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tribunais de contas
The question of effectiveness of the court of accounts
decisions
Resumo: O presente artigo aborda os entraves à Abstract: This paper discusses the obstacles to the
efetivação das decisões dos tribunais de contas, realization of the decisions of the Court of Accounts,
inobstante a importância atribuída aos órgãos regardless the importance attached to the Court of
de contas e a essencialidade do controle externo Accounts and the essentiality of external control to
para a própria existência da democracia e da forma the existence of democracy and republican form
de governo republicana. A questão da falta de of government. The issue of lack of effectiveness,
efetividade, com efeito, envolve diversos aspectos indeed, involves various aspects and factors, to
e fatores, como a natureza jurídica de título quote the legal nature of extrajudicial execution of
executivo extrajudicial das sentenças dos tribunais sentences of the Court of Accounts and the active
de contas e a legitimidade ativa para proceder à legitimacy to proceed with its implementation.
respectiva execução. Este trabalho propõe desvelar Thus, this paper proposes to reveal such problems,
tais problemáticas, analisando os pontos críticos analyzing the critical points and pointing solutions
e apontando soluções para o aperfeiçoamento for the improvement of inspection activity of the
da atividade fiscalizatória dos órgãos de controle external control organisms
externo.
À guisa de exemplos, no TCE-PR , no âmbito municipal, em 2014, foram impostas sanções que totalizaram o valor de R$ 3.146.267,08
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e o valor recolhido de R$ 224.751,44, correspondendo a 7,14%. Já no TCE-TO, o Relatório de atividades de 2014 revela que o índice
de recuperação relativo às multas aplicadas é em média de 7%.
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Nesse sentido: RE-AgR n. 525.663, rel. min. Dias Toffoli, DJe de 13/10/2011; AI-AgR n. 826.676, de minha relatoria, DJE de 24/02/2011;
AI-AgR n. 765.470, rel. min. Rosa Weber, DJe de 19/02/2013; ARE-AgR n. 720.742, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 04/04/2013; RE-AgR
n. 606.306, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 27/11/2013, e RE-AgR n. 791.575, rel. min. Marco Aurélio, DJe de 27/06/2014.
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Julgado com repercussão geral: STF, ARE n. 823.347 RG / MA, rel. min. Gilmar Ferreira Mendes, sessão de 24/09/2014.
Percebe-se, contudo, que a responsabilidade por essa falta de efetividade fica, sob os olhos da
sociedade, a cargo do tribunal de contas, quando a este não são reconhecidos, quer textual, quer
jurisprudencial, a legitimação nem os instrumentos legitimadores de cobrança, permanecendo, dessa
forma, de mãos atadas, vendo suas decisões deliberadamente ignoradas.
Impõe, nesse cenário, reconhecer a necessidade da modificação desse sistema, fazendo com que
os tribunais de contas, conforme ressalta Rui Barbosa, na exposição de motivos do próprio Decreto
n. 966-A, referente a sua criação, em 1890, “possam exercer as suas funções vitais no organismo
constitucional, sem o risco de converter-se em instituição de ornato aparatoso e inútil” (Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, 1973).
É evidente a desvalorização que tal entendimento acarreta às decisões condenatórias proferidas pelos
tribunais de contas, predestinando sua atuação à beira da inutilidade ao permitir defesa tão ampla do
responsável em embargos à execução.
Art. 917. Nos embargos, poderá o executado alegar: VI – qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de
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Encontra-se em tramitação, no Senado Federal, a PEC n. 25/2009, de autoria da senadora Marisa Serrano do PSDB/MS, que pretende
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atribuir capacidade postulatória aos tribunais de contas da União, dos Estados, do Distrito Federal bem como dos Municípios. A
senadora justifica a sua proposição, alegando que “no universo da AGU, as execuções fundadas em decisões do Tribunal de Contas
da União (TCU) são apenas mais algumas de um sem número de feitos aos quais deve dar atenção. Nos Estados, a situação é
similar, enquanto, nos Municípios, chega a ser crítica. Na maioria deles, a representação judicial é feita por escritórios de advocacia
contratados pelo Poder Público”. (BRASIL, 2009).
Art. 14. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de
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consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração. Art. 15. A sociedade
tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
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Art. 70. [...] Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: [...] III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
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Cabe ressaltar que tal posicionamento relega os débitos e as multas impostos pelas cortes de contas a
segundo plano, sob o jugo de órgãos não especializados e pouco independentes.
Quanto a esse ponto, antes de a questão ter sido apreciada em repercussão geral pela Suprema Corte,
o Superior Tribunal de Justiça já havia se posicionado em sentido contrário, ou seja, de que o Ministério
Público teria, sim, legitimidade ativa para promover a execução do título executivo proveniente do
tribunal9.
No entanto, diante da cristalização da jurisprudência no âmbito do STF, o Tribunal da Cidadania
repensou seu entendimento de forma a assentar que o Ministério Público não teria a capacidade
postulatória para promoção da execução10. Justificou essa virada jurisprudencial, afirmando que, de
fato, o art. 129, III, da Constituição, deveria ter interpretação restritiva. Ressaltou, ainda, que o art. 81 da
Lei Orgânica do TCU (Lei n. 8.443/92) é explícito ao dizer que compete ao Ministério Público de Contas,
na figura do Procurador-Geral de Contas, promover junto à Advocacia-Geral da União a execução das
condenações impostas pelo órgão de contas, mas não diretamente. Conquanto ter acobertado tal
entendimento para fins de uniformização jurisprudencial, não poderia a Corte Superior de Justiça ter
dado passo maior para trás.
Para contra-argumentar tal posição, impende salientar que a inclusão do Ministério Público como
legitimado à execução de forma alguma representa extensão da interpretação de “patrimônio
público” a ser protegido, previsto no art. 129, III. O patrimônio público a que se refere o dispositivo
consubstancia conceito integrativo dos recursos da sociedade, não permitindo que haja discriminação
quanto à divisão de parcelas desse patrimônio, que são “protegíveis” e outras não. Em um regime
republicano, toda espécie de patrimônio público deve ser resguardada e, para tanto, a Lei Maior
designou o Ministério Público a essa precípua função.
Como já assentou o próprio STJ: “estes recursos constituem-se patrimônio público do cidadão que,
com sua força de trabalho, produz a riqueza sobre a qual incide a tributação necessária ao Estado para
atendimento dos interesses públicos” (REsp n. 1.119.377/SP, 1ª Seção, rel. min. Humberto Martins, DJe
de 04/09/2009).
Conforme os precedentes contidos no REsp n. 996.031/MG, Primeira Turma, DJ de 28/04/2008 e REsp n. 678.969/PB, Primeira Turma,
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Itália, Lei n. 14 de janeiro de 1994, n. 20. Disposições em matéria de jurisdição e controle da Corte de Contas. [...] Artigo 1. 1 – A
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responsabilidade do sujeito suposto à jurisdição da Corte de Contas em matéria de contabilidade pública é pessoal e limitada ao fato
do ato omissivo ou comissivo com dolo ou culpa grave, sem prejuízo da não sindicabilidade do mérito das decisões discricionárias.
(ITÁLIA, 1994)
França, Código de Jurisdição financeira. Livro I: A Corte de Contas; [...] Título III: Competências e Atribuições; Capítulo I: Competências
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O que se costuma afirmar, para refutar a tese de exercício jurisdicional pelos órgãos de contas, é
que o termo “julgar” em nada se relaciona com jurisdição, pois essa foi empregada de maneira não
técnica no texto constitucional, ou seja, esse termo não imprime o vocabulário em seu sentido técnico
(CRETELLA JÚNIOR, 1986, p. 2-3).
Não se pode coadunar com tal posicionamento, embora respeitável, porquanto pretende atribuir
semântica inexistente a uma expressão que permite pouco espaço para interpretação. Nas palavras do
hermeneuta brasileiro Carlos Maximiliano: “não se presumem, na lei, palavras inúteis”, isto é, “devem-
se compreender as palavras como tendo alguma eficácia” (2011, p. 204). Nesse sentido, afirma o autor
que, em regra, as leis e os contratos foram redigidos com atenção e esmero de sorte que traduzam o
objetivo dos seus atores. A lição vale com mais força para a Constituição Federal, a qual ostenta caráter
de norma suprema.
Nesse sentido, o emprego do verbo “julgar”, diferente, por exemplo, daquele utilizado no inciso I do art.
71, qual seja, “apreciar”, apresenta significância unívoca no sentido de que as cortes de contas realizam
julgamento, jurisdição, sendo impossível sustentar que o constituinte agiu de forma displicente, por
ignorância ou por descuido na confecção do texto. (FERNANDES, 2003, p. 139)
Não obstante, a confirmação dessa natureza vir da própria Constituição, a qual – no caput de seu
art. 73, ao estabelecer a composição do Tribunal de Contas da União –, expressa que esse órgão terá
“quadro próprio e jurisdição em todo o território nacional”.
4.3.2 O conceito pós-moderno de jurisdição e o caráter não monístico
Outra grande celeuma que se origina nesse contexto decorre do enunciado estabelecido no art. 5º,
XXXV, da Constituição Federal, que traz a garantia fundamental da inafastabilidade do Poder Judiciário,
de forma que a lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; isso
em decorrência do sistema de controle adotado no modelo democrático brasileiro, que preferiu a
jurisdição única ao contencioso administrativo.
Assim, o sistema brasileiro não teria adotado um modelo pluralístico de manifestações de caráter
jurisdicional (imutáveis), como o fez a França, erigindo o sistema de “contencioso administrativo”, mas
adotou o modelo inglês, de jurisdição única, isto é, de monopólio do Poder Judiciário para o exercício
de tal função.
Vale apontar alguns doutrinadores que são favoráveis a esse posicionamento, de unicidade ou
monismo do exercício jurisdicional, o que induz à extrajudicialidade do título executivo proveniente
da decisão condenatória decorrente da competência do tribunal de contas para julgar as contas,
conforme art. 71, II, da CF. Para Lúcia Valle Figueiredo, o legislador equivocou-se ao utilizar o termo
pelo Senado Federal por crimes de responsabilidade (art. 52, I); julgamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Procurador-
Geral da República, Advogado-Geral da União, pelo Senado Federal, por crimes de responsabilidade (art. 52, II) (BRASIL, 1988).
Essa PEC não teve firme seguimento, e o seu arquivamento foi declarado em 18 de maio de 2012, onde
permanece desde então. É certamente demasiado difícil emplacar uma alteração tão substancial e
contemporaneamente discutida por intermédio do poder constituinte reformador, com alteração de
texto constitucional.
Diante disso, surgiria como alternativa a modificação infraconstitucional, legal, o que, ante o silêncio
da Constituição acerca da matéria, surtiria os mesmos efeitos práticos quanto ao reconhecimento das
decisões condenatórias como títulos executivos judiciais. Refere-se à possível inserção do “acórdão
condenatório do Tribunal de Contas, na forma do art. 71, II, combinado com art. 71, VIII” dentre os
incisos do art. 515 do Código de Processo Civil, o qual elenca em rol taxativo os títulos executivos
judiciais. Cessariam, indubitavelmente, as dúvidas que ainda permeiam a matéria, além de privilegiar
a efetividade do controle externo das despesas públicas.
Contudo, as conjecturas nesse sentido não são favoráveis aos órgãos de contas, pois quando da
sanção da Lei n. 13.105/2015 (Código de Processo Civil), um dos vetos determinados pela Presidente
da República, à época, foi a inserção, no rol dos títulos executivos judiciais do art. 515, das decisões
do Tribunal Marítimo, justamente por entender que tal instituição não compõe a estrutura do Poder
Judiciário e que, portanto, não exerce jurisdição, o que revela o insistente e ainda atual apego à tese
da unicidade da jurisdição.
Restaria, dessa feita, propugnar pela mudança na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que
rege os temas centrais mencionados. Nesse sentido, como já mencionado, seria ideal a superação
(overruling) dos precedentes outrora firmados e que insistem em relegar as decisões das cortes de
contas à beira da frivolidade.
A preocupação aqui revelada não é atual, tendo sido apresentada da mesma forma em 1957, quando o
procurador do Tribunal de Contas de São Paulo, Carlos Casemiro Costa (1958, p. 37), afirmou crer “que
de alguns anos a esta parte vai-se operando uma reação contra a antiga jurisprudência e situando
o juízo de contas no seu devido lugar, sobretudo na cobrança executiva dos alcances apurados”.
O autor cita ainda como exemplos para o reconhecimento da plausibilidade jurídico constitucional desta norma o caso da justiça
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desportiva e dos juizados arbitrais, os quais representam, consoante o ordenamento jurídico (art. 217, §1º, art. 114, §1º, da
Constituição e art. 584 do Código de Processo Civil), exercício de atividade jurisdicional. (MARTINEZ, 2008, p. 16)
5 CONCLUSÃO
Conforme se verificou ao longo desta exposição, o panorama da concretização das decisões
condenatórias dos tribunais de contas é profundamente problemático. O retorno dos recursos
provenientes de imputações de débito e aplicações de multa pelo órgão de contas aos cofres
públicos, na forma do art. 71, VIII, da Constituição, é mínguo, de modo que tais decisões quedam-se
carentes de efetividade, e as instituições de controle externo ficam abaladas na sua credibilidade
junto à sociedade.
Nessa senda, procurou-se, primeiramente, expor o quadro crítico em que se encontra a efetivação das
decisões dos tribunais de contas, a partir de dados e informações, inobstante a dificuldade em obtê-
los, em razão da falta de transparência nesse sentido. Diante desse agudo distúrbio, pretendeu-se
fazer uma análise ontológica do mesmo, é dizer, buscar as origens e causas que levam os acórdãos
condenatórios da Corte de Contas à não concretização no plano prático-executivo.
Dessa forma, logrou-se aferir, duas celeumas principais, ambas na fase de execução das aludidas
decisões: a ausência de legitimidade ativa dos tribunais de contas para ingressar em juízo, pois tal
encargo remanesce, conforme precedente do STF, aos órgãos de representação judicial das entidades
beneficiárias; a natureza do título executivo formado a partir do acórdão prolatado pela Corte, na forma
do art. 71, §3º, da CF/88, que, segundo orientação predominante, em virtude do vácuo constitucional
e legislativo a respeito da matéria, tem caráter extrajudicial, possibilitando ao executado oferecer
embargos à execução alegando qualquer matéria em sua defesa, nos ditames do art. 917, VI, da Lei n.
13.105/2015.
Quanto ao primeiro obstáculo, alvidrou-se a alteração do entendimento que hoje prevalece a respeito
da legitimidade para execução desses títulos, ditada pela Suprema Corte, por efeito do silêncio
da Constituição. Assim, a partir da técnica de superação do precedente, dever-se-ia preconizar
interpretação mais consentânea aos fins democráticos, dotando os tribunais de contas, órgãos
técnicos e independentes, da legitimidade para cobrança desses valores no Judiciário.
No tocante à segunda disfunção, aventou-se a possibilidade sucessiva de primeiro modificar o
dispositivo constitucional que trata do tema, acrescentando o termo “judicial” ao final do art. 71, §3º,
que qualifica as decisões das cortes de contas como título executivo, fundamentando tal hipótese na
superação do dogma do liberalismo clássico de separação estrita de poderes, de modo a reconhecer
a relativização da unicidade jurisdicional, a partir da dissociação semântica dos termos “judicial” e
“jurisdicional”. Também propôs a modificação da legislação infraconstitucional da questão, em forma
de complementação à emenda da Constituição.
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