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ESTUDOS
ELEMENTOS DE RESUMO
Na conversão da linguagem natural para a
LINGÜÍSTICA PARA linguagem documentária, intervém vários fenômenos
lingüfsticos. Para um estudo conceitual desses
ESTUDOS DE INDEXAQÃO fenômenos, procedeu-se a uma seleção de tópicos:
processo de leitura e problemas relativos à semântica
e à sintaxe.
A operação denominada indexação é definida como a leitura do documento e essa leitura tanto pode ser
tradução de um documento em termos processada por cérebro humano, quanto por
documentários, isto é, em descritores, cabeçalhos de máquina.
assunto, termos-chave, que têm por função expressar
o conteúdo do documento. A indexação assim Sabe-se que os custos da indexação automática ainda
definida é, pois; uma "tradução lexical" das unidades tornam o processo quase inviável. Freqüentemente
lexicaisda I(ngua em que está escrito o documento,
para unidades lexicais de uma linguagem
documentária. Em geral, as linguagens documentárias
o documento é lido por cérebro humano, processado
e só então entra em máquina. .
possuem uma gramática que corresponde a um Dada a rapidez com que um documento deve ser
conjunto de regras ou instruções (relações booleanas, processado, não é admiss(vel leitura lenta, nem
indicadores de funções, etc.) e a indexação se faz mesmo do documento integral. Muitas vezes o
levando em conta essas regras que expressam laços indexador limita-se ao trtulo, ao resumo e aos
sintáticos e semânticos entre os termos. parágrafos iniciais e finais do documento, na
suposição de que essas partes contenham as
Essas considerações evidenciam alguns aspectos da informações básicas para a sua "tradução" em termos
Lingü(stica Geral que merecem ser tratados num documentários.
trabalho de lingü(stica aplicada à indexação.
Seja numa leitura parcial, seja numa leitura global do
i: comumente admitido o interesse da Lingü(stica texto, o fato é que há um trabalho de identificação
como área de apoio aos trabalhos de documentação, de descritores ou palavras-chave que representem
de modo especial aos procedimentos de indexação. o documento.
Entretanto, não costuma ser claro o recorte que se
deve fazer na teoria, a fim de atender ao interesse Sabe-se, por pesquisas já realizadas* ,que a leitura
documentário. proficiente não se processa palavra por palavra,
mas como um todo reconhecido instantaneamente,
Nossa preocupação nesse trabalho é tentar, seja a n(vel de palavras, seja a n(vel de blocos ou
didaticamente, localizar, dentro do âmbito da segmentos maiores de informação.
lingü(stica Geral, aspectos auxiliares à indexação
em I(ngua portuguesa.
1 - lEITURA DO DOCUMENTO
KATO (1982) refere-se a pesquisas nesta área e amplia
Todo e qualquer trabalho de indexação supõe uma a análise a partir de Smith (1978).
~
....
-
hierárquicos. A leitura integral do texto foi logo substitu ida
por leituras parciais, especialmente das partes tidas como - o leitor já interpretou o bloco anteriormente,
relevantes: introdução e conclusão. A busca dos termos quando a unidade apareceu pela primeira vez;
representativos se consubstanciou na organização de unidades
selecionadas para a elaboração de resumos do tipo indicativo - o conteúdo semântico da unidade estava no
e do tipo informativo. O procedimento de leitura não variou
para um ou outro tipo, o que se explica pelo fato de o "estado de consciência" do leitor e a primeira
resumo indicativo corresponder à topicalização do texto, ocorrência promoveu a interpretação.
podendo os mesmos tópicos serem colocados em linguagem
concatenada no resumo informativo. Em qualquer das duas situações há a intervenção do
"
que Kato 1 chama de memória rasa: dá conta de algo organização de seus termos e regras em sistema
já introduzido no texto e que mantém, dentro dele, próprio.
o "status" de informação velha.
No conjunto das linguagens, a linguagem
A atuação das três memórias justifica, a nosso ver, documentária decorre das dificuldades que a
a especialização de indexadores por áreas de assuntos, linguagem natural oferece para operar com a
não só por questões ligadas à rapidez do processo, descrição de documentos. De modo especial são
como também por aquelas que marcam a sua entraves a polissemia, a sinon(mia, a homon(mia,
eficiência. a antonímia, os modos e expressões de relações
complexas.
Logo a leitura por cérebro humano será tanto melhor
quando maior for o número de unidades de De fato, a linguagem verbal possui um caráter muito
informação que possam ser processadas pela memória peculiar e complexo, enquanto que para uma
permanente do leitor. estratégia de busca, todo o esforço é feito no sentido
de representar o documento através de processos
lógicos, nem sempre encontrados na linguagem
natural.
2 - CONCEITOSGERAIS
2.1 Linguageme Ungua Sob vários ângulos pode ser observada uma I(ngua.
Da( surgirem diferentes disciplinas Lingü(sticas,
Embora os problemas de tradução do inglês e mesmo dentre as quais destacamos as que decorrem dos três
do francês cheguem, por vezes a dificultar a distinção componentes básicos que integram uma dada I(ngua:
entre linguagem e I(ngua, em português podemos a fonologia, a sintaxe e a semântica.
dispor de significados bastante distintos para esses
termos. Para estudos de indexação importam de modo
especial a semântica, disciplina que se ocupa do
Enquanto linguagem nomeia uma faculdade natural, sentido ou da significação dos elementos * , a sintaxe,
Ifngua refere-se a um caso particular de linguagem. disciplina que se ocupa das relações que se
estabelecem a partir da organização sintagmáti~a dos
A linguagem é uma representação simbólica que
elementos e, de certo modo, a morfologia que,
expressa uma função psico-social complexa.
Corresponde a uma manifestação intelectual e sintetizando parcialmente aspectos da semântica e da
multiforme dos seres, que recobre inúmeras formas de sintaxe, se encarrega da identificação das partes
significar: linguagem verbal (oral e escrita), a pictórica, da palavra e de suas condições de ocorrência.
a musical, a cinética, a mímica, a documentária etc.
A linguagem verbal, embora seja um caso particular, 2.2 "Langue" e "parole"
constitui, na verdade um sistema de signos de
espectro tão amplo, que todos os outros sistemas Considerando que a I(ngua é em si um sistema uno,
de linguagem podem se repassar de I(ngua. DaI. a observação particular de suas partes e dos elementos
porque, freqüentemente, o termo linguagem seja que a organizam, constitui um esforço metodológico
usado por I(ngua, ou a expressão linguagem natural, em busca de aprofundamento do todo.
que normalmente se opõe a linguagem artificial ou
controlada, seja usada também em lugar de linguagem A análise dos dados concretos, dadas as variações
verbal. individuais, levaria a uma dispersão tal que
dificilmente se chegaria a conferir à I(ngua o atributo
Antes de falar tal ou quall(ngua, o homem é um de objeto de uma ciência - a Lingüística, como se
ser apto para estabelecer relações e é essa natureza procedeu a partir da publicação póstuma do Cours
relacional que está na base da linguagem, de Linguistique Générale de Ferdinand de Saussure,
concretização da sua capacidade lógico-simbólica. em 1916. Basta observar as variações de sons entre
pessoas e até numa mesma pessoa, as possibilidades
A linguagem é, pois, um sistema, uma organização de escolha lexical e as diversas atribuições de sentido
relacional, onde cada elemento existe, na medida que se pode dar às palavras.
mesma em que se relaciona a outro ou a outros do
mesmo conjunto. A linguagem documentá ria é pois
A Lexicologia está sendo tomada como disciplina que
linguagem, exatamente porque concretiza a recobre parte da semântica e da sintaxe, já que trata da
capacidade simbólica do homem, através da natureza e organizaça'o do vocabulário de uma língua.
De fato, a Lingüística busca traços invariantes que Esta velha discussãO que se originou na Grécia antiga,
permitam estabelecer modelos. E a oposição levou os lingüistas a admitirem que o atributo de
Saussureana "Iangue/parole" persegue essa análise arbitrária para a associação de um conceito a um
de invariantes. significante, no mínimo não seria adequada, uma vez
que ela era fruto de um conhecimento coletivo,
"Langue", objeto específico da Lingüística, é a numa dada língua. Seria, pois, mais apropriado dizer
abstração que sustenta o processo de comunicação que trata-se de uma relação imotivada, já que se
humana através de signos verbais, isto é, sinais que, estabelece sob a forma de um contrato social que
partilhando do sistema, se submetem a um conjunto não pode ser arbitrariamente alterado pelo indivíduo.
de regras (fonológicas, morfológicas, sintáticas e Assim, o signo lingüístico é arbitrário a priori, mas
semânticas) que tornam, até certo ponto, indiferente não a posteriori.
a matéria dos sinais utilizados.
À primeira vista, esse princípio poderia levar a pensar
Já a "parole" diz respeito à realização concreta, na possibilidade de fixação da relação imotivada entre
aos enunciados produzidos, às manifestações significado e significante, numa dada língua.
individuais, nas quais ficam evidenciadas, inclusive, Entretanto, tendo o signo uma existência apenas
as expressões de criatividade do falante. relacional e decorrendo o significado de dupla
relação: significante/significado e signo/contexto,.é a
2.3 Signo lingiHstico própria imotivação que explica toda a gama de
significados para uma mesma seqüência de unidades
Numa tentativa de síntese do fenômeno língua, do significante, nascendo daI', basicamente, a
podemos dizer que os atos concretos da fala polissemia e a sinonímia.
demonstram que a linguagem verbal consiste num
conjunto de signos verbais que se organizam Nas linguagens documentárias, os signos são também
conforme regras combinatórias. arbitrários a priori, na medida em que são utilizados
significados da linguagem verbal e fixados, ou
o signo lingüístico, na concepção saussureana é arbitrados seus significados no sistema construído.
entidade da "Iangue", constituído de um conceito
(significado) e uma imagem acústica (significante). O princípio da linearidade do significante
O conceito é coisa psíquica, abstrata, a imagem manifesta-se na realização temporal do signo
acústica é marca psíquica do som (não é o som lingüístico. A observação nos mostra que um signo
material). lingüístico qualquer, ao ser expresso, exige uma
seqüência linear de produção que se efetua no tempo
Na concepção saussureana, dois princípios básicos pela realização em língua oral de um som após o
ao nível do signo orientam a organização das outro e em língua escrita, da esquerda para a direita,
Irnguas; o da arbitrariedade do signo e o do caráter letra a letra.
linear do significante.
Nas linguagens documentárias, o princípio da
A chamada arbitrariedade do signo responde, como linearidade é mantido, até porque elas se valem,
veremos rapidamente, por problemas semânticos basicamente, de signos verbais que se transformam
a nívellexical como a polissemia, a sinonímia, as em signos documentários.
relações textuais, por oposição à fixação dos
significados nas linguagens documentárias.
2.4 Léxico, vocabulário, palavra e termo
O princípio da arbitrariedade, na sua formulação
inicial, defendia que a seleção dos sons que compõem Sendo ° signo unidade da "Iangue", julgaram os
um signo não é imposta por nenhum traço do sentido, lingüístas mais adequado analisar essa mesma unidade
isto é, o sentido de árvore, por exemplo, não nos é em diferentes planos de ocorrência. Desta forma, o
imposto pela forma/árvore/. signo é, num nível mais abstrato de consideração,
a unidade disponível no sistema e na própria ~
tem-se um vocábulo. O vocabulário, então, pode ser Essa conceituação, de fato, autoriza o uso desse
analisado quantitativa e qualitativamente, enquanto elemento como unidade do vocabulário especifico
ato realizado. das linguagens documentárias, ao mesmo tempo
em que mostra a sua fragilidade para o uso
Palavra, por sua vez, é unidade de ditlcil especializado da Lingüistica.
conceituação, embora largamente usada na linguagem
comum e por isso mesmo detentora de um significado
ligado à organização gráfica da IIngua. 3 - LINGUAGEM NATURAL E LINGUAGEM
DOCUMENTÁRIA: SEMELHANÇA E
Pottier3 considera "palavra" a unidade formal, DIFERENÇAS
composta de morfemas e definida no quadro de uma
lingua determinada. Outros autores tomam palavra Observando as linguagens documentárias (LD) e o
como unidade de texto. comportamento das lI'nguas - linguagem natural
(LN) - evidencia-se um aspecto de semelhança
De qualquer forma, o que se observa é que, na entre elas: as LD trabalham com descritores e
prática, lidamos com palavra e no trabalho de termos-chave que são entidades bastante
indexação, de modo especial, em que se opera com semelhantes aos lexemas da LN, na medida em
língua escrita, o termo "palavra" é largamente usado. que nos sistemas dos quais fazem parte,
correspondem a unidades portadoras de forma e
Para a organização de vocabulários, concorrem dois significado.
tipos de unidades: as que contêm o significado lexical,
ou seja, aquelas que expressam o "suporte de Ao nivel formal, podemos analisar os descritores em
conceito" do mundo bio-social, e as que contêm termos de:
signifiçado gramatical, por isso mesmo denominadas
"indicadores de função". Essas unidades, a. sintagmas de simbolos notacionais (números,
respectivamente nomeadas morfema lexical e letras, pontuação, marcas) isto é, unidades resultantes
modema gramatical, tanto podem coincidir com da combinação de formas menores em unidades de
palavras da Iíngua, quanto com unidades morfológicas n(vel superior. Ex.: leit - eira ~ leiteira; o, vestido,
minimas, como mostram os exemplos: verde, de, Lúcia ~ O vestido verde de Lúcia. ..
10
Ci. Inf., Bras(lia, 12 (1): 5-22,1983.
r----
Nas linguagens de mdexação, no entanto, os signos devem ser reduzidos ao máximo, em função da
em geral, recortam o âmbito significativo dos termos fixação dos significados.
de uma língua particular, fixando significados, de
forma a anular a arbitrariedade do signo lingüístico. 4.2 Homonímia
São significados fixos, que por isso mesmo não
permitem a conotação. Corresponde a homonímia à igualdade entre
significantes de significados diferentes. É, pois,
Desta forma, os signos, documentários, por sua o estudo das formas que apenas se diferenciam
natureza mais estática, exigem do indexador um pela significação ou função, já que a estrutura
trabalho de percepção do universo onde atua, para fonológica é a mesma.
que não só a tradução do documento em termos
da linguagem documentá ria se faça com fidelidade, A homonímia pode ser:
mas para que essa tradução tenha um forte poder
de partilha na comunidade à qual o documento - total, como em fiar que tanto significa "tecer",
se destina. quanto "confiar";
A redução dos significados, por ser uma operação - parcial, como em coser e cozer.
de corte num universo praticamente ilimitado,
poderá se valer de alguns conceitos correntes em É poss(vel a um mesmo grupo de formas
linguagem natural. Dentre eles selecionamos a apresentar homon(mia total e parcial. Exemplo:
polissem ia, a homon(mia, a sinonímia e a era = "época" e "1 !'Ie JéI. pessoas do singular do
antonímia. pretérito imperfeito do indicativo de ser; hera =
"planta".
4.1 Polissemia
Nas linguagens de indexação, o homônimo parcial
A polissemia é o nome dado à plural idade de sentidos não gera nenhuma dificuldade, pois elas lidam
de uma mesma forma. Estuda as várias significações com I(ngua escrita e então a homon(mia se desfaz.
da significação lingüística, significações essas que Já a homonímia total pode representar alguma ..
se definem e precisam num determinado contexto. dificuldade, contornada, provavelmente, pela escolha
Só o contexto poderá precisar se a palavra paixão, de sinônimo de maior poder de recuperação.
por exemplo, se refere a "sofrimento", a "sentimento
imoderado", a "amor violento", a "falta de No caso de documentos especializados, é pouco
objetividade no julgar" etc. provável a presença de homônimos totais, pois o
recorte significativo da área dificulta a possibilidade
A polissemia pode se dar por: de duplo significado.
- restrição, como, por exemplo, abrir (do latim A utilização do sinônimo é, provavelmente, uma
aperire) nos deu a palavra aperitivo, que por sua vez dificuldade mais séria para as linguagens de
corresponde a dois termos restritos a dois indexação. Basta observar que em lI'ngua portuguesa,
significados: "purgativo" na linguagem médica e nossos padrões estéticos não permitem, mesmo em
"beberete" na linguagem comum. linguagem científica, a constante repetição de um
mesmo termo. Isso gera no documento a presença
~ da mesma idéia convertida em várias seqüências
Enquanto na linguagem natural os mecanismos diferentes, isto é, em formas sinônimas. A escolha
polissêmicos são promotores de larga margem de de uma destas formas torna, por vezes, muito
rriatividade, nas linguagens documentá rias eles complexa a situação do indexador, que acaba tendo
Nesses casos ocorre homossemia total, uma vez que Para o trabalho de indexação, o que nos parece claro
as formas manifestam absoluta identidade de é que uma análise componencial dos termos tornaria
significado. inviável o processo que exige eficiência num curto
espaço de tempo. Desta forma, entendemos que a
b. entre formas variadas para substância semântica compreensão da problemática do significado, ao
bastante semelhante: nível da "palavra", oferece ao indexador muito mais
a dimensão do problema, que a solução operacional.
O trabalho de indexação corre por conta da seleção
Ex.: faz dois dias/antes de ontem de palavras-chave num processo em que uma
fazer um erro/enganar-se linguagem controlada se associa à intuição do
Pedro vende vinho/O vinho é vendido por Pedro indexador.
c. entre forma especializada ou de uso corrente, O vocabulário técnico é, com certeza, o que exige
conforme a região geográfica, a época, o nível social, maior precisão, o que apresenta o fator emocional
o uso técnico, a faixa etária, etc. do emissor em estado mais próximo ao "neutro".
Por outro lado, há quem defenda a existência do De fato no âmbito da linguagem natural, as linguagens
sinônimo, respeitada a condição de que, ao nível do especializadas ou científicas apresentam como
sentido objetivo, seja possível obter uma peculiaridade a existência de um vocabulário próprio
representação diferente para o mesmo significado. que se caracteriza pela maior precisão de seus termos,
já que a expressão técnica ou especializada é centrada
Ex.: pediatra e médico de criança na função referencial da linguagem.
Eu chegarei após sua partida e Você partirá
antes de minha chegada. Em geral a palavra, neste uso, tem um significado
unívoco, daí podermos nos referir a ela como
Em termos de comunicação, não há prejuízo nem monovalente.
ganho com essas trocas. Com efeito, hoje, pediatra
é termo de domínio comum; a mudança do tópico No entanto é preciso considerar que mesmo no
nos dois enunciados dá a mesma informação objetiva. vocabulário técnico ocorrem áreas de imprecisão.
Como exemplo pode ser citado o espectro das cores,
Em síntese, e de um ponto de vista estrutural, o que onde temos matizes com limites absolutamente
se observa numa análise semântica ao nível lexical fluídos: cinza/cinza claro/cinza escuro/cinza chumbo;
é que: verde/verde claro/verde escuro/verde musgo/verde
água.
- cada signo lingüístico se opõe a todos os outros
da II'ngua; Freqüentemente, nas linguagens técnicas, as palavras,
por serem monovalentes, provocam uma
- todo signo está inscrito numa rede semântica e os hermetização, só rompida por processos de
trechos mais compactos formam famílias semânticas; vulgarização, especialmente hoje, através dos meios
de comunicação de massa (Ex.: acoplamento, 0.1.),
- só o contexto permite dominar e precisar o pois há natural tendência para perder a monovalência.
significado de um signo lingüístico; ~ o campo da imprecisão que se instaura.
Como se observa, um mesmo termo pode, numa dada Na concepção mais tradicional, à gramática cabe o
categoria, ter capacidade referencial tal, que recobre estudo das relações sintagmáticas e associativas, por
outros. ~ o caso de documento que pode recobrir o isso mesmo os estudos de Morfologia (forma) não se
conjunto dos objetos com significado mais objetivo separam dos da Sintaxe (funções).
que acervo.
À Sintaxe, especificamente, compete estudar a
De outra parte, há elementos que podem participar
combinatória de unidades da I(ngua que permite,
de mais de uma categoria, como os referentes de
partindo de unidades menores, construir unidades
"lugar onde se colocam os documentos", ou algo
maiores. Assim, defonemas se constroem morfemas,
relativo a eles: arquivo, estante, fichário, que tanto
podem ser focalizados como "objetos", quanto como de morfemas, vocábulos, de vocábulos, sintagmas
"elementos do acervo". e, por fim, de sintagmas se constroem frases.
concepção predominantenos trabalhos de descrição as unidades de um nível superior. Ex.: Idl e lei -* de;
era a de que "descrever é conhecer alguma coisa (a) e (casa) -* a casa; (a casa) e (é grande) -* a casa
pelosseus acidentes, ou marcas". é grande. '
A conseqüência disso é que toda análise sintática As classes, então, são ordenadas a partir de CI
européiatrabalhou menos na busca da essência idênticos, ou seja, a partir da distribuição dos
universaldos fenômenos, na medida em que ficou, elementos nos diversos níveis. Ex.: (Detj a e (Subs.)
de preferência, em fenômenos individualizados, casa se distribuem numa certa ordem no Sintagma
naquiloque distingue uma coisa de outra. Nominal (SN); a (Det) I a (Pron) porque o primeiro
ocorre no SN e o segundo no SV (Sintagma Verbal).
NosEstados Unidos, a preocupação foi com a
identificação de principios, de regularidades Também em função do Det. a observa-se que a e o
subjacentes aos atos de fala e como conseqüência, determinam duas classes de morfemas nominais, que
buscou a Lingüistica americana traços pertinentes se distribuem completamente: o menino/a menina".
que, ultrapassando o nivel dos individuos,
atingissempragmaticamente, a todos os falantes, No sentido de obter um método mais econômico para
ao sistema enfim. a organização das classes, o distribucionalismo se vale
da comutação que permite dizer, por exemplo, que
dois fonemas são diferentes, na medida em que, pela
troca dessas unidades entre si, são formadas, num
7.1 Análise Distribucional
segundo nível, unidades significativas diferentes.
Ex. : I I I e I m I
Teoria sistematizada na década de 30, dominou a l-ar l-ata
Lingüística americana até pouco mais de 1950. m-ar m-ata
Tendo por base a teoria psicológica behaviorista, Esse processo permite, ao nivel dos morfemas e dos
tomam os distribucionalistas o ato de fala como sintagmas, organizar as classes de Det. definidas pelas
um tipo especial de comportamento. A estrutura possiveis combinações com os nomes do mesmó
da lingua corresponde a uma arquitetura, onde os tipo. Ex.:
elementos existem em estado de interdependência. a casa era o popular Geraldo Boi
esta casa era o Geraldo
Disso decorre a possibilidade da linguagem a partir aquela casa era Geraldo BOI
de situações concretas. certa casa era Geraldo
mesma casa
Então o estudo de uma Iingua tem de ser feito alguma casa era o grande mentecapto
tomando-se um corpus, isto é, um conjunto de
enunciados homogêneos, efetivamente emitidos, A substituição pode se dar entre seqüências. Ex.:
que independentemente da sua significação o vaso quebrou.
evidenciam as regularidades da Iingua (as próprias o vaso de porcelana chinesa quebrou.
regras) num dado momento. o carro de minha filha quebrou.
o avião do presidente quebrou.
A análise, basicamente, sincrônica, realiza-se pela
exclusão da função, da significação e da situação. Pode-se observar também que, pelos exemplos,
A única noção levada em conta é a de contexto linear, determina-se uma classe de nomes femininos que
por isso importa conhecer num enunciado, quais aceita combinar com o~ Det. A distribuição de um
unidades seguem ou procedem um dado elemento. elemento é, pois, a soma de todos os seus contextos.
Logo, O'contexto é toda a série dos co-ocorrentes de Basicamente se organizam dois tipos de classes:
um dado elemento. E a distribuição de uma unidade
se define pelo conjunto de contextos em que ela a. as sintagmáticas, que correspondem à seqüência
é encontrada no corpus. linear, horizontal. Ex.: um elemento qualquer A é
definido pela sua relação na cadeia falada com
A segmentação do enunciado faz a sua decomposição elementos do tipo X e Y: a casa amarela
em unidades sucessivas menores, do que nasce a casa a amarela
noção de constituintes imediatos (CI), ou seja, de
ur idades de um nivel inferior é que são organizadas b. as paradigmáticas, que correspondem aos
segmentos possíveis num mesmo contexto. Assim verbQs permite sua subdivisãO em transitivos e
A e B fazem parte da mesma classe, se forem intransitivos,.de acordo com a sua distribuição.
encontráveis no mesmo contexto. Ex.:
a casa amarela O mérito da Lingüística Estrutural, aqui representada
a pata amarela pela análise distribucional, pode ser resumido no fato
a rosa amarela de ter:
Esse método não exclui certas manifestações - ampliado o conhecimento das estruturas
sintáticas do tipo: Pedro vende vinho/ O vinho é lingüísticas;
vendido por Pedro. Neste caso, a distribuição dos
mesmos segmentos conduz a uma aproximação dos - aperfeiçoado as técnicas de coleta de dados;
dois enunciados, de sorte a se poder estabelecer um
paralelismo sistemático. O fato da forma passiva ser - demonstrado a possibilidade de generalização. de
menos freqüente que a ativa, leva o lingüista a determinadas estruturas.
considerá-Ia como transformação desta. Logo, o
próprio conceito de transformação é tirado da 7.2 Sintaxe Transformacional
distribuição.
Na década de 50, o modelo estrutural parecia esgotado
Além do contexto imediato, a análise distribucional para a Lingüística americana. E isso ocorreu porque,
leva em conta as co-ocorrências. Ex.: um SN sujeito na medida em que se buscou construir uma
plural implica em verbo plural. Portanto há gramática expll'cita, capaz de dar conta do
co-ocorrência das marcas de plural. funcionamento global da linguagem, não foi mais
possível isolar a parte semântica da formal.
Ao nível da comunicação essas marcas de
co-ocorrência exercem forte poder de tornar a Os métodos estruturais, excessivamente presos a
informação possível, pois como traços redundantes uma visão positivista de só operar com dados, não
que são, minimizam ruídos na transmissão e até permitia a formulação de questões perturbad~ras,
mesmo esquecimentos gerados pelas distâncias na como as que se faziam sobre a criatividade da
cadeia expressiva. linguagem.
de toda a análise lingüística que, contrariamente c. nem que suas manifestações sobre o conhecimento
às posições anteriores, passa a se ocupar, intuitivo qu~ ele tem da língua tenham de ser exatas.
prioritariamente com a conexão
linguagem-pensamento. Segundo Chomsky (1975)9 Isso porque a gramática gerativa trata de processos
tanto na percepção, quanto na aprendizagem, não se mentais que vão além do nível de consciência
pode desconsiderar o pensamento que desempenha efetiva.
papel ativo na determinação da natureza do
conhecimento adquirido. o falante sabe que "O governador eleito foi
empossado" está correto e que não o está
A observação do fato de que o falante de determinada "o governador foi empossado eleito". Também é essa
Ii'nguaconhece essa Iíngua, levou Chomsky a admitir capacidade que permite perceber a ambigüidade de
que a experiência contínua e apropriada do indivíduo "Bateu no cachorro de seu pai", ou a "equivalência
desenvolve nele uma gramática inata de sua língua. de:
~ essesistema de regras que permite ao falante
construir enunciados com propriedades formais e Ao terminar as apurações o juiz anunciou os
semânticas e é esse mesmo sistema que deve ser resultados.
desvendado pela análise lingüística.
Quando terminaram as apurações o juiz anunciou os
Para melhor compreender a teoria resultados.
gerativo-transformacional, basta pensar numa criança
exposta a determinada Iíngua. Naturalmente ela Terminadas as apurações o juiz anunciou os
manifesta uma capacidade para, num breve período, resu Itados.
inferir regras que regem os enunciados que ouve ao
seu redor. Então, unindo os estímulos à sua
capacidade inata, a criança formula uma gramática. Essas possibilidades todas devem estar presentes na
A esse conhecimento ativo, adquirido graças à teoria sintática da Iíngua. Mas é preciso ressaltar que
faculdade inata da linguagem, Chomsky denominou essa previsão teórica não implica em um levantamento
competência lingü ística. E é essa competência que da produtividade do falante e isto porque a de~rição
autoriza a produção ao infinito de enunciados. deverá dar conta de todos os enunciados da Iíngua a
À capacidade de produção denominou desempenho nível de regras poderosas. O problema da
(performance) . produtividade resulta da competência subjacente do
falante e esta não pode ser vista por inteiro, já que
A tarefa da Lingüística, então, é construir gramáticas o falante jamais terá oportunidade de usar sua
formalizadas que através da lógica simbólica competência lingüística inteiramente.
explicitem com maior clareza as estruturas lógicas do
pensamento. À vista disso, busca a Lingü(stica
gerativo-transformacional um conjunto finito de
Assim os enunciados da língua são o resultado da regras que responda pela produção dos enunciados,
aplicação pelo falante das regras sintáticas que devido ou dito de outra forma, é um conjunto de regras que
à própria natureza humana ocorre em etapas. faculta ligar o sentido à forma pela qual os
enunciados se expressam. A forma pode ser
observada em termos de constituintes; o sentido,
!:exatamente o domínio, ou a posse da gramática que no entanto exige um trabalho de abstração para o
o falante tem de sua língua que faculta a ele produzir atingimento da estrutura subjacente que responde
e entender uma infinidade de enunciados, pela interpretação semântica dos enunciados.
independentemente da sua capacidade consciente de
refletir sobre as regras. De fato ao dizermos que o Desta forma, a gramática da Iíngua contém
falante tem interiorizado o domínio da uma subjacentes as estruturas que submetidas à aplicação
gramática gerativa que expressa seu conhecimento de regras de transformação convertem-nas em
da I(ngua, não estamos subentendendo que: estruturas superficiais.
a. ele tenha consciência das regras da gramática Em resumo, uma gramática gerativa deve ter
que usa; capacidade para gerar todos os enunciados
gramaticais de uma língua e somente eles; ser capaz
b. que ele possa chegar, sozinho ou intuitivamente de explicar a compreensão intuitiva que o falante
riter consciência das regras; tem dos enunciados. Assim, "O menino feriu-se" é o
resultado da aplicação de algumas regras, inclusive a. a sintaxe é componente central e, portanto, toda
de transformação na estrutura subjacente: especificação feita o é com relação a conceitos
sintáticos;
I I
o menino pas ferir o menino
Ex.: Pedra amassou a gravura.
Pedro pintou a gravura.
condição para a reflexivização = o 2? SN = ao
Pedro desenhou a gravura.
1? SN, referindo-se à mesma pessoa = O menino
feriu-se.
No primeiro enunciado, o objeto existia antes da
ação de Pedro; no segundo, tanto poderia existir.
8 - GRAMÁTICADE CASOS quanto não; no terceiro, seguramente o objeto só
passou a existir a partir da ação de Pedro.
A revolução Chomskyana provocou a partir de 1957
As relações casuais são aquelas noções
grande desenvolvimento da Lingüística, ao mesmo
semanticamente relacionais que marcam as relações
tempo em que se avolumaram as polêmicas em
entre os participantes da situação. Não devem ser
torno dos problemas da linguagem. O próprio confundidas com as desinências casuais como as do
Chomsky reformulou seu modelo em 1965 e continua
latim ou do alemão. Constituem um conjunto
ainda hoje revendo suas recentes contribuições *.
universal finito, encontrado tanto nas línguas que
possuem desinências, como naquelas que não as
Em 1968, Charles Fillmore10 propôs, com base na
teoria gerativo-transformacional, uma nova teoria possuem. Trata-se, portanto, de relações ..
denominada Gramática de Casos. sintático-semânticas subjacentes às frases de
qualquer lI'ngua. Cada relação entre Verbo e SN é
representada por uma etiqueta correspondente a
Em sua proposta Fillmore levou em conta a
um caso.
necessidade de tornar a Estrutura Profunda (EP) mais
afastada da Estrutura de Superfície (ES), o que dá
à gramática maior poder de generalização e de
explicação e demonstrou o caráter pouco universal Ex.: A máquina quebrou.
das noções de sujeito e objeto - noções e ES. Pedro quebrou a máquina com o martelo.
O martelo quebrou a máquina.
Na revisão do conceito de EP, Fillmore defende a
Embora a máquina, Pedro e o martelo sejam os
consideração na análise lingüística dos fenômenos
sujeito de cada uma das frases acima, do ponto de
semânticos que expressam relações conceptuais
vista semântico expressam relações totalmente
universais, a que deu o nome de casos e definiu
diferentes: a máquina é o objeto atingido no
como "um conjunto de conceitos universais,
primeiro enunciado; Pedro, o agente da ação no
presumivelmente inatos que identificam certos
segundo e o martelo, o instrumento causador no
tipos de julgamentos que as pessoas são capazes
terceiro enunciado. Por outro lado, tanto o
de fazer sobre os acontecimentos que se realizam
martelo do terceiro enunciado, como com o
à sua volta, julgamentos a respeito de assuntos
martelo do segundo expressam a mesma relação
como quem fez isso, a quem aconteceu isso, o que semântica de instrumento.
foi mudado, etc.
A gramática de casos admite o mesmo princípio
A organização de uma gramática de casos apoia-se
básico da gramática gerativo-transformacional: sobre
em dois prindpios fundamentais:
a EP aplicam-se regras de transformação e se obtém
a frase superficial. Entre as transformações uma
* Um dos mais recentes trabalhos de Chomsky é On dá origem ao objeto, outra ao sujeito, etc. E o
Binding, distribuido para um pequeno grupo em 1978 e só sujeito então, sendo uma questão superficial, pode
publicado em 1980 no Linguistic Inquiry, v. 2, n. 1, p.146. ser:
agente: Ele bate na bola. do verbo; o conceito poderia ser limitado a coisas
paciente: Ele recebeu um golpe. que são afetadas pela ação. Ex.: Os meninos apagaram
beneficiário: Ele recebeu um presente. a luz.
A estrutura oracional básica contém uma locativo: localização da ação. Ex.: As idéias
Proposiçã'o(Prop) constituída de um verbo, adjetivo borbulhavam na minha cabeça.
ou nome em construçã'o com uma ou mais entidades
ligadasà proposição por uma funçã'o semântica ou Comitativo: aquela que acompanha o agente.
categoria casual. Os casos definem a atuação das (+ animado). Ex.: Cecília brinca com Roberta.
entidades na proposição e são representados por
símbolos categoriais dominantes. Experienciador: (+ animado) : ser que é submetido ou
experimenta o efeito de uma ação. Ocorre
As noções de caso compreendem um conjunto especialmente com verbos de acontecimento
universal, talvez inato, de conceitos que identificam psicológico, ou estado mental como pensar, sentir,
certos tipos de julgamento que os homens são capazes amar. Ex.: Pedro sente saudades do passado.
de fazer sobre o que fazem, ou sobre o que Ihes
acontece, ou sobre o que sofre mudança. Temporal: indica tempo pontual, ou em transição.'
Ex.: Em criança gostava de doces.
Fillmore deixa em aberto um número de casos
possíveis, uma vez que é bastante variável o número Origem: origem, causa, lugar a partir do qual algo
de relações que contraem entre si a proposição e os se desloca. Ex.: O foguete foi lançado da base aérea.
argumentos selecionados. Não deixa de admitir,
porém, que como universal, o número de casos será Destinação: meta, destino, finalidade, lugar em
obrigatoriamente finito. direçã'o ao qual algo se desloca. Ex.: O foguete
destinava-se à lua.
Quanto ao funcionamento dos casos, observa-se que:
Maneira: modo. Ex.: Saiu ã francesa. -
- numadada Prop. cada caso só pode ocorrer uma
vez,a menos que os SN sejam coordenados; Prolativo: lugar por onde, trajeto percorrido,
itinerário. Ex.: Andamos por toda a estrada.
- há casos de ocorrências facultativas;
Extensão: duraçã'o no tempo e no espaço. Ex.:
- existem regras especi'ficas capazes de promover Trabalhei o dia inteiro.
sujeitos. Ex.:
José quebrou a máquina. Possuidor: posse alienável ou inalienável. Ex.:
Um martelo quebrou a máquina. O braço do homem estava quebrado.
José quebrou a máquina com um martelo.
REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS
No primeiro enunciado o sujeito é o agente; no
segundo é um instrumento. Estando os dois reunidos,
como no terceiro enunciado, o sujeito será 1 KATO, M.A. Reconhecimento instantâneo e
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