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Título do
PROJETO E CONSTRUÇÃO DE UM ABRASÔMETRO TIPO PINO-TAMBOR
Plano de Trabalho:
E-mail: bruno.braganca@ifes.edu.br
Tel./Cel.: ------------
Nome do estudante Dayane Cussiol Monfardim
(bolsista ou voluntário):
E-mail: --------------
Tel./Cel.: --------------
Data: 31/07/2019
RELATÓRIO FINAL DE PLANO DE TRABALHO DO
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – IFES
1. Introdução e Justificativa
Em muitos mecanismos, tanto naturais quanto artificiais, o movimento entre duas superfícies sólidas
mantidas em contato é fundamentalmente importante para o seu funcionamento (Hutchings e
Shipway, 2017).
Atualmente, existem muitos estudos voltados às aplicações industriais de materiais e revestimentos
resistentes ao desgaste (Bressan et al., 2001).
Nas peças de máquinas e ferramentas, o desgaste tem influência direta na produtividade, eficiência,
confiabilidade e qualidade de equipamentos e produtos fabricados (Bressan et al., 2001). Em muitos
casos, a perda de quantidades relativamente pequenas de material por desgaste, pode ser suficiente
para provocar a falha completa de grandes máquinas (Hutchings e Shipway, 2017).
Dentre os meios de desgaste, o desgaste abrasivo pode ser estudado por investigações
experimentais, que através de dados gerais, indicam uma correlação entre as propriedades de um
material e seu desempenho (Khruschov, 1974).
Um dos dispositivos utilizados para analisar e caracterizar sistemas tribológicos, são os tribômetros.
Dentre suas variações, existe o pino-tambor que é um equipamento responsável pela caracterização
da resistência à abrasão de borrachas e é padronizado pela American Society For Testing And
Materials (ASTM) através da Norma ASTM D5963 - 04 (revisada em 2015) (ASTM, 2015).
Este equipamento funciona por meio de um motor elétrico que é responsável por realizar o
acionamento do tambor rotativo e do movimento translacional do suporte do corpo de provas. Tendo
em vista que a Norma ASTM D5963 estabelece a rotação do tambor rotativo, faz-se necessário
atingir este valor por meio de um sistema de transmissão.
Para se executar o projeto do sistema de transmissão, faz-se necessário determinar qual o melhor
meio de transmissão de velocidade que atende a requisitos de projeto. Também é fundamental
executar o dimensionamento dos eixos, realizando análise de falha e deflexão para prevenir falhas,
bem como definir os elementos de apoio que devem ser utilizados no projeto, dando forma as peças
por meio de modelagem tridimensional através do software de modelagem 3D SolidWorks.
2. Objetivos
3. Materiais e métodos
rotação igual a 40 ± 1 rpm. Com relação ao porta amostras, este deve girar à razão de 1 volta por
cada 50 rotações do tambor cilíndrico, além de definir uma força de 10,0 ± 0,2 N contra a lixa
abrasiva, aplicada pelo braço rotativo e o suporte. E para distância de deslizamento, é necessário que
esta seja de 40 ± 0,2 m, correspondendo a cerca de 84 rotações do tambor.
O motor elétrico foi definido de modo que garanta o torque essencial para acionar o tambor e realizar
o movimento translacional do suporte do corpo de prova. Assim sendo, escolheu-se um motor elétrico
da empresa Weg da linha de produtos Comerciais e Residenciais – Steel Motor – Trifásicos.
Dentre as características do motor, destaca-se que possui potência de 0,75 hp (0,56 kW), frequência
de 60 Hz, rotação nominal de 1130 rpm e alimentação nominal 220/380 V.
Com relação ao tambor vazado, este é de placa de alumínio com espessura de 5 mm, que possui
densidade de 2700 kg/m³. Quanto as suas dimensões, considerou-se o diâmetro e velocidade
estipulados pela norma de 150 mm e 40 rpm, respectivamente, e foi admitido que seu comprimento é
de 490 mm, respeitando o comprimento aproximado apresentado pela Norma ASTM D5963.
A relação de transmissão é dada por:
(1)
Tendo em vista que a relação de transmissão para executar uma redução direta do motor elétrico
para o tambor corresponde a 28,25, acarretando em um sistema de redução muito robusto,
empregou-se a redução indireta.
Sendo assim, o projeto do sistema de transmissão se deu, a priori, por correias em “V” da Gates Hi-
Power II, uma vez que possuem um alto rendimento, custo reduzido e também porque foi realizada
uma redução inicial com relação de transmissão menor que 8, para alcançar uma velocidade de 520
rpm, estabelecida pelo projetista, para posteriormente executar a redução do eixo do motor, do eixo
do porta amostras e do suporte do corpo de provas por meio da transmissão por engrenagens por
meio de parafuso sem fim.
O dimensionamento da transmissão por correia em “V”, bem como o da transmissão por coroa e
parafuso sem fim, foi baseados no equacionamento apresentado por Melconian (2012).
O diâmetro da polia movida, no cálculo da transmissão por correia em “V” é dado por:
(2)
(3)
(4)
(5)
Após definir todas as principais características, bem como os cálculos dimensionais para projeto do
sistema de transmissão, para apresentar os resultados, utilizou-se o software SolidWorks, que é uma
ferramenta de modelagem de projetos em 3D, para desenvolver o projeto do sistema de transmissão
do equipamento abrasômetro.
4. Resultados e discussões
Fonte: autora.
Sendo o eixo calculado conforme Equação 5, o diâmetro na coroa e no Mancal B são de aproximados
18 mm e no Mancal A de aproximadamente 19 mm.
5. Conclusão
Com o auxílio do software de modelagem 3D SolidWorks, apresenta-se na Figura 2, uma visão geral
do projeto do grupo de acionamento do equipamento abrasômetro.
Fonte: autora.
De modo a apresentar mais detalhes, a Figura 3 expõe as partes que compõem o grupo de
acionamento separadamente, ou seja, por meio da Figura 3 (a) observa-se a modelagem 3D da
redução por correia, na Figura 3 (b) a modelagem 3D das reduções por coroa e sem fim que ocorrem
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tanto no eixo do motor, quanto no eixo do suporte do corpo de prova e a Figura 3 (c), exibe o conjunto
engrenagem cremalheira, responsável pelo movimento translacional do suporte do corpo de prova.
Figura 3 - Grupo de acionamento do equipamento abrasômetro: (a) redução por correia; (b) redução
coroa e sem fim; (c) conjunto engrenagem cremalheira
(a) (b)
(c)
Fonte: autora.
Fonte: autora.
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6. Cronograma do Projeto
Atividade / Mês ago. set. out. nov. dez. jan. fev. mar. abr. mai. jun. jul. ago.
e ano 2018 2018 2018 2018 2018 2019 2019 2019 2019 2019 2019 2019 2019
Revisão
X X X X X X
bibliográfica
Dimensionamento X X X X X
Listagem dos
X X X
resultados
Projeto com
X X
SolidWorks
Conclusão e
X X X
revisão final
Apresentação X
8. Referências
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. D5963 - 04 (reaprovada 2015): Standard
Test Method for Rubber Property - Abrasion Resistance (Rotary Drum Abrader). United States, 2015.
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<http://www.casadosposicionadores.com.br/produtos/engrenagens_varias.pdf>. Acesso em: 5 nov.
2018.
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Nov. 2018 <https://goo.gl/RvnJ3B>.
BUDYNAS, RICHARD G; NISBETT, J. KEITH. Elementos de máquinas de Shigley. 10ª Ed. Porto
Alegre: AMGH, 2016.
CHATTOPADHYAY, RAMNARAYAN. Surface wear: analysis, treatment, and prevention. United
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CUNHA, LAMARTINE BEZERRA DA. Elementos de máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
CZICHOS, HORST AND HABIG, KARL-HEINZ. Tribologie-Handbuch: Tribometrie, Tribomaterialien,
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Acesso em: 21 set. 2018.
GAHR, KARL-HEINZ ZUM. Microstructure and wear of materials. New York: Elsevier, 1987. 10 Sep.
2018 <https://goo.gl/Wg2eSy>.
HUTCHINGS, IAN M. Tribology: friction and wear of engineering materials. London: Arnold, 1992.
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HUTCHINGS, IAN AND SHIPWAY, PHILIP. Tribology: friction and wear of engineering materials. 2
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<https://goo.gl/8myutd>.
KHRUSCHOV, M. M. Principles of abrasive wear. Wear, v. 28, n. 1, p. 69-88, 1974. 10 Sep. 2018
<https://goo.gl/bttz9o>.
MELCONIAN, SARKIS. Elementos de máquinas. 9 ed. São Paulo: Érica, 2012.
NIEMANN, GUSTAV. Elementos de máquinas. Volume dois. São Paulo: Edgard Blücher, 1971.
NIEMANN, GUSTAV. Elementos de máquinas. Volume três. São Paulo: Edgard Blücher, 1971.
NORTON, ROBERT L. Projeto de máquinas: uma abordagem integrada. 4ª Ed. Porto Alegre:
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ROSSI, 1981. Máquinas-herramientas modernas. Volume um. Espanha: Editorial Dossat, 1981.
STACHOWIAK, GWIDON W., BATCHELOR, ANDREW W. AND STACHOWIAK, GRAZYNA B.
Experimental methods in tribology. 1ª ed. Amsterdam, Holanda: ELSEVIER B. V., 2004.
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ANEXO I
PARECER
Durante o desenvolvimento deste plano de trabalho a aluna encontrou dificuldades conceituais em
virtude de ainda não ter feito a disciplina de Tribologia. A mesma começou a cursar a disciplina em
2018/2, quando o plano de trabalho já havia começado. Pode-se perceber, a partir do cronograma,
que os primeiros 6 meses do projeto foram de dedicação quase integral ao estudo bibliográfico.
Dessa maneira, a aluna conseguiu dedicar-se apenas ao projeto do equipamento, não dando tempo
de construí-lo.
Ao longo do projeto a aluna desenvolveu os conhecimentos em: (1) Resistência dos Materiais, (2)
Seleção de Materiais, (3) Elementos de Máquinas, (4) Mecanismos, (5) Tribologia e (6) Metodologia
da Pesquisa.
Em relação a metodologia da pesquisa a aluna encontrou dificuldades na separação dos tópicos e em
seguir uma sequência lógica de raciocínio durante a escrita do relatório.
Apesar disso, a aluna demonstrou sempre boa vontade e iniciativa durante todo o projeto.
Sendo assim, avalio a aluna Dayane Cussiol Monfardim com 70% de atendimento às expectativas.
ANEXO II