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Mario Hermes Ângelo dos Santos

Roselma Oliveira dos Santos Nascimento Silva

LIVRO DIDÁTICO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

ANGICAL –BA
2016
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RESUMO

O presente artigo aborda de forma sucinta o que determina o MEC (Secretaria de


Educação e Cultura), suas bases legais através do PNLE- Programa Nacional do
Livro Didático- no que se refere às leis e normas no processo de escolha do livro
didático, onde hoje tal escolha é realizada através das instituições de ensino e das
secretarias municipais de educação que fazem um vinculo direto com as escolas
publicas da educação básica, e como o mesmo se apresenta no tangente de uma
grande ferramenta no trabalho docente em sala de aula. Assim sendo, o livro
didático apresenta vantagens e desvantagens como os demais dessa natureza,
nesse sentido precisando ser analisado.

Palavras-chave: Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) – livro didático –


educação

ABSTRAT
The present article discusses briefly what determines the MEC ( Department of
Education and Culture) , its legal bases through PNLE- Didactic Book National
Program in respect the laws and regulations in the choice of the textbook process
where today this choice is accomplished through educational institutions and
municipal education departments that make a direct link with the public schools of
basic education, and how it is presented in the tangent of a great tool in teaching in
the classroom . Thus, the textbook has advantages and disadvantages as other such
in this regard need be analyzed.

Keywords: Didactic Book National Program (PNLD) – Textbook - Education


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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz em discursão a importância do livro didático no que


remete a determinação do MEC – Ministério da Educação e Cultura – como base
legal, através do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), no processo de
escolha do livro didático pelas redes municipais de ensino, bem como ferramenta no
trabalho docente e seu impacto para o processo de ensino e aprendizagem em sala
de aula. O livro didático é um dos recursos pedagógicos mais utilizados em sala de
aula. Partindo desse pressuposto o presente artigo propõe analisar, através de
revisão bibliográfica, a importância dos livros didáticos, frente à relevância deste
instrumento como agente capaz de provocar transformações sociais tanto no
contexto escolar, como no contexto das políticas públicas.
Com tudo, apesar dos avanços tecnológicos e da enorme variedade de
materiais curriculares, atualmente disponíveis no mercado, o livro didático, continua
sendo o recurso mais utilizado no ensino escolar. Essa centralidade lhe confere
estatuto e funções privilegiadas na medida em que é através dele que a maioria dos
professores organiza, desenvolve e avalia seu trabalho pedagógico de sala de aula.
Sendo assim, o processo de sua escolha para as escolas públicas, faz-se
de uma relevância incontestável, onde o envolvimento dos docentes deve ser
priorizado e respeitado, uma vez que os mesmos são responsáveis pelo estudo e
avaliação dos livros para sua indicação como escolha junto às secretarias
municipais de educação.
Os livros didáticos, nos últimos tempos, vêm assumindo uma grande
importância para o processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas
brasileiras, isso porque eles vêm determinando conteúdos e condicionando
estratégias de ensino a serem desenvolvidos em sala de aula. Além disso,
atualmente, o livro didático se tornou um instrumento valorizadíssimo na prática
docente, haja vista que em muitas escolas, é o único recurso disponível para que
professores e alunos tenham acesso às informações e, consequentemente, ao
conhecimento.
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2. O PROCESSO DE ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO

O PNLD – Plano Nacional do Livro Didático - é executado em ciclos trienais


alternados. Assim, a cada ano o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação - adquire e distribui livros para todos os alunos de determinada etapa de
ensino, repõe e complementa os livros reutilizáveis para outras etapas. O Programa
tem por objetivo prover as escolas públicas de ensino fundamental e médio com
livros didáticos e acervos de obras literárias, obras complementares e dicionários.

Historicamente, o mesmo pode ser compreendido, a partir de três “fases”.


Foi criado em 1985, a partir do Decreto nº 91.542, de 19 de agosto de 1985. Em
1993 o MEC (Ministério de Educação e Cultura) institui a comissão de especialistas
encarregada de avaliar a qualidade dos Livros Didáticos mais solicitados pelos
professores e de estabelecer critérios gerais de avaliação do Livro Didático. No ano
seguinte é feita a publicação do documento “Definição de critérios para avaliação
dos Livros Didáticos” e, em 1996, inicia-se o processo de avaliação pedagógica dos
livros inscritos para o ano seguinte

Numa segunda fase do PNLD, conviveram três Programas do Governo


Federal, destinados a distribuir Obras Didáticas de qualidade para os alunos de toda
a Educação Básica: o PNLD - Programa Nacional do Livro Didático, atingindo os
segmentos de 1ª à 4ª séries e de 5ª à 8ª séries do Ensino Fundamental; o PNLEM -
Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio, criado em 2004, pela Resolução
nº 38 do FNDE, previa a universalização de livros didáticos para os alunos do ensino
médio público de todo o país; e o PNLA - Programa Nacional do Livro Didático para
Alfabetização de Jovens e Adultos.
Entre as características que evidenciam a relevância dos estudos sobre o
PNLD no contexto atual, consideramos relevante destacar a amplitude que
assumem os programas de material didático na atualidade no Brasil (tornando esse
país o maior comprador de livros didáticos), a consolidação do PNLD, estabelecendo
um mecanismo próprio de escolha dos livros pelos professores, e a presença de
Livros Didáticos, reafirmada a partir do PNLD, no cotidiano das escolas e das salas
de aula, de uma forma mais intensa e com uma perspectiva de utilização de melhor
qualidade.
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Os programas de material didático do governo federal, em particular o


PNLD, têm a intenção de contribuir para a garantia de materiais didáticos de
qualidade, disponíveis para subsidiar o desenvolvimento dos processos de ensino e
de aprendizagem nas escolas, e são desenvolvidos com o intuito de dar conta de um
dos aspectos que, desde a Constituição de 1988 (artigo 208), constitui dever do
Estado com a educação, a saber: “VII – atendimento ao educando no ensino
fundamental, através de programas suplementares de material didático escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde”. Assim sendo, compreendemos o
PNLD como programa de distribuição gratuita de obras didáticas de forma
sistemática e regular a todos os alunos (individualmente) das EEB das Redes
Públicas Escolares de todo país e consideramos esse programa como Política de
Estado, dado seu período de existência e sua permanência desde o ano de 1985,
mantendo algumas das características iniciais do programa, tais como escolha do
livro pelo professor, utilização do livro reutilizável, perspectiva de universalização do
atendimento.

Em termos de ações que são desenvolvidas pelo FNDE e pela Secretaria de


Educação do Estado, podemos dizer resumidamente que o FNDE publica o
Guia de Livros Didáticos e envia para as escolas cópia impressa desse
material, bem como de documentos (carta circular), informando senha e
login para efetivação da escolha dos livros, solicitando análise do Guia de
Livros Didáticos, estabelecendo prazo para realização da escolha,
fornecendo orientações para o registro da escolha das obras, etc. Já a
Secretaria de Educação do Estado limitou-se ao envio de mensagem de e-
mail com informações técnicas sobre o processo de escolha, basicamente
repetindo as informações do FNDE, o que caracteriza uma participação
irrisória nesse processo (PNLD 2012).

No decorrer dos estudos realizados pôde-se também constatar que o


Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é uma das políticas públicas mais
importantes executadas pelo FNDE, no qual possui objetivos bem definidos, tendo
como objetivos gerais contribuir para a melhoria da qualidade da educação,
democratizando o acesso às fontes de informação e cultura e fomentando a leitura e
o estímulo à atitude investigativa dos alunos. (MEC/FNDE, 2014).

Já mais se pode deixar de apontar o considerável gasto público despendido


no PNLD, e por isso mesmo a variável gama de interesses existentes no seu
entorno, já que as grandes editoras de didáticos direcionam suas ações tanto para
as escolas, onde os livros são escolhidos, quanto para o Estado, instância que
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delibera e implementa as políticas públicas em educação. No caso do Estado


brasileiro, como já se viu, avalia e compra o livro didático por meio do PNLD. Isso
implica que a produção e comercialização dos livros didáticos, dispositivos centrais
nas salas de aula de todo o Brasil, estão diretamente vinculadas aos objetivos
econômicos dos editores. os editores são ao mesmo tempo agentes culturais e
empresários, mas “a complexidade e a concentração do capital inclinam a balança
para o lado do papel do empresário em detrimento do papel do agente cultural”, pois
sendo o objetivo principal das editoras a sobrevivência, de acordo com o autor, a
qualidade cultural e educativa passará a ser secundária, como ocorre em qualquer
outro negócio.
Para escolha dos livros didáticos aprovados na avaliação pedagógica, é
importante o conhecimento do Guia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
É tarefa de professores e equipe pedagógica analisar as resenhas contidas no guia
para escolher adequadamente os livros a serem utilizados no triênio. O livro didático
deve ser adequado ao projeto político-pedagógico da escola; ao aluno e professor; e
à realidade sociocultural das instituições. Os professores podem selecionar os livros
a serem utilizados em sala de aula somente pela internet, no portal do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
A escola deve apresentar duas opções na escolha das obras para cada ano
e disciplina. Caso não seja possível a compra da primeira opção, o FNDE envia à
escola a segunda coleção escolhida. Portanto, a escolha da segunda opção deve
ser tão criteriosa quanto à primeira. No volume “Apresentação do Guia”, encontram-
se as orientações detalhada referente à escolha das coleções.

Para CASSIANO (2003, p.6),

Cada escola tem a prerrogativa de definir os títulos que receberá – a


escolha é feita a partir de um Guia elaborado pelo MEC e as senhas servem
para que os diretores façam os pedidos via internet. (...) Auditoria do Fundo
de Desenvolvimento da Educação (FNDE) constatou “fortes indícios” da
irregularidade em Rondônia. “Representantes de vendas iam às escolas em
horários tumultuados e, dizendo ser da Secretaria da Educação ou do MEC,
pediam acesso aos dados e à senha do Programa” diz o secretário da
Educação de Rondônia, César Licório. O golpe deu certo em cinco escolas,
até um diretor estranhar o procedimento e alertar a secretaria, que
encaminhou denúncia ao FNDE. No mês passado, o órgão cancelou as
escolhas já processadas e enviou novas senhas a todas as 2 mil escolas da
rede pública do Estado.
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Segundo o exemplo acima citado, infelizmente fica evidente que até mesmo
um simples processo de escolha do livro didático começa a se tornar um mercado
em favor de alguns, ficando evidente mais ainda, quando na vivencia de docente se
presencia, quando varias instituições escolhem determinados livros e as secretarias
municipais de educação apresentam escolhas totalmente opostas, o que demonstra
que a preocupação maior não se da para com os alunos e sim para atender a
determinadas editoras, uma vez que o programa leva o governo a movimentar
milhões em reais.
Tudo isso se possibilita porque a escolha é realizada de maneira unificada
pelas secretarias municipais de educação, onde as mesmas promovem a
apresentação dos livros, muitas vezes mediante palestras dos próprios autores e por
eleições votadas pelos professores de cada área de ensino se escolhe as coleções
para serem adotadas por toda a rede e não somente pelas próprias instituições de
ensino.

2.1 DA ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO AO USO EM SALA DE AULA.

Ao longo dos anos, portanto, o livro didático vem se constituindo em uma


ferramenta de caráter pedagógico capaz de provocar e nortear possíveis mudanças
e aperfeiçoamento na prática pedagógica: “não é à toa que a imagem estilizada do
professor apresenta-o com um livro nas mãos, dando a entender que o ensino, o
livro e o conhecimento são elementos inseparáveis” (SILVA, 1996, p. 8). Mas é
preciso ressaltar que o livro não pode ser considerado como um instrumento de
informações prontas, onde o educando reproduza apenas pensamentos e respostas
elaboradas, a partir de conhecimentos simplificados apresentados pelos mesmos,
que nem sempre estão conectados à realidade da comunidade em que o aluno está
inserido. A importância atribuída ao livro didático em toda a sociedade faz com que
ele acabe determinando conteúdos e condicionando estratégias de ensino,
marcando de forma decisiva o que se ensina e como se ensina.

Diante de tal cenário, o governo vem fazendo seu papel através da


implantação do PNLD – Programa Nacional do Livro Didático - que visa transformar
essa realidade, onde sua proposta é, então, a produção de livros com qualidade,
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quebrando esse paradigma de mercadoria e consequentemente provocando no


educador o desejo de transformar o contexto escolar. Mediante tais circunstancias,
desenvolvemos este trabalho com o objetivo de analisar, de forma sistematizada, a
importância atribuída aos livros didáticos.

É indiscutível importância do livro didático no cenário da educação, onde


pode ser compreendida em termos históricos, através da relação entre este material
educativo e as práticas constitutivas da escola e do ensino escolar. O livro didático
torna-se, assim, elemento aglutinador do currículo nacional, uma vez que a partir da
universalização do atendimento aos alunos do ensino fundamental, por meio do
PNLD – Programa Nacional do Livro Didático -, a grande maioria dos livros
correspondentes às disciplinas do núcleo comum, que entram nas escolas públicas
brasileiras para o alunado deste nível de ensino, são avaliados pedagogicamente e
metodologicamente pela equipe governamental, que tem, entre outros critérios, os
Parâmetros Curriculares Nacionais como norteadores.

Entretanto, existe uma vertente a qual não se pode deixar de mencionar que
apesar dos professores e alunos utilizarem os livros didáticos distribuídos pelo o
FNDE em sala de aula, estes ainda não recebem a merecida valorização, pois nem
sempre são utilizados para diversificar a prática pedagógica e nem sempre são
conservados, além disso, os alunos contemplados pelos os programas do PNLD
acabam não utilizando esses recursos em seu dia-a-dia em sala de aula, pois
preferem deixá-los em casa sem nenhuma serventia. Outros por sua vez, estragam
e/ou perdem os livros sem levar em consideração que se trata de um recurso
coletivo e, portanto reutilizável que precisa ser conservado e devolvido ao final do
ano letivo para que outros estudantes possam usufruir do mesmo direito. Realidade
a qual se observa e vivencia na pratica docente.

No entanto toda comunidade escolar reconhece a importância do livro


didático para o processo de ensino e aprendizagem, principalmente para os
estudantes e professores.

Segundo Schmidt (2004),

O livro didático é o material importante e de grande aceitação porque, além


de fornecer, organizar e sistematizar os conteúdos explícitos inclui métodos
de aprendizagem da disciplina. Não é apenas livro de conteúdos de história,
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Português, Geografia, química... mas também um livro pedagógico que está


contido uma concepção de aprendizagem. É importante destacar que a
distinção essencial do uso do livro didático reside na interferência constante
do professor e a sua mediação entre o livro didático e o aluno. O livro
didático possui vantagens e desvantagens como os demais materiais dessa
natureza. É nesse sentido que precisa ser analisado.

É indiscutível a importância do livro didático no cenário da educação, no qual


pode ser compreendida em termos históricos, através da relação entre este material
educativo e as práticas constitutivas da escola e do ensino escolar. Esse fato implica
em vultosa soma de dinheiro investido, com a intenção de proporcionar atendimento
escolar de qualidade ao maior número possível de alunos. Educação de qualidade é
um termo que requer esclarecimentos. O seu sentido pode variar de uma dada
época para outra ou de um contexto para outro. No entanto, pode-se supor que
qualidade em educação significa adequação ao contexto sociocultural que se quer
forjar ou manter.
Circe Bittencourt, em um importante trabalho sobre a história do livro
didático, analisa o papel do autor do livro didático e, por consequência, a importância
dessa instituição (o livro) na educação brasileira.
Ela afirma que:

Um ponto inicial para um estudo dessa natureza é conhecer suas


produções, buscando entender a concepção que possuíam sobre o papel do
livro didático na educação escolar. Os livros escolares foram considerados,
pelos autores, como instrumento de trabalho do professor ou seu substituto?
Qual seria a concepção de uso do livro didático em uma época onde
praticamente inexistiam instituições de formação de professores, tanto para
o ensino das primeiras letras quanto para o nível secundário?
(BITTENCOURT, 2004, p.5).

O livro didático é um instrumento de trabalho do professor ou é uma


ferramenta para o aluno? Ao assumir o papel de avaliar o livro didático e distribuí-lo,
quais os interesses que norteiam essa ação do governo?
Segundo a mesma autora, nos primórdios do século XIX, o governo
idealizou os autores de obras didáticas como sábios e empenhados no cumprimento
de uma tarefa patriótica.
Célia Cassiano, em sua tese de doutorado, analisa também a questão do
investimento e dos objetivos da implantação do Programa Nacional do Livro Didático
(PNLD). O que nos leva com relação ao mercado de livros didáticos, Cassiano
(2007) afirma que o governo é o maior comprador de livros do país e talvez do
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mundo, dadas às proporções da população beneficiada. Esse fato implica em


vultosa soma de dinheiro investido, com a intenção de proporcionar atendimento
escolar de qualidade ao maior número possível de alunos. Educação de qualidade é
um termo que requer esclarecimentos. O seu sentido pode variar de uma dada
época para outra ou de um contexto para outro. No entanto, pode-se supor que
qualidade em educação significa adequação ao contexto sociocultural que se quer
forjar ou manter.
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3. CONSIDERAÇÕE FINAIS

Diante do exposto, um dos pontos a está atento é exatamente no momento


da escolha, pois o livro didático precisa ser minuciosamente analisado para que
possa atender a realidade e a demanda do seu público alvo.

Quanto às escolas, precisam se posicionar e exercer seu direito de escolha,


indicando elas próprias às coleções e/ou os livros que melhor adequem a sua
realidade e não atender apenas as exigências das Secretárias de Educação, uma
vez que o próprio programa, já dar atualmente através do sistema autonomia para
que cada instituição escolar faça sua escolha independente das demais
pertencentes a um mesmo município, uma vez que implica em vultosa soma de
dinheiro investido, com a intenção de proporcionar atendimento escolar de qualidade
ao maior número possível de alunos.

Ao decorrer pôde se constatar que o Programa Nacional do Livro Didático


(PNLD) é uma das políticas públicas mais importantes executadas pelo FNDE, no
qual possui objetivos bem definidos, tendo como objetivos gerais contribuir para a
melhoria da qualidade da educação, democratizando o acesso às fontes de
informação e cultura e fomentando a leitura e o estímulo à atitude investigativa dos
alunos.

Com tudo, esses programas, realmente, possibilitam aos nossos estudantes


uma educação de qualidade, tendo como princípio a formação de leitores, além
disso, por meio deles os docentes têm condições de promover diferentes estratégias
de trabalho para serem desenvolvidas em sala de aula e, assim, atender as
necessidades de cada estudante. Porém, vale ressaltar que nem sempre há a
colaboração por parte dos estudantes, uma vez que uma grande parcela deles
acaba não levando esses recursos para a escola, dificultando muitas vezes o
trabalho docente. Sendo ele um recurso auxiliar pedagógico essencial em sala de
aula, pois oferece subsídios e facilitam a prática docente, além disso, contribui com
o desenvolvimento integral do aluno, possibilitando uma melhor compreensão e
assimilação dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
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Podendo assim afirmar que, apesar de nem sempre ser utilizado para
diversificar a prática pedagógica dos professores em sala de aula, nem atender a
demanda do seu público alvo e, muitas vezes, ser destruído e esquecido em casa
sem nenhuma serventia por muitos dos estudantes, o livro didático, atualmente,
continua sendo o instrumento mais importante em sala de aula, visto que em muitas
escolas públicas de nosso país é o único recurso acessível a todos que possibilita a
melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem dos estudantes.

Portanto, cabe a cada educador utilizá-los de maneira inteligente, no qual


usufrua de seus benefícios, pois sabemos que tudo na nossa vida apresenta-se a
nós com vantagens e desvantagens e o livro didático não seria exceção.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BATISTA, A.A.G. A avaliação dos livros didáticos: para entender o Programa


Nacional do Livro Didático (PNLD). In: Rojo, R. & Batista, A.A.G. (orgs.) Livro
Didático de Língua Portuguesa, Letramento e Cultura da Escrita. Campinas, SP:
Mercado das Letras, 2003, p. 25-67.

BATISTA, A.A.G. O processo de escolha de livros: o que dizem os professores?


In: Rojo, R. & Batista, A.A. G. (org.). Livro Didático de Língua Portuguesa,
Letramento e Cultura da Escrita. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004, p.29-73.

BRASIL. Guia de Livros Didáticos: Brasília: Ministério da Educação, 2003.

CASSIANO, Célia C. F. Circulação do livro didático: entre práticas e prescrições -


políticas públicas, editoras, escolas e o professor na seleção do livro escolar. 2003.
Dissertação (Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade) - Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. São Paulo. 2003.

SANTOS. Mário Ângelo dos. Metodologia Científica. Educare/Angical-BA, 2016.

SILVA. Roselma Oliveira dos Santos Nascimento. Metodologia Científica.


Educare/Angical-BA, 2016.

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