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Os Parâmetros Curriculares Nacionais são documentos educacionais tidos como referencial para re-
novação e elaboração da proposta curricular das redes de ensino que ressaltam a importância de que
cada escola formule o seu projeto educacional, compartilhada por toda equipe para o avanço da quali-
dade da educação em todo Brasil.
Trazem orientações e sugestões gerais e específicas para o professor sobre o básico a ser ensinado e
aprendido em cada etapa de ensino, adaptando-se à realidade das escolas e dos alunos.
As áreas de que tratam os PCN’s são: Português, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia,
Educação Física e Artes, como também os Temas Transversais: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Plura-
lidade Cultural e Orientação Sexual, com o propósito de subsidiar a escola a cumprir o papel de formar
alunos-cidadãos.
São compostos por 10 volumes, apresentados da seguinte forma: introdução, seis documentos relaci-
onados às áreas de conhecimento e três volumes com seis documentos referentes aos Temas Trans-
versais.
O volume introdutório aborda: breve histórico, desde a Lei Federal 5.692 de 11 de agosto de 1971 até
a LDB – Lei federal n° 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996, a qual consolida e amplia o dever do
poder público para com a educação em geral em em particular para o Ensino Fundamental; processo
de elaboração que teve início a partir do estudo de propostas curriculares de Estados e Municípios
brasileiros, da análise realizada pela Fundação Carlos Chagas sobre currículos oficiais e do contato
com informações relativas a experiências de outros países; princípios, fundamentos; natureza e função
dos PCN’s; escola: construção coletiva e permanente, aprender e ensinar, construir e interagir; organi-
zação da escolaridade em ciclos de acordo com o nível de aprendizagem dos alunos; número de alunos
e estabelecimentos de ensino, promoção, repetência e evasão, desempenho e professores; objetivos;
conteúdos; avaliação; orientações didáticas; objetivos gerais e estrutura organizacional.
Reconhecem a complexidade da prática educativa, buscam auxiliar o professor na sua tarefa de assu-
mir como profissional o lugar que lhe cabe pela responsabilidade e importância no processo de for-
mação do povo brasileiro.
De natureza aberta, configuram uma proposta flexível a ser concretizada nas decisões regionais e lo-
cais sobre currículos e sobre programas de transformação da realidade educacional empreendidos
pelas autoridades governamentais, pelas escolas e pelos professores.
Quanto aos conteúdos, propõe uma mudança de enfoque, sendo vistos como um meio para que os
alunos desenvolvam as capacidades que lhe permitam produzir e usufruir dos bens culturais, sociais e
econômicos.
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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Neste documento, os conteúdos são abordados em três grandes categorias: conteúdos conceituais,
que envolvem fatos e princípios, procedimentais e atitudinais, que envolvem a abordagem de valores,
normas e atitudes.
Apresentam decisões associativas aos resultados da avaliação: as avaliações oficiais: boletins e diplo-
mas. Finalmente, o documento estrutura um quadro sintetizando os objetivos gerais do Ensino Funda-
mental.
No Brasil, os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais são diretrizes elaboradas pelo Governo Fede-
ral com o objetivo principal de orientar os educadores por meio da normatização de alguns fatores fun-
damentais concernentes a cada disciplina. Esses parâmetros abrangem tanto a rede pública, como
a rede privada de ensino, conforme o nível de escolaridade dos alunos. Sua meta é garantir aos edu-
candos o direito de usufruir dos conhecimentos necessários para o exercício da cidadania. Embora não
sejam obrigatórios, os PCNs servem como norteadores para professores, coordenadores e diretores,
que podem adaptá-los às peculiaridades locais. Os PCNs nada mais são do que uma referência para
a transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino.
Por abrangerem inúmeros fatores, os Parâmetros Curriculares Nacionais podem ser utilizados com
objetivos distintos, conforme o contexto em que a escola está inserida. Além disso, a forma como foi
estruturado esse documento possibilita aos profissionais da educação iniciarem a sua leitura por dife-
rentes partes, sem seguirem uma ordenação. No entanto, com o tempo, os educadores devem co-
nhecê-lo, na íntegra, para poderem compreendê-lo e se apropriarem de sua proposta.
Em suma, os Parâmetros Curriculares Nacionais devem fazer parte do cotidiano da prática pedagógica,
sendo transformados continuamente pelo professor. Com isso, cabe aos PCNs a tarefa de rever obje-
tivos, conteúdos, formas de encaminhamento das atividades, expectativas de aprendizagem, maneiras
de avaliar, além da orientação dos professores para estes elaborarem um planejamento que possa, de
fato, orientar seu o trabalho em sala de aula. Tudo para posicionar os educadores como agentes es-
senciais nessa grande empreitada que é o processo educacional.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais — PCN — são referências para os Ensinos Fundamental e Mé-
dio de todo o país. O objetivo dos PCN é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em
locais com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimen-
tos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. Não possuem caráter de obrigatori-
edade e, portanto, pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais.
A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCN não são uma coleção de
regras que pretendem ditar o que os professores devem ou não fazer. São, isso sim, uma referência
para a transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino.
Têm como objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou elaboração da pro-
posta curricular dos estados ou das escolas integrantes dos sistemas de ensino.
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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Estabelecem, para os sistemas de ensino, uma base nacional comum nos currículos e servem de
eixo norteador na revisão ou elaboração da proposta curricular das escolas.
Volume 1 — Introdução aos PCN
Volume 2 — Língua Portuguesa
Volume 3 — Matemática
Volume 4 — Ciências Naturais
Volume 5 — Geografia
Volume 6 — História
Volume 7 — Arte
Volume 8 — Educação Física
Volume 9 — Língua Estrangeira
Volume 10.1 — Temas Transversais — Apresentação
Volume 10.2 — Temas Transversais — Ética
Volume 10.3 — Temas Transversais — Pluralidade Cultural
Volume 10.4 — Temas Transversais — Meio Ambiente
Volume 10.5 — Temas Transversais — Saúde
Volume 10.6 — Temas Transversais — Orientação Sexual
Volume 10.7 — Temas Transversais — Trabalho e Consumo
Volume 10.8 — Temas Transversais — Bibliografia
Ensino Médio
Os PCN para o Ensino Médio têm por objetivo auxiliar os educadores na reflexão sobre a prática diária
em sala de aula e servir de apoio ao planejamento de aulas e ao desenvolvimento do currículo da
escola. Os documentos estão assim apresentados:
Bases Legais;
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação
Física, Arte e Informática);
Até dezembro de 1996 o ensino fundamental esteve estruturado nos termos previstos pela Lei Federal
n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Essa lei, ao definir as diretrizes e bases da educação nacional,
estabeleceu como objetivo geral, tanto para o ensino fundamental (primeiro grau, com oito anos de
escolaridade obrigatória) quanto para o ensino médio (segundo grau, não- obrigatório), proporcionar
aos educandos a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento
de auto-realização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania.
Também generalizou as disposições básicas sobre o currículo, estabelecendo o núcleo comum obriga-
tório em âmbito nacional para o ensino fundamental e médio. Manteve, porém, uma parte diversificada
a fim de contemplar as peculiaridades locais, a especificidade dos planos dos estabelecimentos de
ensino e as diferenças individuais dos alunos. Coube aos Estados a formulação de propostas curricu-
lares que serviriam de base às escolas estaduais, municipais e particulares situadas em seu território,
compondo, assim, seus respectivos sistemas de ensino. Essas propostas foram, na sua maioria, refor-
muladas durante os anos 80, segundo as tendências educacionais que se generalizaram nesse perí-
odo.
Em 1990 o Brasil participou da Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtien, na Tailân-
dia, convocada pela Unesco, Unicef, PNUD e Banco Mundial. Dessa conferência, assim como da De-
claração de Nova Delhi — assinada pelos nove países em desenvolvimento de maior contingente po-
pulacional do mundo —, resultaram posições consensuais na luta pela satisfação das necessidades
básicas de aprendizagem para todos, capazes de tornar universal a educação fundamental e de ampliar
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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
O Plano Decenal de Educação, em consonância com o que estabelece a Constituição de 1988, afirma
a necessidade e a obrigação de o Estado elaborar parâmetros claros no campo curricular capazes de
orientar as ações educativas do ensino obrigatório, de forma a adequá-lo aos ideais democráticos e à
busca da melhoria da qualidade do ensino nas escolas brasileiras.
Nesse sentido, a leitura atenta do texto constitucional vigente mostra a ampliação das responsabilida-
des do poder público para com a educação de todos, ao mesmo tempo que a Emenda Constitucional
n. 14, de 12 de setembro de 1996, priorizou o ensino fundamental, disciplinando a participação de
Estados e Municípios no tocante ao financiamento desse nível de ensino.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal n. 9.394), aprovada em 20 de
dezembro de 1996, consolida e amplia o dever do poder público para com a educação em geral e em
particular para com o ensino fundamental. Assim, vê-se no art. 22 dessa lei que a educação básica, da
qual o ensino fundamental é parte integrante, deve assegurar a todos “a formação comum indispensá-
vel para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos pos-
teriores”, fato que confere ao ensino fundamental, ao mesmo tempo, um caráter de terminalidade e de
continuidade.
Essa LDB reforça a necessidade de se propiciar a todos a formação básica comum, o que pressupõe
a formulação de um conjunto de diretrizes capaz de nortear os currículos e seus conteúdos mínimos,
incumbência que, nos termos do art. 9º, inciso IV, é remetida para a União. Para dar conta desse amplo
objetivo, a LDB consolida a organização curricular de modo a conferir uma maior flexibilidade no trato
dos componentes curriculares, reafirmando desse modo o princípio da base nacional comum (Parâme-
tros Curriculares Nacionais), a ser complementada por uma parte diversificada em cada sistema de
ensino e escola na prática, repetindo o art. 210 da Constituição Federal.
Em linha de síntese, pode-se afirmar que o currículo, tanto para o ensino fundamental quanto para o
ensino médio, deve obrigatoriamente propiciar oportunidades para o estudo da língua portuguesa, da
matemática, do mundo físico e natural e da realidade social e política, enfatizando- se o conhecimento
do Brasil. Também são áreas curriculares obrigatórias o ensino da Arte e da Educação Física, neces-
sariamente integradas à proposta pedagógica. O ensino de pelo menos uma língua estrangeira mo-
derna passa a se constituir um componente curricular obrigatório, a partir da quinta série do ensino
fundamental (art. 26, § 5o). Quanto ao ensino religioso, sem onerar as despesas públicas, a LDB man-
teve a orientação já adotada pela política educacional brasileira, ou seja, constitui disciplina dos horá-
rios normais das escolas públicas, mas é de matrícula facultativa, respeitadas as preferências manifes-
tadas pelos alunos ou por seus responsáveis (art. 33).
O ensino proposto pela LDB está em função do objetivo maior do ensino fundamental, que é o de
propiciar a todos formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de condições de
aprendizagem para:
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos
valores em que se fundamenta a sociedade;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recí-
proca em que se assenta a vida social” (art. 32).
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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Verifica-se, pois, como os atuais dispositivos relativos à organização curricular da educação escolar
caminham no sentido de conferir ao aluno, dentro da estrutura federativa, efetivação dos objetivos da
educação democrática.
O processo de elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais teve início a partir do estudo de
propostas curriculares de Estados e Municípios brasileiros, da análise realizada pela Fundação Carlos
Chagas sobre os currículos oficiais e do contato com informações relativas a experiências de outros
países. Foram analisados subsídios oriundos do Plano Decenal de Educação, de pesquisas nacionais
e internacionais, dados estatísticos sobre desempenho de alunos do ensino fundamental, bem como
experiências de sala de aula difundidas em encontros, seminários e publicações.
Formulou-se, então, uma proposta inicial que, apresentada em versão preliminar, passou por um pro-
cesso de discussão em âmbito nacional, em 1995 e 1996, do qual participaram docentes de universi-
dades públicas e particulares, técnicos de secretarias estaduais e municipais de educação, de institui-
ções representativas de diferentes áreas de conhecimento, especialistas e educadores. Desses inter-
locutores foram recebidos apro- ximadamente setecentos pareceres sobre a proposta inicial, que ser-
viram de referência para a sua reelaboração.
A discussão da proposta foi estendida em inúmeros encontros regionais, organizados pelas delegacias
do MEC nos Estados da federação, que contaram com a participação de professores do ensino funda-
mental, técnicos de secretarias municipais e estaduais de educação, membros de conselhos estaduais
de educação, representantes de sindicatos e entidades ligadas ao magistério. Os resultados apurados
nesses encontros também contribuíram para a reelaboração do documento.
Os pareceres recebidos, além das análises críticas e sugestões em relação ao conteúdo dos documen-
tos, em sua quase-totalidade, apontaram a necessidade de uma política de implementação da proposta
educacional inicialmente explicitada. Além disso, sugeriram diversas possibilidades de atuação das
universidades e das faculdades de educação para a melhoria do ensino nas séries iniciais, as quais
estão sendo incorporadas na elaboração de novos programas de formação de professores, vinculados
à implementação dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
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