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RESULTADOS POR POR AÇÃO

Os utilizadores das demonstrações financeiras, nomeadamante os acionistas, os detentores de capital das sociedades anónimas e os investidores, com a necessidade de medirem o desempenho da entidade de uma forma
expedita, analisam o indicador dos Resultado líquido do período por ação. Este indicador de desempenho é denominado em língua inglesa como o PER, Price earning Ratio, e determina os lucros ou prejuízos por ação
num período de uma rentidade.
Na demosntrações financeiras de uma entidade, quando é aprsentado os resultados por ação, existindo a necessidade de assegurar que este indicador seja comparável na própria entidade , com os períodos anteriores e com
os indicadores de outras empresas externas à sociedade, cumprindo assim a característica da informação financeira da comparatividade, foi instituída no referencial contabilístico das Normas Internacionias de Contabilidade
a norma IAS 33 - Resultados por ação, que indica como os preparadores devem determinar a quele indicador, nomedamente o resultado por ação básico e o resultado por ação diluído.

Resultado por ação básicos

No referencial SNC, não existe nenhuma norma sobre esta temática, contudo o modelo das demonstrações financeiras do SNC, instituído com a Portaria nº. 220/2015, no regime geral do SNC, na demonstração dos resultados por
naturezas e por funções consolidada ou individual , na sua face exige a apresentação do Resultado por ação básico, do ano corrente (n) e do ano anterior (n-1) num quando autónomo, se a entidade for qualificada como socidade anónima (porque
é nestas sociedade que o seu capital social está dividido em ações). Contudo na Norma NCRF 1 - Estrutura e Conteúdo das demonstrações financeiras, no parágrafo 35, refere como deve ser calculado o resultado por
ação básico, que será dividindo os resultados atribuíveis aos detentores de capital próprio ordinário da empresa-mãe (o numerador) pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação (o denominador)
durante o período (NCRF 1 §35).
Embora não exista uma norma contabilística específica, para esta matéria, se exisitir alguma lacuna no normativo SNC sobre esta matéria, as entidades deverão recorrer à norma internacional de contabilidade IAS 33 (§§9 a 29),
por força do Anexo ao Dec. Lei 158/2009 , de a13 de julho, nº. 1.4, que indica que sempre que o SNC não responda a aspeto particular, a superação desssa lacuna será supletivamente pela seguinte ordem: 1º) Normas
Internacionais de Contabilidade, emitidas pelo IASB, endossadas pela Pela União Europeia; e 2º. Normas internacionais de Contabilidade (IAS) e norma internacionais de relato financeiros (IFRS) emitidas pelos IAASB
e respetivas interpretações SIC-IFRIC.

Assim o Resultado por Ação Básico será determinado pela seguinte fórmula (IAS33/NCRF 1) :

Demonstrações financeiras consolidadas:

RESULTADOS ATRIBUÍDOS AOS DETENTORES DO CP ORDINÁRIO DA EMPRESA MÃE

Resultado Básico por Ação (RBA) = (RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO - INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM) - (DIVIDENDOS PREFERENCIAIS - (TAXA DE IMPOSTO SOBRE LUCROS * DIVIDENDOS PREFERENCIAIS))
NÚMERO MÉDIO PONDERADO DE AÇÕES ORDINÁRIAS EM CIRCULAÇÃO

Demonstrações financeiras individuais:

Resultado Básico por Ação (RBA) = (RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO - (DIVIDENDOS PREFERENCIAIS - (TAXA DE IMPOSTO SOBRE LUCROS * DIVIDENDOS PREFERENCIAIS))
NÚMERO MÉDIO PONDERADO DE AÇÕES ORDINÁRIAS EM CIRCULAÇÃO

Notas sobre os termos da fração do RBA:

Dividendos preferenciais: Correspondem a direitos especiais associados a dterminadas acções que na distribuição de dividendos (lucros), tem dterminadas preferencias, nomeadamente a
a receber dividendos. Se estas ações não mantiverem os mesmos direitos das acções ordinárias, devem ser excluídas no montante das ações ordinárias em
circulação. Os dividendos preferenciais a considerar, deverão ser líquidos de impostos sobre rendimentos, ou seja deverá ser deduzido dos impostos sobre
o rendimento sobre lucros (ou outros).

Número médio ponderado de ações ordinárias: Para determinar o número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante um período de relato , deveremos excluir as ações com direitos especiais e que
não mantenham os direitos ds ações ordinárias e determinar a média tendo em considerações as datas dos vários acontecimentos ocorridos relacionados com ações nomeadamente:
1) A emissão de novas ações
2) A remição de ações
3) A compra e venda de ações próprias
Resultado por ação diluídos

O indicador Resultados por ação diluídos, o SNC não faz nenhuma referência, exisitindo a sua figura somente na norma internacional de contabiliade IAS 33 §§ 30 a 63.
Este indicador difere do indicador Resultado Básico por ação na medida em que a partir daquele indicador:

1) Ajusta Resultado líquido do período deduzindo também os dividendos depois de impostos de ações diluidoras
e quaisquer rendimentos ou gastos depois de impostos que resultariam da conversão das potenciais ações ordinárias diluidoras. (IAS 33 §12)

2) Adiciona ao número médio pondrado de ações em circulação o número médio de ações diluidoras, que potencialmente poderão
ser convertidas em ações ordinárias em circulação. (IAS 33 §19)

As ações diluidoras são aqueles instrumentos financeiros que podem potencialmente ser convertidos em ações ordinárias.

Assim o Resultado por Ação Diluídos será determinado pela seguinte fórmula (IAS33) :

Resultado por Ação Diluídos (RAD) = NUMERADOR DO RBA - (DIVIDENDOS PREFERENCIAIS DE AÇÕES DILUIDORAS - (TAXA DE IMPOSTO SOBRE LUCROS * DIVIDENDOS PREFERENCIAIS DE AÇÕES DILUIDORAS) +- RENDIMENTOS/GASTOS RESULTANTES DA EMISSÃO DAS AÇÕES DILUIDORAS LÍQUIDOS DE IMPOSTOD
DENOMINADOR DO RBA + NÚMERO MÉDIO PONDERADO DE AÇÕES DILUIDORAS EM CIRCULAÇÃO

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Autor: Tiago Matalonga B. Jorge Data da última revisão : 21/03/2023

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