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BACHARELADO EM ENFERMAGEM
IPORÁ – GO
2022
FERNANDA DUTRA RODRIGUES DE OLIVEIRA
IPORÁ – GO
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
2 LISTA DE NOTIFICAÇÃO COMPUSÓRIA................................................................ 3
3. BOTULISMO................................................................................................................... 5
4. CÓLERA........................................ ....................................................................... 5
5. COQUELUCHE............................................................................................................... 6
6. DENGUE........................................................................................................................... 7
7. DIFTERIA......................................................................................................................... 7
8. DOENÇA DE CHAGAS.................................................................................................... 8
9. DOENÇA DE CREUTZFELDT-JAKOB (DCJ)............................................................ 9
10. DOENÇA MENINGOCÓCICA................................................................................... 10
11. VÍRUS ZIKA.................................................................................................................. 10
12. ESQUISTOSSOMOSE.................................................................................................. 11
13. FEBRE AMARELA....................................................................................................... 12
14. FEBRE DO NILO OCIDENTAL................................................................................. 12
15. FEBRE MACULOSA E OUTRAS RIQUETISIOSES.............................................. 13
16. FEBRE TIFOIDE.......................................................................................................... 13
17. HANSENÍASE............................................................................................................... 14
18. HANTAVIROSE........................................................................................................... 15
19. HEPATITES VIRAIS................................................................................................... 15
20 HIV.................................................................................................................................. 16
21. CONCLUSÃO............................................................................................................... 16
22.. REFERÊNCIAS........................................................................................................... 17
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1. INTRODUÇÃO
Abaixo será explicado sobre cada doença de notificação compulsória seus sintomas e
tratamento.
3. BOTULISMO
O botulismo é uma doença bacteriana grave, não contagiosa, causada pela ação de
uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, encontrada no solo, nas
fezes humanas ou de animais e nos alimentos. A doença pode levar à morte por paralisia da
musculatura respiratória.
Os sintomas variam de acordo com o tipo de infecção. Os mais comuns são: dores de
cabeça, vertigem, tontura, sonolência, visão turva, visão dupla, diarreia, náuseas, vômitos,
dificuldade para respirar, paralisia da musculatura respiratória, de braços e pernas,
comprometimento de nervos cranianos, prisão de ventre e infecções respiratórias.
O tratamento imediato reduz significativamente o risco de morte do paciente, mas é
preciso acompanhamento médico. Além disso, o processo de recuperação é lento e depende
de como o sistema imunológico reage para eliminar a toxina do corpo. Se tratada
adequadamente, a doença tem cura e não deixa sequelas.
O botulismo deve ser tratado em hospitais que tenham unidades de terapia intensiva
(UTI) e consiste, basicamente, em suporte das funções cardíacas e pulmonares e em medidas
específicas para eliminar a toxina e o bacilo, com o uso do soro antibotulínico (SAB) e de
antibióticos. Nas formas mais graves, o período de recuperação pode durar de 6 meses a 1
ano, embora os maiores progressos ocorram nos primeiros três meses após o início
dos sintomas.
4. CÓLERA
A cólera é uma doença que afeta o intestino delgado e é causada pela bactéria Vibrio
cholerae, que entra no organismo de um indivíduo por meio do consumo de água e de
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alimentos que foram previamente contaminados pelo bacilo. Essa é uma doença relacionada
majoritariamente à higiene e ao saneamento básico sendo que em regiões onde há uma falta
de infraestrutura básica, como redes de esgoto, é comum ter vários casos de cólera assolando
a população local. A cólera é uma condição relativamente grave, que pode levar o paciente a
óbito.
A cólera nem sempre apresenta sintomas claros e, muitas vezes, tudo o que o paciente
pode apresentar é uma forma de diarreia leve. No entanto, certos casos de maior gravidade
de cólera necessitam de tratamento médico para evitar que eles evoluam e causem
complicações ao paciente. Entre os principais sintomas de cólera, podemos destacar: diarreia
volumosa, fezes líquidas e acinzentadas, náuseas e vômitos, febre leve, dores e cólicas
abdominais, desidratação, letargia, pele seca e sede excessiva, baixa da pressão arterial e
cãibras musculares.
Para tratar a cólera, o tratamento consiste na reposição dos líquidos e minerais que são
perdidos na diarreia. Além disso, o paciente pode tomar antibióticos com o objetivo de matar
a bactéria causadora da cólera.
Pessoas que vão viajar para regiões endêmicas de cólera podem tomar uma vacina
contra a cólera, que protege durante curtos intervalos de tempo e serve como uma forma
de prevenção da cólera.
5. COQUELUCHE
A coqueluche é uma infecção contagiosa que afeta as vias respiratórias que levam o ar
até os pulmões. Ela é causada por uma bactéria, a Bordetella pertussis, e também é chamada
de “tosse convulsa”, porque um dos principais sintomas de quem a possui é que a tosse sai
com um som diferente, similar a um assobio.
A coqueluche é uma doença que dura várias semanas e que é dividida em 2 fases, com
sintomas que são progressivos até que eles passam a diminuir, aos poucos, e o paciente se
recupera. Na fase inicial da doença, chamada de estágio catarral, os sintomas podem ser
bastante similares com o da gripe. Entre os principais sintomas de coqueluche, podemos
destacar: tosse com silvo, que acontece em acessos e de forma continuada, os acessos de
tosse, que podem fazer com que o paciente não consiga respirar entre uma tosse e outra,
quando o paciente tenta respirar fundo, pode guinchar ou emitir sons que denotam
dificuldade, coriza, febre, mal-estar, falta de ar, cansaço extremo, vômitos pelo esforço
durante os acessos de tosse e lábios e extremidades azuladas por causa da falta de ar.
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Para tratar a coqueluche, o paciente precisa ficar em isolamento, evitando que outras
pessoas desenvolvam a doença.O tratamento é feito por meio de medicamentos diversos, que
aliviam os sintomas e a tosse constante, além do uso de oxigênio para tratar a falta de ar.
Curiosamente, xaropes e medicamentos usados comumente na gripe não têm efeito algum nos
pacientes com coqueluche.
O paciente deve permanecer em repouso, manter-se hidratado e usar talheres e copos
somente para si, evitando a contaminação de outros indivíduos.
6. DENGUE
É uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou
grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo
vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica,
anemia falciforme).
O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo,
náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas
vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e
vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um
quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as
manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela,
malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.
Todas as pessoas com febre de menos de sete dias durante uma epidemia ou por casos
suspeitos de dengue, cuja evolução não é possível predizer, devem procurar tratamento
médico onde algumas rotinas estão estabelecidas para o acompanhamento, conforme a
avaliação clínica inicial e subsequente, quanto a possibilidade de evolução para gravidade. A
hidratação oral (com água, soro caseiro, água de coco), ou venosa, dependendo da fase da
doença, é a medicação fundamental e está indicada em todos os casos em abundância. Não
devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e anti-inflamatórios, como
aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.
7. DIFTERIA
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8. DOENÇA DE CHAGAS
O Zika é um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Tem essa
denominação por ter sido identificado na floresta Zika, em Uganda, na África.
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações
clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações,
manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos
frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. Em geral, a evolução da
doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a
dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves são raras,
mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito.
Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. Também não há
vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso
de analgésicos para o controle da febre e da dor. No caso de manchas vermelhas e coceira na
pele, os anti-histamínicos podem ser considerados. Não se recomenda o uso de ácido
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12. ESQUISTOSSOMOSE
até acabar de vez. Casos mais graves de esquistossomose crônica podem necessitar de cirurgia
e de internação hospitalar.
13. FEBRE AMARELA
A febre amarela é um tipo de doença causada por um vírus e transmitida por meio da
picada de um mosquito. Existem dois tipos de febre amarela: a urbana e a silvestre, sendo que
a diferença entre ambas é o tipo de mosquito que transmite o vírus. No geral, os sintomas são
os mesmos. No caso da febre amarela urbana, quem a transmite é o mosquito Aedes aegypti, o
mesmo responsável por passar para o ser humano, entre outras doenças e condições, a dengue.
Quem foi infectado pela febre amarela pode apresentar os seguintes sintomas: febre
repentina, calafrios, náuseas e vômitos, dor de cabeça, dor nas costas, dor no corpo
generalizada, mal-estar, cansaço e diarreia. Esses sintomas se apresentam em uma janela de
tempo que vai de 3 a 6 dias após a picada do mosquito. Por isso, é importante observar se
você se lembra de ter sido picado por um quando apresentar sintomas como os listados acima.
Muitas vezes, a febre amarela tem seus sintomas confundidos com o de um simples
resfriado, sendo que o paciente se recupera naturalmente. Mas alguns pacientes acabam sendo
inoculados com uma versão mais grave da febre amarela.
médica podem ajudar a aliviar dores de cabeça leves e dores musculares. Tenha cuidado ao
administrar aspirina a crianças ou adolescentes.
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela
pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de
letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida
pela picada do carrapato.
Os principais sintomas da Febre Maculosa são: febre alta e súbita, cefaleia, hiperemia
conjuntival, dor muscular e articular, mal-estar, dores abdominais, vômito, diarreia e
exantema.
A precocidade na introdução do antibiótico específico, determinará o sucesso no
tratamento. O antimicrobiano recomendado pelo Ministério da Saúde, de primeira escolha é
Doxiciclina em todos os casos suspeitos de infecção pela Rickettsia rickettsii e de outras
riquetsioses, independente da faixa etária e da gravidade da doença e na impossibilidade de
sua utilização oral ou injetável, preconiza-se o cloranfenicol como droga alternativa.
A febre tifoide é uma condição médica relativamente grave e rara, que é causada pela
bactéria Salmonella enterica typhi. A febre tifoide também pode ser chamada somente de
“tifo”. A febre tifoide é transmitida por meio da ingestão de água ou de alimentos que estejam
contaminados com a bactéria. Os indivíduos também podem contrair a febre tifoide por meio
do contato com as fezes e a urina de pessoas que estejam contaminadas com a Salmonella
enterica typhi. É por conta dessas características que a febre tifoide está relacionada, muitas
vezes, às más condições de higiene.
Uma vez que a bactéria causadora da febre tifoide cai na corrente sanguínea de um
indivíduo, ela precisa ser combatida de imediato. Caso isso não aconteça, a pessoa pode
acabar desenvolvendo complicações sérias em órgãos como o fígado, o baço, a vesícula e até
mesmo a medula óssea, podendo levar o ser humano ao óbito.
Entre os sintomas de febre tifoide, podemos destacar: febre alta, mal-estar, dor de
cabeça, mudanças nos hábitos do intestino, como diarreia com sangue e intestino preso,
prostração, perda do apetite, aumento do fígado e do baço, dores e inchaço no abdômen,
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náuseas, vômitos, tosse seca, coração que bate mais lento, manchas rosadas que surgem em
locais como o abdômen e o fígado e prostração. Os sintomas de febre tifoide podem durar por
várias semanas, chegando a ultrapassar um mês, sem o devido tratamento.
A febre tifoide é tratada por meio de medicamentos antibióticos, sendo que o paciente
precisa ser observado e ter sua hidratação reforçada, já que perde muito líquido nas diarreias
características da doença. Existe vacina contra a febre tifoide, que pode ser tomada por
indivíduos que viajam para locais onde a doença é endêmica. Além disso, manter bons hábitos
de higiene, como lavar constantemente as mãos, são formas de evitar a contração da febre
tifoide.
17. HANSENÍASE
A hanseníase é uma condição que durante muitos anos foi conhecida como lepra,
sendo que seu diagnóstico fazia com que os pacientes fossem vítimas de preconceito, já que
ela é crônica e transmissível para outros indivíduos. A hanseníase é causada por uma bactéria
chamada Mycobacterium leprae e atinge, de forma majoritária, a pele e alguns nervos
periféricos, fazendo com que o paciente perca, por exemplo, a força muscular e a
sensibilidade tátil e a dor.
Existem tipos variados de hanseníase, que estão relacionados à forma como o
organismo reage ao bacilo causador da doença. Entre esses tipos, podemos destacar:
hanseníase tuberculoide, hanseníase virchowiana, hanseníase borderline e hanseníase
indeterminada.
Entre os principais sintomas da hanseníase, podemos destacar: surgimento de manchas
de cores variadas nas diferentes partes do corpo, que geralmente estão associadas a uma perda
de sensibilidade ao toque e à dor, além de terem uma temperatura diferente do resto da pele,
sumiço de pelos em certas partes do corpo, suor que para de acontecer nas regiões onde é
comum, dormência em partes do corpo, caroços que surgem nas mãos e orelhas,
formigamento nas mãos, pés, braços e pernas, inchaços em mãos e pés, feridas que aparecem
nos membros, febre, dor nas juntas, sangramentos nasais recorrentes, diminuição da força
muscular e ressecamento dos olhos. Uma vez que o paciente apresente esses sintomas, o
médico dermatologista fará exames para confirmar o diagnóstico da hanseníase.
De forma geral, a hanseníase tem cura. Mas caso o paciente não busque tratamento, a
hanseníase pode deixar sequelas no paciente pelo resto da vida. O tratamento da hanseníase é
feito por meio do uso de medicamentos antibióticos que têm como função matar o bacilo
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causador da doença. Uma vez que o tratamento é iniciado, em apenas 4 dias a pessoa deixa de
ser capaz de transmitir a hanseníase para outros indivíduos. O uso dos medicamentos costuma
ser prolongado, podendo durar mais de um mês, e o tratamento não deve ser interrompido em
nenhuma hipótese, já que há o risco de tornar a bactéria resistente aos antibióticos disponíveis
no mercado.
18. HANTAVIROSE
Hantavirose é uma doença rara, que é causada por uma infecção do Hantavírus, um
gênero de vírus com vários subtipos, sendo que todos são capazes de causar a hantavirose.
A transmissão da hantavirose se dá por meio de roedores. O vírus se aloja no organismo de
ratos, por exemplo, e é transmitido para o ambiente por meio de sua urina e de suas fezes.
Caso o ser humano inale os odores desses materiais ou sua pele entre em contato direto com
essas substâncias, ele pode desenvolver a hantavirose. Mordidas de rato também podem fazer
com que uma pessoa desenvolva hantavirose.
Uma vez que ela é infectada com hantavirose, a pessoa pode desenvolver duas
condições distintas: a Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) e a Febre
Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR). O tipo de hantavirose que mais afeta o Brasil e a
América Latina é a Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus.
Entre os sintomas de hantavirose, podemos destacar: febre, dores musculares, dor de
cabeça, diarreia, náuseas, vômitos, diminuição na quantidade de vezes que vai ao banheiro
fazer xixi ou na quantidade de xixi que é expelido a cada vez, aumento na taxa de ureia
presente no sangue, manchas pelo corpo, gengiva que sangra facilmente, taquicardia, tosse
seca, dificuldade para respirar, acúmulo de fluídos no pulmão e insuficiência renal.
Não há cura para a hantavirose. Como essa é uma condição que pode levar ao colapso
dos rins e do sistema cardiopulmonar, é preciso fazer um acompanhamento que elimine os
sintomas e deixe o paciente estabilizado por mais tempo.
20. HIV
O HIV é transmitido através do contato estreito com um líquido corporal que contenha
o vírus ou células infectadas com o vírus (como sangue, sêmen ou líquidos vaginais). O HIV
destrói certos tipos de glóbulos brancos do sangue, enfraquecendo as defesas do corpo contra
infecções e cânceres. Quando as pessoas são infectadas, os sintomas de febre, erupções
cutâneas, aumento do tamanho dos linfonodos e cansaço podem durar de alguns dias a várias
semanas. Muitas pessoas infectadas permanecem bem por mais de uma década.
Os medicamentos contra o HIV (medicamentos antirretrovirais) – dois, três ou mais
tomados conjuntamente – podem interromper a reprodução do HIV, fortalecer o sistema
imunológico e, dessa forma, tornar as pessoas menos suscetíveis a infecções, mas os
medicamentos não conseguem eliminar o HIV, o qual persiste em uma forma inativa.
As infecções por HIV podem ser causadas por um ou mais retrovírus, HIV-1 ou HIV-
2. O HIV-1 causa a maioria das infecções por HIV no mundo todo, mas o HIV-2 causa muitas
infecções pelo HIV na África Ocidental.
21. CONCLUSÃO
Dentro das doenças de notificação compulsória encontramos outros tipos de doenças que não
serão citadas, pois são comuns ao conhecimento.
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22. REFERÊNCIAS