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Disciplina: Sociologia

Aluno (a): ___________________________________


Turma: __________________Série:___________________
Turno: ( ) matutino ( ) vespertino

Professor (a): ___________________________________

Texto Base – Sociologia e Pandemia um mergulho em nossa existência


coletiva

O homem é um ser social. Não é papo de sociólogo. A afirmação é fácil de


comprovar na quantidade de memes do Dr. Drauzio Varella dizendo “saudades do
bar, né minha filha?”. Mas agora, falando sério, a afirmação não para por aí. Ela vai
além da necessidade de contato humano (os “antissociais” caem do cavalo), ela
significa que, para sobreviver, o ser humano depende da cultura e da produção
material da sociedade.
Durkheim, um dos pais da sociologia, dizia que a sociedade é uma força que
paira sobre os indivíduos e, quanto mais forte os laços sociais, mais essa força é
sentida por nós. Os laços sociais são como a cola que nos une em sociedade e, se
estiverem muito enfraquecidos, a sociedade pode ruir.
Diante deste situação de pandemia, as pessoas tem vivido o isolamento social
é o ato de separar um indivíduo ou um grupo do convívio com o restante da
sociedade. Esse isolamento pode ser voluntário ou não. Quando há uma força
maior, seja imposta pelo governo, seja por uma situação de guerra ou pandemia, ou
até mesmo um toque de recolher provocado pela violência urbana, o isolamento é
forçado. Quando o próprio indivíduo ou grupo se isola voluntariamente, por questões
de saúde mental (em consequência de depressão, por exemplo), por questões
pessoais ou por questões religiosas, há um isolamento social voluntário.
Causas do isolamento social

O isolamento social pode ser causado por motivos interiores ou exteriores ao


indivíduo. Listamos a seguir as causas dos dois tipos de isolamento e suas
variantes. Epidemias e pandemias Quando há uma situação emergencial de
epidemia em um país ou uma pandemia (quando a epidemia é generalizada e
perpassa as fronteiras de um país, espalhando-se por outros continentes), há a
imposição de um isolamento social por parte dos governos e dos líderes das
nações. No caso da pandemia de coronavírus de 2020, por exemplo, os governos
estão impondo quarentenas e distanciamento social, que opera por meio do
fechamento de comércio, do transporte público e de escolas, por exemplo.
Nos casos mais severos, há a imposição de uma tática chamada lockdown
horizontal, que é o isolamento total da população em suas casas com o fechamento
quase total do comércio e dos serviços. Para saber mais sobre, leia: Isolamento
vertical e horizontal.

Guerras

Quando uma guerra estoura em um local, como aconteceu em 2015, na Síria,


há a imposição de um toque de recolher para que a população se feche em casa e
não sofra as consequências diretas da guerra. Esse tipo de confinamento nem
sempre é efetivo, visto que, em situações de guerra, existem bombardeios que
destroem casas de civis.

Violência

Quando os índices de violência crescem repentinamente em uma região, há a


imposição de um isolamento social via toque de recolher para que a população não
fique exposta diretamente a casos de assalto, por exemplo. Assim, o toque de
recolher pode ser imposto pelas autoridades ou mesmo pelas próprias pessoas, que
se isolam por causa dos conflitos sociais.
Depressão e outras doenças psiquiátricas: quando as pessoas são acometidas
por doenças como a depressão, transtorno bipolar, síndrome de boderline e outras
comorbidades psiquiátricas, elas podem cair em situação de isolamento social.
Nesse caso, o isolamento não é uma opção escolhida pela pessoa, visto que a
doença não é uma escolha, mas dizemos que o isolamento é voluntário por não
partir de uma situação exterior à própria pessoa.

Vontade: algumas pessoas simplesmente escolhem viver fora do convívio social


por livre e espontânea vontade, sem nenhuma força maior que as obrigue ao
isolamento.
Motivos religiosos: existem grupos religiosos, como os amishes, que optam pelo
isolamento social do grupo para manter o que chamam de pureza religiosa da
comunidade. Os amishes são cristãos ultraconservadores que não aceitam qualquer
intervenção do mundo moderno, como a tecnologia, no seu cotidiano.

Consequências do isolamento

O isolamento social, voluntário ou forçado, pode ter consequências graves para


o estado mental de quem é submetido a ele. Para quem já sofre de depressão ou
outras doenças, o isolamento social pode causar o agravamento da situação. Em
casos extremamente graves, a depressão e outras doenças psiquiátricas, como o
transtorno de ansiedade, podem levar ao suicídio.
O isolamento social forçado também pode acarretar doenças psicológicas nos
indivíduos. Quando a pessoa é forçada a ficar em casa, ela pode desenvolver um
quadro de ansiedade generalizada, que pode evoluir para a depressão. As
consequências desse isolamento, se não forem cuidadas, podem ser catastróficas.
Além das consequências isoladas e individuais, o isolamento social, quando
imposto por motivo de força maior, pode também acarretar crise financeira. Quando
a população para de circular nas ruas e consumir, o comércio e a prestação de
serviços também param de funcionar. Isso provoca a queda extrema nas vendas e a
falta de arrecadação. O Brasil, que ainda depende fortemente do comércio e da
prestação de serviços, é um dos países que podem ser drasticamente afetados por
um isolamento social grupal que provoque a queda no consumo.
O isolamento social, apesar de necessário em determinadas situações, como
pandemias e epidemias, tende a causar crises no abastecimento de alimentos,
medicamentos e outros insumos necessários à manutenção da vida, além de
desencadear sérias crises econômicas, aumentando a desigualdade social, a fome
e o desemprego.

Bibliografia

PORFíRIO, Francisco. "Isolamento Social"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/isolamento-social.htm.
https://liberal.com.br/colunas-e-blogs/a-pandemia-e-a-sociologia/

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