribuída uniformemente


𝐾𝐼 = 𝜆𝑠 𝜎 𝑓 𝜙 na seção 𝜃 = 90°
𝑄
1,65
𝑎 1,65 4
𝑄 = 1 + 1,464 𝑄 = 1 + 1,464 = 2,013
𝑐 10ൗ
2
𝑎 2]
𝜆𝑠 = 1,13 − 0,09 . [1 + 0,1. 1 − 𝑠𝑒𝑛𝜙
𝑐
4 2
𝜆𝑠 = 1,13 − 0,09 . 1 + 0,1. 1 − 𝑠𝑒𝑛90 = 1,058
10ൗ
2
388
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 21

Carga máxima para a tenacidade à fratura


1ൗ
𝑎 2 4
2
𝑓(𝜙) = 𝑠𝑒𝑛 𝜙 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝜙
𝑐
1ൗ
2 4
4
𝑓 90 = 𝑠𝑒𝑛2 90 + 𝑐𝑜𝑠 2 90 =1
10ൗ
2

𝜋𝑎 𝑃 𝜋. 0,004
𝐾𝐼 = 𝜆𝑠 𝜎 𝑓 𝜙 90 = 1,058 .1
𝑄 40.40 2,013

𝑃𝑐 = 1723 𝑘𝑁
389
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 21

Carga máxima para a tenacidade à fratura considerando a plastificação


na ponta da trinca
2 Com ao carga é distribuída
𝜋𝑎 𝜎
𝑄 = 𝑄 − 0,212 uniformemente na seção
𝐾𝑒𝑓 = 𝜆𝑠 𝜎 𝑓𝜙 𝑒𝑓
𝑆𝑒
𝑄𝑒𝑓 𝜃 = 90°

𝜆𝑠 = 1,058 𝑄 = 2,013 𝑓 90 = 1
2
𝑃ൗ
𝑄𝑒𝑓 = 2,013 − 0,212 40.40
500

𝑄𝑒𝑓 = 2,013 − 3,3125 × 10−13 𝑃2

𝑃 𝜋. 0,004 𝑃𝑐 = 1412 𝑘𝑁
90 = 1,058.
40.40 2,013 − 3,3125 × 10−13 𝑃2
390
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 22

✓ Um vaso de pressão esférico é construído de aço ASTM A517-F e opera em


temperatura ambiente. O diâmetro interno é de 2r=d=13262 mm, a
espessura da parede é de t=30 mm e a pressão máxima é de p=3 MPa. A
condição de vazamento antes da quebra foi atendida? Qual é o fator de
segurança em K em relação a KIc, e qual é o fator de segurança contra o
escoamento?

410
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 22

✓ Dados:
✓ 𝐾𝐼𝑐 = 187 𝑀𝑃𝑎 𝑚
✓ 𝑆𝑒 = 760 𝑀𝑃𝑎

✓ A máxima pressão no vaso é:

𝑝. 𝑟 𝑝. 𝑑 3.13262
𝜎𝑡 = = 𝜎𝑡 = = 331,6 𝑀𝑃𝑎
2. 𝑡 4. 𝑡 4.30

✓ Cálculo da espessura para leak before failure:

𝐾𝐼𝑐 = 𝑌𝜎 𝜋𝑎𝑐 187 = 1,0.331,6 𝜋𝑎𝑐 𝑎𝑐 = 0,1012 𝑚

✓ Como ac > t haverá vazamento antes de uma falha catastrófica


411
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 22

✓ Cálculo de K para a condição de operação:

𝐾 = 𝑌𝜎 𝜋𝑎𝑐 𝐾 = 1,0.331,6. 𝜋. 0,030 𝐾 = 101,8 𝑀𝑃𝑎 𝑚

✓ Cálculo do coeficiente de segurança para a fratura:


𝐾𝐼𝑐 187
𝑐𝑠𝑓 = = 𝑐𝑠𝑓 = 1,87
𝐾 101,8

✓ Cálculo do coeficiente de segurança para o escoamento:

𝑆𝑒 760 𝑐𝑠𝑒 = 2,29


𝑐𝑠𝑒 = =
𝜎 331,6

412
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 23

Uma placa com 1,0 m de largura construída em aço SAE-ABNT 1020, laminado a
frio, é submetida a esforços cíclicos entre 200 MPa e 0 MPa. As propriedades
mecânicas deste aço são:
Se = 630 MPa
Smáx = 670 MPa
E = 207 000 MPa
KIc = 104 MPam
C = 110-11 m/ciclo/(MPa m)m
m = 3 ,00

Qual a vida para o crescimento de uma trinca de fadiga que pode ser esperada,
se qualquer defeito na borda da placa é detectada quando for maior do que 1
mm?

435
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 23

Quando a chapa possui defeitos acima de 1 mm estes são removidos. Qualquer


defeito até 1 mm passa desapercebido, logo o máximo tamanho inicial da trinca é
de 1 mm.

Para esta geometria ∆𝐾 = 1,12. ∆𝜎 𝜋𝑎


desde que a trinca seja suficientemente pequena.

Isto é válido no início da vida, mas no fim da vida a trinca será bem maior.

O tamanho crítico da trinca, no ponto de carga máxima, pode ser obtido, em uma
primeira aproximação:
𝐾𝐼𝑐 = 𝑌𝜎𝑚á𝑥 𝜋𝑎𝑐

104 = 1,12.200 𝜋𝑎𝑐

𝑎𝑐 = 0,06862 𝑚 436
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 23
Para esta geometria com uma trinca com 𝑎𝑐 = 0,06862 𝑚:
𝑎 𝑎 2 𝑎 3 𝑎 4
Y= 1,12 − 0,231 + 10,550 − 21,710 + 30,382
𝑊 𝑊 𝑊 𝑊

2 3 4
0,06862 0,06862 0,06862 0,06862
𝑌 = 1,12 − 0,231 + 10,550 − 21,710 + 30,382
1 1 1 1

𝑌 = 1,145
Como a trinca cresce no início lentamente e apenas na última fração da vida é
que atinge um tamanho da ordem de ac, é perfeitamente possível usar um valor
de Y=1,12 constante, correspondente ao tamanho inicial, na integração, pois o
erro não será grande. Assim, o número de ciclos será:
3 3
1−2 1−2
2(0,001 − 0,06862 )
Δ𝑁 = ∆𝑁 = 88856 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
3−2 1 × 10−11 1,12.200. 𝜋 3

437
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 24
No exemplo anterior busca-se aumentar a vida de crescimento de trinca que
venha a ser gerada por algum defeito de borda. Uma alternativa seria aumentar
em 50% a tenacidade à fratura do material. Outra seria em diminuir em 50% o
tamanho máximo do defeito de borda. Analisando:
Aumentando em 50% KIc:
𝐾𝐼𝑐 = 1,5104 = 156 𝑀𝑃𝑎 𝑚

156 = 1,12.200 𝜋𝑎𝑐

𝑎𝑐 = 0,1544 𝑚
3 3
1−2 1−2 ∆𝑁 = 92922 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
2(0,001 − 0,1544 )
Δ𝑁 = Aumentando de 4,6% na vida
3 − 2 1 × 10−11 1,12.200. 𝜋 3

438
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 24

Diminuindo em 50% ai:

𝑎𝑖 = 0,0005 𝑚
3 3
1−2 1−2
2(0,0005 − 0,06862 ) ∆𝑁 = 130715 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
Δ𝑁 = Aumentando de 47,1% na vida
3 − 2 1 × 10−11 1,12.200. 𝜋 3

É muito mais conveniente diminuir o tamanho inicial da trinca, com um controle


mais rigoroso, do que usar um material mais sofisticado, de alta tenacidade,
onde o ganho de vida é percentualmente muito baixo.

439
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 25

Uma placa com 1,0 m de largura construída em aço SAE-ABNT 1020, laminado a
frio, é submetida a esforços cíclicos entre 200 MPa e 40 MPa. As propriedades
mecânicas deste aço são:
Se = 630 MPa
Smáx = 670 MPa
E = 207 000 MPa
KIc = 104 MPam
C = 110-11 m/ciclo/(MPa m)m
m = 3 ,00
 = 0,54

Qual a vida para o crescimento de uma trinca de fadiga que pode ser esperada,
se qualquer defeito na borda da placa é detectada quando for maior do que 1
mm?

446
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 25

Para esta geometria ∆𝐾 = 1,12. ∆𝜎 𝜋𝑎


desde que a trinca seja suficientemente pequena.

O tamanho crítico da trinca, no ponto de carga máxima, pode ser obtido, em uma
primeira aproximação:
𝐾𝐼𝑐 = 𝑌𝜎𝑚á𝑥 𝜋𝑎𝑐

104 = 1,12.200 𝜋𝑎𝑐 𝑎𝑐 = 0,06862 𝑚


𝜎𝑚í𝑛 40
𝑅= = = 0,2
𝜎𝑚á𝑥 200

∆𝜎 = 𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎𝑚í𝑛

∆𝜎 = 200 − 40 = 160 𝑀𝑃𝑎


447
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 25

𝑚 = 𝑚0 𝑚 = 3,0

𝐶0 1 × 10−11
𝐶= 𝐶=
1 − 𝑅 𝑚(1−𝛾) 1 − 0,2 3,0(1−0,54)
𝑚ൗ
𝐶 = 1,36 × 10−11 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜
𝑀𝑃𝑎 𝑚 𝑚

3 3
1−2 1−2
2(0,001 − 0,06862 )
Δ𝑁 =
3 − 2 1,36 × 10−11 1,12.160. 𝜋 3

∆𝑁 = 127608 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠

448
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 26

Uma placa com 1,0 m de largura construída em aço SAE-ABNT 1020, laminado a
frio, é submetida a esforços cíclicos entre 200 MPa e 160 MPa. As propriedades
mecânicas deste aço são:
Se = 630 MPa
Smáx = 670 MPa
E = 207 000 MPa
KIc = 104 MPam
C = 110-11 m/ciclo/(MPa m)m
m = 3 ,00
 = 0,54

Qual a vida para o crescimento de uma trinca de fadiga que pode ser esperada,
se qualquer defeito na borda da placa é detectada quando for maior do que 1
mm?

449
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 26

Para esta geometria ∆𝐾 = 1,12. ∆𝜎 𝜋𝑎


desde que a trinca seja suficientemente pequena.

O tamanho crítico da trinca, no ponto de carga máxima, pode ser obtido, em uma
primeira aproximação:
𝐾𝐼𝑐 = 𝑌𝜎𝑚á𝑥 𝜋𝑎𝑐

104 = 1,12.200 𝜋𝑎𝑐 𝑎𝑐 = 0,06862 𝑚


𝜎𝑚í𝑛 160
𝑅= = = 0,8
𝜎𝑚á𝑥 200

∆𝜎 = 𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎𝑚í𝑛

∆𝜎 = 200 − 160 = 40 𝑀𝑃𝑎


450
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 26

𝑚 = 𝑚0 𝑚 = 3,0

𝐶0 1 × 10−11
𝐶= 𝐶=
1 − 𝑅 𝑚(1−𝛾) 1 − 0,8 3,0(1−0,54)
𝑚ൗ
𝐶 = 9,217 × 10−11 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜
𝑀𝑃𝑎 𝑚 𝑚

3 3
1−2 1−2
2(0,001 − 0,06862 )
Δ𝑁 =
3 − 2 9,217 × 10−11 1,12.40. 𝜋 3

∆𝑁 = 1205092 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠

451
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 27

Uma viga em flexão com seção transversal quadrada em aço é submetida a


esforços cíclicos entre 400 MPa e 120 MPa. As propriedades mecânicas deste aço
são:
Se = 700 MPa
Smáx = 870 MPa
E = 207 000 MPa
KIc = 78 MPam
C = 210-11 m/ciclo/(MPa m)m
m = 3 ,25
 = 0,48

Qual a vida para o crescimento de uma trinca de fadiga que pode ser esperada,
para operação em vida finita? Admite-se que a trinca cresça com a razão a/c=1.

453
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 27

Tamanho crítico

𝜋𝑎 Com ao carga é distribuída uniformemente


𝐾𝐼 = 𝜆𝑠 𝜎 𝑓 𝜙 na seção 𝜃 = 90°
𝑄
1,65
𝑎 1,65 𝑄 = 1 + 1,464 1 = 2,464
𝑄 = 1 + 1,464
𝑐

𝑎 2]
𝜆𝑠 = 1,13 − 0,09 . [1 + 0,1. 1 − 𝑠𝑒𝑛𝜙
𝑐

𝜆𝑠 = 1,13 − 0,09 1 . 1 + 0,1. 1 − 𝑠𝑒𝑛90 2 = 1,04

454
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 21

Tamanho crítico →tamanho final


1ൗ
𝑎 2 4
2
𝑓(𝜙) = 𝑠𝑒𝑛 𝜙 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝜙
𝑐

𝑓 90 = 𝑠𝑒𝑛2 90 + 1 2 𝑐𝑜𝑠 2 90 1ൗ4 =1

𝜋𝑎 𝜆𝑠 1,04
𝐾𝐼 = 𝜆𝑠 𝜎𝑚á𝑥 𝑓 𝜙 𝑌= 𝑓 𝜙 𝑌= . 1,0 = 0,6625
𝑄 𝑄 2,464

78 = 0,6625.400 𝜋. 𝑎𝑓 𝑎𝑓 = 0,02757 m

455
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 21

Tamanho inicial da trinca gerada por fadiga


𝜎𝑚í𝑛 120
𝑅= 𝑅= = 0,3
𝜎𝑚á𝑥 400

∆𝐾𝑡ℎ = 6,5 1 − 0,85.0,3


∆𝐾𝑡ℎ = 4,84 𝑀𝑃𝑎 𝑚

∆𝐾𝑡ℎ = 𝑌∆𝜎 𝜋𝑎𝑖

4,84 = 0,6625. (400 − 120) 𝜋𝑎𝑖 𝑎𝑖 = 0,0002167 m

456
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo 27

𝑚 = 𝑚0 𝑚 = 3,25

𝐶0 2 × 10−11
𝐶= 𝐶=
1 − 𝑅 𝑚(1−𝛾) 1 − 0,3 3,25(1−0,48)
𝑚ൗ
𝐶 = 3,654 × 10−11 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜
𝑀𝑃𝑎 𝑚 𝑚

3,25 3,25
1− 1−
2(0,0002167 2 − 0,02757 2 )
Δ𝑁 =
3,25 − 2 . 3,654 × 10−11 0,6625.280. 𝜋 3,25

∆𝑁 = 53693 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠

457
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo
 Calcular o tamanho máximo da zona plástica para um corpo de prova
compacto [CT], que opera em EPD, feito de aço ASTM A533B com uma
deformação de 0,1. O aço obedece à relação tensão-deformação
Ramberg-Osgood.

𝑆𝑒 = 414 𝑀𝑃𝑎 𝐸 = 207 𝐺𝑃𝑎


𝑇 = 93 °𝐶 𝑛 = 0,10299
𝛼′ = 1,12 𝑊 = 203 𝑚𝑚
𝐵 = 101,5 𝑚𝑚 𝑎0 = 117 𝑚𝑚
𝑎𝑐 = 121 𝑚𝑚 𝐵 = 101,5 𝑚𝑚
𝜇 = 4,7 𝑚𝑚 𝐽𝐼𝑐 = 1,00 𝑚. 𝑀𝑃𝑎
𝐻 = 776 𝑀𝑃𝑎

482
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo
 A deformação no escoamento é:

𝑆𝑒 414
𝜀𝑒𝑠𝑐 = 𝜀𝑒𝑠𝑐 = 𝜀𝑒𝑠𝑐 = 0,002
𝐸 207000
2 3
𝐼1ൗ = 5,9017 − 0,1512. 1ൗ0,10299 − 0,00502. 1ൗ0,10299 + 0,0006 1ൗ0,10299
0,10299

𝐼1ൗ = 4,51
0,10299

𝑛 0,10299 𝜎 > 𝑆𝑒
𝜎 = 𝐻 𝜀𝑝 𝜎 = 776 0,1 𝜎 = 612 𝑀𝑃𝑎

𝑛+1 0,10299+1
𝐸𝐽 𝑆𝑒 𝑛 207000.1,00 414 0,10299
𝑟= 𝑟= .
2 . 𝜎 2
1,12. 414 . 4,51 612
𝛼′𝑆𝑒 𝐼𝑛

𝑟 = 0,00364 𝑚 𝑟 = 3,64 𝑚𝑚
483
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo

 Em uma placa com espessura B=13 mm a taxa crítica de liberação de energia


de deformação é G=32 kJ/m2, a resistência ao escoamento é Se=1500 MPa, o
coeficiente de Poisson é 0,333 e o módulo de elasticidade do aço é E=207
GPa. Determinar:

a) a validade do teste de flexão mecânica da fratura para a placa


contendo uma trinca de borda única de 8 mm de comprimento na fratura;
b) a tensão de fratura se a placa tiver 130 mm de largura e 1 m de
comprimento;
c) o valor crítico para o deslocamento da abertura da ponta da trinca;
d) o deslocamento;
e) o tamanho da zona plástica;
f) interpretar os resultados em relação à condição de deformação plana.

493
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo
2
2
1 − 𝜈 2 𝐾𝐼𝑐 1 − 0,3332 𝐾𝐼𝑐
𝐺𝐼𝑐 = 32 × 10−3 =
𝐸 207000

𝐾𝐼𝑐 = 86,32 𝑀𝑃𝑎 𝑚

2 2
𝐾𝐼𝑐 86,32
𝐵 ≥ 2,5 𝐵 ≥ 2,5
𝑆𝑒 1500

𝐵 ≥ 8,28 × 10−3 𝑚

Portanto, o teste é válido porque a espessura real da amostra é maior do


que a espessura mínima ASTM.

494
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo

𝐾𝐼𝑐 = 𝑌𝜎 𝜋𝑎 86,32 = 1,12𝜎𝑐 𝜋. 0,008

𝜎𝑐 = 486,2 𝑀𝑃𝑎

(3 − 4𝜈 + 1)(1 + 𝜈)𝐾𝐼2 (3 − 4.0,333 + 1)(1 + 0,333)86,322


𝛿= 𝛿=
4𝜋𝑆𝑒 𝐸 4𝜋. 1500.207000

𝛿 = 6,79 × 10−6 𝑚

𝛿 = 2. 𝑢𝑦 6,79 × 10−6 = 2. 𝑢𝑦

𝑢𝑦 = 3,396 × 10−6 𝑚

495
TMEC026 – Mecânica da Fadiga e da Fratura Exemplo

2 2 2 2
1 − 2𝜈 𝐾𝐼 1 − 2.0,333 86,32
𝑟= 𝑟=
2𝜋 𝑆𝑒 2𝜋 1500

𝑟 = 5,88 × 10−5 𝑚

Os resultados acima sugerem que a placa atendeu aos requisitos de


espessura ASTM E399 porque e se comportou de maneira frágil porque tanto
o tamanho da zona plástica quanto o deslocamento da abertura da ponta da
trinca são muito pequenos.

496

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