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AP - Apostila Doenças Infecciosas Dos Animais Domésticos
AP - Apostila Doenças Infecciosas Dos Animais Domésticos
DOMÉSTICOS
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1. Zoonoses
2. Doenças Infecciosas em Gatos
3. Doenças Infecciosas em Cães
4. Gastrenterites Virais em Cães
RAIVA – Infecção
Rhabdoviridae, Lyssavirus
1. Fase Prodrômica
3. Fase Paralítica
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DANO A NEURÔNIOS MOTORES
– Paralisia com ataxia ascendente – membros pélvicos
RAIVA – Tratamento
Animais clinicamente saudáveis, que morderam pessoas, devem ser mantidos em observação por 10 dias
(se tiverem proprietários conhecidos)
RAIVA – Prevenção
IMUNIZAÇÃO
– Vacinas de vírus inativado (“morto”)
a
– 1 . dose aos 4 meses
– Reforços anuais
TOXOPLASMOSE
Toxoplasma gondii
- Protozoário coccídio
- Parasito intracelular obrigatório
- Distribuição cosmopolita
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- Enfermidade respiratória
- Pancreatite, Efusão Abdominal
– Gatos infectados pelo VIF predisposição a apresentar quadros clínicos mais severos
– Órgãos mais afetados olhos e pulmões. Aproximadamente 75% dos gatos com uveíte anterior são
soropositivos para Toxoplasma.
A enfermidade clínica é rara no cão. Quando ocorre, duas formas distintas podem ser primariamente
observadas:
Generalizada
severa e freqüentemente fatal (R + GI)
1. Quadro neurológico em Filhotes: Comprometimento de NMI Rigidez espástica dos membros pélvicos
• Títulos IgM de 1:64 ou 1:256 (ou maiores) sugerem infecção ativa ou recente.
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• A presença de anticorpos no soro somente documenta a exposição ao Toxoplasma, mas alguns gatos e
cães clinicamente doentes têm títulos extremamente baixos, e alguns gatos e cães clinicamente saudáveis
têm títulos extremamente altos...
• Adicionalmente, alguns gatos são soronegativos mesmo durante os picos de disseminação de oocistos
sorologia negativa não prova que o animal não esteja infectado.
O exame de fezes de gatos para detecção de oocistos de T. gondii não é capaz de dar informações pertinentes.
Menos de 1% dos gatos examinados se encontra em fase de disseminação ativa de oocistos.
Além disso, os gatos disseminam oocistos apenas por curtos períodos, o que dificulta a avaliação:
• Classicamente, um gato dissemina oocistos durante 3 semanas após a infecção inicial.
• Disseminação recorrente não é um fato freqüente, mas deve sempre ser levada em consideração.
Pessoas que mantêm gatos em casa, veterinários e assistentes não têm riscos significativamente mais altos
que a população em geral.
Evitar a exposição a gatos não é sinônimo de evitar a exposição a oocistos de Toxoplasma (carne suína, solo,
e tc ...)
Oocistos podem sobreviver no solo durante anos, e podem se disseminar a parti do local da deposição, de
diversas maneiras...
Contaminação pelo ar A inalação de oocistos tem sido associada a casos de toxoplasmose humana.
Mulheres gestantes ou indivíduos imuno-deprimidos jamais devem limpar bandejas sanitárias de gatos.
A remoção diária das fezes auxilia a prevenção, pois os oocistos são removidos antes de esporular.
T. gondii não é isolado de pêlos de gatos que estejam em fase de disseminação de oocistos.
Assim, a conclusão é que não há risco de adquirir a infecção, acariciando ou manipulando gatos.
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• Parainfluenza e CAV-2 são vírus são altamente infectantes, exclusivamente para o trato respiratório.
• Transmissão aerossóis
• As infecções virais costumam ser suaves ou inaparentes, mas o comprometimento secundário por diversas
bactérias (Bordetella bronchiseptica) pode resultar em processo fatal.
Sinais Clínicos
• Tosse paroxística
(pode ser induzida por palpação)
• Recuperação em 3 a 7 dias
Tratamento
Controle da tosse
- Butorfanol (0,02 mg/kg/SC, 8–12 horas)
- Codeína...
- Ópio em tintura – “Elixir Paregórico”
Prevenção
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Viremia
Infecção do parênquima hepático
Sinais Clínicos
1. Casos Suaves
• F e b re
• Depressão
• Letargia
• Recuperação em 1-2 dias.
2. Casos Moderados
• Hiper-sensibilidade abdominal
• Anorexia
• Tonsilite
• Faringite
• Linfadenite cervical
• Recuperação em 3-5 dias.
Observação
Em animais que usam aminoácidos como fonte de energia (como os felídeos), a enzima que efetivamente se
eleva é a AST (aspartato aminotransferase).
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Nesses animais, por vezes a ALT nem chega a subir…
• São excretados na bile e reabsorvidos no íleo, caindo na circulação portal e sendo removidos pelos
hepatócitos
• Alterações envolvendo um ou mais componentes estruturais do fígado Fuga de ácidos biliares para a
circulação periférica Níveis sanguíneos elevados
• A determinação quantitativa dos níveis séricos de ácidos biliares é uma prova de função hepática muito
mais sensível do que a mensuração dos níveis séricos de bilirrubina
• Concentrações elevadas de ácidos biliares podem ser detectadas antes mesmo do desenvolvimento de
icterícia
Cão Gato
Jejum 0,0 – 5,0 0,0 – 5,0
Pós-Prandial < 25 < 15
Aleatório < 25 < 15
Tratamento
• Tratamento de suporte
• Aporte Glicídico
• Silimarina
Prevenção
CINOMOSE CANINA
Morbillivirus (Paramyxoviridae)
Infecção
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• Imuno-supressão contribui para o advento
da infecção
Sinais Clínicos
• Jovens
Polioencefalomielopatia
• Adultos Maduros
Leucoencefalomielopatia
Encefalite do cão idoso
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– Corpúsculos de inclusão
• Hipoplasia de esmalte dental
• O prognóstico é altamente influenciado pela severidade dos sinais clínicos, e pela magnitude do
comprometimento neurológico
• Os sinais neurológicos podem aparecer ardiamente, semanas ou meses após eventual recuperação de
processos agudos ou de infecções inaparentes
Nos casos agudos, especialmente quando há quadro neurológico, o prognóstico é extremamente reservado
EUTANÁSIA
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EHRLICHIOSE CANINA
Ehrlichia canis
Rickettsia que parasita leucócitos circulantes
Transmissão
Rhipicephalus sanguineus
Sinais Clínicos
- Hipertermia inespecífica
- Anorexia
- Linfadenopatia
- Secreção nasal
- Dispnéia
• Fraqueza e Depressão
• Perda de Peso
• Inapetência Anorexia.
• Hipergamaglobulinemia
(sinal de baixa resposta da imunidade celular)
• Alterações relacionadas a infecções oportunistas:
- Pneumonia intersticial
- Insuficiência renal
- Artrite
- Meningoencefalite
• Hemorragias e Anemia
PANCITOPENIA
TROMBOCITOPENIA
HEMORRAGIAS
Diagnóstico
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• Presença de mórulas em leucócitos
Obs: encontradas ocasionalmente nas fases iniciais da infecção, mas raramente em processos crônicos...
• Diagnóstico Definitivo
Sorologia (Anticorpos específicos)
2. Casos Crônicos:
- Resposta menos favorável à antibioticoterapia
muitas vezes é necessário tratamento
prolongado (semanas – meses)
- Fluidoterapia e/ou Transfusão Sanguínea
- Tratamento Imunossupressivo com corticosteróides
Benéfico para Trombocitopenia/Hemorragias
Ehrlichia platys
Rickettsia parasita de plaquetas
Transmissão
Presumivelmente por meio de carrapatos experimentalmente, o Rhipicephalus sanguineus não foi
identificado como transmissor
Patogenia
Ehrlichia platys é minimamente patogênica, e geralmente é um achado laboratorial incidental...
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BABESIOSE CANINA
SÍNDROME HIPERAGUDA
Estase vascular
Choque vasogênico vasoplégico
Hipóxia + Danos Teciduais
Morte súbita
SÍNDROME AGUDA
• Anemia
– Inicialmente, normocítica e normocrômica
– A seguir, macrocítica e hipocrômica
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3,5 mg/kg, IM ou SC (atua também contra Babesia gibsoni)
ATENÇÃO!
Associar
Dipropionato de imidocarb
+
Minociclina
+
Tratamento de suporte
BRUCELOSE CANINA
Infecção
Brucella canis
Em Fêmeas
Bactérias presentes apenas nas secreções
vaginais do estro e puerpério, e no leite
Em Machos
Grandes quantidades de bactérias no líquido
seminal, várias semanas após a infecção inicial
Sinais Clínicos
• Em Fêmeas
- Infertilidade
- Abortos
- Natimortos ou recém-natos muito frágeis
• Em Machos
- Dermatite Escrotal
- Atrofia Testicular
- Epididimite e/ou Prostatite
• Menos comumente
- Paresia, Paralisia, Uveíte
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Diagnóstico Definitivo
Tratamento
TÉTANO CANINO
Sinais Clínicos
Diagnóstico
Estímulos sensoriais
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Tratamento
• Imunoglobulina (Tetanogamma®) – 2 a 5 ml IM
• Sedação:
1. Barbitúricos
2. Fenotiazínicos são altamente eficientes
(apesar de contra-indicados nas outras
enfermidades convulsivas...)
LEPTOSPIROSE CANINA
L. grippotyphosa
L. pomona
L. interrogans
L. canicola
L. icterohaemorrhagiae
Infecção
Penetração das bactérias na pele ou mucosas, após exposição a urina de ratos ou cães contaminados
Principal causa de insuficiência renal aguda em cães
Sinais Clínicos
Dados Laboratoriais
- Leucocitose
- Trombocitopenia
- Bilirrubinúria
- Elevação da ALT (TGP) - Elevação da Uréia
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- Elevação da Creatinina
Tratamento
Diagnóstico Definitivo
• Sorologia
a
Títulos frequentemente negativos na 1 . semana
Repetir em 2 – 4 semanas
Imunização - Profilaxia
TUBERCULOSE
• Etiologia:
Bacilo alcool ácido resistente (BAAR, pela coloração com fucsina, após lavagem com álcool continua
corado - com camada lipídica), gram +.
M. tuberculosis: 0,2 a 0,5 x 24
M. bovis e M. avium: 1 a 1,5
• Animais susceptíveis
bovinos (mais sensíveis), ovinos, caprinos, eqüinos, suínos, aves e anfíbios (rãs)
• Contágio: via respiratória ou digestória.
Em bovinos, normalmente é via respiratória; em suínos, cães e gatos, via oral.
Sinais clínicos:
Debilidade, anorexia, dispnéia, emaciação crônica, febre discreta e flutuante.
Em cães, as lesões pulmonares podem ser julgadas como neoplásicas ao RX.
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drenagem linfática
foco secundário em 7 a 10 dd
(linfonodos com lesão caseosa: neutrófilos, macrófagos e linfócitos)
Diagnóstico:
RX para primatas e pequenos animais;
Tuberculinização: os animais com micobactérias são alérgicos às proteínas da tuberculina, ocorrendo
uma reação de hipersensibilidade tardia.
• Os animais infectados reagem ao teste após 4 a 8 semanas da infecção, sendo que os linfócitos T estão
envolvidos.
• O teste pode ser feito via ocular (em animais de zoológico), sub-cutânea ou intradérmica (mais usual em
animais domésticos)
• Anergia: capacidade de alguns animais q apresentam a doença mas não reagem ao teste
• A dose de tuberculina é de 0,1 ml DPP mamífera e 0,05 ml aviária, sendo que a leitura em média ocorre em
48 horas para aves e suínos e 72 horas para bovinos, caprinos e ovinos.
• Em cada ml de tuberculina existe 1 mg de derivado proteico purificado (DPP). A tuberculina
semi-sintética concentrada pelo calor (OT - old tuberculina), é menos especifica que a DPP.
• Para confirmação, o ideal é o isolamento do agente, o que acontece após 6 a 8 semanas de cultura.
• Diagnóstico laboratorial:
1) colheita de material:provas bacteriológicas de inoculação (expectoração, leite, urina ) e
histopatológicas (fragmentos de órgãos).
1.1. expectoração: conter o animal, puxar a língua, introduzir até a garganta um “swab” estéril, feito
com uma haste longa. Pela compressão da glote, o animal vai tossir, o que permite a colheita de
muco. O “swab” será então colocado em frasco estéril, resfriado e enviado para análise;
1.2. leite: enviar o leite (100 ml), colhido assepticamente. Adicionar ácido bórico a 5% (evita
coagulação e putrefação) e manter sob refrigeração, para cultura e inoculação em cobaia;
1.3. esfregaços de lesões: fazer os esfregaços em lâminas, fixar pelo calor;
1.4. tecidos com áreas de lesões fechadas (linfonodos, tubérculos): acondicionar em frascos
esterilizados, manter sob refrigeração;
1.5. tecidos para histopatologia: fatias finas, com áreas de lesão, acondicionadas em frascos com
solução de formol.
2. Hemograma: linfocitose
• Diagnóstico laboratorial:
A inoculação em animais de laboratório deve ser feita, proporcionando o seguinte resultado:
Tratamento: PROIBIDO...
Profilaxia
Controle dos reservatórios: homem e bovino
Após realizados os testes necessários, tomar as seguintes medidas:
a) teste + e eutanásia
b) teste + e isolamento
c) teste + e quimioterapia (Isoniazida)
Deve-se proporcionar adequada desinfecção ambiental, uma vez que a destruição do bacilo ocorre:
# luz solar destrói em 3 a 10 dias;
o
# aquecimento do leite à 65 C destrói M. tuberculosis em 4 minutos e 40 segundos;
# compostos fenólicos a 2 ou 3%, ortofenilfenato de sódio a 1% e álcool 70% também são eficientes.
Profilaxia: quanto a resistência do Mycobacterium:
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M. bovis:
• 5 meses em fezes de bovinos;
• 2 meses em lama
Assim, recomenda-se o uso de composteira, o que permitirá o aquecimento da matéria orgânica (fezes e
0
resíduos de cama) a uma temperatura de até 80 C.
PASTEURELOSE
Epidemiologia:
Acomete jovens,
Época fria
superpopulação
LISTERIOSE
Etiologia:
bactéria do gênero Corynebactereaceae, Gram +,
o
não esporulada nem encapsulada, com movimentos (flagelo terminal) em cultivos a 25-30 C e imóveis a
o
37 C.
Cresce em ágar sangue a 37 C, formando colônias pequenas com estreito halo de hemólise ; é
o
Epidemiologia:
todas as espécies domésticas, sendo mais comum em ruminantes, coelhos e aves e menos comum em
suínos, eqüinos e carnívoros.
Acomete também os animais selvagens.
• Apresenta-se com maior freqüência no inverno e em climas frios.
• Reservatórios
animais domésticos,
selvagens e
peixes,
podendo-se isolar o agente de solo, vegetais, silagem.
• Fontes de infecção: animais, alimentos, água e poeira.
Doenças infecciosas
Listeriose
Patogenia:
infecções digestivas enterite e lesão em linfonodos mesentéricos (de onde se isola o agente);
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infecções nervosas lesões no SNC e isolamento do agente somente dessa região;
infecções uterinas aborto, doença septicêmica em neo-natos (transmissão transplacentária);
infecções oculares queratite por exposição da córnea (exposição por paralisia facial) e uveíte anterior.
• Morbidade: variável de espécie para espécie. Pode se apresentar como doença individual ou como surto
epidêmico, com casos endêmicos.
• Letalidade 20 - 50%
Diagnóstico: necropsia
septicemias
baço,
focos necróticos e puntiformes e acinzentados no fígado;
enterite catarral, hemorrágica e/ou ulcerativa;
linfadenite mesentérica;
às vezes, pneumonia lobular, petéquias pleurais, petéquias epicárdicas;
em coelhos, miocardite focal difusa;
quadro nervoso
meningite congestiva,
abscessos ou micro-abscessos no bulbo, ponte, encéfalo e tronco cerebral.
Às vezes, mesmo com manifestação nervosa, não se encontram lesões. O líquido céfalo raquidiano
pode ser utilizado para o diagnóstico:
• # macroscopia: flocos de pus e turvo (quando existem outras bactérias associadas, é igual, com mais
sangue)
• # inoculação intra cerebral em camundongo: morte em 3 a 5 dias e isolamento do agente;
Diagnóstico:
exame de conteúdo gástrico de feto abortado
Esfregaço, fixar no calor;
Corar por 10 minutos com carbofucsina de Ziehl-Neelsen diluída a 1/10 em água destilada;
Lavar em água corrente;
Descorar por 20 segundos com ácido acético a 10%;
Contrastar por 30 segundos com solução a 1% de azul de metileno;
Secar e examinar em imersão:
• Brucela: bastões vermelhos (gram-), cocobacilares, aglomerados
• Listeria: gram +, cocobacilos pleomórficos
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• Sinais clínicos: Leitões desmamados:
febre, tremores e paraparesia (paralisia parcial das extremidades) ou paraplegia dos membros pélvicos
e morte em 3 - 7 dias.
• Humanos:
meningite, granulomatose infantasséptica, mononucleose e conjuntivite, linfadenopatia, sinais
respiratórios e doenças febris agudas mal definidas; pode ocasionar abortamento ou morte fetal,
prematuro ou a termo, ao nascer.
• A titulação de anti-corpos deve ser feita, colhendo-se duas amostras a cada 15 dias. Se for leptospira, cai o
título; se não for, se mantém.
Prognóstico:
reservado na maior parte das espécies; mau para suínos e coelhos
Tratamento:
deve ser feito por no mínimo 2 semanas:
* Cloranfenicol (10 mg/Kg) é o único antibiótico que passa a barreira encefálica;(PROIBIDO...)
* Vincamicina: quando não existe mais a febre, pois aumenta a circulação sanguínea cerebral, facilitando a
recuperação.
* Penicilina : 40.000 UI/Kg a cada 7 dias;
* Tetraciclina: 20 mg/kg , duas vezes ao dia/5 dias, depois 10mg/kg, duas vezes ao dia/10 dias.
Profilaxia:
Desinfecção das instalações = lysoform 3%.
Informar aos tratadores sobre os perigos de manipulação de material:
abortado,
metrites,
leite contaminados, etc.
DERMATOFITOSE
• incubação: 2 a 4 semanas
Patogenia:
os pelos caem ou quebram-se, e em 2 a 3 meses, observam-se:
crostas circunscritas, espessas, branco acinzentadas e ligeiramente elevadas na superfície da pele
lesões se expandem em direção à periferia e podem alcançar até 5 a 10 cm de diâmetro.
Tratamento: tópico
a) remover crostas com escova e sabão
b) passar solução de iodo
c) hipoclorito de sódio a 0,5% (1:10 cloro alvejante)
sistêmico:
d) iodo sódico: 1g/14kg PV, EV, em solução a 10%, repetir após 1 semana.
e) Vitamina A: 1 dose a cada 4 dias (2 doses)
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• agente: Dermatophilus congolensis
Bactéria gram +, móvel, não ác. Resistente, aeróbica ou anaeróbica facultativa
DERMATOSES
Conceitos:
Dermatose: doença de pele
Dermatofilose: dermatite exsudativa infecciosa
Dermatófito: fungo que produz infecção na pele;
Dermatomicose: causada por dermatófito, fermentos
Dermatofitose:infecção causada por dermatófito Trichophyton verrucosum
PAPILOMATOSE
Etiologia
Papilomavirus
Espécie específico
Bov, eq, cap, ov, cães, gatos...
Transmissão
Contato direto, Fomites
Achados clínicos
Proliferações sólidas da epiderme
– Papiloma
– Fibropapiloma
Sésseis ou pedunculadas
– Bov: cabeça e pescoço
– Eqüi: face e lábios
Diagnóstico
Histopatologia
DNA por PCR
Tratamento
Remoção cirúrgica ou criocirurgia
Vacina autógena
bovinos
6 tipos
– Fibropapilomas: VPB-1, VPB-2 e VPB-5
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Bovinos Fibropapilomas:
VPB-1: tetas e pênis, pescoço, fronte e dorso
VPB-2: forma de couve-flor na região anogenital e abdominal ventral; câncer de bexiga
VPB-5: forma de grão de arroz no úbere
Bovinos Papilomas epiteliais:
VPB-3: papiloma cutâneo
VPB-4: papiloma de esôfago, goteira esofágica, int. delgado. Associado a tumores por samambaia
VPB-6: epiteliomas no úbere e tetas
Diagnóstico diferencial
Eqüinos: sarcóide e melanoma
Vacina
Material:
papilomas
máquina de moer (liquidificador, processador)
centrífuga
gral e pistilo
areia estéril
vidros de soro (250, 500, 1000 ml)
vidros de embalagem (20, 50, 100 ml)
Metodologia
Colher 10 g de papiloma para cada animal a ser tratado:
0
Conservar em geladeira à 40C
– em caso de papiloma filamentosos, cortar em tiras, cobrir com soro fisiológico, guardar;
Metodologia
Colocar o sobrenadante em vidros estéreis, acrescentando para cada 9 ml de solução, 1ml de formol a 5%
(ex: formol P.A. a 35% 100 : 35 = 2,8 que é igual a 1 ml de formol puro, então, multiplicar 2,8 x 5 = 14 ml de
formol + 86 ml de água destilada);
Adicionar 500 mil UI de penicilina + 500 mg de streptomicina.
Controle de qualidade
Exame bacteriológico: fazer 24 horas após a vacina estar pronta.
Colher 5 ml da vacina e semear nos seguintes meios:
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a) caldo simples;
b) tarose;
c) sabouraud líquido;
d) tioglicolato.
0
Incubar a 37 C por 72 a 120 horas.
24
DOENÇAS INFECCIOSAS EM GATOS
Transmissão: – Pulgas
– Outros artrópodos hematófagos
Sinais Clínicos
• Manifestações de ANEMIA (de aguda a crônica)
– Palidez de Membranas Mucosas
– Depressão, Anorexia e Perda de Peso
– Esplenomegalia e Icterícia (ocasionalmente)
• Causa da Anemia
– Aumento da eritrofagocitose no baço
Diagnóstico
Diagnóstico Definitivo
Detecção dos parasitos basofílicos na superfície eritrocitária, em forma de bastão, anel ou corrente
Tratamento
Antibioticoterapia na Anemia Infecciosa Felina
• Tratamento de Eleição Tetraciclinas
(não eliminam o estado de portador)
Oxitetraciclina
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Doxiciclina
MINOCICLINA
• Transfusão sangüínea
Enfermidades infecciosas que podem ocorrer isoladamente ou em grupo, e afetam preferencialmente trato
respiratório superior e conjuntiva
Características gerais
FORMAS AGUDAS
• Aparecimento abrupto de sinais respiratórios,
acompanhados por febre, anorexia e desidratação.
FORMAS CRÔNICAS
• Pacientes recuperados de uma fase aguda
se tornam portadores e transmissores.
• Podem mostrar sinais clínicos suaves, sofrendo
esporadicamente uma agudização do processo.
CLAMIDIOSE FELINA
Pneumonite Felina
Tratamento
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Antibioticoterapia sistêmica com MINOCICLINA
Ocorre melhoria temporária, podendo haver recidiva 2 a 3 semanas após a interrupção do tratamento
(imunidade)
- Incubação de 2 a 6 dias.
- O primeiro sinal é a ocorrência de espirros
- Ocorre também conjuntivite e rinite
Exsudato:
seroso mucoso muco-purulento
• A reativação da disseminação viral pode ser ativada por diversas situações estressantes (parto, lactação,
mudança de ambiente, outras doenças) e pelo uso de corticosteróides
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CALICIVIROSE FELINA
Calicivirus felino
Quadro Clínico
Calicivirose Felina
-Glossite Ulcerativa (sem rinite ou conjuntivite severas) associada ou não a Pneumonia Aguda
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• Evitar a ocorrência de infecções hospitalares:
selecionar os internamentos
somente casos graves, com desidratação,
depressão, hipotermia e dispnéia severa
PARVOVIROSE FELINA
(Panleucopenia Felina)
Infecção
Patogênese
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– Andar em círculos
– Rolar
– Ataxia
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5-7 dias tendem à convalescença plena
– Alimentação leve em esquema progressivo, após ter cessado o vômito (fluidos orais e alimentos gelados)
Patogênese
Formas Clínicas
1. Forma Efusiva.
2. Forma Não Efusiva.
Forma Efusiva
• Perivasculite
Aumento da Permeabilidade Vascular
• Efusão pleural e peritoneal (eventualmente, pericárdica), rica em proteínas
• Comprometimento hepático e pancreático (insuficiência)
• Sinais Clínicos: – Febre
– Anorexia e Perda de Peso
– Acúmulo palpável de fluido IP
– Depressão e Desidratação
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• F e b re
• Comprometimento Neuro-Oftálmico
– Ataxia Convulsões Paresia Incontinência urinária Edema corneano Hipópio Hifema Sinusite
Diagnóstico
Quadro clínico
Ultrassonografia e Radiologia.
Análise do fluido obtido na punção
cor âmbar, alta densidade específica
Definitivo – Histopatologia
Tratamento
Terapia de Suporte.
Centese e drenagem do fluido.
Imunossupressão:
– Corticosteróides
– Corticosteróides + Ciclofosfamida
– Azatioprina, Ciclofosfamida, Clorambucil...
Imunização
Nova vacina com vírus vivo mutante termo-sensível
– Administração e replicação intranasal
– Eficiência experimental de 80%
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RETROVIROSES FELINAS
Patogênese
• O quadro clínico é composto por sinais devidos à imunossupressão, e existem cinco fases distintas,
clinicamente identificáveis
1. FASE AGUDA: 4 meses após a infecção. Alguns pacientes apresentam febre, diarréia, linfadenopatia e
neutropenia.
2. FASE DE PORTADOR ASSINTOMÁTICO: paciente sem evidências clínicas da doença (meses a anos).
IMUNODEFICIÊNCIA FELINA –
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Características dos quadros clínicos
Achados Laboratoriais
– Anemia
– Neutropenia
– Hipergamaglobulinemia
• Observações Importantes
– Infecção prévia pelo Vírus da Leucemia Felina
potencializa as enfermidades relativas ao VIF
– O prognóstico é totalmente desfavorável para
infecção concomitante por ambos os vírus
Susceptibilidade X Idade:
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2º. Infecção de linfócitos e macrófagos circulantes
• Fibrossarcomas
Diagnóstico
• Quadro Clínico
• Kits de triagem, método ELISA
• Método de IFI
Obs: Exames em esfregaços sangüíneos, pela técnica de IFI,são realizados pelo DMV-FMVZ-USP.
Contatar mkhagiwa@usp.br ou julijunqueira@yahoo.com
Prevenção
• Geral Evitar exposição ao contágio
• VLeF Vacinação dos gatos em risco de exposição
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Consultar ETTINGER & FELDMAN – Medicina Interna
a
Veterinária, 5 . Edição, volume 1, capítulos 89 e 90
AZT (zidovudina)
Protocolo:
5,0 mg/kg, SC, 12 horas, 21 dias
Avaliar hematócrito e plaquetas antes de recomeçar
+ Imuno-Modulação
[Roferon-A®]
Protocolo:
30 a 300 UI/gato (até 10 Kg), PO, diariamente, durante
Uma semana, em semanas alternadas (espirrar nas tonsilas)
Roferon-A®
Cuidados especiais:
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Sol. C (1:1.000) – 50 ml da Sol. B + 450 ml de NaCl 0,9% = 500 ml
Sol D (1:10.000) – 500 ml da Sol C + 4.500 ml de NaCl 0,9% = 5.000 ml
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ENTEROVIROSES
CORONAVIROSE CANINA
Infecção
Contaminação ambiental por fezes
Ingestão do vírus
Sinais clínicos
– A taxa de mortalidade é muito baixa os óbitos limitam-se aos filhotes mais jovens
Diagnóstico
– Quadro clínico –
O diagnóstico etiológico não é essencial, pois o tratamento (quando necessário) não é específico
Tratamento
Havendo indicação terapêutica
Tratamento de suporte = Parvovirose
38
Prevenção
Vacinas preparadas com vírus vivo modificado
PARVOVIROSE CANINA
O Parvovírus canino é extremamente resistente, capaz de sobreviver no ambiente durante meses ou anos (é
destruído pelo hipoclorito de sódio).
Infecção
Sinais Clínicos
• A maioria das infecções é clinicamente inaparente.
• Emese e diarréia branda são os primeiros sinais perceptíveis.
• Animais afetados de maneira branda recuperam-se em 24-48 horas, sem tratamento.
Quadros Severos
• Gastrenterite Hemorrágica
– Emese
– Diarréia Hemorrágica
–Letargia
– Depressão
– Anorexia
• Febre e Leucopenia (com Linfopenia)
Diagnóstico
Prevenção
- Falhas vacinais Interferência dos anticorpos maternos Os filhotes já são susceptíveis 2 a 3 semanas
antes de se tornarem imunizáveis
39
Tratamento
-Fluidoterapia parenteral (emergência médica)
-Equilíbrio eletrolítico (reposição)
-Jejum absoluto até que não haja mais necessidade de anti-eméticos
-Transfusão (sangue total ou plasma),nos casos mais graves
-Alimentação leve em esquema progressivo, após ter cessado o vômito (fluidos orais e alimentos gelados)
40
DOENÇAS FÚNGICAS
Características:
- Temperatura de Crescimento:
Psicrófilo = temperatura baixa
Mesófilos = 20 – 37ºC
Termófilos = temperaturas altas
- Forma de vida
Parasitas
Simbióticos
Sapróficos
- Forma de desenvolvimento
Forma de levedura + forma filamentosa = DIMORFISMO
CLASSIFICAÇÃO
- Micoses cutâneas = Dermatofitoses
- Micoses subcutâneas = Esporotricose, rinosporidiose, Ptiose
- Micoses profundas ou sistêmicas = Aspergilose, coccidioidomicose, histoplasmose, criptococose.
DERMATOFITOSE
DEFINIÇÃO:
Estes são os únicos fungo patogênicos causadores de infecções contagiosas, que dependem da
queratina como fonte de nutrientes. Eles estão entre os poucos microrganismos que hidrolizam a queratina.
Seu crescimento em penas, pêlos, unhas e pele, provoca respostas do hospedeiro que são manifestadas por
várias doenças, as quais são comumente conhecidas como “Ring Worm” (devido a natureza circular da lesão)
ou ainda como “Tinhas” ou “coceira da cincha”. As espécies mais importantes em veterinária estão
relacionadas a seguir:
BOVINOS: Tricophyton verrucosum
T. mentagrophytes
T. equium
T. mentagrophytes
41
T. verrucosum
Mycrosporm gypseum
M. canis
SUÍNOS: M. nanum
M. gypseum
AVES: T. gallinae
T. simiae
CÃES: M. canis
M. gypseum
T. mentagrophytes
M. audouini
GATOS: M. canis
M. gypseum
T. mentagrophytes
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
* fungos filamentosos
* reprodução assexuada
* possuem hifas septadas
* aeróbios
* velocidade de crescimento lento
* alguns utilizam proteínas e outros desdobram aminoácidos.
* reprodução através de macro e microconídios.
HABITAT: Quanto ao habitat, o Mycrosporum e Trichophyton sp. são classificados tanto como dermatófitos
geofílicos, zoofílicos ou ainda antropofílicos.
* Dermatófitos geofílicos: vivem no solo e resistem aos efeitos degradativos das bactérias telúricas,
devido à presença de substâncias antibacterianas na sua parede celular (Ex. Mycrosporum gypseum, M.
nanum, Trrichophyton verrucosum e T. mentagrophytes). Infecções animais por dermatófitos geofílicos são
contraídos pela exposição ao solo infectado. Estas infecções são esporádicas e não se espalham prontamente
entre os animais. Um fator importante na infectividade do solo é a presença de pêlos. Por exemplo, infecções
provenientes do solo, em cães pelo M. gypseum, ocorre somente quando pêlos e os macroconídios estiverem
conjuntamente no solo.
42
* Dermatófitos zoofílicos: são parasitas especializados em pele de animais e não se conhece sua
presença no solo como saprófita (Ex: M. canis, M. distortum, T. gallinae, T. verrucosum e T. equium). Infecções
por dermatófitos zoofílicos são vistas mais comumente em animais jovens e sexualmente imaturos, que
convivem em contato estreito. Outros fatores predisponentes e importantes são: altas temperaturas e umidade
do meio ambiente, traumatismos do pescoço e ombro por coleiras e correntes, e finalmente uma má nutrição.
Estes fungos raramente causam inflamação aguda em animais, porém em huanos desenvolvem infecção com
reaçãoes inflamatórias graves.
* Dermatófitos artropofílicos: são parasitas da pele humana e podem sobreviver brevemente no solo
(Ex. T. mentagrophytes variedade interdigitalis, T. tonsurans, M. audouinii e Epidermophyton flocosum).
EPIDEMIOLOGIA:
As tinhas ocorrem em todos os animais domésticos, havendo espécies mais adaptadas a uma ou mais
espécies, como por exemplo pode-se citar o M. nanum, que até hoje somente foi encontrado em suínos.
Idade: algumas tinhas são muito mais frequentes em animais impúberes, como a causada por T.
verrucosum em bovinos, enquanto que outras afetam mais os adultos.
Sexo: não influi nos casos da doença entre os animais.
Imunidade (ex. imunossupressão e alteração na atividade de células T)
Má condição corpórea (animais debilitados e desnutridos).
Distribuição: alguns dermatófitos são considerados cosmopolitas, cmo o M canis e T. mentagrophytes,
enquanto que outras espécies tem distribuição limitada.
Ambiente: mais comum em ambientes contaminados, aglomeracões, umudade alta, má ventilação e
ambientes escuro.s.
Reservatório: animais doentes
Manejo: através de escovas, raspadeiras e outros fômires.
Em fazendas, em canis, ou em criações de gatos para fins comerciais, a promiscuidade favorece a grande
morbidade e endemicidade, porém, são doenças praticamente sem letalidade.
Transmissão: contato direto, ou através do solo, fômites e instalações contaminadas.
Período de incubação: 1-6 semanas. Os esporos permanecem viáveis por anos.
Os dermatófitos não invadem tecidos vivos. Os micorganismos invadem a heste do pêlo causado quebra
e alopecia. Elaboram toxinas e compostos alegergênicos que penetram na derme e evocam um resposta
inflamatória.
Hospedeiros: os dermatófitos são adaptados a sobreviver na pele de determinados hospedeiros, mas
causam respostas violentas em um hospedeiro que não está adaptado a sua presença (ex. dermatófitos
zoofílicos em humanos)
PATOGENIA:
A doença inicia devido a uma diminuição das barreiras naturais da pele, como:
O desenvolvimeto dos dermatófitos deve-se ao fato deles serem ceratinofílicos, isto e, hidrolizam a
queratina na qual a pele e pêlos são ricos. Geralmente o tecido conjuntivo não reage, apresentando somente
uma discreta inflamção, exceto nos casos em que ocorre uma infecção bacteriana secundária, geralmente por
Staphylococcus aureus.
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SINAIS CLÍNICOS:
Em cães e gatos as lesões são mais comuns na cabeça, cotovelos e nas patas, sendo que nos gatos
as lesões podem ser difíceis de detectar, as quais geralmente apresentam-se como “cinzas de cigarro” no pêlo
do animal.
Em bovinos as lesões aparecem geralmente na cabeça e pescoço. A infecção tem sido vista com
maior freqüência em animais estabulados.
De maneira geral, as tinhas desenvolvem-se em animais jovens e nos animais mais velhos que
tenham sido acometidos por doenças ou má nutrição.
Eqüinos: as lesões geralmente apresentam-se na região da cela e do dorso, do tórax da cabeça e das paletas.
Estas são arredondadas , bem demarcadas e pequenas (2-3 cm) de pêlos eriçados que tendem para alopecia.
Pode ocorrer frmação generalizada de escamas (seborréia seca) sem alopecia. Prurido e sensibilidade variam
de acentuadas a ausentes. As alterações podem restringir-se à região posterior da quartela, quando esta são
denominadas de esfoladura, febre do barro e talões gordurosos). Neste caso podem ser alteradas pelo
estresse, irritaçao local e umidade e condições de pouca higiene. (Ogilvie, 2000)
Bovinos: tipicamente caracterizadas por lesões crostosas elevadas e cinzas que iniciam-se com áreas de
alopecia, mas rapidamente tornam-se confluentes. O pescoço, a face e a cabeça são mais comumente
afetados e geralmente estas não apresentam prurido (Ogilvie, 2000).
Suínos: áreas comumente afetadas são a linha do dorso, e as laterais dos animais. Estas apresentam-se como
anéis progressivos de alopecia, senqo que o centro destes são crostosos e alopécicos (Ogilvie, 2000).
Ovinos: a cebça é o local mais comumente afetado com áreas circulares de alopecia bem demarcada e
geralmente cobertas por uma crosta cinzenta. (Ogilvie, 2000).
DIAGNÓSTICO:
Colheita de material:
- Limpar a área com álcool 70º
Exame direto: Processa-se o material com hidróxido de potássio (KOH) a 20%, colocando-se entre lâmina
e lamínula, para observação de hifas septadas na pele e no pêlo; observando-se parasitismo ectotrix
(contendo artroconídios), parasitismo endotrix (dentro do pêlo), parasitismo endo-ectotrix (dentro e fora do
pêlo) e ainda parasitismo fóvico (fragmentos de hifas dentro do pêlo).
Histopatológico: observa-se hifas e artroconídios dentro do folículo piloso.
Isolamento e caracterização: Isolamento em ágar Sabouraud com cloranfenicol e ciclohexemida. Após o
isolamento é realizada a caracterização macromorfológica (velocidade de crescimento e coloração do verso
e reverso da colônia) e micromorfológica (através da coloração com lactofenol azul de algodão, o qual cora
44
as estruturas fúngicas, observando-se os macro e microconídios). Normalmente semeia-se o material em 3
tubos de ágar Sabouraud com cloranfenicol e com ciclohexemida, os quais são semeados em 4 pontos e
após são incubados à 25-28ºC por um período que varia de 4 a 14 dias.
Lâmpada de Wood: a qual produz fluorescência, porém em grandes animais este teste geralmente é
negativo.
Biópsia de pele: os achados são variáveis, incluindo, perifolicilite, fuliculite e furunculose; dermatite
perivascular superficial; dermatite vesicular intra-epidérmica ou dermatite vesicular; hifas septadas e
conídios esféricos ou ovais em meio a uqeratina superficial e ás crostas dentro dos folículos pilosos ou ao
redor dos pêlos.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Dermatite estafilocócica
Dermatofilose
Demodicose
Dermatite responsiva ao zinco (ruminantes)
Pênfigo foliáceo em eqüinos
TRATAMENTO:
Tópico:
Cal sulfurada 2 a 5%
Captano 3% (31.1g de pó em 3.785L)
Iodóforos
Hipoclorito de sódio a 0.5% uma vez ao dia durante 5 dias com spry ou em banhos de imersão. Após este
período, uma vez por semana, até que desapareçam os sinais clínicos.
Solução de tiabendazole 1-5% aplica uma vez ao dia a cada 3 dias.
PROGNÓSTICO:
A maioria das lesões regridem em 2 a 3 meses, especialmente se o estado nutricional for bom e se
estes for exposto a luz solar. Normalmente a dermatofitose é autolimitante com regremissão espontânea em
1-4 meses.
PROFILAXIA:
Entrada de animais
Feiras e exposições
Ambiente e fômites devem ser desinfectados e o material contaminado deve ser descartado (p. ex. pêlo,
crostas, cama)
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Desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio 5%, formalina 5%, captano a 3% ou cresol a 3%.
SAÚDE PÚBLICA:
MICOSES SUBCUTÂNEAS
RINOSPORIDIOSE
DEFINIÇÃO:
ETIOLOGIA:
Rhinosporidium seeberi
Principais Características:
EPIDEMIOLOGIA:
SINAIS CLÍNICOS:
- Respiração difícil e estretorosa devido a presença dos polipos nas cavidades nasais
- Descarga nasal purulenta com estrias de sangue
- Geralmente o estado geral não é afetado.
PATOLOGIA:
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DIAGNÓSTICO:
TRATAMENTO:
Até o momento, não se conhece nenhum medicamento que tenha a capacidade de combater este
agente, sendo recomendado então o tratamento cirúrgico.
ESPOROTRICOSE:
ETIOLOGIA:Sporothrix schenckii
Principais Características:
- Fungo dimórfico. Nos tecidos parasitados aparece na forma não miceliar denominados de “navetas”. Em
cultivos a 37ºC, em meios ricos cresce na forma de leveduras de coloração creme. Em cultivos a
tempertatura ambiente cresce na forma de micélio, inicialmente branco, tornando-se castanho escura a
negra mais tarde, estas colônias apresentam seu centro mais elevado com pregas radiais.
- Levam de 7 a 12 dias para crescer e para as colônias apresentarem as suas características.
- A reprodução deste agente ocorre através de macro e microconídeos dentro dos neutrófilos.
EPIDEMIOLOGIA:
PATOLOGIA:
Comumente os granulomas ulceram, deixando fluir líquido tissular espesso que cristaliza ,
provocando um aglomerado de pêlos, ou ainda pús escasso e viscoso.
No linfonodo, o agente provoca necrose e uma reação muito similar á dos nódulos subcutâneos.
Podendo em casos raros atingir o tecido ósseo por continuidade.
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Pode ocorrer uma forma fixa da doença, onde observa-se só uma lesão, a qual progride
lentamente, localizada, sem acometimento dos vasos linfáticos. Apresenta-se ulcerada ou na forma de placas.
Ocorre uma linfangite ascendente, á partir do ponto de inoculação, formando nódulos ao longo
da cadeia linfática, os quais normalmente ficam ulcerados.
Geralmente ocorre cura espontânea. A complicação só ocorre devido a queda de resistência dos
animais.
SINAIS CLÍNICOS:
DIAGNÓSTICO:
- Colheita de material: devem-se realizar biópsias dos nódulos que não estão ulcerados.
- Cultivo: semeados em ágar sangue ou Sabouraud e incubados a 25ºC durante 7 a 12 dias. Ao
microscópico observa-se a formação de micélio com hifas septadas com “brotamentos” (microconídios) em
forma de flores.
- Sorologia: aglutinação em látex e imunofluorescência
PROGNÓSTICO:
TRATAMENTO:
PROFILAXIA:
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PTIOSE:
ETIOLOGIA:
O agente etiológico é o Pytium insidiosus.
Principais características:
EPIDEMIOLOGIA:
Os zoosporos são liberados na água, disseminando-se, vindo a infectar os eqüinos e eventualmente outros
mamíferos.
No Brasil a doença é freqüentemente diagnosticada no centro-oeste, sendo a doença denominada de ‘mal
dos pântanos” e “ferida brava”.
O período entre o primeiro contato com o fungo e o desenvolvimento das lesões pode ser de 3-4 semanas.
É uma doença cosmopolita de áreas temperadas, trpicais e subtropicais.
O aparecimento de casos da doença coincide com épocas de maior precipitação pluviométrica e
consequente formação de águas paradas.
Não há predisposição de raça, idade ou sexo.
Acomete principalmente eqüinos, embora tenha condições de causar a doença em bovinos, caninos e no
homem.
SINAIS CLÍNICOS:
Lesões recentes: pequenas zonas elevadas com aproximadamente 5mm de diâmetro, desprovida de pêlo,
com ulceração na superfície e fistulação da pele onde flui o líquido serosanguinolento.
Progressão das lesões muito rápido, poendo chegar a 50 cm.
No centro do tecido ulcerado, observam-se áreas necróticas, evidenciando a presença de massa de
coloração amarelada, denominada de “kumkers”, no interior dos quais encontra-se o agente.
As lesões são únicas e a distribuição está diretamente relacionada com as áreas do corpo ques estão em
constante contato com a água.
As regiões onde normalmente localizam-se as lesões são: membros posteriores, região ventral do abdome,
peito, pescoço, lábios, mama e genitais.
A lesão é progressiva, podendo levara a morte do animal por caquexia.
PATOLOGIA:
a) macroscopicamente:
Caracteriza-se pela presença de tecido fibroso, esbranquiçado e bri;hante, entrecortado por
galerias preenchidas pelos kumkers, que constituem-se em material necrótico firme , rugoso, ramificado e
amarelado, que se desprende facilmente.
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As leões são caracterizadas por pontos necróticos, os quais formam os sinusóides ( galerias )
chamados de “coral like” ou ‘kumkers”. A massa necróticavais aumentando devido a presença do agnete no
interior da lesão.
A resposta imunológica é rara ou deficiente devido ao fato do agente está recoberto por tecido fibroso.
b) microscopicamente:
Em cortes histológicos observam-se áreas necróticas eosinofílicas e irregulares, constituídas por
eosinófilos necróticos
No interior destas áreas necróticas verificam-se imagens tubuliformes, ocasionalmente septadas, que
constituem as hifas do Pythium insidiosus, Circundando esta área vê grande quantidade de tecido de
granulação e fibrose.
DIAGNÓSTICO:
TRATAMENTO:
Anfotericina B
Remoção cirúrgica
CONTROLE:
Manejo
ASPERGILOSE
DEFINIÇÃO:
ETIOLOGIA Aspergillus
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Principais espécies:
Habitat: Os Aspergillus sp. normalmente são encontrados no meio ambiente, podendo ser isolados do solo, ar
e vegetação. Distribuem-se mundialmente, produzindo doenças geralmente nos meses de inverno e são
também contaminantes comuns de laboratório.
EPIDEMIOLOGIA:
Os Aspergillus estão distribuídos na natureza, podendo ser isolados do solo, ar e vegetação. Muitas
espécies são encontradas em grande variedade de substratos incluindo substratos orgânicos, alimentos e
forragens.
Pneumonia micótica
Mastite
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Ceratite
Aspergilose disseminada
Aspergilose generalizada
Homem Alergia
Disseminada
Reservatório: solo
PATOGENIA:
Este microrganismo causa uma micose aguda, subaguda ou crônica, localizada ou generalizada,
superficial ou profunda, causada por diferentes espécies de fungos do gênero Aspergillus.
Em alguns casos a aspergilose é uma infecção primária, embora geralmente aparece como uma
infecção secundária e oportunista. Para que haja a instalação da doença é necessário que o agente supere
alguns obstáculos, assim como o hospedeiro esteja em condições de facilitar a entrada do agente, para isto
considera-se alguns fatores:
Porta de entrada:
Os esporos podem entrar no organismo por via aerógena, digestiva ou solução de continuidade, e
ainda á partir de um órgão infectado.
Fatores externos:
O número de esporos que o agente está sendo exposto e quanto destes esporos são inalados
interferem no desenvolvimento da doença. Nos animais imunossuprimidos é necessária uma menor
quantidade de agente para produzir a doença.
Fatores internos:
Fatores internos podem facilitar a instalação e proliferação do fungo, produzindo a doença. Estes
fatores podem ser: doenças crônicas ou agudas, corticóides, antibióticos, desordens locais e traumatismos.
PATOGENIA:
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O Aspergillus fumigatus, que é a espécie mais patogênica, produz hemolisinas, enzimas proteolíticas
e outras substâncias tóxicas, cujo papel na patogenia da aspergilose não é bem conhecida.
No trato respiratório, localiza-se nas fossas nasais, sinus paranasais e pulmões. Nas infecções
pulmonares exsudatos supurativos acumulam-se nos bronquíolos. O crescimento dos micélios pode se
estender aos compartimentos vasculares e ocorrer a disseminação. Granulomas podem ocorrer em todos os
órgãos, sendo visíveis como nódulos cinza-amarelados no coração, sistema nervoso central, fígado, baço e
útero.
Se o Aspergillus fumigatus é liberado no organismo, nas cavidades que contém ar, como os sacos
aéreos das galinhas observa-se pequenos pontos amarelados.
Aborto
Aspergilose pulmonar e das bolsas guturais
Suínos:
Doença generalizada
Cães:
Febre
perda de apetite
dificuldade respiratória
diarréia
Estado geral debilitado
Lesões granulomatosas em forma nodular ou de placas
Microscopia direta: (esfregaço do tecido infectado + hidróxido de potássio a 10%). Observa-se as hifas
invadindo o tecido.
Isolamento: utiliza-se o meio de Sabouraud com dextrose e cloranfenicol. Realiza-se a incubação a 37ºC,
aerobicamente por mais de 5 dias. As colônias aparecem em 2 a 3 dias. O A. fumigatus o e A. niger são
termotolerantes para a temperatura de 45ºC.
Identificação macroscópica:
A. fumigatus: as colônias possuem crescimento rápido, a coloração inicialmente é branca,
tornado-se esverdeada com o tempo e apresenta o reverso incolor.
A. niger: quando jovem a colônia é branca e adquire coloração preta com o passar do tempo,
apresenta reverso da colônia amarelo.
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A. flavus: as colônias são cotonosas de coloração amarelada passando a amarelo-esverdeada,
pode apresentar reverso rosa escuro.
Identificação microscópica:
A. fumigatus: conidiófaro curto, terminando em vesícula com extremidade achatada. Os
conídios são globosos e equinulados de cor verde. A cabeça aspergilar e
colunar, em forma de pincel.
A. niger: os conídios são longos, até 3 mm, terminando numa vesícula globosa, quase que
totalmente coberta por fiálides bisseriadas, com cinídios rugosos e a cabeça
aspergilar é radiada.
Diagnóstico histológico:
Na microscopia observam-se as hifas invadindo os tecidos e os vasos sangüíneos.
TRATAMENTO
Anfotericina B
Cetoconazol
PROGNÓSTICO: Mau
CONTROLE:
Tratamento dos doentes de preferência através da alimentação para limitar a imunossupressão
Armazenamento adequado de rações
AFLATOXICOSE:
É uma enfermidade causada pelas aflatoxinas, que são metabólitos hepatotóxicos biologicamente
ativos produzidos por algumas cepas de A. flavus.
Geralmente ocorre em regiões tropicais e subtropicais com umidade superior a 14% e temperatura
alta.
Os sinais clínicos podem ser divididos em inespecíficos, agudos e crônicos. Os sintomas crônicos são
causados pela ingestão de aflatoxina durante semanas ou meses, e são caracterizados basicamente pela
baixa produção e menores ganhos de peso, chegando até a anorexia, depressão fotossensibilização, diarréia
severa e tenesmo retal. Os sintomas inespecíficos são caracterizados pela diminuição da imunidade adquirida.
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O controle é feito pela retirada do alimento contaminado, evitando alimentação com grãos em
condições inadequadas de armazenamento.
COCCIDIODOMICOSE
DEFINIÇÃO:
É uma micose profunda de caráter crônico granulomatosa purulenta, a qual apresenta-se de duas
formas: a forma primária como uma doença respiratória e a forma secundária ou sistêmica que envolve ossos,
articulações, meninges, tecido cutâneo e subcutâneo e outros órgãos e tecidos.
ETIOLOGIA:
Coccidioides immitis
Principais Características:
EPIDEMIOLOGIA:
Até pouco tempo atrás era considerada doença exótica no Brasil, mas atualmente tem sido diagnosticado
alguns casos da doença.
Espécies afetadas: principalmente primatas e cães, mas podem afetar bovinos, ovinos, gatos, eqüínos,
roedores e animais silvestres.
O agente tem predileção por solos alcalinos, temperaturas altas (26-39ºC), baixa umidade e terrenos
pouco elevados.
Reservatório: solo na forma de micélio.
Morbidade baixa
Letalidade depende da espécie. Em cães pode chegar a 100%, já em bovinos e ovinos a forma mais
comum é a benigna. Em bovinos geralmente é fatal.
Infecção por inalação.
PATOLOGIA:
A infeção geralmente ocorre por inalação dos artrosporos, sendo necessário poucos artrosporos
(menos de 10) para produzir a doença.
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deprimida há a disseminação do agente por outros tecidos. Em cães esta invasão começa pelos linfonodos
mediastinais e traqueobrônquicos.
ossos e articulações,
baço, fígado e rins
coração e pericárdio
olhos e retina
sistema nervoso central
As áreas afetadas apresentam-se aumentadas de volume e contendo um material purulento,
similar ao da tuberculose.
Lesões macroscópicas:
Lesões microscópicas:
SINAIS CLÍNICOS:
Tosse produtiva
Linfoadenopatia traqueobrônquica
Febre flutuante
Depressão
Fraqueza
Anorexia
Perda de peso
Lesoões em outros órgãos
Forma cutânea:
Linfoadenite
Linfangite regional
DIAGNÓSTICO:
Exame direto com lactofenol azul de algodão, onde observa-se as esférulas e endosporos
Cultivo: em agar Sabouraud à temperatura ambiente e a 37ºC.
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Em temperatura ambiente observa-se o crescimento de colônias com aspecto algodonoso
queimado. As hifas aéreas formam artrosporos, as quais fragmentam-se e liberam os conídios. Estes
artroconídios é que são responsáveis pela infecção dos animais e do homem.
Quando inoculadas em animais, estes conídios infectantes formam esferas nos tecidos.
Histopatológico
TRATAMENTO:
Anfotericina B
Cetoconazol
Imidazol
Forma Localizada:
Forma disseminada:
Cetoconazol – VO – 10mg/Kg/12-12h até 8-12 meses após o desaparecimento dos sinais clínicos.
CONTROLE:
CRIPTOCOCOSE
DEFINIÇÃO: É uma enfermidade de forma subaguda a crônica causada por uma levedura, a qual apresenta
sinais clínicos nervosos e respiratórios.
ETIOLOGIA:Criptococcus neoformans
Principais Caractrísticas:
EPIDEMIOLOGIA:
Distribuição mundial
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Animais suscetíveis: todos os mamíferos domésticos
Via de infeção: respiratória através da inalação dos esporos
SINAIS CLÍNICOS:Causa uma doença fúngica que pode afetar pulmões, SNC e pele da face dos gatos e dos
membros de cães.
Bovinos: a doença manifesta-se na forma de mastite e aumento de volume dos gânglios supramamários.
Cães e gatos: nestas espécies a doença manifesta-se na forma respiratória e neurológica, especialmente
com ulcerações cutâneas e inflamações nodulares.
DIAGNÓSTICO:
Exame direto: esfregaço corado com tinta da Índia. Esta forma pode-se observar às capsulas, as quais são
bem características desta espécie fúngica.
Colorações: PAS, azul de toluidina
Isolamento e cultivo: deve ser feito em agar Sabouraud com ciclohexemida a uma temperatura de 37ºC e
25ºC.
Características das colônias: onduladas com grânulos esbranquiçados. Tornam-se viscosas, mucóides, de
coloração creme ao marrom.
Tempo de crescimento: geralmente uma semana.
Identificação: baseada nas características morfológicas.
Inoculação em animais: pode ser feita a inoculação em camundongos via intraperitoneal ou intracerebral,
onde produzem a doença em uma a três semanas.
Sorologia: aglutinação, fixação de complemento e provas com anticorpo fluorescente.
TRATAMENTO:Anfotericina e imidazóis.
PROGNÓSTICO: Reservado
CONTROLE:A única medida de controle recomendada em locais onde ocorre casos da doença e haja pombais
ou outras criações de aves é o tratamento deste local com soda cáustica.
HISTOPLASMOSE
DEFINIÇÃO: Histoplasmose é uma micose não contagiosa, de caráter crônico, com tendência a generalização,
apresentando-se como uma reticuloendoteliose difusa (CORREA & CORREA, 1992).
citomicose retículoendotelial
enfermidade das cavernas
enfermidade de Darling
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HISTÓRICO:A doença foi conhecida em 1906, por Darling, ao necropsiar 3 pacientes mortos no canal do
Panamá (VERONESI, 1982), supondo que o agente seria um protozoário (CORREA& CORREA, 1992).
De Mambreun em 1934, obteve a cultura do fungo à partir de tecido hepático obtido através de
autópsia, provando o dimorfismo; crescendo como levedura na forma parasitária e na forma micelial na forma
saprofítica (JUNGERMAN & SCWARTZMAN, 1989). Este mesmo pesquisador juntamente com Anderson, em
1939, descreveu o primeiro caso natural em um cão (CORREA & CORREA, 1992). À partir desta data a doença
foi sendo observada em cães, gatos, bovinos, suínos e eqüinos (CORREA & CORREA, 1992).
A primeira observação sul-americana de histoplasmose foi publicada em Buenos Aires por Baliña et al.
em 1941 (VERONESI, 1982).
Christie e Peterson, em 1945 - 1946, iniciaram estudos sobre a forma benigna da histoplasmose ao
observar numerosos indivíduos com focos de calcificação pulmonar, tuberculina negativos, que reagiram
fortemente a histoplasmina (VERONESI, 1982).
Em 1949, Emmons consenguiu o isolamento de Histoplasma capsulatum do solo, demonstrando ser esta a
fonte de infecção para o homem e para os animais (VERONESI, 1982).
Trabalhos realizados por Emmons et al., em 1947 e 1948; e Zeidberg et al. ,em 1952, relacionaram a
epidemiologia com áreas endêmicas e com fezes de morcegos e aves domésticas, esclarecendo bastante o fato
de ser o solo o reservatório do fungo; e as fezes um substrato que favorece sua multiplicação, mantendo assim
as áreas endêmicas na natureza (CORRES & CORREA, 1992).
ETIOLOGIA:
O agente etiológico da histoplasmose é o Histoplasma capsulatum, fungo dimórfico (CORREA & CORREA,
1992); o qual na fase parasitária possui uma forma similar às leveduras e na fase saprófita desenvolve um
micélio filamentoso com produção de macro e microconídios (ACHA & SZYFRES, 1992).
No cultivo em ágar sangue a 37ºC, reproduz a forma leveduriforme, enquanto que à temperatura ambiente ,
tanto em ágar sangue como em ágar Sabouraud, cresce na forma micelial, cotonoso, inicialmente de coloração
creme , tornado-se acastanhado com o passar do tempo. A 37ºC as colônias são pequenas, brancas e
butirosas. O tempo de desenvolvimento das colônias a 25 ou 27ºC costuma ser de 2 a 4 semanas. A fase
micelar caracteriza-se pela produção de clamidosporos tuberculados (CORREA & CORREA, 1992).
O exame microscópico destas colônias mostra um micélio filamentoso, ramificado, septado, hialino e
fino, com diâmetro de 2 a 5 . O micélio de reprodução é constituído por dois tipos de conídios; os
macroconídios, esféricos, de 10 a 25 de diâmetro e parede celular espessa, cujo endospório é liso e o
exospório é cheio de rugosidades, com aspectos de expansões digiformes; e os microconídios, piriformres de 2
a 5 de diâmetro e com parede lisa ou finamente rugosa (VERONESI, 1982).
São conhecidas duas variedades do agente: Histoplasma capsulatum var. capsulatum e Histoplasma
capsulatum var. duboisii, que não são distinguíveis na fase micelar, porém nos tecidos infectados as formas de
levedura da var. duboisii são muito maiores (7-15) em comparação com a var. capsulatum (2-5). As reações
tissulares que as 2 variedades produzem também são diferentes (ACHA & SZYFRES, 1992).
A principal característica do H. capsulatum é ser um parasita, quase que exclusivo das células do
sistema retículo endotelial. No interior dos macrófagos fixos e itinerantes, observam-se formas leveduriformes
do fungo, ovais e pequenas, de cor azulada após a coloração de Giemsa. Estas formas são dificilmente visíveis
no exame direto. Os cortes histológicos de material de biópsia corados com hematoxilina-eosina, PAS ou
Gomori, mostram intenso parasitismo no citoplasma das células do sistema retículo endotelial (TRABULSI,
1986).
59
Este fungo é encontrado nos tecidos parasitados sob a forma de células esféricas ou ovóides de 3 a 4
de diâmetro, às vezes com um único brotamento em um dos pólos. Tais elementos se encontram em sua
maior parte, na intimidade de células histiociárias do sistema retículo endotelial. Nas preparações coradas pelo
método de Giemsa apresentam sua parede celular sem corar, oferecendo o aspecto de um halo claro; no
interior do citoplasma observa-se uma massa cromática, mais intensamente corada de violeta ou azul escuro,
de forma semilunar; o resto do citoplasma cora-se de azul celeste. Com a coloração pelo Gram, o H. capsulatum
é Gram-positivo; novamente , aqui a parede não é corada e se apresenta como uma zona clara rodeando o
elemento leveduriforme e simulando uma cápsula (VERONESI, 1982).
EPIDEMIOLOGIA:
O sexo, a idade, a raça, o clima e a estação do ano não são importantes; entretanto a doença é motivo
de estudo da patologia regional, porque há regiões bem definidas em que é freqüente nos animais e no homem;
parecendo ser importante o tipo de solo para a manutenção do agente (CORREA & CORREA, 1992).
A histoplasmose tem sido descrita nas Amérias, Europa, Àsia, Oceania e África, porém como área
endêmica com numerosos casos ela se apresenta nos Estados Unidos, no vale do Mississipi, Ohio, Kansas,
Missouri e Montes Apalaches, onde é mais freqüente do que em todos os outros locais do mundo, parecendo
estar relacionado com o tipo de terreno (CORREA & CORREA, 1992).
Segundo Boreli, as formas disseminadas da doença foram registradas nos seguintes países
latino-americanos: México, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Peru, Chile, Venezuela, Guiana Francesa,
Equador, Paraguai, Argentina e Brasil (VERONESI, 1982). Na Argentina a maioria dos pacientes
diagnosticados provém da região conhecida como Pampa úmida, que inclui a Capital Federal, Províncias de
Buenos Aires, Santa Fé, Entre-Rios e sul de Córdoba. No Brasil os casos conhecidos são na maioria no estado
do Rio de Janeiro. Bahia (VERONESI, 1982) e São Paulo, principalmente na região de Ubatuba (TRABULSI,
1986).
O reservatório do agente é o solo, onde vive saprofiticamente. Sua distribuição no solo não é uniforme
e depende de vários fatores, tais como umidade e temperatura, e outros ainda não bem determinados. Os
microfocos que tem dado origem aos casos esporádicos e a surtos epidêmicos geralmente tem sido associado
a solos onde havia, durante algum tempo, acúmulo de excrementos de aves, de certas espécies de pássaros ou
quirópteros (ACHA & SZYFRES, 1992). Estas espécies não se infectam com o fungo, mas suas matéria fecais
contaminam o solo, tornando-se meio favorável, por sua riqueza em matéria orgânica, ao desenvolvimento do
H. capsulatum, permitindo que possa sobreviver em competição com outros microorganismos do solo
(VERONESI, 1982).
Ao contrário das aves que não se infectam com o H. capsulatum e desempenham um papel passivo
na epidemiologia, já que favorecem o desenvolvimento do agente com suas fezes, certas espécies de
quirópteros, sobretudo os que vivem em colônias, se infectam, eliminam o fungo através de seus dejetos e
contribuem para a sua disseminação. Os locais como cavernas, túneis, minas abandonadas, onde há grande
população de quirópteros e um grande acúmulo de pombos é freqüente a infecção do homem que as visita.
Grande parte dos casos ocorridos no México, a infecção foi devido a pombos, produzindo a doença em turistas,
espeleólogos, geólogos, biólogos e outros que entraram nestes locais à fins de trabalho ou estudo (ACHA &
SZYFRES, 1992).
Embora a histoplasmose tenha sido considerada uma doença predominantemente rural, os habitantes
de grandes cidades não estão livres da possibilidade de contraí-la. Tem sido descrito como fonte de infecção
nas cidades, os jardins tratados com esterco a base de material fecal de aves. Também o solo sob as árvore
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onde os pássaros fazem seus ninhos, deixando cair seus dejetos, e as velhas construções habitadas por
morcegos, constituem fontes de infecção (VERONESI, 1982).
O homem e os animais adquirem a infeção da mesma forma, através do solo contaminado, por via
respiratória. Os microconídios do fungo constituem o elemento infectante. Comumente , a infecção ocorre
quando se perturbam os focos naturais, com atividades que disseminam e dispersam no ar o agente etiológico,
tais como remoção de terra, limpeza ou demolição de construções rurais, especialmente galinheiros, visitas a
cavernas habitadas por quirópteros e outras (ACHA & SZYFRES, 1992).
PATOLOGIA:
As vias de infecção mais comum são a respiratória e digestiva. Em muitos animais o fungo se
estabelece nos pulmões ou no intestino, podendo alcançar os linfonodos regionais, havendo a cura espontânea,
o que comumente ocorre nos mamíferos domésticos, exceto os cães, onde a doença pode progredir e
generalizar-se como no homem. Se houver cura, os granulomas se calcificam (CORREA & CORREA, 1992).
Nos intestinos o processo pode assumir processo ulceroso, principalmente no íleo e ceco com lesões
nos linfonodos satélites (CORREA & CORREA, 1992).
Nos pulmões formam-se nódulos de cor creme ou avermelhada com 2 a 10 mm de diâmetro, firmes,
com freqüência fazendo saliência na pleura. O corte histológico das lesões mostra acúmulos de macrófagos
com numerosos elementos de H. capsulatum no seu citoplasma e outros sem o agente (CORREA & CORREA,
1992).
Se o H. capsulatum escapa dos focos primários, provoca uma reação retículoendotelial difusa, com
aumento de volume do baço, fígado e linfonodos, podendo determinar desenvolvimento de nódulos nestes ou
em outros órgãos. O agente está geralmente dentro de macrófagos dos órgãos ou em macrófagos fixos
(histiócitos, células reticuloendoteliais), e em macrófagos circulantes ou monócitos, podendo ser encontrado em
qualquer órgão (CORREA & CORREA, 1992).
SINAIS CLÍNICOS:
Na histoplasmose canina devem ser salientados quatro sinais clínicos: tosse crônica, perda de peso
progressiva, diarréia intermitente ou persistente e pirexia irregular. Ascite é uma manifestação com expansão
das costelas posteriores e distensão anterior do abdômen (JUNGERMANN & SCHWARTZMAN, 1989).
Vários níveis de anemia e icterícia são freqüentemente evidentes. Muitos sinais clínicos aumentam
severamente com o progresso da doença. Linfadenopatia é comumente detectável e pode ser somente um sinal
proeminente. Esplenomegalia e hepatomegalia podem ocorrer em casos avançados. Menos freqüentemente,
pode ocorre ulceração da mucosa nasal e oral (JUNGERMANN & SCHWARTZMAN, 1989).
Em eqüínos a histoplasmose pode provocar aborto no 7º ao 10º mês de gestação e severa pneumonia
em potros poucos dias após seu nascimento (REZABEK et al., 1993)
DIAGNÓSTICO:
61
É difícil suspeitar de histoplasmose, exceto em área endêmicas; porém em casos em que há tosse ou
diarréias crônicas em cães, pode-se suspeitar da doença.
Microscopia:
Pode ser detectada a presença do agente intracelularmente nos cortes histológicos corados com
Giemsa, PAS ou hematoxilina-eosina; podendo ser observado os macro e microconídios (JUNGERMANN &
SCHWARTZMAN, 1989).
Cultivo:
O meio utilizado para cultivo é o meio de ágar Sabouraud com ciclohexemida e cloranfenicol,
incubados a 37ºC e temperatura ambiente. A 37ºC obtém-se a forma leveduriforme e a temperatura ambiente
observa-se a forma micelial (JUNGERMENN & SCHWARTZMAN, 1989).
Na temperatura ambiente as colônias são de coloração branca, levemente canela, com reverso
castanho, de aspecto algodonoso com micélio aéreo, grandemente ramificado. Microscopicamente as hifas são
septadas, ramificadas; os microconídios são redondos ou piriformes, sésseis e pedunculados, laterais as hifas;
possuem poucos macroconídeos lisos ou equinulados (JUNGERMANN & SCHWARTZMAN, 1989).
Sorologia:
São utilizadas as provas de aglutinação, precipitação e imunodifusão; as quais podem apresentar
reação positiva2 a 5 semanas após a infecção. Também pode ser usada a prova de fixação de complemento
(JAWETZ et al., 1991).
Na imunodifusão pode ser observado dois tipos de bandas de precipitação: as bandas H e as bandas
M. As bandas H ocorrem quando há a infecção pela doença; já as bandas M podem aparecer quando houve
somente a produção de anticorpos, devido ao contato com a histoplasmina (JAWETZ et al., 1991).
Inoculação em camundongos:
Líquidos e fragmentos de tecidos são triturados com salina e adicionado penicilina e estreptomicina,
incubados a 37ºC durante uma hora e incubados em camundongos na dose de 1 ml. Após 4 semanas, estes são
sacrificados e feito o cultivo de fígado e baço (JUNGERMENN & SCHWARTZMAN, 1989).
Prova da histoplasmina:
Esta é uma prova de intradermorreação, a qual é realizada da mesma forma que a prova da
tuberculina. A leitura é realizada 24 a 48 horas após a inoculação, onde nos casos positivos, observa-se a
formação de um eritema com diâmetro igual ou superior a 5 mm. (JUNGERMAN & SCHUWARTZMAN,1989).
Esta prova auxilia muito na determinação das zonas endêmicas, mas podem ocorrer reações
cruzadas. Por isto, junto com a prova de intradermorreação devem ser realizados diagnósticos
paracoccidioidomicose e blastomicose (ACHA & SZYFRES, 1992).
É necessário também levar em consideração que esta prova pode provocar a produção de anticorpos,
portanto recomenda-se obter amostras de sangue no momento da realização da prova (JUNGERMAN &
SCHWARTZMAN, 1989).
Raio X:
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Os raios x poderão mostrar linfadenopatia mesentérica; com contraste e ótimas radiografias podem também
revelar úlceras íleocecocólicase, em casos pulmonares podem ser observados nódulos pulmonares, similares
ao da tuberculose; sugerindo, mas não confirmando o diagnóstico de histoplasmose (CORREA & CORREA,
1992).
PROGNÓSTICO:
É mau, pois a doença generalizada tem alto índice de letalidade, e o tratamento é muito delicado
(CORREA & CORREA, 1992).
TRATAMENTO:
CONTROLE:
O controle dos focos naturais é difícil. A principal medida de controle consiste em reduzir a exposição
de pessoas ao pó, através da pulverização com formol a 3%, quando é feita a limpeza de galinheiros ou outros
locais que possam estar contaminados. Durante surtos é indicado a realização de pulverização do solo dos
focos de infecção com formol (ACHA & SZYFRES, 1992).
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DOENÇAS VESICULARES
Definição: é uma enfermidade viral e infecciosa do gado, que se manifesta clinicamente por estomatite erosiva
aguda, gastroenterite e diarréia
Etiologia
- É um rna vírus
-Família: togaviridae
-Gênero: pertivírusiva
- Sensíevl á temperatura
- Inativa ao ph ácido
vírus: 3 sorotipos
new York
indiana
oregon
PESTIVÍRUS
Hospedeiros: qualquer faixa etária principao bovinos, mas tbm atinge ovelha búfalos e cervídeos.
Contato indireto por alimentos contaminados com: secreções e excreções: urina, fezes, fetos abortados e
envoltórios.
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Pode ocorrer pó aérossois e através de vetores
Sinais clínicos
Uma alta porcentagem de animais jovens doentes em um rebanho evidenciará lesões orais menores com pouca
ou quase nenhuma detecção sistemática da doença.
Tosse
Polipnéia
Salivação/ sialorréia
Depressão, febre, diarréia profusa aquosa e fétifa – duracao: 3 a 4 semanas ou de maneira intermitente por
vários meses. Prurido, hiperemia da pele, inflamação da pele, inflamação do tecido subcutâneo das patas,
laminite crônica, opacidade de córnea unilateral e transitória ( incidência de 10 %), lesões orais ( 75% dos casos
clínicos quando os animais começam a apresentar diarréia)
Lesões orais
Aborto
Bvd aguda:
Prognostico: grave
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Animais sobreviventes
Prognostico: reservado
Prejuízo econômico
Associação da bvd
Lesoes macroscópicas:
Lesoes características
Pouco profundas
Avermelhadas
Inflamações:
Focinho, boca, laringe, faringe, esôfago, rúmen, omaso, abomaso, ceco, intesti delgado
Lesoes: eritema das mucosas, hemorragias, na submucosa do abomaso, intesito delgado ( ceco e cólon)
Defeitos congênitos: hipoplasia ou aplasia cerebelar, cataratas, degeneração da retina, hipoplasia, inflamação
dos nervos óticos.
Diagnostico presuntivo:
Sinais clínicos
Diagnostico
Febre aftosa
Diagnostico diferencial
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ESTOMATITE EROSIVA E GASTROENTERITE:
Opacidade de cornea de teral e irreversível, aumento dos linfonodos, hematúria, encefalite terminal.
PESTE BOVINA
LINGUA AZUL
CONFIRMACAO DO DIAGNOSTICO
ESTOMATITE VESICULAR
DEFINIÇÃO: É uma enfermidade infecto-contagiosa, epidêmica, com apresentação bastante similar a febre
aftosa, a qual faz parte das doenças vesiculares à vírus.
A Estomatite Vesicular é uma enfermidade transmisível que está incluída na lista “A” da Oficina
Internacional de Epizootias, fazendo parte do chamado “Complexo de Enfermidades Vesiculares”, que envolve
principalmente a febre aftosa e a enfermidade dos suínos. O homem é ocasionalmente atacado,
observando-se um estado gripal, geralmente em pessoas que manipulam o vírus.
ETIOLOGIA:
RNA vírus
Família Rhabdoviridae, gênero Vesiculovirus
Forma de projétil ou bala com ácido nucléico disposto em espiral
Resiste a acidificação de pH 3 por alguns minutos
Hipoclorito de cálcio 0.1% e Lysoform o inativam em 15 minutos
Tipos do vírus:
New Jersey
Indiana
Indiana 1 (EUA)
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Indiana 3 (Alagoas)
EPIDEMIOLOGIA:
Animais suscetíveis: eqüinos, bovinos e suínos, produzindo lesões na boca, patas e úbere.
É uma enfermidade com grande poder de difusão, afetando a comercialização de produtos pecuários e
animais
Atualmente está restrita às Américas, desde o Canadá até a Argentina.
No Brasil em todos os estados ocorrem surtos da doença pelo subtippo Indiana 2 e 3.
Os focos ocorrem de forma súbita, simultaneamente em propriedades bastante distantes uma da outra,
geralmente em épocas chuvosas e quentes.
Os animais adultos são mais afetados e aproximadamente 10-15% desenvolvem sinais clínicos.
Os focos são sazonais e ocorrem em condições similares de topografia, aguadas e de vegetação
Suspeita-se que a doença possa ser transmitida por insetos com transmissão transovariana.
O período de incubação varia 24 horas a 10 dias.
SINAIS CLÍNICOS:
Em bovinos e eqüinos o sinal clínico inicial é o aparecimento de sialorréia acompanhada de febre alta nos
primeiros dias.
Em suínos ocorre a presença de claudicação
Nas 48-72 h após o início dos sinas clínicos, começa o aparecimento de pépulas na mucosa oral. Glândula
mamária e rodete coronário, que dão origem as vesículas, que invariavelmente rompem-se e libera, um
fluido aquoso, rico em partículas víricas. Estas transformam-se em úlceras, que geralmente sofrem
infecção bacteriana na fase final do quadro clínico.
O curso da enfermidadeé de aproximadamente 8-15 dias
Os animais em lactação podem apresentar mastite como sequela.
DIAGNÓSTICO:
PRESUNTIVO:Clínico
CERTEZA:
ELISA
Vírus neutralização, para identificação do vírus ou anticorpo
MATERIAL:
CONTROLE E PROFILAXIA:Ainda não existe nenhum mecanismo efetivo de contorle desta enfermidade
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FEBRE CATARRAL MALIGNA
DEFINIÇÃO:
É uma enfermidade aguda de bovinos que ora se comporta como infecciosa, originando casos isolados, ora
como infecto-contagiosa, originando numerosos casos no rebanho, apresentando sinais principais de
enfermidade catarral e nervosa, tais como febre alta, opacidade corneana, linfadenopatia generalizada
leucopenia e severa inflamação das mucosas oral e nasal.
EPIDEMIOLOGIA:
Vírus DNA
Família Herpesviridae, subfamília Gammaherpesvirinae, gênero Herpesvirus
Pouco resistente
Conservado congelado em gema de ovo
O isolamento é feito em células de tireóide bovina, em animais de laboratório. Causa doença leve em
coelhos, mas pode ser isolado a partir do baço
Formas da doença: africana e americana
Baixa morbidade
Letalidade de 95-100%
Geralmente ocorre de forma esporádica, afetando 1 a 2 bovinos, mas pode-se observar surtos que afetam
até 20% dos bovinos
Ruminantes silvestres podem ser afetados
SINAIS CLÍNICOS:
Forma aguda:
Hiperemia
Depressão
Emagrecimento
Lesões ulcerativas na mucosa oral, focinho e narinas
Salivação
Corrimento nasal e ocular
Opacidade da córnea
Aumento dos linfonodos
Sinais nervoso: incordenação, embotamento, tremores musculares e decúbito
Curso clínoco de 1-15 dias
Forma crônica:
PATOLOGIA:
Lesões macroscópicas:
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DIAGNÓSTICO:
PRESUNTIVO:
dados epidemiológicos
CLÍNICO
CERTEZA:
CONTROLE E PROFILAXIA:
Enfermidade respiratória
PROVAS SOROLOGICAS
- Relação antigênica entre o vírus da rinotraqueite infecciosa bovina (IBR) e vírus da rinopneumonia
eqüina (ER)
HOSPEDEIROS
TRANSMISSAO
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SINAIS CLINICOS
>>IBR entérica:
As lesoes que se encontram na cavidade oral também estão presentes no rumem, abomaso, seco e cólon.
Encefalite
Sinais : incoordenação, excitação alternada com depressão, alta taxa de mortalidade, salivação, convulsão,
cegueira e mugidos.
>>Fêmeas: Aborto(seqüela comum) ocorre após algumas semanas da doença do tipo resp
>>Vírus idêntico a:
Difícil acontecer juntas, a forma vaginal não produz viremia e em geral não ocorre aborto, como seqüela da
infecção.
Elevação e movimentação constante da cauda, poliúria, vulva inflamada e edematosa, exsudato sanguinolento
aderente aos pelos da região vulvo-anal, arroxeamento da mucosa vaginal, formação de pústulas que podem
ser numerosas e confluentes e apresentar: exsudato mucoide e mucopurulento.
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>>Machos: Inflamação do revestimento do prepúcio e da glande, com formação de pústulas.
LESOES MACROSCOPICAS
>Lesão respiratória:
Infl.e congestão da mucosa, petequias, exsudato catarral, focos necróticos mucosa nasal.
DIAGNOSTICO
>IBR respiratória: Deverá ser suspeitada em qualquer infecção das vias aerias superiores, surgimento
repentino, aparecimento de aborto em 3 ou 4 semanas.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Pasteurelose pneumônica
Febre do embarque
Rinite alérgica
CONFIRMAÇAO DO DIAGNOSTICO
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ECTIMA CONTAGIOSO
Poxvirus
Ovinos e caprinos
Sinais clínicos
- pápulas ou crostas
cabeça
espaço interdigital
mamas
- vesículas no lábio, narina, base da orelha, cascos, tetas...aumenta salivação, aumenta a temperatura, não
deixa o filhote mamar
Diagnóstico
Fixação complemento
Prova biológica
Complicações
Mioses
Abcessos interdigitais
Mastite
Morte
Transmissão
Instalações e utensílios
Tratamento
Glicerina iodada
Prevenção
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Quarentena
Vacinação
Por escarificacao
Filhotes = 45 dias
FEBRE AFTOSA
DEFINIÇÃO:
A Febre aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa que ataca todos os animais
biungulados doméstivos e silvestres, principalmente bovinos, suínos, ovinos e caprinos, e muito menos os
carnívoros, mamíferos; os animais solípedes são resistentes. Dá-se em todas as idades,
independente de sexo, raça, clima, etc., porém há diferenças de suscetibilidade entre as
espécie.
ETIOLOGIA:
Vírus da família Picornaviridae, gênero Aphtovirus.
Vírus RNA
Existem sete tipos de vírus, classificados como:
A, O e C (América do Sul)
SAT-1, SAT-2 e SAT-3 (Continente africano)
ASIA – 1 (Oriente Médio e Extremo Oriente)
Não há transmissores de aftosa, o vírus é vinculado pelo ar, pela água e alimentos, apesar de ser sensível
ao calor e a luz. A imunidade contra um deles não protege contra os outros. Além disso, constataram-se
alguns subtipos dos vírus citados, com a particularidade de que uns causam ataques mais graves que
outros e alguns se propagam mais facilmente. Esta complexidade, apresenta um aspecto muito
desfavorável, pois um animal atacado por um tipo de vírus, embora ofereça resistência ao mesmo, é ainda
suscetível aos outros tipos e subtipos.
PREJUIZOS CAUSADOS:
A gravidade da aftosa não decorre das mortes que ocasiona, mas principalmente dos
prejuízos econômicos, atingindo todos os pecuaristas, desde os pequenos até os grandes produtores. Causa
em conseqüência da febre e da perda de apetite, sob as formas de quebra da produção leiteira, perda de peso,
crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva. Pode levar à morte, principalmente os animais jovens; As
propriedades que têm animais doentes são interditadas. A exportação da carne e dos produtos derivados
torna-se difícil. Provoca aborto e infertilidade e os animais doentes podem adquirir com maior facilidade outras
doenças, devido à sua fraqueza.
TRANSMISSÃO:
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A febre aftosa é uma doença extremamente infecciosa. O Vírus é isolado em grandes
concentrações no líquido das vesículas que se formam na mucosa da língua e nos tecidos moles em torno das
unhas. O sangue contém grandes quantidades de vírus durante as fases iniciais da enfermidade, quando o
animal é muito contagioso. Quando as vesículas arrebentam, o vírus passa à saliva e com a baba infecta os
alojamentos, os pastos e as estradas onde passa o animal doente. Resiste durante meses em carcaças
congeladas, principalmente na medula óssea. Dura muito tempo no pastos e na silagem. Persiste por tempo
prolongado na farinha de ossos, nos couros e nos fardos de feno. Outras vezes o contágio é indireto e, nesse
caso, o vírus é transportado através de alimentos, água, ar e pássaros. Também as pessoas que cuidam dos
animais doentes levam em suas mãos, na roupa ou nos calçados, o vírus, o qual é capaz de contaminar animais
sadios. Nos animais infectados naturalmente, o período de incubação, varia de dezoito horas e três semanas.
SINTOMAS:
secundária. A secreção de saliva aumenta e fios de baba começam a cair da boca. O animal mastiga
produzindo ruído caracterizado, ao abrir a boca, chamado "beijo da aftosa". Nos ovinos e caprinos, as lesões
das patas são características, enquanto que as da boca podem ser pequenas e passarem desapercebidas. Os
surtos de aftosa surgem repentinamente e com muita freqüência; todos os animais suscetíveis do rebanho
apresentam os sintomas praticamente ao mesmo tempo. A intensidade da doença é muito variável. Na forma
leve, as perdas podem alcançar uns 3%, enquanto que nas graves alcançam 30 a 50%, porém, em média, a
mortalidade é baixa nos adultos e elevada nos jovens , principalmente os em aleitamento, porque as mães não
os deixam mamar. Os animais que sobrevivem, se recuperam dentro de vinte duas porém, às vezes, a
recuperação é bastante demorada; alguns animais com lesões cardíacas são irrecuperáveis, bem como as
perdas de tetas.
DIAGNÓSTICO:
PRESUNTIVO:
Clínico
CERTEZA:
Fixação de complemento: está em desuso devido ao seu alto custo e baixa sensibilidade
MATERIAL:
Colheita das vesículas e/ou aftas no epitélio lingual, na gengiva, espaço interdigital do casco e no
úbere. Este material deve ser enviado para o laboratório em tampão fosfato com glicerina sob refrigeração ou
75
pelo menos no gelo. Somente com este tipo de material, é possível realizar-se o isolamento viral; o que é feito
em cultura de tecidos, para estudo de tipos e subtipos e seu sua relação com as cepas virais.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
PROFILAXIA E CUIDADOS:
Nos países livres de febre aftosa o método geralmente empregado consiste no sacrifício
dos animais doentes e suspeitos, destruição dos cadáveres e indenização dos proprietários. Vacinação regular
do gado de 6 em 6 meses a partir do 3º mês de idade ou quando o Médico Veterinário recomendar. Os animais
que receberam a primeira dose de vacina, deverão ser revacinados 90 dias após a primeira vacinação.
Suspeitando da existência da doença em sua propriedade ou na de vizinhos, avise imediatamente o Médico
Veterinário.
Confirmada a doença, isole os animais doentes, proíba a entrada e saída de veículos, pessoas e animais,
instale pedilúvios com desinfetantes e siga as orientações do Médico Veterinário. Quando comprar animais,
exija que os mesmos estejam vacinados. Só faça o transporte com atestado de vacinação. As vacas prenhes
devem ser vacinadas a fim de que elas possam proteger o bezerro através do colostro. A vacinação não causa
aborto nos animais. Cuidados especiais devem ser tomados no manejo das vacas prenhes, pois é o mau
manejo que poderá causar aborto e nunca a vacina. Exija sempre que o revendedor acondicione bem e faça o
transporte correto das vacinas. Animais vindos de outras propriedades devem ser isolados, vacinados e
observados por um período mínimo de 15 dias, antes de serem misturados com os outros animais da
propriedade. Nos recintos de exposições, feiras e remates, devem ser adotadas rígidas medidas de higiene e
desinfecção, e se a situação exigir, as autoridades sanitárias podem suspender os referidos eventos. É muito
importante o pecuarista conhecer bem a Febre Aftosa, para que ao aparecer a doença em animais de seu
rebanho, ele esteja capacitado para adotar medidas sanitárias, visando ao seu controle. Siga corretamente as
orientações do Médico Veterinário. É importante o contato frequente com o Médico Veterinário, o qual estará
sempre pronto a prestar os esclarecimentos necessários.
VACINAÇÃO:
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Conservação Adequada das Vacinas;
As vacinas devem ser conservadas na temperatura entre 2 e 6 graus centígrados, em geladeiras
domésticas ou em caixas térmicas com gelo;
É muito importante a conservação, pois tanto o congelamento quanto o calor inutilizam a eficiência da
vacina;
transporte das vacinas do revendedor até a propriedade deve ser sempre feito em caixas térmicas com
gelo;
A dose a ser aplicada em cada animal deve ser aquela indicada no rótulo da vacina.
Uma dosagem menor do que a indicada pelo fabricante não vai oferecer aos animais a proteção desejada;
Não devem ser utilizadas agulhas muito grossas, pois a vacina pode escorrer pelo orifício deixado no couro
do animal pela agulha e em conseqüência, diminuir a quantidade de vacina aplicada;
A vacina deve ser aplicada embaixo da pele;
Os animais sadios deverão ser sempre vacinados, pois os doentes ou mal-alimentados, não respondem
bem à vacinação e, nesses casos, é conveniente procurar orientação com o Médico Veterinário.
Os efeitos da vacina somente aparecem depois de 14 a 21 dias de sua aplicação. Se os animais
apresentarem a doença antes desse prazo, é sinal que já estavam com a doença quando foram vacinados,
mas ainda não tinham manifestado seus sintomas.
77
LÍNGUA AZUL
DEFINIÇÃO
Doença infecciosa caracterizada por estomatite catarral, rinite, enterite e claudicação, devido a
inflamação das das bandas coronarianas e das lâminas sensoriais dos cascos.
ETIOLOGIA:
EPIDEMIOLOGIA
PATOGENIA
SINAIS CLÍNICOS
Febre
Corrimento nasal purulento, frequentemente manchado de sangue
Saliva espumosa
Edema de lábios gengiva e língua
Escoriações na mucosa bucal
Respiração estertorosa
Lesões nas patas, incluindo laminite e coronite
As partes mais baixas da face, orelhas e mandíbulas ficam edematosas
NECRÓPSIA
78
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
CONTROLE
Quarentena
Testes sorológicos
Vacinação com vírus vivo atenuado (vacina polivalente)
Vacinação anual
Imunidade depois de 10 dias de vacinação
79
CLOSTRIDIOSES
Trata-se de um grupo de doenças que acometem os animais domésticos e que são causadas por bactérias do
gênero Clostridium.
Estas bactérias são gram positivas, móveis, anaeróbias, não encapsuladas e formam esporos. Os esporos são
altamente resistentes à dissecação, ação de desinfetantes e à fervura.
Os clostridios são encontrados em todos os países sendo o solo seu principal habitat. Apresenta preferência por
solos ricos em matéria orgânica, sendo mais facilmente encontrados em áreas onde se pratica a pecuária. Esta
característica, torna a erradicação das clostridioses impossível de ser praticada, o que exige dos produtores
cuidados constantes com os animais para evitar estas doenças. Atualmente existe no mercado vacinas
polivalentes que são muito eficiente para o controle destas doenças.
Tétano C. tetani
Botulismo C. botulinum
Enterotoxemia C. perfringens B, C e D
Ou C. novyi
C. sordellii
80
1. TÉTANO
1.1. Definição:
(5) (13)
O tétano é uma enfermidade infecciosa aguda , não contagiosa , causada por uma neurotoxina
(7) (1)
formada no tecido infectado por Clostridium tetani , visto que esta bactéria não é invasora . Esta doença é
(4)
caracterizada clinicamente por hiperestesia, tetania e convulsões .
1.2. Histórico:
Embora o tétano fosse conhecido desde a antiguidade, descrito por Hipócrates, sua causa e
transmissão continuou sendo desconhecida até 1884, quando Carle & Rattone reproduziram a doença em
coelhos, à partir da inoculação de material de uma ferida pustulosa de um caso de tétano. Nicolaier, em 1885
verificou que o bacilo podia ser encontrado no solo. Tizzoni & Catani, em 1889, isolaram o bacilo em cultivo
puro; e Faber, em 1890, demonstrou a existência da toxina tetânica, promovendo um grande avanço em
(5)
estudos de numerosos pesquisadores .
Behring & Kitasato, em 1892, descobriram que a imunização poderia ser realizada com toxóide ou
toxina envelhecida, sendo este processo aperfeiçoado por Ramon & Descombery, em 1925, detoxicando esta
(5)
toxina pela ação do formol, quando esta toxina foi denominada de “anatoxina” .
1.3. Etiologia:
A germinação dos esporos e o desenvolvimento das formas vegetativas que produzem a toxina podem
ser estimuladas pelos tecidos necrosados, cloreto de cálcio e através da associação com germes piogênicos, ou
(8)
seja, todos os fatores que possibilitam um aumento do potencial de oxiredução .
(5)
A resistência dos esporos é grande, como a de todos os clostrídios . Estes esporos são resistentes a
muitos procedimentos padrões de desinfecção, inclusive ao calor de 100ºC por 30 a 60 minutos, mas pode ser
(4)
detruído a 115ºC por 20 minutos ; o fenol leva 12 - 15 horas para matá-lo. Em contato com a luz solar é capaz
(5)
de resistir durante 12 horas e ao abrigo do sol, permenece vivo e viável por muitos anos .
Como características bioquímicas principais do agente, pode-se citar a fermentação da glicose (-),
(6)
maltose (-), lactose (-) e sacarose (-), hidrólise da gelatina (+) , redução de nitrato (-), indol (+), produção de
(5)
urease (-) e dextrose(-) , vermelho de metila (-), Vogues-Proskauer (-), produção de H2S (-), redução de azul de
(9)
metileno (-) e fenol (+) .
O C. tetani cresce em meio de ágar sangue, tioglicolato, e Tarozzi ou similares (caldos com fragmentos
de fígado ou carne), sempre em anaerobiose a 37ºC, em 3 - 5 dias de incubação. Nos cultivos de ágar sangue,
(5)
após o período de incubação, observa-se o crescimento de colônias irregulares , brilhantes, de coloração
amarelo-acinzentada, as quais vão escurecendo à medida que o cultivo envelhece, observa-se primeiro a
(9)
hemólise alfa e após poucos dias se verifica a hemólise completa
A toxina é destruída a 65ºC por 5 minutos, porém resiste a 120ºC durante uma hora, quando em
dessecação. A temperatura de 55ºC durante uma hora faz com que a toxina perca sua toxicidade, porém não
seu poder combinante com a antitoxina. O congelamento e descongelamento não modificam essencialmente o
(9)
poder da toxina. A luz solar direta a destrói em 15 horas se a temperatura é de 40ºC .
81
A toxina não resiste aos ácidos e aos álcoois. O álcool 70º, a destrói em uma hora. Sua atividade pode
ser reduzida por certos produtos químicos, especialmente o tricloro de iodo, o qual produz uma anatoxina que
(9)
pode ser utilizada na imunização de equínos para a produção de antitoxina .
Um dos métodos mais adequados de armazenar a toxina tetânica é através da precipitação de sulfato
de amônia, dessecação através do ácido sulfúrico e conservação na obscuridade a 5ºC em frascos à vácuo, na
(9)
presença de ácido pentafosfórico .
1.4. Epidemiologia:
Todas as espécies são suscetíveis ao tétano, porém os equínos são muito mais sensíveis do que os
outros animais; bastante sensíveis são ainda os suínos, ovinos e caprinos; os bovinos e os carnívoros são
(5)
menos sensíveis do que os outros animais domésticos . Os pássaros são refratários; a dose letal para pombos
(7)
e galinhas é de 10.000 a 300.000 vezes maior (com base com peso corpóreo) do que para o equíno . A dose
(12)
letal para o homem é de aproximadamente 0.0001 mg .
O tétano incide igualmente em ambos os sexos e em todas as idades, porém a morbidade é variável
com a região e o clima ou estação. A doença ocorre mais nas estações quentes e possui uma distribuição
(5)
mundial .
O C. tetani é um microorganismo do solo. Pode ser encontrado também nas fezes dos animais
(sobretudo dos equínos) e do homem. Os esporos são encontrados principalmente em solos cultivados, ricos
(1)
em matéria orgânica ou em campos de pastoreio .
(5)
A morbidade é pequena, mas, sem nenhum tratamento, a letalidade é muito alta; próximo a 100% .
A via de entrada do C. tetani é geralmente de ferimentos com perfuração profunda. Os esporos podem
ficar inativos no tecido por algum tempo e produzir a doença clínica somente quando as condições teciduais
favorecem a proliferação. Por esta razão, a via de entrada é freqüentemente difícil de determinar. Ferimentos
perfurantes nos cascos são vias de entrada comuns nos equínos. A introdução através do trato genital, no
momento do parto é comum nos bovinos. Uma alta incidência de tétano pode ocorrer em suínos logo após a
(4)
castração; e em cordeiros após a castração, tosa e amputação da cauda .
O período de incubação é geralmente 1 a 2 semanas, porém pode durar mais, segundo o grau de
(10)
infecção .
HEMOLISINA OU TETANOLISINA: responsável por áreas de hemólise ao redor das colônias em placas de
ágar sangue.
TETANOSPASMINA OU NEUROTOXINA: responsáveis pelos sinais do tétano. Esta toxina é uma proteína
altamente tóxica quando injetada por via parenteral, entretanto, é menos prejudicial se administrada pela
7
boca. Sua DL50 é de 1.6 - 4.8 x 10 por miligrama de proteína.
TOXINA NÃO ESPASMOGÊNICA: pouco se sabe a respeito desta toxina.
Durante a fase de crescimento exponencial, a toxina tetânica é sintetizada em uma taxa muito baixa, a maior
(3)
parte da toxina é produzida após o final da fase ativa de crescimento .
A toxina tetânica pode existir de duas formas distintas, designadas como intracelular e extarcelular. A
toxina extracelular difere da intracelular pela quebra de uma ligação peptídica. Porém os dois fragmentos são
mantidos por pontes de dissulfeto. Apesar das duas porções da toxina apresentarem estruturas distintas, suas
(3)
propriedades físico-químicas são similares .
A toxina tetânica é uma holoproteína de peso molecular de 150.000. A toxina intracelular consiste em
um único polipeptídeo com peso molecular de 150.000; já a toxina extracelular é formada por duas frações não
82
(3)
idênticas de polipeptídeos de peso molecular de 95.000 e 55.000, respectivamente . A cadeia pesada é
(11)
responsável pela fixação da toxina no sistema nervoso (TABELA 1).
cadeia leve 0
Cadeia pesada 0
Tem sido demonstrado que enzimas autolíticas estão presentes na parede celular do C. tetani, sendo a
lise acelerada pela presença de tripsina. Há uma possibilidade de que uma enzima semelhante a tripsina possa
(3)
ser produzida pela célula bacteriana, habilitando a autólise celular e consequentemente liberando a toxina .
Korovina et al., demonstrou que a toxina produzida por uma cultura de C. tetani poderia ser aumentada
adicionando, no início de fase de crescimento exponencial, uma pequena quantidade (1:100) de um filtrado de
(3)
uma cultura da mesma cepa obtida no momento do decréscimo da fase de crescimento .
1.6. Patogenia:
(2)
Produção de toxina, sua difusão e fixação ao tecido nervoso
A bactéria permanece localizada no tecido necrótico do local da infecção, a medida em que cessa a
multiplicação, as células bacterianas sofrem autólise e a potente neurotoxina é liberada. Em geral esta é
absorvida pelos nervos motores da região e ascende ao trato nervoso em direção a medula espinhal causando
o tétano ascendente. A toxina causa espasmos e contrações tônicas da musculatura voluntária pela irritação
das células nervosas. Se mais toxina for liberada no local da infecção, do que os nervos circunvizinhos podem
83
carrear, o excesso é levado pela linfa para a circulação sanguínea até o SNC, causando o tétano
(7)
descendente (FIGURA 1).
A neurotoxina tem como receptores, aos quais se liga indissoluvelmente, os gangliosídeos do tecido
nervoso e sua ação baixando o limiar de excitação, que é do tipo estricnínico, age por depressão da inibição
nervosa pós-sináptica. Os locais de ação da toxina são o SNC, encefálico e medular, e as junções mioneurais,
determinando o aumento da sensibilidade, irritabilidade central e contrações espasmódicas ou tetânicas da
(5)
musculatura .
A fixação efetiva da toxina ao tecido nervoso foi demonstrada pela clássica experiência de Wasserman
& Takaki, 1898 (FIGURA 2), atribuindo aos receptores dos gangliosídeos, encontrados exclusivamente nas
células nervosas, em seus dendritos e axônios. Esta experiência baseia-se na inoculação da toxina tetânica em
cobaios, associado com macerado de fígado e cérebro de um cobaio sadio. As suspensões de macerado e
toxina são incubados durante 2 horas à 37ºC , filtrados para clarificar e inoculados em cobaios. O cobaio
inoculado com a toxina e o macerado de fígado irá desenvolver o tétano; já o cobaio que foi inoculado com a
toxina e macerado de cérebro não apresentará os sintomas característicos da doença, pois a toxina esta ligada
(2)
aos gangliosídeos .
contração muscular. Para que ocorra a descontração o neurônio internuncial libera a glicina, que é um
neurotransmissor, promovendo a descontração muscular. Se a neurotoxina impede a liberação da glicina pelos
neurônios internunciais, a contração comandada pelo neurônio motor permenece, estabelecendo-se assim o
(5)
espasmo muscular característico do tétano .
TOXINA TETÂNICA
84
MEDULA ESPINHAL
(ÓRGÃO ALVO)
PASSAGEM TRANS-SINÁPTICA
DA TOXINA
BLOQUEIO DA LIBERAÇÃO
DA GLICINA
85
COBAIO SADIO
MACERADO MACERADO
TOXINA + DE DE + TOXINA
FÍGADO CÉREBRO
INCUBAÇÃO A 37ºC
POR 2 HORAS
INOCULAÇÃO INOCULAÇÃO
EM EM
COBAIO COBAIO
MORRE SOBREVIVE
86
1.7. Sinais Clínicos:
(5)
Os sinas clínicos são similares em todas os mamíferos domésticos . O período de incubação varia de
(10)
1 a várias semanas, mas em média 10 a 14 dias .
A medida que a doença progride, a tetania muscular aumenta e o animal adota uma postura com os
membros posteriores em abdução. As contrações musculares desiguais podem ocasionar o desenvolvimento
de uma curvatura na coluna e desvio lateral da cauda. Há muita dificuldade na marcha e o animal fica propenso
a cair, principalmente quando estimulado. A queda ocorre com os membros ainda em tetania. Quando caído, é
quase impossível colocar um grande animal em pé novamente. As convulsões tetânicas se iniciam, nas quais a
tetania está ainda muito exagerada. O opstótono é acentuado, os membros posteriores apresentam-se
paralisados em abdução com as pernas traseiras estendidas para trás e as dianteiras para frente. A sudorese
pode ser profusa e a temperatura se eleva, quase sempre atinge 42ºC. Inicialmente as convulsões são
(4)
estimuladas pelo som ou pelo toque, mas logo ocorrem espontaneamente .
A evolução varia entre e nas espécies. A duração de uma afecção fatal em equínos e bovinos
geralmente é de 5 - 10 dias, mas os ovinos em geral morrem no terceiro ou quarto dia. Apesar do tétano ser
quase sempre fatal, um longo período de incubação costuma ser associado a uma síndrome moderada, de
evolução prolongada e com prognóstico favorável. Em casos fatais há um período transitório de melhora por
algumas horas antes de um espasmo grave e fatal, durante o qual a respiração fica suprimida. Os casos
moderados podem se recuperar lentamente, com o aparecimento gradual da rigidez por um período de
(4)
semanas ou até mesmo meses .
1.8. Diagnóstico:
87
Se houver ferida visível, o veterinário poderá confirmar o diagnóstico clínico, coletando material
profundo desta ferida, à partir do qual será feito um esfregaço e observado através da coloração de Gram ou
(5)
Giemsa, encontrando-se bacilos Gram positivos, muitas vezes em forma de “palito de fósforo” .
Pode ser enviado material para diagnóstico laboratorial através do isolamento de C. tetani, porém
(5)
fundamentalmente, o diagnóstico do tétano é clínico, pelos sintomas e evolução .
1.9. Prognóstico:
É sempre reservado, sendo menos sombrio quando, entre um acidente traumático ou cirúrgico e o
desenvolvimento dos sintomas, a incubação foi de um mês ou mais. É bastante desfavorável, quando a
incubação for inferior a 15 dias, quando o estado já se estabeleceu claramente a mais de 5 dias, ou nos casos
(5)
onde a incubação e evolução é lenta, a mais de 10 dias .
1.10. Tratamento:
O tratamento específico é feito com antitoxina ou soro antitetânico, de preferência em alto título. Em
equínos é usado 200.000 U/mL por via endovenosa. Existe relato de que a administração de antitoxina pelo
foramen magnum pode ser favorável na cura do tétano, porém o animal deve estar contido por anestesia ou
tranquilizante em alta dose, o que não é conveniente pois o animal pode deitar. Em ovinos deve ser utilizado
(5)
50.000 U, por via endovenosa .
Como tratamento auxiliar, pode ser realizado injeções de penicilina-G-procaína associada com
penicilina benzatina em partes iguais, na dose total de 40.000 UI/Kg, por via intramuscular, a fim de eliminar o C.
(5)
tetani do foco, para que não produza mais toxina .
Durante os 2 ou 3 primeiros dias, de acordo com a excitabilidade, pode ser utilizado 5 mg/Kg de
benzodiazepínico como Valium ou Diazepam, por via intramuscular, em cada 4 ou 8 horas, com o objetivo de
(5)
diminuir a hiperestesia evitando que o animal deite, o que é muito desfavorável nos grandes animais .
Quando a ferida for visível, esta deve ser aberta e limpa com desinfetante oxidante ou oxigenante,
(5)
como água oxigenado a 10 volumes .
Durante o tratamento o animal deve ser mantido em baia escura, se possível sem ruído, com comida e
(4)
água para quando já possa se alimentar .
Em casos em que a respiração é muito rápida pela acidose, deve ser administrado bicarbonato de
sódio 5-10% , via endovenosa, na dose de 0.5 mL/kg, lentamente controlando a dose total e a nova
administração, pelo rítmo e profundidade respiratória, porém nunca repetindo em intervalo de tempo inferior a
(5)
12 horas .
1.11. Profilaxia:
Como medida profilática os autores recomendam a aplicação de 1500 U de soro antitetânico, antes de
cirurgias, principalmente antes de castrações de ovinos e suínos e qualquer ato cirúrgico de equínos, devido
sua sensibilidade. Desta maneira obtem-se 30 dias ou mais de proteção específica. Parece ser mais razoável ,
mais econômica a aplicação de 20.000 UI/Kg de penicilina benzatina, a qual impediria o estabelecimento do
88
agente, pelo menos em ovinos e suínos, e técnica operatória séptica. Em equínos, devido sua sensibilidade, é
(5)
recomendada a utilização de soro, se não vacinados, e reforçados com anatoxinas, se forem vacinados .
Nos equínos é indicado a vacinação rotineira com anatoxina ou toxóide tetânico, o qual é uma toxina
detoxicada através do formol ou pelo envelhecimento. A anatoxina e o toxóide são bastante purificados e com
adjuvante de alume de potássio ou fosfato de alumínio. Estes são utilizados por via intramuscular, 10 a 20 U de
toxóide precipitado por alume, realizando-se uma Segunda dose 30 dias depois, e uma terceira dose 5 a 6
meses após. A primeira dose geralmente é recomendada aos 6 meses, porém a qualquer momento e em
qualquer idade após os 6 meses pode-se recorrer a vacinação. A imunidade, quando aplicada as três doses, é
de pelo menos 5 anos, porém já se verificou que mesmo após 10 anos uma só dose de reforço produz resposta
(5)
de alto nível em menos de 10 dias .
Na rotina podem ser imunizados com as três doses, os animais recém adquiridos e os potros no seu
primeiro ano de vida. Todos os animais que já foram assim imunizados podem receber uma só dose a cada 5
(5)
anos .
Para evitar o tétano nos recém-nascidos, principalmente os de alto valor econômico, as éguas devem
receber 10 U de toxóide no 10º mês de gestação; desta maneira os portos ficarão imunizados até atingirem a
(5)
idade de vacinação .
A melhor maneira de prevenir o tétano em cordeiros recém nascidos é, também a vacinação das
ovelhas no final da gestação. Como a duração e o grau de imunidade dependem do título de anticorpos no soro
da ovelha, a melhor proteção é obtida pela vacinação das ovelhas nas últimas duas ou três semanas de
gestação. A maior resposta é obtida em ovelhas que receberam uma vacinação anterior, quando cordeira ou
(4)
numa prenhez precedente, e a revacinação de ovelhas no final da prenhez é altamente recomendada .
A vacinação de bovinos, em geral, não é considerada, a menos que um surto da doença tenha ocorrido
(4)
recentemente e mais casos possam ser esperados .
2. BOTULISMO
2.1. Sinonímia:
O botulismo enzoóticos dos bovinos também é chamada de “Doença da Vaca Caída”, “Doença da Mão
Dura”, “Mal do Alegrete”, “Brabeza” e “Mal das Palhadas”.
2.2. Definição:
É uma intoxicação causada pela neurotoxinas formada previamente pelo Clostridium botulinum e
ingeridas através de restos de carcaças ou alimentos contaminados.
A intensa utilização de solos pobres em fósforo, possibilita através de introdução do capim braquiária
e, a inadequada suplementação mineral dos animais trouxe uma série de consequências. Uma manifestação
observada em bovinos deficientes em fósforo é a perversão alimentar, frequentemente traduzida pela
osteofagia. A intensidade desta manifestação , tanto de forma individual como de rebanho, está ligada ao grau
de deficiência a que os animais são submetido e à sua categoria. Fêmeas prenhes ou com bezerro ao pé,
geralmente ficam com um estado geral melhor e adquirem com maior frequência o hábito de roer ossos. É
importante observar que em um mesmo lote homogêneo de animais, submetidos às mesmas condições de
deficiência de fósforo, apenas um grupo apresentará a osteofagia. Para se realizar uma suplementação mineral
correta, principalmente no período das chuvas, quando a vegetação é abundante, e consequentemente a oferta
de proteínas é maior, deve-se utilizar misturas minerais de boa qualidade, administradas corretamente. No
89
entanto, devido aos custos, esta medida nem sempre é realizada satisfatoriamente. Com isto, são raras as
regiões do criatório nacional onde não se tem um histórico da ocorrência de osteofagia.
Por outro lado, nos últimos anos intensificou-se a contaminação ambiental por Clostridium botulinum,
principalmente devido a inexistência do hábito de se eliminar corretamente os cadáveres. Animais mortos por
uma causa qualquer entram em decomposição na própria pastagem, estabelecendo-se assim um ciclo na
natureza favorável a disseminação do botulismo. Pesquisa realizada em área de ocorrência da doença
comprova a intensificação da contaminação ambiental pelo microrganismo a partir destes cadáveres
decompostos. O manejo sanitário e produtivo insatisfatório contribui, portanto, para a ocorrência importância do
botulismo como causa de mortalidade bovina no Brasil.
2.3. Histórico:
Em bovinos foi descrito pela primeira vez por THEILER, em 1920, na África do Sul, conhecida até
então como uma doença misteriosa e fatal. Somente 7 anos depois houve a comprovação do envolvimento das
toxinas botulínicas C e D como agentes letais.
O primeiro relato de botulismo no Brasil foi realizado por TOKARNIA, em 1970, no estado do Piauí,
regionalmente denominado de “Doença da Mão Dura”, responsável pela mortalidade de 15% do rebanho bovino
daquele estado num período de 6 anos. Os animais afetados eram bovinos de corte mestiços criados
extensivamente em pastagens carentes de fósforo, observando-se maior incidência no período chuvoso e em
animais adultos, principalmente fêmeas gestantes ou em lactação com hábitos de osteofagia.
2.4. Etiologia:
O Clostridium botulinum é um bacilo Gram positivo, anaeróbio, que apresentam esporos subterminais
que deformam o corpo bacteriano, possui extremidades arredondadas. O C. botulinum é altamente toxigênico e
pouco invasor.
5 horas a 100ºC,
30 minutos a 120ºC
15 minutos a 130ºC.
Existem 8 tipos antigênicos de botulismo: A, B, C, C, D, E, F e G. As toxinas são específicas e não há
imunidade cruzada entre os tipos.
90
Os diferentes tipos de toxinas podem diferenciar-se sorologicamente, embora sua ação farmacológiac
sobre o sistema nervoso central é idêntica
Apenas 1 grama de matéria orgânica contaminada com toxina botulínica é suficiente para matar um
bovino adulto. No homem apenas 0.01 ng de toxina é fatal.
2.5.Epizotiologia:
Distribuição mundial
Frequência variável
Reservatório: alimentos de origem animal e vegetal (carcaça de animais mortos).
Susceptíveis: bovinos, equínos, aves e homem.
Animais resistentes: suínos, cães e gatos.
Transmissão: via oral
Infecção: ocorre devido a ingestão da toxina preexistente no alimento, através de carcaças em
decomposição.
Em zonas muito contaminadas o esporo é encontrado no solo.
Nos bovinos, o botulismo é associado a deficiência do fósforo no solo e nas pastagens, fazendo com que os
animais apresentam osteofagia ou sarcofagia. Deste modo os animais se contaminam com o C. botulinum.
Nos ovinos, o botulismo está associado com deficiência de hidratos de carbono e proteína.
No homem, é consequência de ingestão de conservas mal esterilizadas.
Condições para formação da toxina e ocorrência da doença:
O trânsito de animais de áreas de ocorrência para zonas livres ou pouco contaminadas, faz com que
haja a introdução da bactéria.
O urubu, tatu, pássaros e outros animais silvestres podem não somente disseminar os esporos através
das fezes, como eventualmente constituir em novas fontes de intoxicação quando mortos nas pastagens.
Como reflexo da intensa contaminação ambiental outros meios de transmissão tem sido observados.
Cada vez mais frequentes surtos da intoxicação associadas a ingestão de da toxina formada em águas
estagnadas, cama de frango, milho, silagem, feno e rações. Nestas condições, qualquer categoria de animais
pode se intoxicar, desde que tenha ingerido o alimento contendo quantidades suficientes de toxina para causar
a manifestação clínica.
91
Situações em que a água e os alimentos podem se constituir em meios de trasmissão do botulismo:
Água estagnada Coleção de água rasa com ou sem restos de cadáveres; geralmente
águas muito esverdeadas. A formação de toxina ocorre no limo, onde há
condições de putrefação, anaerobiose e temoeraturas ideais.
Feno Fardos que ficam em contato com o solo recebem muita umidade e
entram em processo de putrefação.
2.6. Patogenia:
Uma substancial quantidade de toxina ingerida pelo animal não é absorvida ou é destruída pelo
processo de digestão, incluindo a ação das bactérias normais presentes no rúmem e da ação enzimática..
A doença se desenvolve à partir da ingestão de toxinas junto com os alimentos; as quais atravessam a
parede intestinal indo à corrente sanguínea, causando toxemia. Estas toxinas são transportadas ao sistema
nervoso periférico, atingindo os receptores de terminações nervosas onde são absorvidas.
92
A evolução varia de acordo com a quantidade de toxina que o animal ingere; quantidades maiores de
toxina determinam um quadro rápido, com morte em poucas horas após o aparecimento dos sintomas,
enquanto que quantidades pequenas de toxina leva a uma sintomatologia mais branda, com evolução variando
de 2 a 3 dias até semanas. Pode-se classificar o botulismo em 4 grupos, segundo o tempo de evolução, desde
o início dos sintomas até a morte:
O período de incubação varia de horas até 18 dias e também depende da quantidade de toxina
ingerida.
É importante ressaltar que pode ocorrer a recuperação espontânea de animais intoxicado, embora isto
seja relativamente raro.
Não são encontradas, na necrópsia, lesões que possam ser consideradas características para o
botulismo. Um fato que chama a atenção, é a ausência de lesões. Porém, corpos estranhos, principalmente
fragmentos de ossos, podem ser encontrados no rúmem e retículo, devido a osteofagia. Podem ser encontradas
inflamação catarral e pequenas hemorragias na mucosa do trato digestivo, particularmente no intestino, Ás
vezes são vistas pequenas hemorragias no epicárdio e endocárdio.
2.10. Diagnóstico:
O diagnóstico de casos esporádicos pode ser difícil, já que o quadro clínico varia amplamente em
função da quantidade de toxina ingerida.
Inoculação em camundongos:
Após a obtenção do material, este deve ser suspenso em solução salina, centrifugado, filtrado e
inoculado em camundongos na dose de 0.5 a 1.0 mL intraperitoneal. Observa-se o animal por 2 a 6 dias. Se o
material for positivo, aparece paralisia flácida e o animal morre.
Isolamento:
Os meios líquidos utilizados para cultivo são: CMM, Wright e Tarozzi com glicose. Os tubos com estes
meios devem ser fervidos durante 15 minutos para eliminar o oxigênio. Após semeia-se o material e incuba-se a
93
37ºC durante 48-72 horas. Posteriormente a este período, retira-se o sobrenadante, o qual deve ser filtrado e
inoculado em camundongos.
Para verificar o tipo de toxina, deve ser realizada a sorneutralização. Injeta-se as diferentes
anti-toxinas em diversos camundongos associada ao inóculo de toxina botulínica. O animal que neutralizar a
ação da toxina, ou seja, não morrer é referente ao tipo da toxina.
A detecção de toxina circulante pode ser considerada como prova definitva de intoxicação.
Tipificação:
Fluorescência:
2.11. Tratamento:
Soro antitóxico específico ou polivalente pode ser utilizado em casos muito precoces mas sua
eficiência é questionável.
Os laxantes para removera toxina das vias digestivas e os estimulantes do sistema nervoso central
são administrados algumas vezes. Estes tratamentos em geral são restritos aos eqüinos, os quais podem ser
suspensos e alimentados com sonda gástrica. Em geral, o tratamento somente deve ser realizado em casos
subagudos, nos quais os sinais se desenvolvem lentamente e que tenham alguma possibilidade de
recuperação. O restante dos animais do rebanho devem ser vacinados imediatamente.
A época ideal para a vacinação dos animais deve anteceder o principal período de ocorrência da
doença, ou seja, na época de chuvas de outubro a março, quando os pastos são ricos em proteína e pobre em
fósforo, estimulando a osteofagia.
94
O período de indução da imunidade da vacina é de 14 dias, portanto estes animais devem receber a
segunda dose da vacina até 15 dias antes da entrada no confinamento.
Os restos de carcaças são a principal fonte de intoxicação. Deve-se proceder a retirada dos animais
mortos do pasto e a eliminação das carcaças através da incineração. A prática comum de enterrar as carcaças
não é recomendada, uma vez que estes ossos podem vir a superfície por ação da erosão ou de animais
refratários, como tatus, urubus e carcarás (?).
Manejo alimentar:
A osteofagia ocorre principalmente devido a deficiência de fósforo, porém muitos animais mantém este
vício mesmo recebendo adequada suplementação mineral.
Pastagens de brachiária geralmente são deficientes em fósforo. Considerando estes pontos, a escolha
de um esquema de suplementação mineral deve obedecer inicialmente a análise das pastagens disponíveis
para os animais. A deficiência em fósforo se intensifica justamente na época das chuvas , quando os pastos
estão verdes e abundantes e a suplementação é inadequada. O sal mineral deve ser ofertado diariamente em
cochos cobertos suficientes para o número de animais.
Em confinamentos onde se utiliza cama de frango, feno, silagem, milho e ração, deve-se observar o
bom estado de conservação destes alimentos. Fornecer cama de frango somente a animais vacinados contra o
botulismo. P processo de fermentação da cama de frango atinge 70ºC no centro do material, inativando a toxina
após 5 dias de armazenamento; já nas porções próximas a superfície as toxinas permanecem ativas. O uso de
feno pode conter restos de animais em decomposição, fonte de intoxicação botulínica. O milho é o melhor meio
de cultura para o C. botulinum e há grande risco de intoxicação a partir de espigas deterioradas. Da mesma
forma, na silagem pode ocorrer formação de toxina botulínica quando em inadequado estado de conservação.
A água de beber dos animais deve ser de boa qualidade, preferencialmente corrente, pois a água da
chuva ou dos lagos e outras coleções de água parada, onde encontram-se vegetais decompostos e carcaças de
animais mortos ou fezes, oferecem as condições ideais para a multiplicação da bactéria e a formação da toxina.
Raiva
IBR (forma nervosa)
Poliencefalomalácia
Hipocalcemia/hipomagnesemia
O carbúnculo sintomático é uma das mais importantes clostridioses dos animais domésticos. Trata-se
de uma doença infecciosa que provoca um quadro gangrenoso ou septicêmico, ocorrendo principalmente em
bovinos jovens e em ovinos.
3.1. Etiologia
Clostridium chauvoei
Esta difundido mundialmente, sendo encontrado no solo.
3.2. Epidemiologia e patogenia
Ocorre principalmente em bovinos com menos de 2 anos, em ovelhas jovens e adultas e, raramente em suínos.
O C. chauvoei que está presente no solo, penetra no organismo por via oral, atravessa a parede do intestino e
migra para o fígado e em capilares do organismo, inclusive da musculatura e subcutâneo. Nestes locais a
bactéria fica sob a forma esporulada. Quando surgem condições traumáticas predisponentes como tombos,
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coices, vacinas com adjuvante e outras, causando necrose local ou hipóxia tissular, ocorre a vegetação do
microrganismo, que é anaeróbio. Neste local, ele se multiplica, agravando a lesão pelas ações de suas toxinas
e enzimas, aumentando rapidamente a área lesada. Ás vezes o agente faz septicemia, outras vezes ocorre
morte sem septicemia.
Nos ovinos, o carbúnculo sintomático aparece mais comumente após a tosquia, corte do rabo e no pós-parto.
Podem ocorrer surtos desta doença uma vez que vários animais podem estar submetidos às mesma condições
predisponentes ao mesmo tempo. *Observem que não se trata de uma doença contagiosa, não havendo
portanto transmissão da doença de um animal para o outro. A fonte de contaminação é o solo.
3.3. Sinais clínicos
A claudicação está presente em 90% dos casos. Anorexia, apatia e febre também são observados. Geralmente
alguns dos membros apresentam aumento de volume que progride rapidamente. Este aumento de volume
pode aparecer no gradil costal, região cervical e cabeça, mas estas localizações não são comuns. Muitas vezes
o foco de lesão é muito extenso, o animal manca, mas não se percebe aumento de volume. À palpação
percebe-se claramente a sensação de crepitação pela presença de gás.
Após a morte o rigor mortis se estabelece rapidamente, as patas ficam esticadas e o cadáver incha
rapidamente. Em alguns casos observa-se na boca e narinas, a presença de sangue espumoso. Este é um
sinal que pode confundir com o carbúnculo hemático que é uma zoonose seríssima causada pelo Bacillus
anthracis. Pela semelhança com esta doença que a manqueira é denominada de carbúnculo sintomático.
3.4. Diagnóstico
Deve-se suspeitar de carbúnculo sintomático sempre que for observado bovinos de menos de 2 anos com
claudicação e áreas de aumento de volume e crepitantes; ou ovinos em que foram realizados a tosquia ou corte
da cauda, com presença de focos crepitantes.
Pode ocorrer confusão com outras clostridioses como o edema maligno.
Deve ser enviado ao laboratório amostra do líquido serossanguinolento do local, que deve ser aspirado com
uma seringa que posteriormente deve ser acondicionada em isopor com gelo.
A necropsia deve ser realizada o mais rápido possível, para evitar que a carcaça entre em estado de
putrefação.
As lesões são: nos locais lesados, observa-se aumento de volume que ao corte se apresenta edematoso. Os
músculos tem aspecto de cozidos, muito escuros, sem brilho, e com grupos de fibras separados por exsudato
sanguinolento e bolhas de gás. Observa-se necrose e hemorragia da musculatura subjacente. O cheiro
rançoso é característico desta doença.
Deve-se evitar necropsia à campo para não contaminar o local com esporos do C. chauvoei.
No laboratório o diagnóstico é realizado por meio de teste de Gram, cultivo ou inoculação em cobaia.
3.5. Tratamento
Quando diagnosticada precocemente esta doença poderá ser tratada com penicilina benzatina 20.000 UI/kg via
intramuscular.
3.6. Profilaxia
Em regiões onde a doença é freqüente, os animais devem ser vacinados aos 3 meses de idade, com uma dose
de reforço 20 a 30 dias depois. Revacinar com um ano e entre 18 meses de idade. Os ovinos devem ser
revacinados anualmente. O ideal é utilizar vacinas que protejam contra outros clostridios também.
Nos casos de surto da doença, deve ser imediatamente vacinados todos os bovinos com idade de 3 meses a
dois anos, ou todos os ovinos com 3 meses de idade ou mais. Durante o período negativo da vacina, observar
todos animais vacinados pela manhã e a tarde durante 15 dias, tratando com antibiótico os animais que
apresentem sinais da doença.
Cadáveres de animais que morreram desta doença devem ser cremados ou enterrados profundamente,
recobertos por cal.
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4. ENTEROTOXEMIA
Para os bovinos e ovinos, os C. perfringens tipo B, C e D são os mais importantes. No Brasil, o tipo D
tem sido reconhecido como o agente principal da enterotoxemia nos Bovinos.
Nos suínos, o C. perfringens tipo C é o mais importante. Causa uma diarréia hemorrágica, geralmente
fatal , acometendo leitões de 1 a 4 dias. É uma doença de ocorrência rara no Brasil. O agente se mantém no
rebanho no trato intestinal de porcas portadoras.
4.2. Epidemiologia
Assim como todos clostrídios, o C. perfringens encontra-se no solo, onde são ingeridos pelos animais;
A doença tem sido observada, com maior freqüência, no início da estação chuvosa, embora possa ocorrer
em qualquer período do ano;
A enterotoxemia ocorre preferencialmente em animais vigorosos, sem preferência de raça. Quanto a faixa
etária, antigamente esta doença ocorria mais freqüentemente em cordeiros e bezerros, normalmente quando
estes eram superalimentados (por este motivo, esta doença também é conhecida como “doença da
superalimentação”). Nos ovinos e bovinos adultos, esta doença raramente ocorria. Atualmente, a
enterotoxemia tem ocorrido mais em animais de 1,5 a 3 anos de idade, podendo ocorrer também, como menor
freqüência, em outras faixas etárias e em vacas recém-paridas.
A letalidade é alta, sendo raro os casos de cura natural.
4.3. Patogenia
O agente é ingerido normalmente pelos animais. No entanto, em, sua maioria, estas bactérias são
mortas no rúmen, e as poucas que sobrevivem e passam para o intestino não produzem toxinas em quantidade
suficiente para provocar uma intoxicação. A partir do momento em que há uma alteração do ambiente ruminal,
que permita que as bactérias passem intactas ao intestino, as mesmas se multiplicam difusamente, produzindo
grande quantidade de toxinas, o que leva ao quadro de intoxicação. As alterações ruminais geralmente estão
associadas com: carneiros superalimentados com grãos, mudanças bruscas de uma dieta de volumoso para
uma de grãos, bezerros ou cordeiros superalimentados, mudança de pastagens (principalmente em pastagens
em início de brotação), manejo do gado como vacinações e vermifugações. O excesso de lactose e de amido
desencadeiam a multiplicação rápida do agente.
Nas condições acima mencionadas, a bactéria produz uma grande quantidade da toxina epsilon.
Quando esta toxina encontra-se em grande concentração no intestino delgado, ela aumenta a permeabilidade
do intestino, facilitando a absorção da mesma. Ela é uma toxina endoteliotóxica, causando aumento da
permeabilidade capilar em vários órgãos, principalmente cérebro, rins e intestino.
No intestino, a toxina provoca uma diarréia mucóide profusa. O aumento da permeabilidade capilar,
provoca edema cerebral, o que justifica os sinais nervosos observados nesta doença.
4.4. Sinais Clínicos
No inicio da doença, o animal aparta-se do rebanho e há uma diminuição do apetite, seguido por
dificuldade locomotora progressiva, com andar cambaleante, terminando em prostração, decúbito lateral,
opistótono e morte. Nos casos de curso superagudo, não se observa diarréia. Nos casos agudos, a diarréia é
mucosa e abundante, sendo algumas vezes hemorrágica. A morte ocorre em um período de 12 a 72 horas após
o início dos sinais clínicos.
Nos ovinos, quando a doença afeta borregos, a doença é superaguda, com mortes súbitas. Nos casos
agudos, observa-se diarréia pastosa, andar cambaleante, opistótono, convulsões. Nos adultos, predomina a
forma aguda da doença, ocorrendo a morte 24 horas após o início dos sinais clínicos.
4.5. Achados de necropsia
A carcaça geralmente está em boas condições. Nos casos hiperagudos não se observa lesões
macroscópicas.
O rúmen e omaso com submucosa hiperêmica;
97
Intestino delgado com coloração avermelhada, vasos congestos e linfonodos aumentados de volume. A
mucosa apresenta-se avermelhada, o conteúdo é muco-aquoso e as vezes avermelhado;
Nos ovinos é característico o achado do “rim pulposo”, que se trata de uma acelerada autólise do órgão
após a morte.
4.6. Diagnóstico
Identificação da toxina no conteúdo intestinal – Esta toxina se degrada rapidamente, limitando a colheita do
material a um período de 4 horas após a morte;
Pode ser realizado o isolamento e quantificação do agente e, a tipificação de suas toxinas.
Deve ser realizado um diagnóstico diferencial com o botulismo, raiva e intoxicação com plantas tóxicas.
4.7. Controle e profilaxia
Deve-se proceder a vacinação dos bovinos e ovinos. Nos suínos, a vacinação só deve ser realizada
em granjas que apresentam problemas com esta doença.
Para se obter uma melhor imunização dos animais, recomenda-se o uso de vacinas que contenham o
toxóide do C. perfringens. Inicialmente a vacina deve se feita em duas doses com intervalo 4 semanas e,
posteriormente, repetida uma vez ao ano.
É uma doença infecciosa aguada causada por organismos do gênero Clostridium. Ocorre uma
inflamação aguda no local da infecção e uma profunda toxemia sistêmica.
5.1. Etiologia e epidemiologia
C. septicum, sordelli, novyi e perfringens.
Estes agentes são habitantes comuns do ambiente e do trato intestinal dos animais, sendo de distribuição
mundial;
Produzem toxinas letais, necrotizantes e hemolíticas.
Os bovinos e ovinos são as espécies mais comumente afetadas, podendo ocorrer em qualquer idade.
A infecção geralmente ocorre pela contaminação de um ferimento prévio, grave ou não, como feridas
cirúrgicas, traumas perfurantes, feridas do parto e outros ferimentos que se contaminem com o agente por
meio de terra ou fezes.
Esta doença aparece esporadicamente, afetando um ou outro animal. Contudo, podem aparecer surtos
desta doença, geralmente em bovinos e ovinos após o parto, muitas vezes quando ocorre laceração da
vulva. Nos ovinos esta doença normalmente aparece após procedimentos de tosquia e corte de cauda.
O C. septicum é patogênico para o homem, sendo o principal agente causador de gangrena em humanos.
5.2. Patogenia
Ao infectar uma ferida, o agente multiplica-se vigorosamente, necrosa o local e ao mesmo tempo se difunde,
causando edema, necrose, hemorragia e gangrena. O local da lesão exala um odor fétido (gangrenoso).
Normalmente ocorre uma abundante produção de gás. O agente pode invadir a corrente circulatória,
provocando hemorragias nas vísceras e derrames serosos, serofibrinosos e serossanguinolentos nas
cavidades.
5.3. Sinais clínicos
Aparecem 12 a 48 horas após a infeção. Os animais apresentam febre alta (41 a 42ºC), apatia, depressão,
fraqueza, andar rígido, claudicação. No local da lesão, observa-se aumento de volume, hiperemia,
acompanhado de intensa dor local. Numa fase mais adiantada, o local fica tenso e a pele escura. O enfizema
pode ou não estar presente, dependendo do tipo de infecção. A doença é de curta duração, ocorrendo a morte
24 a 48 horas após o início dos sinais clínicos. Novos casos continuam aparecendo por 3 a 4 dias após a
tosquia ou outro fator predisponente.
Quando a infecção ocorre por ocasião do parto, o inchaço da vulva é acompanhado de um corrimento
castanho-avermelhado.
5.4. Achados de necropsia
Após a morte do animal, a carcaça entra em processo de autólise rapidamente.
Observa-se gangrena da pele com edema de subcutâneo e do tecido muscular circunvizinho da lesão.
É comum o encontro de grandes áreas necróticas amareladas no fígado; ao cortar o órgão, é comum que dos
vasos portas flua sangue com bolhas de gás. Os pulmões podem apresentar-se edematosos, hemorrágicos,
em rápida decomposição, com gás supleural em bolhas. Ao cortar o coração, o sangue sai borbulhando gás.
*Não esquecer que é uma doença comum ao homem e aos animais, logo, cuidados especiais devem ser
tomados na necropsia.
5.5. Tratamento e profilaxia
Pode-se tentar o tratamento com penicilina nas fases iniciais da doença;
98
Deve-se empregar medidas higiênicas durante o parto, tosquia, castração, corte de cauda, injeções
intramusculares, aplicações de vermífugos e vacinas, para evitar que a contaminação das feridas com fezes ou
solo.
Recomenda-se o uso de vacinas que contenham todos os agentes causadores desta doença. Atualmente,
utiliza-se vacinas polivalentes que imunizam para todas as clostridioses de importância.
6. HEMOGLOBINÚRIA BACILAR
Doença infecciosa aguda que cursa com toxemia fatal em bovinos e ovinos, caracterizando-se por
elevada febre, hemoglobinúria e icterícia, e a presença de áreas necróticas no fígado.
6.1. Etiologia e epidemiologia
C. haemolyticum (C. novyi tipo D);
Esta doença ocorre em vários países, inclusive o Brasil. Predomina em terras mal drenadas e úmidas. No
Brasil, o estado do Rio Grande do Sul é o que apresenta maior incidência. Neste estado, em 1992, ocorreu
um surto que matou 2000 animais;
Nos surtos, as mortes podem atingir 5 a 25% do rebanho;
Este agente encontra-se no solo e ao ser ingerido pode se instalar nos intestinos ou no fígado, onde pode
permanecer por longos períodos, sem causar doença. A presença de lesões provocadas pela Fascíola
hepática no fígado, favorece o aparecimento da doença. Contudo, esta doença acomete carneiros não
parasitados.
Este microrganismo pode ser isolado do fígado de animais sadios que vivem em áreas contaminadas.
Como a maioria das clostridioses, afeta animais em bom estado corpóreo.
6.2. Patogenia
As bactérias são transportadas para o fígado e aí se alojam, até que lesões no parênquima hepático
produzam áreas de hipóxia criando condições favoráveis para a proliferação do agente. Estas condições
surgem com as lesões provocadas pela Fascíola hepática. O C. haemolyticum provoca o desenvolvimento de
um trombo em um ramo subterminal da veia porta, produzindo um infarto anêmico que é característico da
doença. A maioria das bactérias podem ser encontradas neste infarto, onde existe anaerobiose. Neste local
ocorre uma grande produção de toxinas que causam uma grave toxemia. O agente produz uma toxina
hemolítica e outra necrosante.
A toxina hemolítica provoca hemólise que desencadeia uma súbita e grave anemia com conseqüente
hipóxia, que mata os animais rapidamente. Ocorre também um aumento da permeabilidade vascular,
provocando hemorragias nos tecidos e na cavidades.
6.3. Sinais clínicos
Muitas vezes, os animais podem ser encontrados mortos na pastagem. Os animais doentes
apresentam a urina cor vermelho-escuro e as vezes icterícia. As fezes apresentam cor marrom-escuro,
podendo aparecer diarréia sanguinolenta. Vacas prenhas freqüentemente abortam . A duração da doença varia
de 12 horas em vacas leiteiras em estágio adiantado de prenhez, até 4 dias em vacas secas. Antes da morte,
os animais apresentam uma grave dispnéia.
6.4. Diagnóstico
Deve-se fazer diagnóstico diferencial com leptospirose, complexo tristeza parasitária bovina, hematúria
enzoótica (intoxicação com samambaia), pielonefrite, carbúnculo sintomático e hemático.
O agente pode ser isolado do sangue do coração, do infarto hepático e de outros locais da carcaça do animal
recentemente morto.
99
A imunidade proporcionada pelas vacinas comerciais é relativamente curta e em áreas endêmicas deve-se
revacinar os animais em intervalos de 3 a 4 meses. Algumas vacinas polivalentes para clostridioses promovem
imunidade também para a hemoglobinúria bacilar. Contudo, se a doença ocorre com freqüência na região é
necessário revacinar o gado 2 a 3 vezes no ano, procedimento desnecessário para as demais clostridioses.
Atualmente, a imunização contra as clostridioses tem sido realizada com vacinas polivalentes. Estas
vacinas contém a bactéria e as toxinas destas bactérias (bacterina-toxóide) o que confere uma imunidade mais
protetora e duradoura.
Citamos como exemplos de bacterina-toxóides existentes no mercado Brasileiro as seguintes:
SINTOXAN – Laboratório Rhodia-Mérieux
SINTOXAN T - Laboratório Rhodia-Mérieux
ULTRABAC 8 – Laboratório Pfizer
ULTRABAC 7 - Laboratório Pfizer
FORTRESS 7 - Laboratório Pfizer
Todas elas promovem imunidade para: C. chauvoei, C. septicum, C. sordelli, C. novyi, C. perfringens
C e D. A Sintoxan T imuniza também para o tétano e a Ultrabac 8 imuniza também para a hemoglobinúria
bacilar.
Com relação ao botulismo, citamos a vacina Linovac do Laboratório Rhodia-Mérieux, que é uma
vacina específica para o botulismo.
Como esquema de vacinação para as clostridioses, recomenda-se o seguinte:
a
Primovacinação: 2 doses com intervalo de 4 semanas. A primeira dose pode ser feita a partir da 2 semana de
ª
idade para filhos de mães não vacinadas e a partir da 8 semana para filhos de mães já vacinadas.
100
TUBERCULOSE
DEFINIÇÃO:
ETIOLOGIA:
Os agentes causadores de tuberculoses em mamíferos domésticos são:
Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterium bovis
Mycobacterium avium
Outras espécies de Mycobacterium pode infectar bovinos, porém esporadicamente.
Este microrganismo apresenta as seguintes características:
- reter a coloração vermelha da fucsina fenicada, mesmo após o tratamento com álcool ácido. Esta
propriedade denomona-se álcool ácido resistênsia (BAAR)
- Imóveis
- Sem cápsula e esporos
- Necessita de meios especiais para realizar o cultivo, com asparagina, gma de ovo, amido, e verde
malaquita., como:
Lowenstein-Jensen
Stonebrink
- Um glicolipídeo, denominado fator corda , responsável pela formação estruturas semelhantes a corda pelo
Mycobacterium em meio líquido, é um importante fator de virulência da bactéria. Este glicolipídeo inibe a
quimiotaxia, é leucotóxico e protege a bactéria da fagocitose, impedindo a formação do fagolisissomo.
- Outro fator de virulência importante são os tuberculoproteínas que induzem a hipersensibilidade tipo IV, que
contribui para a morte celular.
EPIDEMIOLOGIA:
- Diversas espécies incluindo o homem podem ser afetadas por espécies de Mycobacterium.
- Bovinos caprinos e suínos são os mais suscetíveis
- A via mais freqüente de infecção é a respiratória, principalmente em animais que permanecem
estabulados.
- A transmissão também ocorre através de alimentos contaminados (pastagem, água, leite, etc.)
- A maior prevalência tem sido verificada em bovinos de leite, porém em algumas regiões pode a doença é
importante em bovinocultura de corte.
PATOGENIA:
- A lesão inicial localiza-se no denominado complexo primário, que quando a infecção ocorre pela via
respiratória encontra-se nos lifonodos bronquiais e mediatínicos e parênquima pulmonar. Quando os
animais são infectados pela via digestiva, este complexo, localiza-se, preferencialmente no linfonodos
mediatínicos.
- A lesão primária pode permanecer localizada, estender-se dentro do pulmão ou disseminar-se através dos
vasos linfáticos e sangüíneos, afetando outros órgãos e serosas.
- Quando ocorre a disseminação pela via sangüínea, denomina-se tuberculose miliar.
- Infecções congênitas ocorrem raramente em bezerros filhos de vacas com lesões de tuberculose no útero.
As lesões macroscópicas caracterizam-se inicialmente por pequenos nódulos
acinzentados, os quais apresentam pequenas áreas amarelas centrais, de aspecto caseoso. Posteriormente
esta lesão progride formando uma área central amarela de aspecto caseoso que aparece rodeada por uma
cápsula de tecido fibroso
Estes tueérculos podem aumentar muito de tamanho ou aglomerar-se formando grandes
massas caseosas com áreas de calcificação. As lesões serosas caracterizam-se por apresentarem numerosos
nódulos de 1-3 cm de diâmetro, com área de necrose central, que pelo aspecto da lesão denomina-se de
tuberculose perolada. A presença de lesões em outros órgão, além do complexo primário, indica generalização
da doença, o que tem grande importância em frogoríficos, quando deve ser feita a condenação total da carcaça.
Quando a generalização da doença ocorre por via sangüínea, ocorre a tuberculose miliar, que é frequente no
pulmão e fígado e caracteriza-se por lesões focais distribuídas em todos os órgãos. Em bovinos as lesões
localizadas no baço ou meninges indicam uma infecção congênita.
101
SINAIS CLÍNICOS:
- A maioria dos bovinos não apresentam sinais clínicos
- Em estabelecimento com prevalência alta, podem ser observados perda de peso, debilidade, febre,
anorexia, sinais respiratórios caracterizados por dispnéia, tosse e corrimento nasal seroso ou purulento.
- Podem ser observados linfonodos periféricos, principalmente os da cabeça e pré-escapulares ,
consideravelmente aumentados de tamanho.
- Os sinais clínicos da tuberculose aparecem após vários meses e morrem por emaciação.
- Na maioria dos animais infectados, a enfermidade é subclínica, mas podem ocasionar perdas de 10-25% da
produção de carne e leite.
PATOLOGIA:
- As lesões histológicas caracterizam-se por área de necrose central, com áreas de calcificação. Esta área
central está rodeada por células epiteliódes e gigantes. Mais na periferia observam-se linfócitos e
monócitos, além de uma proliferação de tecido fibroso. Quando as lâminas forem coradas com Ziehl
Neelsen, podem ser observadas bactérias álcool-ácido resistentes .
DIAGNÓSTICO:
- Clínico: através dos sinais respiratórios, emagrecimento e aumento de tamanho de alguns linfonodos
- Tuberculinização: consiste em inocular por via intradérmica uma proteína extraída da cultura de
Mycobacterium (tuberculina). Se o animal está inefctado ocorre uma reação de hipersensibilidade tipo IV
no local da inoculação., evidenciada por edema e aumento do volume da pele. O tipo de tuberculina mais
utilizado é o denominado de PPD (derivado proteico purificado) que, no caso de ser produzido com
Mycobacterium bovis, contém 0.1 mg/mL (5.000 UI por dose) e no caso do Mycobacterium avium contém
0.05 mg/mL (2.500 UI por dose). As duas devem ser aplicadas na dose de 0.1 mL via intradérmica. Esta
prova pode se realizada na tábua do pescoço ou na prega da cauda. Na tábua do pescoço é mais sensível,
no entanto na prega da cauda tem maior especificidade, e é o local mais fácil de ser inoculado, sendo mais
utilizado no programas de controle epidemiológio. A mensuração da reação é feita com cutímetro ou
paquímetro, 72 horas após a inoculação. Determina-se a diferença entre as medidas da dobra da pele
antes e depois da inoculação.
Suspeito: 2-4 mm na espessura da dobra da pele
Positivo: mais de 4 mm de espessura
Negativo: menos de 2mm de espessura
Reações com 3 mm ou mais são acompanhadas de dor edema, esxudato e necrose focal. Muitas vezes a
interpretação da leitura da prega da cauda é considerada subjetiva; neste caso considera-se como
reação positiva a reação local igual ou maior que uma azeitona ou quando houver tumefação difusa;
entretanto reações menores considera-se suspeitas.
Um dos problemas da prova de tuberculina, são as reações inespecíficas, que ocorrem em conseqüência
de outras micobactérias patogênicas, facultativamente patogênicas ou saprófitas em bovinos. Nestes
casos recomenda-se a prova comparativa, onde utiliza-se PPD bovina e aviária. Quando a reação à
tuberculina bovina causa aumento da espessura da dobra da pele em pelo menos 3mm, do que a
tuberculina aviária, considera-se reação positiva.. Quando a diferença for de 2-2.9mm é suspeito e com
difereças menores é negativa.
- Laboratorial:
Histológico
Bacteriológico: isolamento e tipificação da bactéria
CONTROLE E PROFILAXIA:
- Realização da prova de tuberculina periodicamente.
Bovinos de leite: anual nos animais com mais de 2 anos.
Bovinos de corte: análise das carcaças no frigorífico ou em casos de rebanhos
infectados, fazer a prova de tuberculina anual.
- Administração de Isoniazida misturada com a ração, em doses diárias de 25 mg/Kg/ 3 X semana/ durante
6 meses. Para comprovar o tratamento faz-s aprova de tuberculina 30 dias após o final do tratamento, e
posteriormente a cada 2-3 meses até que o animal apresente reação negativa, o que pode demorar até 1
ano. Animais com sinais clínicos não devem ser tratados.
102
PARATUBERCULOSE (DOENÇA DE JOHNE)
DEFINIÇÃO:É uma enterite crônica contagiosa que resulta em debilidade progressiva e eventualmente óbito.
ETIOLOGIA:Mycobacterium paratuberculosis
EPIDEMIOLOGIA:
PATOGENIA:
Geralmente o período de incubação é muito longo, durante o qual a eliminação fecal intermitente de
pequeno número de microrganismos.
Alguns animais recuperam-se neste estágio; e em outros ocorre a multiplicação e desenvolvimento de
extensas lesões intestinais.
SINAIS CLÍNICOS:
PATOLOGIA:
A porção inferior do intestino delgado, válvula ileocecal e ceco adjacente estão espessados e a superfície
da mucosa adquire aparência rugosa.
Ocorre calcificação dos linfonodos mesentéricos nos ovinos, porém isto nãoocorre em bovinos.
DIAGNÓSTICO:
PROFILAXIA:
103
Separar os terneiros recém nascidos para evita a contaminação com as fezes do meio ambiente
Vacinação, porém pode interferir nos testes tuberculínicos subseqüentes
Remoção das fezes do ambiente no caso de animais estabulados
Rotação das pastagens
DEFINIÇÃO
TIPOS DE ENCEFALOPATIAS
Scrapie
ETIOLOGIA:
- PrPc – forma celular (Proteína celular normal presente em vários tipos de células, incluindo músculos e
linfócitos)
- PrPsc - forma infectante
104
quando ganha acesso ao Sistema Nervoso
Replica
DOENÇA
a
2 Teroria: (Who, 2000)
Características do Príon:
SURGIMENTO DA DOENÇA:
TRANSMISSÃO DA DOENÇA:
REPRODUÇÃO DA DOENÇA:
inoculação de cérebro, medula , retina e íleo de animais infectados naturalmente em ovinos, bovinos
camundongos suínos e martas.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:
SINAIS CLÍNICOS
105
PATOLOGIA:
DIAGNÓSTICO:
exames laboratoriais
PROFILAXIA:
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Medicina Veterinária
Universidade Tuiuti do Paraná
Curitiba
106