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Ana Luiza Soares Palmeira

UC22200424
RESUMO CABEÇA E PESCOÇO

O crânio é o esqueleto da cabeça, uma reunião de componentes funcionais


unidos para formar uma única estrutura ossea. Os componentes funcionais
básicos incluem o neurocrânio, que contém o encéfalo e as orelhas internas, e
o viscerocrânio, quepossui um par de órbitas, cavidades nasais e lâminas
(processos alveolares) que possuem dentes na cavidade oral. Embora alguma
mobilidade entre os ossos do crânio seja vantajosa durante o nascimento, eles
são fixados por articulações praticamente imóveis (suturas), que permitem o
movimento independente apenas da mandíbula. Muitas fissuras e forames
facilitam a comunicação e a passagem de estruturas neurovasculares entre os
componentes funcionais. A substância óssea do crânio é distribuída de forma
desigual. Ossos planos relativamente finos (mas curvos em sua maioria)
proporcionam a resistência necessária para manter as cavidades e proteger
seu conteúdo. Entretanto, os ossos e processos do neurocrânio também
oferecem fixação proximal para os fortes músculos da mastigação que se fixam
distalmente à mandíbula. As grandes forças de tração geradas através da
cavidade nasal e das órbitas situadas entre as fixações musculares encontram
resistência das partes espessas dos ossos que formam pilares ou suportes
mais fortes. A superfície do crânio, em sua maior parte superficial, oferece
pontos de referência visíveis e palpáveis. As características internas da base
do crânio refletem as principais formações do encéfalo que repousam sobre
ela. As cristas ósseas que se irradiam a partir da sela turca central ou da fossa
hipofisial dividem-na em três fossas do crânio. Os lobos frontais do encéfalo
situam-se na fossa anterior do crânio. Os lobos temporais situam-se na fossa
média do crânio. O rombencéfalo, formado pela ponte, pelo cerebelo e bulbo,
ocupa a fossa posterior do crânio, com o bulbo continuando através do forame
magno, onde é contínuo com a medula espinal. A construção complexa do
crânio pode ser observada radiologicamente, facilitando o diagnóstico de
patologia e traumatismo da cabeça.
O couro cabeludo é o manto de tecido mole, parcialmente móvel, que cobre a
calvária. O componente subcutâneo primário do couro cabeludo é o músculo
epicrânico, ao qual a pele sobrejacente está firmemente fixada, mas é
separado do periósteo externo (pericrânio) do crânio por tecido conjuntivo
frouxo. A camada conjuntiva permite a mobilidade do couro cabeludo sobre a
calvária e permite a separação traumática do couro cabeludo do crânio. A
fixação da pele à aponeurose epicrânica mantém unidas as margens de feridas
superficiais, mas uma ferida que também penetra na aponeurose epicrânica
abre-se muito. Pode haver acúmulo de sangue no espaço conjuntivo abaixo da
aponeurose após um traumatismo craniano.
As meninges são três lâminas intracranianas: uma lâmina externa bilaminar
fibrosa significativa a dura-máter - e
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duas lâminas internas membranáceas delicadas e contínuas-a aracnóide-máter
e a pia-máter. A lâmina externa (periosteal) da duramáter é contínua com o
periósteo externo do crânio e está intimamente aplicada à superfície interna da
cavidade craniana. A lâmina interna (meningea) é uma lâmina de sustentação
(suporte) que reflete com maior precisão os contornos do encéfalo. A lâmina
interna se afasta da externa em alguns locais para formar pregas ou reflexões
durais que penetram nas grandes fissuras entre as partes do encéfalo,
subdividindo a cavidade craniana parcialmente em compartimentos menores
que evitam o movimento inercial do encéfalo. Na separação da lâmina
periosteal, são criados espaços intralaminares que acomodam os seios
venosos durais, que recebem a drenagem venosa do encéfalo e drenam
principalmente para a VJI. Os dois hemisférios cerebrais, separados pela foice
do cérebro, são as características dominantes do encéfalo humano. Embora o
padrão de giros e sulcos apresente grande variação, as outras características
do encéfalo, incluindo o tamanho geral do encéfalo, são bastante regulares de
um indivíduo para outro. Para fins descritivos, cada hemisfério cerebral é
dividido em quatro lobos que estão relacionados aos ossos sobrejacentes do
mesmo nome, mas cujos limites não correspondem a estes ossos.
O diencéfalo forma o núcleo central do encéfalo, com mesencé falo, ponte e
bulbo formando o tronco encefálico; o bulbo é contínuo com a medula espinal.
O cerebelo é a massa encefálica subtentorial que ocupa a fossa posterior do
crânio.
Cada hemisfério cerebral inclui um ventrículo lateral em seu centro; por outro
lado, o sistema ventricular do restante do encé falo é uma formação ímpar,
mediana, que se comunica com o espaço subaracnóideo que circunda o
encéfalo e a medula espinal. Os plexos corióideos secretam LCE para os
ventrículos, que flui deles para o espaço subaracnóideo. O LCE é absorvido
para o sistema venoso, normalmente na mesma velocidade com que é
produzido, pelas granulações aracnóideas relacionadas ao seio sagital
superior.
Um fornecimento contínuo de oxigênio ao nutrientes é essencial para a função
encefálica. O encéfalo recebe um suprimento sanguíneo duplo dos ramos
cerebrais do par bilateral de artérias carótida interna e vertebral. As
anastomoses entre essas artérias formam o círculo arterial cerebral. Também
há anastomoses entre os ramos das três artérias cerebrais na superficie do
encéfalo. Em adultos, se uma das quatro artérias que levam sangue para o
encé falo for obstruída, as outras três geralmente não são capazes de
proporcionar circulação colateral adequada; conseqüentemente, há
comprometimento do fluxo sanguíneo (isquemia) e um acidente vascular
cerebral isquêmico. A drenagem venosa do encéfalo ocorre através de seios
venosos durais e veias jugulares internas.
A face é responsável por nossa identidade como ser humano. Assim, defeitos
congênitos ou adquiridos têm conse qüências além de seus efeitos físicos. A
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individualidade da face resulta principalmente de variações anatômicas. A
forma como os músculos faciais alteram as características básicas é
fundamental para a comunicação. Os lábios e o formato e o grau de abertura
da boca são componentes importantes da fala, mas a ênfase e as sutilezas do
significado são fornecidas por nossas expressões faciais. Os músculos faciais
têm papéis importantes como dilatadores e esfincteres das aberturas dos
sistemas digestório, respiratório e visual (rima da boca e das pálpebras, e
narinas), controlando o que entra e parte do que sai de nossos corpos. Outros
músculos da face ajudam os músculos da mastigação mantendo o alimento
entre os dentes durante a mastigação. Partes carnosas da face (pálpebras,
bochechas) formam paredes dinâmicas de contenção das órbitas e da
cavidade oral. Os músculos faciais são todos derivados do segundo arco
faríngeo e, portanto, são supridos pelo nervo desse arco, o nervo facial (NC
VII). Os músculos faciais são subcutâneos, a maioria tendo uma origem
esquelética e uma inserção cutânea. A face não possui a fáscia muscular
presente em outras partes do corpo.
A face é altamente sensível. Recebe inervação sensitiva das três divisões do
nervo trigêmeo (NCV). Os principais ramos termi nais de cada divisão chegam
ao tecido subcutâneo de cada lado da face através de três forames alinhados
verticalmente. Cada divisão supre uma zona sensitiva distinta, semelhante a
um dermátomo, mas sem a superposição de nervos adjacentes; portanto, as
lesões resultam em áreas distintas e definidas de parestesia. As divisões do
NC V suprem a sensibilidade não apenas da pele superficial da face, mas
também das superfícies mucosas profundas dos sacos conjuntivais, da córnea,
da cavidade nasal e dos seios paranasais, e da cavidade oral e do vestíbulo da
boca. A pele que cobre o ângulo da mandíbula é suprida pelo nervo auricular
magno, um ramo do plexo cervical. O nervo facial (NC VII) é o nervo motor da
face, suprindo todos os músculos da expressão facial, incluindo o platisma, o
ventre occipital do occipitofrontal e músculos auriculares que não fazem parte
da face propriamente dita. Os músculos recebem inervação do NC VII
basicamente através de cinco ramos do plexo (nervo) parotídeo. Oito nervos
são responsáveis pela sensibilidade do couro cabeludo através de ramos
originados das três divisões do NC V anteriores à orelha e ramos dos nervos
espinais cervicais posteriores à orelha.
A face e o couro cabeludo são altamente vasculari zados. Os ramos terminais
das artérias da face anastomosam-se livremente (incluindo anastomoses
através da linha mediana com seus equivalentes contralaterais); assim, o
sangramento de lacera ções faciais pode ser difuso, com o vaso lacerado
sangrando por ambas as extremidades. A maioria das artérias da face consiste
em ramos ou derivados de ramos da artéria carótida externa; as artérias que se
originam da artéria carótida interna que suprem a fronte são exceções. A
principal artéria para a face é a artéria facial. As artérias do couro cabeludo
estão firmemente incrustadas no tecido conjuntivo denso sobre a aponeurose
epicrânica. Assim, quando se rompem, as artérias sangram pelas duas
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extremidades, como aquelas da face, mas têm menor capacidade de
constrição ou retração do que outros vasos superficiais; portanto, há
sangramento abundante. As veias da face e do couro cabeludo geralmente
acompanham as artérias, formando uma drenagem venosa basicamente
superficial. Entretanto, também anastomosam-se com o plexo venoso
pterigóideo e com os seios venosos da dura-máter através de veias emis
sárias, o que produz uma via potencialmente perigosa para a disse minação de
infecção. A maioria dos nervos e vasos do couro cabeludo segue verticalmente
em direção ao vértice; assim, uma laceração horizontal pode causar maior
lesão neurovascular do que uma lesão vertical.
A drenagem linfática da maior parte da face segue a drenagem venosa para os
linfonodos ao redor da base da parte anterior da cabeça (linfonodos
submandibular, parotídeo e cervical superficial). Uma exceção a esse padrão é
a drenagem linfática da parte central do lábio e do queixo, que inicialmente
drena para os linfonodos submentuais. Por sua vez, todos esses linfonodos
drenam para os linfonodos cervicais profundos.
A maior das glândulas salivares, a glândula parótida contribui
significativamente para o contorno da face. Ocupando um espaço complexo
anterior à orelha, a glândula cavalga a maior parte da face posterior do ramo da
mandíbula. O tecido adiposo na glândula confere sua flexibilidade para
acomodar o movimento da mandíbula. O ducto parotídeo segue anteriormente
através do masseter, paralelo e aproximadamente um dedo inferior ao arco
zigomático, e depois volta-se medialmente para entrar na parte superior do
vestíbulo da boca oposto ao 2º dente maxilar. A fáscia da parótida, contínua
com a lâmina de revestimento da fáscia cervical profunda, reveste a glândula
como a bainha parotidea. A bainha é inervada pelo nervo auricular magno, mas
a glândula recebe inervação secretomotora parassimpática do nervo glossofa
ríngeo através de uma via complexa envolvendo o gânglio ótico.
As pálpebras e o aparelho lacrimal protegem o bulbo do olho. O saco
conjuntival é uma forma especial de bolsa mucosa, que permite o movimento
das pálpebras sobre a superfície do bulbo do olho quando se abrem e se
fecham, espalhando a película de líquido lacrimal umidificadora e lubrificante
dentro do saco. O líquido é secretado no fórnice superior lateral do saco e é
espalhado na parte anterior do bulbo do olho pela gravidade e pelo piscar,
limpando e oferecendo à córnea os nutrientes e o oxigênio enquanto se
movimenta em direção ao ângulo medial do olho. O líquido e os irritantes
contidos acumulam-se no lago lacrimal. São drenados a partir daí por ação
capilar através dos pontos lacrimais superior e inferior para os canalículos
lacrimais que passam para o saco lacrimal. O saco drena através do ducto
lacrimonasal para a cavidade nasal, onde o líquido flui posteriormente e, por
fim, é engolido. Embora o saco conjuntival se abra anteriormente através da
fissura palpebral, o líquido lacrimal aquoso não atravessará a barreira lipídica
secretada pelas glândulas tarsais sobre as margens da fissura, exceto se for
produzido em excesso, como no choro.
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EM RESUMO: O globo ocular contém o aparelho normal do sistema visual.
Possui construção trilaminar, com (1) uma camada fibrosa externa, formada
pela esclera opaca e pela córnea anterior transparente; (2) uma túnica
vascular intermediária, formada pela coróide (em grande parte relacionada à
nutrição dos cones e bastonetes da retina), pelo corpo ciliar (produtor do humor
aquoso e ajustador do cristalino) e pela íris (protetor da retina); e (3) uma
túnica interna, formada pelas partes óptica e cega da retina. A córnea é o
principal componente refrativo do globo ocular, com ajustes de foco feitos pela
lente. A estimulação parassimpática do corpo ciliar reduz a tensão no
cristalino, permitindo que ele engrosse para a visão de perto. O relaxamento
do corpo ciliar na ausência de estimulação estica o cristalino, tornando-o mais
fino para visão à distância. A estimulação parassimpática também contrai o
esfíncter da íris, que fecha a pupila em resposta à luz intensa. A estimulação
simpática do dilatador da íris abre a pupila para permitir a entrada de mais luz.
O segmento anterior do globo ocular é preenchido com humor aquoso,
produzido pelos processos ciliares na câmara posterior. O humor cruza a pupila
para a câmara anterior e é absorvido pela circulação venosa no seio venoso da
esclera. A câmara postrema ou vítrea é preenchida por humor vítreo, que
mantém o formato do olho, transmite luz e mantém a retina no lugar contra a
corióide.

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