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FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ – UCEFF
Curso de Engenharia Mecânica
Elementos Máquinas II – Prof. Me. Paulo Vicari
Figura 4.1 - Métodos de acoplamento de embreagens e freios
a) tambor com sapatas internas; b) tambor com sapatas externas; c) cinta; d) disco; e) cone
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uniforme quando nova, mas tenderá à condição de desgaste uniforme quando em uso. Uma
embreagem rígida irá aproximar mais rapidamente a condição de desgaste uniforme com o uso. Os
cálculos relativos a cada condição são diferentes e a hipótese de desgaste uniforme produz uma
classificação mais conservativa da embreagem, sendo preferida, por isso, por muitos projetistas.
Eq. 4.1
Para calcular a capacidade de torque, considerando uma condição de desgaste uniforme, com
base no valor de pressão máxima:
Eq. 4.2
Para calcular a pressão, considerando uma condição de desgaste uniforme, com base no valor
na força axial:
Eq. 4.3
Eq. 4.4
Para calcular a capacidade de torque, considerando uma condição de pressão uniforme, com
base no valor de pressão máxima:
Eq. 4.5
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Estudos demonstram que o máximo torque para qualquer valor de raio externo ro se dará quando
o raio interno ri for:
Eq. 4.6
Onde:
N – Faces de atrito (adimensional)
μ – Coeficiente de atrito (tabelado)
F – Força axial (N)
ro – Raio externo (mm)
ri – Raio interno (mm)
p – Pressão (Mpa)
T – Torque (N.m)
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4.3 Exercícios
1) Determine o torque que uma embreagem de disco seco de superfície dupla pode transmitir quando os diâmetros das
forrações externa e interna são de 120 mm e 70 mm, respectivamente, e a força axial aplicada é de 10 kN. Considere
condições de desgaste uniforme com um coeficiente de atrito μ = 0,4. Avalie se a pressão na forração é aceitável e
identifique quais materiais de forração seriam adequados.
2) Considerando os mesmos dados da questão anterior, calcule a pressão e torque no sistema considerando uma pressão
uniforme.
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3) Em uma embreagem de disco de superfície única utilizada para transmitir 100 N.m de torque a 750 rpm usando
forração moldada com uma pressão máxima de 1 MPa e μ = 0,25, considerando desgaste uniforme. Determine os
diâmetros externo e interno requeridos, considerando ri = 0,577.ro bem como a potência transmitida.
4) Considerando os mesmos dados da questão anterior, calcule os diâmetros interno e externo e a potência requerida para
o sistema considerando uma pressão uniforme.
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5) Determine o número de superfícies necessárias para uma embreagem de disco molhado transmitir 120 N.m de torque
a 1000 rpm utilizando forração sinterizada com uma máxima pressão de 1,8 MPa e μ = 0,06. Pressuponha desgaste
uniforme. Determine os diâmetros externo e interno necessários.
6) Considerando os mesmos dados da questão anterior, calcule os diâmetros interno e externo e o número de superfícies
de atrito para o sistema considerando uma pressão uniforme.
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4.4 Dimensionamento de freios de sapata curta
Freio de sapata curta se a distribuição da pressão ao longo da sapata é constante. Isto ocorre
quando a ângulo de contato "𝜃" entre a sapata e o tambor for suficientemente pequeno para que a
pressão de frenagem seja constante. Em termos práticos, são considerados freios de sapatas curtas,
aqueles cujo ângulo da sapata for "𝜃" ≤ 45º.
O mecanismo funciona de tal forma que sob a ação da força Fa a taxa de frenagem é recebida
no tambor em movimento e por meio da força de atrito o tambor em movimento é parado.
Figura 4.5 – Variáveis que interferem no sistema de frenagem com sapata curta
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Onde:
FN – Força normal (que atua entre no centro da sapata) [N]
Pmáx – Pressão máxima no sistema [Mpa]
r – Raio da roda [mm]
θ – Ângulo da sapata [º]
w – Largura da sapata [mm]
Calculada a variável “Fn” podemos prosseguir o cálculo para determinar a força a ser aplicada
na alavanca “Fa”, quando o sentido giro da roda for anti-horário e a força aplicada estiver a
esquerda da roda, conforme segue:
𝐹 . 𝑏 𝜇 𝑟 𝑒
𝐹 Eq. (4.8)
𝑎
e quando o sentido giro da roda for horário e a força aplicada estiver a esquerda da roda,
conforme segue:
𝐹 . 𝑏 𝜇 𝑟 𝑒
𝐹 Eq. (4.9)
𝑎
Onde:
Fa – Força aplicada na alavanca [N]
FN – Força normal (que atua entre no centro da sapata) [N]
b – Distância entre o centro da sapata e centro do pivô no eixo “x” [mm]
μ – Coeficiente de atrito [adimensional]
e – Distância entre o centro da roda e centro do pivô no eixo “y” [mm]
a – Distância entre o centro de aplicação da carga e centro do pivô no eixo “x” [mm]
r – Raio da roda [mm]
𝑇 𝜇. 𝐹 . 𝑟 Eq. (4.10)
Onde:
FN – Força normal (que atua entre no centro da sapata) [N]
μ – Coeficiente de atrito [adimensional]
r – Raio da roda [mm]
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4.5 Exercícios freios
1) O freio de sapata única mostrado na figura abaixo, possui as seguintes características: a = 100
mm, b = 70 mm, e = 20, r = 30, w = 50 mm, θ = 35°, Pmax = 1,3 Mpa, μ = 0,3. Com base nestas
informações determine a força normal (Fn), a capacidade de torque (T), e a força aplicada na
alavanca (Fa).
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