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CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO 

AULA 11

1. Acompanhamento de obras: apropriação de serviços. 2. Controle de


execução de obras e serviços. 3. Fiscalização: acompanhamento da
aplicação de recursos (medições, cálculos de reajustamento, mudança de
data-base, emissão de fatura etc.). 4. Fiscalização de obras civis, linhas de
transmissão, instalações especiais e de equipamentos elétricos. 5.
Recebimento de obras – ensaios e Lei 8.666/93.

Saudações, pessoal!

Colegas, depois de longa jornada, chegamos à nossa última aula.

Gostaria de agradecer a participação e o interesse de todos os alunos. Agradeço a


todos e especialmente àqueles que ativamente contribuíram no Fórum de
Dúvidas ao longo do curso.

Depois de 12 aulas, 907 páginas e 427 questões comentadas, chegamos ao final.

Minha intenção foi proporcionar uma experiência enriquecedora a todos, espero


sinceramente ter conseguido. Para mim certamente foi muito enriquecedor
participar desta jornada.

O concurso da CGU ainda não teve seu edital publicado, o que deve ocorrer em
breve. Dessa forma, aqueles que começaram os estudos de forma antecipada,
planejada, fazendo este curso, certamente estão à frente dos concorrentes.

Desejo a todos uma boa aula e sucesso!

Marcelo Ribeiro.

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Aspectos importantes da fiscalização de uma obra pública em que o


pagamento é feito por serviços executados são a medição dos quantitativos e
o atestado da qualidade desses serviços. Acerca desse assunto, julgue os itens
subseqüentes.

1. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/Obras públicas/2007) É


recomendável que toda medição seja acompanhada do memorial de cálculo
detalhado, indicando o local onde os serviços estão sendo aferidos.

Atenção! Pessoal, a medição é uma etapa importantíssima da obra e é muito


cobrada em concursos, inclusive em questões discursivas.

Medição: é a apuração dos quantitativos e valores realizados das obras ou


serviços.

Em obras públicas, somente poderão ser considerados para efeito de medição e


pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e
aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto
e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante.

Cláudio Sarian Altounian, em seu livro “Obras públicas: licitação, contratação,


fiscalização e utilização”, páginas 314 e 315, destaca que uma das principais
atividades da fiscalização está relacionada à realização das medições dos
quantitativos dos serviços executados e ao ateste da qualidade desses serviços.

Segundo ele, a dificuldade se acentua quando ocorre troca dos responsáveis pela
fiscalização no decorrer da obra. Para reduzir os riscos de futuros problemas, é
recomendável que:

“a) toda medição seja acompanhada de memorial de cálculo detalhado,


indicando os setores e áreas em que o serviço está sendo aferido;

b) as planilhas de medição demonstrem os serviços executados no mês e os


serviços acumulados desde o início da obra;

c) sejam feitas comparações entre as quantidades de serviços executadas e as


previstas para aquela etapa da obra e, de imediato, consultado o projetista a
respeito de eventuais distorções;

d) sejam avaliados os saldos dos serviços contratados para a verificação da


devida adequação à conclusão do empreendimento;

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e) os fiscais que estejam entrando ou saindo realizem inventário, inclusive por


meio de foto ou filme, a respeito da real situação da obra. Para aqueles que, ao
assumir o novo encargo, encontrarem distorções quando comparados os
serviços já medidos com os aferidos no inventário, é importante que haja
registro da informação e consulta ao fiscal anterior para saneamento de
qualquer dúvida e, em casos críticos, comunicação a seus superiores.”

Analisando o item, observamos que de fato é recomendável que toda medição


seja acompanhada do memorial de cálculo detalhado, indicando o local onde os
serviços estão sendo aferidos.

Como podemos observar do texto transcrito, a questão foi retirada da bibliografia


citada.

Gabarito: Item CERTO.

2. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/Obras públicas/2007) Se a


fiscalização comprova que o serviço foi executado em conformidade com os
padrões de qualidade do respectivo edital, mas o quantitativo executado
difere do previsto, o pagamento deve ser liberado de imediato,
proporcionalmente ao quantitativo executado.

Você sabe se é permitido pagar por um serviço que ainda não foi concluído?

Como vimos na questão anterior, somente poderão ser considerados para efeito
de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela
Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência
com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo
Contratante.

O pagamento dos serviços, além de ser feito com base em medições atestadas e
detalhadas pela Fiscalização, deve ser feito mediante a comprovação do
recolhimento dos devidos tributos e da implementação das demais condições
eventualmente exigidas no edital.

É necessário que saibamos diferenciar os objetos/serviços divisíveis dos


indivisíveis. Por exemplo, se temos contratados 100,00 m2 de piso cerâmico e a
contratada executar 50,00 m2 em um mês, podemos medir e pagar esses 50,00
m2 porque o serviço é divisível. Contudo, existem serviços, como a montagem
de um conjunto moto-bomba, que são indivisíveis, não sendo possível realizar
seu pagamento até que esteja complemente realizado.

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A questão não faz esta distinção e utiliza o termo restritivo “deve”, indicando que
sempre será feito o pagamento pela execução parcial, o que não está correto.

Desse modo, se a fiscalização comprova que o serviço foi executado em


conformidade com os padrões de qualidade do respectivo edital, mas o
quantitativo executado difere do previsto, não se deve liberar o pagamento de
imediato, proporcionalmente ao quantitativo executado. Há os serviços
indivisíveis, cujo pagamento só deve ser realizado após a execução efetiva do
quantitativo previsto.

Cabe ressaltar que, em casos excepcionais, o TCU tem admitido a antecipação de


pagamento de serviços/bens indivisíveis, mediante as indispensáveis cautelas ou
garantias, efetuando-se, posteriormente, os respectivos descontos nos créditos da
empresa contratada em valores atualizados na forma do contrato.

Este procedimento é comum na aquisição de equipamentos que apenas são


comercializados dessa forma, com o pagamento em etapas ao longo da
construção, antes da entrega dos equipamentos, como turbinas de hidrelétricas,
submarinos, etc. Entretanto, essa não é a regra, é a exceção!

Conforme visto, o item está errado.

Gabarito: Item ERRADO.

3. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/Obras públicas/2007) No caso


de a executora comprovar a necessidade de recursos para pagamentos de
encargos sociais, o pagamento dos serviços pode ser liberado com base em
medições provisórias, as quais deverão ser atestadas posteriormente.

Pessoal, as despesas públicas seguem um rito particular, cuja base legal é a Lei
4.320/64. No setor público, a execução da despesa é composta por três estágios:
empenho, liquidação e pagamento.

O empenho é uma reserva orçamentária para determinado gasto. Cria para o


Estado uma obrigação de pagamento. A obrigação registrada pela contabilidade
pública representa a possibilidade de exigibilidade por parte de terceiros.

A liquidação consiste na verificação da prestação do serviço e da entrega dos


bens, bem como do credor e do valor a ser pago. Só pode ser efetuada após o
empenho.

O pagamento é a entrega de numerário ao credor e somente pode ser efetuado


após a liquidação.

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Conforme visto, cada estágio depende do anterior. De acordo com os arts. 62 e


63 da Lei 4.320/64, o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado
após sua regular liquidação, entendida esta como a verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.

Tudo bem, mas qual é a importância disso pra nós? É simples: a regra para
pagamento dos serviços é a efetiva liquidação da despesa. No caso de obras, essa
liquidação se faz com base em medição ATESTADA e detalhada pela
fiscalização competente, bem como pela comprovação do recolhimento dos
devidos tributos e da implementação das demais condições eventualmente
exigidas no edital.

Portanto, pessoal, mesmo que a executora comprove a necessidade de recursos


para pagamentos de encargos sociais, o pagamento dos serviços NÃO pode ser
liberado com base em medições provisórias, visto que não pode haver o
pagamento antes que os serviços sejam atestados (ou seja, que haja a liquidação
da despesa). Por conta disso, o item está errado.

Gabarito: Item ERRADO.

4. (CESPE/SERPRO/Analista/Recursos Logísticos/2004) A medição é a


apuração dos quantitativos e valores realizados das obras ou serviços.

Como vimos, a medição é a apuração dos quantitativos e valores realizados das


obras ou serviços. Dessa forma, a questão está perfeita.

Gabarito: Item CERTO.

5. (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –


MP/Engenheiro/2006) Com relação às medições e aos pagamentos de
serviços executados em obras, constitui irregularidade:

a) o pagamento de serviços efetivamente executados.

Pessoal, já vimos que isto está perfeitamente certo, não é mesmo? O pagamento
de serviços efetivamente executados não constitui uma irregularidade. Muito
pelo contrário, já que a regra, conforme já foi visto, é que somente podem ser
considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras
efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização.

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Gabarito: Item ERRADO.

b) a divergência entre os valores medidos pela empresa e os valores pagos


pela fiscalização.

Vamos dar um exemplo para ficar mais claro o que a ESAF quis dizer com esse
item:

Suponha que a empresa realizou sua própria medição e chegou a um quantitativo


de 10 m2 para um serviço “X”.

Entretanto, a fiscalização aprovou somente 7 m2, visto que esse foi o quantitativo
realmente executado ou o restante não estava de acordo com as especificações do
contrato. Assim, o pagamento foi feito com base nesses 7 m2 que foram
aprovados pela Fiscalização.

Esse é um procedimento totalmente aceitável, respaldado pelos preceitos legais.

Portanto, não há qualquer irregularidade no fato de haver divergência entre os


valores medidos pela empresa e os valores pagos pela fiscalização.

Gabarito: Item ERRADO.

c) o pagamento de serviços em conformidade ao estipulado no edital de


licitação e contrato.

O Contratante deverá efetuar os pagamentos das faturas emitidas pela Contratada


com base nas medições de serviços aprovadas pela Fiscalização, obedecidas as
condições estabelecidas no edital de licitação e no contrato.

Novamente, não há irregularidade no procedimento descrito nesta alternativa, o


que torna o item errado.

Gabarito: Item ERRADO.

d) inconsistências e incoerências entre o relatório da empresa e o relatório


da fiscalização.

A ideia aqui é a mesma da letra “b”. Não há problema em haver inconsistências e


incoerências entre o relatório da empresa e o relatório da fiscalização.

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Aliás, é até comum que isso ocorra na prática, embora indesejável. Entretanto,
nesses casos, para efeito de ateste dos serviços (liquidação) e posterior
pagamento, vale o que foi aprovado pela Fiscalização. Não há irregularidade no
procedimento descrito nesta alternativa.

Gabarito: Item ERRADO.

e) pagamentos relativos a contrato de supervisão, apesar de a obra estar


paralisada.

Importante! Pessoal, esta questão trata de um problema com o qual o TCU se


depara com frequência.

Se a obra está paralisada, o que há para ser supervisionado? Não há como o


serviço de supervisão ser realizado, concordam? Portanto, caso houvesse algum
pagamento por esse serviço, tal fato configuraria um pagamento por serviços não
realizados, o que não é permitido.

Cabe ressaltar que o TCU considera irregular a realização de pagamentos


relativos a contrato de supervisão com obra paralisada.

Conforme o Acórdão 1.552/2004-Plenário, por exemplo, na hipótese de obra


paralisada, não se deve dar prosseguimento à execução de contrato de natureza
acessória, cujo objeto compreenda, especialmente, os serviços de supervisão,
acompanhamento, fiscalização e assessoramento, uma vez que, nessa
circunstância, os gastos realizados representam ato de gestão antieconômico.

Desse modo, o procedimento apontado constitui uma irregularidade. Portanto, o


item está correto.

Gabarito: Item CERTO.

Acerca de acompanhamento da aplicação de recursos, medições e emissão de


faturas de obras públicas, julgue os próximos itens.

6. (CESPE/CETURB/Analista em Transportes Ocupação/Analista em


Engenharia de Construção e Manutenção/2009) Para o registro dos
quantitativos dos serviços executados, utilizam-se relatórios ou planilhas de
medição.

O Manual de Obras Públicas-Edificações – Construções - Práticas da SEAP,


disponível em <http://www.comprasnet.gov.br>, em seu Anexo 4, traz as

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condições gerais que devem ser obedecidas para a Medição e Recebimento de


serviços em obras públicas, quais sejam:

“3.1 Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os


serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela
Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas
modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante.

3.2 A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos


elaborados pela Contratada, registrando os levantamentos, cálculos e gráficos
necessários à discriminação e determinação das quantidades dos serviços
efetivamente executados.

3.3 A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na


medição deverão respeitar rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao
contrato, inclusive CRITÉRIOS de medição e pagamento.

3.4 O Contratante deverá efetuar os pagamentos das faturas emitidas pela


Contratada com base nas medições de serviços aprovadas pela Fiscalização,
obedecidas as condições estabelecidas no contrato.”

Portanto, para o registro dos quantitativos dos serviços executados, são utilizados
relatórios ou planilhas de medição. Nada de errado com item, pessoal.

Gabarito: Item CERTO.

7. (CESPE/CETRUB/Analista em Transportes Ocupação/Analista em


Engenharia de Construção e Manutenção/2009) Conforme previsto em lei,
deve ser pago um serviço executado em obra pública, mesmo em situações
em que o critério de medição seja diferente do previsto na planilha
orçamentária ou no contrato.

Pessoal, acabamos de ver que a discriminação e a quantificação dos serviços e


obras considerados na medição deverão respeitar rigorosamente as planilhas de
orçamento anexas ao contrato, inclusive os critérios de medição e pagamento.

Desse modo, caso o critério de medição de um serviço seja diferente do previsto


na planilha orçamentária ou no contrato, não deve haver pagamento por esse
serviço. Item errado.

Gabarito: Item ERRADO.

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A medição de obras e serviços públicos executados e o pagamento relativo a


esses serviços e obras devem ser realizados de forma a atender as disposições
legais vigentes. A respeito desse assunto, julgue os próximos itens.

8. (CESPE/ANA/Analista Administrativo/Engenharia Civil/2006) Para efeito


de medição e pagamento, somente podem ser considerados os serviços e as
obras efetivamente executados pela empresa contratada.

Atenção! Pessoal, esse item é extremamente maldoso e seu erro está em um


detalhe que só é percebido numa leitura atenta

Na questão 5 nós vimos o item 3.1 do Manual de Construções da SEAP. Assim,


fica claro que a questão foi feita tendo aquele texto como base.

Para efeito de medição e pagamento, somente podem ser considerados os


serviços e as obras efetivamente executados pela empresa contratada E
APROVADOS PELA FISCALIZAÇÃO, respeitada a rigorosa correspondência
com o projeto.

No enunciado faltou esse pequeno detalhe. Geralmente, para o CESPE, um item


incompleto não está necessariamente errado. Mas neste caso, a omissão da parte
destacada anteriormente acabou tornando o item errado. Simplesmente porque de
nada adianta que os serviços e as obras tenham sido efetivamente executados
pela empresa contratada se eles não foram aprovados pela Fiscalização. Neste
caso, não pode haver pagamento, já que não houve a liquidação da despesa.

Diante do exposto, o item está errado.

Gabarito: Item ERRADO.

Durante procedimento de fiscalização de serviços de engenharia de uma


obra pública, os profissionais encarregados dessa função constataram
algumas irregularidades no que diz respeito às medições dos serviços e
pagamentos executados. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir
quanto à irregularidade das ações.

9. (CESPE/HEMOBRAS/Especialista em Produção de Hemoderivados e


Biotecnologia/Engenheiro Elétrico/Eletrotécnico/2008) Medições e
pagamentos executados com critérios diferentes dos que foram estipulados
no edital de licitação e contrato.

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Pessoal, já vimos que medições e pagamentos executados com critérios


diferentes dos que foram estipulados no edital de licitação e contrato constitui
uma irregularidade.

Observem que o comando da questão solicita que os itens sejam julgados quanto
à irregularidade das ações. Portanto, se a ação descrita é irregular, o item está
correto.

Gabarito: Item CERTO.

10. (CESPE/HEMOBRAS/Especialista em Produção de Hemoderivados e


Biotecnologia/Engenheiro Elétrico/Eletrotécnico/2008) Falta de pagamento
de serviços pendentes por falta de material no mercado ou que não
chegaram dentro do prazo previsto.

Se os serviços estão pendentes, ainda que por falta de material no mercado ou


porque não chegaram dentro do prazo previsto, obviamente eles não foram
executados.

Conforme já vimos, se os serviços não foram executados, não pode haver


pagamento. Portanto, seguindo o mesmo raciocínio do item anterior, constatamos
que não há qualquer irregularidade com a ação descrita. O item está errado.

Gabarito: Item ERRADO.

11. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/Obras públicas/2007) Os


reajustamentos têm como principal objetivo a atualização dos preços
contratuais em função da inflação registrada no setor e somente serão
permitidos se definidos nas regras do edital, sem qualquer exceção.

Cláudio Sarian Altounian, em seu livro “Obras públicas: licitação, contratação,


fiscalização e utilização”, página 331 afirma que, definidas as regras no edital,
não serão aceitos reajustamentos não previstos, caso atrasos não tenham ocorrido
por culpa da Administração.

Logo, podemos concluir que no caso de atrasos ocorridos em decorrência de


culpa da Administração, admite-se a possibilidade de reajustes não previstos,
mesmo que as regras tenham não sido definidas no edital. Desse modo, existe
uma exceção, o que torna o item errado.

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Outro aspecto abordado em concursos é a periodicidade mínima para a realização


de reajuste. Conforme dispõe o artigo 28 da Lei 9.069/2004, o reajuste não pode
ser realizado com periodicidade inferior a um ano:

“Art. 28. Nos contratos celebrados ou convertidos em REAL com cláusula de


correção monetária por índices de preço ou por índice que reflita a variação
ponderada dos custos dos insumos utilizados, a periodicidade de aplicação
dessas cláusulas será anual.

§ 1º É nula de pleno direito e não surtirá nenhum efeito cláusula de correção


monetária cuja periodicidade seja inferior a um ano.”

Gabarito: Item ERRADO.

12. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas/2008) Um


determinado serviço foi contratado pelo valor de R$ 200.000,00 (duzentos
mil reais), com data-base novembro de 2006. Baseado na minuta de
contrato, cláusula sétima – reajustamento de preços, qual será o valor do
reajuste?

Pessoal, essa questão é muito confusa, sendo impossível que se chegue a uma
resposta, motivo pelo qual foi anulada pela Banca.

O primeiro problema está no fato de não estar claro o mês em que o reajuste será
feito. O correto seria fazer a atualização em Nov/2007, partindo da data-base
(Nov/2006). O valor do índice deve ser retirado da última coluna da tabela. Desse
modo, o valor reajustado, de Nov/2006 até Nov/2007 seria:

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Data-base: novembro de 2006

I (Nov/2007) = 886,3228

Io (Nov/2006) = 834,4189

P = Po x (I/Io) = 200.000 x (886,3228 / 834,4189) =

= 200.000 x 1,062216 = 212.443,10

Outro problema da questão é que ela solicita o valor do reajuste, e não o valor
reajustado. São parâmetros distintos. No caso, o valor reajustado seria de
212.443,10, enquanto que o reajuste seria 12.443,10 (212.443,10 – 200.000).

Em princípio, como o valor reajustado seria de aproximadamente 12.000, não


haveria resposta correta. Por outro lado, forçando a barra, supondo que a banca
quisesse o valor reajustado, a resposta seria letra “b”, 212.000,00. Entretanto, a
resposta do gabarito preliminar foi a letra “a”!

Para que a resposta fosse a letra a”, o reajuste teria que ser feito de Nov/2006 até
Jan/2008, o que não está de acordo com a cláusula 7.1 apresentada, que estipula
que “os preços contratuais estão referidos ao mês de apresentação da proposta da
CONTRATADA e serão reajustados anualmente, a partir daquele mês”. Ora, se
os preços serão ajustados anualmente, significa que 1 ano após a data-base
haverá o reajuste, isto é, em Nov/2007.

Desse modo, percebemos que a questão foi equivocada em vários aspectos, e


nada mais justo que a sua anulação mesmo. Entretanto, o que deve ficar claro é
que a coluna que deve ser utilizada para os cálculos é a última, a do número
índice acumulado. Este era o ponto fundamental para a solução da questão.

a) R$ 216.000,00.

b) R$ 212.000,00.

c) R$ 215.400,00.

d) R$ 218.000,00.

e) R$ 206.000,00.

Gabarito: Item ANULADO.

13. (CESPE/DPF/NACIONAL/Cargo 8: Perito Criminal Federal/Área 7) O


Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é um índice trimestral que

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contabiliza os custos e índices da construção civil, a partir do levantamento


de preços de materiais e salários pagos na construção civil.

Um índice bastante utilizado para o cálculo do reajuste de preços de insumos e de


valores contratuais na construção civil é o INCC - Índice Nacional de Custo da
Construção, que de fato contabiliza os custos e índices da construção civil, a
partir do levantamento de preços de materiais e salários pagos na construção
civil.

O INCC é elaborado pela Fundação Getúlio Vargas e afere a evolução dos custos
de construções habitacionais. É uma estatística contínua, de periodicidade mensal
para os 18 municípios das seguintes capitais de estados do país: Aracaju, Belém,
Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza,
Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,
Salvador, São Paulo e Vitória. O índice nacional é levantado pela FGV desde
Janeiro de 1944.

A título de informação, coloco abaixo os valores do INCC de 2009 até julho de


2010:

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Os índices de custos da construção estão subdivididos em residenciais e obras


públicas de engenharia civil ou infraestrutura. Os principais índices, específicos
para construções residenciais, são: Índice Nacional de Custo da Construção
(INCC), Índice de Custo da Construção do Rio de Janeiro (ICC-RJ) e Índice de
Edificações.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é um dos três itens que


compõem o Índice Geral de Preços (IGP), representando 10% do índice. Sua
divulgação teve início em fevereiro de 1985, como resultado do encadeamento da
série do Índice de Custo da Construção - Rio de Janeiro (ICC-RJ), mais antiga,
com a série do Índice de Edificações, mais abrangente geograficamente.

Como nos demais componentes do IGP, também é apresentada a versão do INCC


para o mercado (INCC-M), que é calculado entre os dias 21 do mês anterior ao
dia 20 do mês de referência (O INCC é calculado entre o primeiro e o último dia
do mês civil).

Como vimos, o INCC é um índice mensal, e não trimestral, como afirmado na


assertiva. Dessa forma, a questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

14. (CESPE/INSS/Analista do Seguro Social com Formação em Engenharia


Civil) Para pagamento dos serviços executados, a empresa contratada deve
encaminhar nota fiscal, acompanhada de boletim de medição, à unidade
competente para a liberação dos respectivos valores.

É exatamente esse o procedimento, pessoal. A empresa contratada encaminha


nota fiscal, acompanhada de boletim de medição, à unidade competente para a
liberação dos valores referentes aos serviços executados.

Lembrando apenas que, antes disso, para efeito de medição, os serviços devem
ser ter sido efetivamente executados e aprovados pela Fiscalização, com base no
projeto e nas especificações do contrato. É esse ateste do Fiscal que dá valor
legal ao boletim de medição, fazendo com que seja verificada a prestação do
serviço e permitindo que seja feito o pagamento ao Contratado. Item correto.

Gabarito: Item CERTO.

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A fiscalização da execução de obras e serviços públicos contempla, entre


outras atividades, a medição dos serviços executados e a emissão das faturas
correspondentes. Com relação a essas atividades, julgue os itens a seguir.

15. (CESPE/UNIPAMPA/Engenheiro Civil/2009) Se a fiscalização autorizar,


será permitido adiantar serviços, assim como a sua medição e a emissão da
fatura correspondente.

Nada de errado com o item, pessoal. Notem que não está havendo medição do
serviço sem a sua prévia e efetiva execução. O que está ocorrendo neste caso é a
autorização da fiscalização para a antecipação da execução do serviço em relação
ao cronograma inicialmente planejado. Concluída a etapa de conclusão do
serviço, há a medição e emissão da fatura correspondente, desde que autorizado
pelo fiscal.

Gabarito: Item CERTO.

16. (CESPE/UNIPAMPA/Engenheiro Civil/2009) Quando, por condições


climáticas adversas, não se consegue a conclusão de serviços, ainda assim
não se deve autorizar a emissão da fatura dos serviços inacabados.

Pessoal, conforme vimos, a sequência normal de execução de obras é a execução


dos serviços, medição e aprovação por parte da fiscalização, emissão da fatura e
pagamento.

No caso de haver condições climáticas adversas, pode ser que o ritmo da obra
seja afetado além do previsto e isto acabe resultando no atraso da conclusão dos
serviços. Contudo, essa é uma questão inerente à contratada e não ao contratante.
A contratada obviamente tinha conhecimento prévio do local da prestação dos
serviços e deveria ter se programado para executar os serviços em consonância
com a realidade local. Dessa forma, não há que se falar em autorização de
emissão de fatura de serviços inacabados.

Não obstante o exposto, é muito comum que as empresas aleguem que as


condições climáticas adversas provocaram atrasos e façam pedidos de
prorrogação do contrato e até mesmo de reajustes dos valores contratados.

Contudo, o art. 57 da Lei nº 8.666/93 estabelece as hipóteses em que se admite a


prorrogação dos contratos e os reajustes dos valores fixados, como forma de
manter o equilíbrio econômico-financeiro.

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A alegação de que adversidades climáticas seriam a causa do atraso das obras


não se enquadra em nenhuma das situações previstas na norma legal. Fiquem
atentos a isso não só na prova, mas quando estiverem trabalhando na CGU.

Gabarito: Item CERTO.

17. (CESPE/UNIPAMPA/Engenheiro Civil/2009) A emissão de fatura de


material posto-obra e o correspondente pagamento será permitido somente
com a comprovação prévia, por parte da fiscalização, de que ele atende às
especificações estabelecidas no projeto.

Pessoal, quem deve comprovar previamente que o material posto-obra atende às


especificações estabelecidas no projeto é a CONTRATADA, e não a
fiscalização.

É claro que, constatada qualquer irregularidade nos serviços ou no material posto


na obra, é assegurado à Fiscalização o direito de ordenar a suspensão da obra
e/ou serviços e a retirada do material impugnado, sem prejuízo das penalidades a
que ficar sujeita a CONTRATADA. Mas quem deve comprovar a fidedignidade
entre o material e as especificações do projeto é a CONTRATADA.

Você deve estar se perguntando se é permitido pagar por um material posto-obra


sem que ele tenha sido empregado. A regra é que não se paga pelo material
colocado na obra até a sua aplicação. Contudo, desde que previsto no edital e no
contrato, a Administração pode pagar por materiais colocados na obra, desde que
estes materiais sejam representativos no valor da obra, de forma a reduzir o custo
financeiro a ser pago. Um exemplo comum são as tubulações de grande
diâmetro. Assim, paga-se primeiro o material e após sua aplicação, e conclusão
do serviço, é paga a mão de obra do serviço.

Gabarito: Item ERRADO.

(CESPE/MPE/AM/2007 - Cargo 5: Agente Técnico – Função: Engenheiro


Civil) Dois aspectos de vital importância na construção de qualquer obra
pública são a medição dos serviços executados e a emissão das faturas.
Julgue os seguintes itens, referentes a esses dois tópicos.

18. (CESPE/MPE/AM/Agente Técnico/Engenheiro Civil/2007) Com a


autorização da fiscalização, é permitido adiantar serviços, assim como a sua
medição e a emissão da fatura correspondente.

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Item praticamente igual ao da prova da UNIPAMPA. Já vimos que está correto.

Gabarito: Item CERTO.

19. (CESPE/MPE/AM/Agente Técnico/Engenheiro Civil/2007) Quando


condições climáticas adversas impedem a conclusão de serviços, mas fica
comprovada a compra do material e a contratação da mão-de-obra
necessárias a sua execução, é autorizada a emissão da fatura dos serviços a
executar.

Pessoal, já vimos que quando, por condições climáticas adversas, não se


consegue a conclusão de serviços, ainda assim não se deve autorizar a emissão da
fatura dos serviços inacabados.

Mesmo que fique comprovada a compra do material e a contratação da mão-de-


obra necessárias à execução do serviço, ainda assim a fatura não deve ser
emitida, pois os serviços não foram executados. Novamente o item foi bastante
parecido com a prova da UNIPAMPA.

Gabarito: Item ERRADO.

20. (CESPE/MPE/AM/Agente Técnico/Engenheiro Civil/2007) Para que seja


emitida fatura de material posto-obra e efetuado o correspondente
pagamento, é imprescindível comprovação prévia, por parte da fiscalização,
de que esse material atende às especificações estabelecidas no projeto.

Também já resolvemos um item praticamente igual. A comprovação em tela


deve ser feita pela CONTRATADA, não pela fiscalização.

Gabarito: Item ERRADO.

21. (CESPE/ANA/Analista Administrativo/Engenharia Civil/2006) O


recebimento provisório deve ser efetuado somente após a conclusão dos
serviços, a solicitação oficial da empresa contratada e a realização de
vistoria pela fiscalização e(ou) pela comissão de recebimento de obras e
serviços.

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Importantíssimo! Pessoal, o recebimento de obras é um assunto da maior


relevância na administração dos contratos de obras e é muito cobrado em
concursos.

O art. 73, inciso I, da Lei de Licitações especifica as etapas para o recebimento


de obras e serviços: a primeira, provisória, realizada diretamente pelo
responsável pelo acompanhamento e fiscalização do empreendimento; a
segunda, definitiva, realizada por servidor ou comissão designada pela
autoridade competente.

No recebimento PROVISÓRIO, deverão ser saneadas todas as pendências


relativas à execução dos serviços, seja em relação a prazos, seja em relação a
pagamentos. O fiscal deverá providenciar uma relação detalhada dos vícios
encontrados e fixar prazo para a correção. A empresa, após a execução dos
devidos reparos, comunicará por escrito a fiscalização e, no prazo de até 15 dias,
será assinado o termo circunstanciado. É momento de extrema importância para
fiscalização em virtude da responsabilidade assumida com a assinatura do
referido termo.

Há, entretanto, uma exceção para o recebimento PROVISÓRIO de obras e


serviços. A lei 8.666/93 dispensa, em seu art. 74, inciso III, o recebimento
PROVISÓRIO quando o valor não exceder o limite definido para a contratação
por carta convite (R$ 80 mil), em face da pequena magnitude do
empreendimento, desde que as obras e serviços não se componham de aparelhos,
equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e
produtividade.

Atenção! Uma curiosidade com relação à hipótese citada acima, de dispensa do


recebimento provisório nos termos do art. 74, inciso III, é que neste caso o
recebimento será feito mediante recibo e não por termo circunstanciado. Dessa
forma, nem sempre uma obra é recebida mediante termo circunstanciado,
havendo esta exceção.

Já no recebimento DEFINITIVO, o principal objetivo é propiciar que


profissionais não envolvidos diretamente na fiscalização façam uma avaliação
final independente a respeito da viabilidade do recebimento.

De acordo com a Lei 8.666/93, em seu art. 73, inciso I, o recebimento do objeto,
em se tratando de obras e serviços, ocorre da seguinte forma:

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• PROVISORIAMENTE, pelo responsável por seu acompanhamento e


fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até
15 dias da comunicação escrita do contratado.

• DEFINITIVAMENTE, por servidor ou comissão designada pela


autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas
partes, após o decurso do prazo de observação (nunca superior a 90 dias),
ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais.

Os recebimentos provisório e definitivo NÃO excluem a responsabilidade


civil e criminal da contratada pela solidez e segurança da obra, nem a ético-
profissional pela perfeita execução do contrato. A empresa executora deve
responder civilmente pela qualidade, solidez e segurança da obra, no prazo de
cinco anos, conforme arts. 69 e 73 da Lei 8.666/93 c/c art. 618 do Código Civil
Brasileiro, devendo ainda efetuar a reparação de quaisquer falhas, vícios, defeitos
ou imperfeições que se apresentem nesse período, sem ônus para a contratante.

Se houver recusa ou demora na correção dos vícios identificados, a


Administração poderá executar os serviços e deverá adotar todos os
procedimentos cabíveis a fim de ter ressarcidos os custos incorridos.

O Manual de Obras da SEAP, em seu Anexo 4, traz as condições gerais que


devem ser obedecidas para a Medição e Recebimento de serviços em obras
públicas. Consta nesse documento que o Recebimento dos serviços e obras
executados pela Contratada será efetivado em duas etapas sucessivas:

• Na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da


Contratada, mediante uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou
Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será efetuado o
Recebimento Provisório;

• Nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos


e manuais de montagem, operação e manutenção de todas as instalações,
equipamentos e componentes pertinentes ao objeto dos serviços e obras,
inclusive certificados de garantia;

• Após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão


indicadas as correções e complementações consideradas necessárias ao
Recebimento Definitivo, bem como estabelecido o prazo para a execução
dos ajustes;

• Na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e


solicitação oficial da Contratada, mediante nova vistoria realizada pela

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Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será


realizado o Recebimento Definitivo;

• O Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a


apresentação pela Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida
pelo INSS, certificado de Recolhimento de FGTS e comprovação de
pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o
objeto do contrato.

Analisando o item, observa-se que ele foi retirado do Manual de Práticas da


SEAP, onde consta que o recebimento provisório deve ser efetuado somente após
a conclusão dos serviços, a solicitação oficial da empresa contratada e a
realização de vistoria pela fiscalização e(ou) pela comissão de recebimento de
obras e serviços.

Gabarito: Item CERTO.

22. (CESPE/TCEES/Controlador de Recursos Públicos/Engenharia


Civil/2004) Para efeito de contagem do prazo global para a realização de
todas as obras ou serviços, as datas de início dos serviços e de lavratura do
recebimento provisório são consideradas como datas de início e de conclusão
dos trabalhos.

Inicialmente, esse item havia sido considerado como correto pelo CESPE.
Entretanto, o gabarito foi modificado após o julgamento dos recursos.

O erro do item está no fato de se afirmar que para “todas as obras” o prazo global
é contado com base nas datas de início dos serviços e lavratura do termo de
recebimento provisório.

Sabemos que nem sempre há o termo de recebimento provisório de obras, já que


a lei 8.666/93 dispensa tal termo, em seu art. 74, inciso III, quando o valor não
exceder o limite definido para a contratação por carta convite (R$ 80 mil), em
face da pequena magnitude do empreendimento, sendo a obra recebida mediante
recibo.

Gabarito: Item ERRADO.

23. (CESPE/ANA/Analista Administrativo/Engenharia Civil/2006) O


recebimento definitivo relativo a serviços e obras executados somente deve
ser efetivado pelo contratante após a apresentação, pela empresa

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contratada, da certidão negativa de débito junto ao INSS, do certificado de


recolhimento de FGTS e de comprovação de pagamento das demais taxas,
impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato.

Acabamos de ver que o item está correto, conforme Manual de Práticas da


SEAP:

• O Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após


a apresentação pela Contratada da Certidão Negativa de Débito
fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de FGTS e
comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos
incidentes sobre o objeto do contrato.

Gabarito: Item CERTO.

24. (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –


MP/Engenheiro/2006) Para o recebimento definitivo da obra pela
contratante a empresa contratada deverá apresentar, entre outros, os
seguintes documentos:

a) habite-se, ordem de serviço e certidão de quitação com o INSS.

A Lei 8.666/93 trata do recebimento de obras da seguinte forma:

“Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

I - em se tratando de obras e serviços:

a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização,


mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias
da comunicação escrita do contratado;

b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade


competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o
decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do
objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;

§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil


pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela
perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo
contrato.

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§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser
superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente
justificados e previstos no edital.

§ 4º Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere este


artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos
fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados à Administração
nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.”

A Lei 8.666/93 - LLC não trata dos documentos necessários ao recebimento da


obra. Em consonância com o que comentamos na questão 54 da aula passada, em
termos legais, não há previsão, em âmbito federal, da exigência de habite-se,
certidões, etc.

Contudo, tais documentos são essenciais para a futura utilização de uma


edificação e devem ser fornecidos ao proprietário. Em razão disto, o Manual da
SEAP cita os documentos necessários, complementando a previsão legal.

Vimos que o Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante


após a apresentação pela Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida
pelo INSS, certificado de Recolhimento de FGTS e comprovação de
pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do
contrato.

Ainda, conforme comentamos na questão 54 da aula 10, a fundamentação para


esta questão não foi a Lei 8.666/93, mas sim a NBR 5675 – Recebimento de
Serviços e Obras de Engenharia e Arquitetura. Tal NBR foi publicada em
30/11/1980.

A NBR 5675 previa em seu Anexo – Relação de Documentos Necessários e


Exigíveis para Recebimento de Serviços e Obras de Engenharia e Arquitetura – o
seguinte:

“A-1.1 Documentos básicos

“A-1.1.1 Cópia autenticada da licença de construção e seus condicionamentos,


passada pela autoridade local competente.

A-1.1.2 Auto de conclusão da obra ou aceite e o habite-se passados pelas


autoridades locais competentes.

A-1.1.3 Cópia autenticada do contrato de execução, com a contratada e


respectivos cronogramas físico e físico-financeiro da obra.

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A-1.1.4 Cópia autenticada do projeto executivo, incluindo todos os projetos


complementares.

A-1.1.5 Cópia autenticada do projeto como construído, aprovado, incluindo


todos os projetos complementares da Edificação e/ou de cada edifício e
respectivo (s) memorial (is) descritivo (s) das discriminações técnicas,
atualizados.

A-1.1.6 Livro de ocorrências diárias.

A-1.1.7 Boletim diário da obra.

A-1.1.8 Boletim de desempenho.

A-1.1.9 Relatório de recomendações e de instruções de utilização e uso das


instalações e equipamentos, em ordem às condições de funcionamento, de
segurança, de higiene e de conforto da edificação, elaborado e autenticado pela
contratada, acompanhado de eventuais catálogos e tabelas de fabricantes e
montadores, devidamente visado pela fiscalização da obra.

A-1.1.10 Termo de garantia dos principais componentes da construção, das


instalações e dos equipamentos, devidamente avalisados pela contratada e
visados pela fiscalização da obra.

A-1.2 Documentos circunstanciais

A-1.2.1 Comprovante da vistoria do corpo de bombeiros local, acompanhado de


cópia do seu regulamento.

A-1.2.2 Comprovantes das vistorias das companhias concessionárias de


abastecimento de água, gás, de telefones e de energia elétrica.

A-1.2.3 Comprovante de desinfecção sanitária.

A-1.2.4 Comprovantes das vistorias das autoridades oficiais competentes de


instalação de equipamentos eletromecânicos.

A-1.2.5 Comprovantes do pagamento de taxas de ligação de esgotos e às redes


das companhias concessionárias.

A-1.2.6 Cópias dos contratos de fornecimentos firmados pela contratada.

A-1.2.7 Certidão negativa do tribunal de justiça competente de que não pendem


sobre o imóvel, quaisquer ações , por prejuízos causados a terceiros.”

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Contudo, mediante o Edital nº 01:2008, a ABNT tornou pública a proposta de


cancelamento da NBR 5675:1980 sob a justificativa de que “Esta Norma não é
mais utilizada pelo setor”. A NBR 5675:1980 foi cancelada pela ABNT em
03/11/2008.

A decisão da ABNT foi de que a NBR 5675 - de 1980, portanto de 30 anos atrás
- não trata de conteúdos de ordem técnica no âmbito do CB-02, mas sim de
aspectos meramente processuais sobre documentações legais, nada mencionando
sobre detalhes técnicos para recebimento de obras ou serviços.

Dessa forma, desde 03/11/2008, o gabarito desta questão é ERRADO porque não
há previsão na Lei 8.666/93 nem no Manual da SEAP para a entrega do habite-se
e da ordem de serviço.

Contudo, cabe a observação de que o edital pode prever a entrega do “habite-se”


pelo contratado e, uma vez previsto no contrato, se tornaria uma condição para o
recebimento definitivo da obra.

Como a questão é de 2006, quando ainda estava vigente a NBR 5675, vamos
analisá-la sob este aspecto apenas para confirmarmos o gabarito. Constatamos
que o habite-se e a certidão de quitação com o INSS faziam parte da relação de
documentos que a contratada devia apresentar para que houvesse o recebimento
definitivo da obra, segundo a NBR 5675 e o Manual da SEAP, respectivamente.

Entretanto, a “ordem de serviço” NÃO está relacionada no Manual da SEAP


nem estava na NBR 5675, invalidando a alternativa.

Gabarito: Item ERRADO.

b) relatório de recomendações e de instruções de uso e termos de garantia


dos principais componentes da construção e especificações de materiais e
serviços.

O relatório de recomendações e de instruções de uso e os termos ou certificados


de garantia dos principais componentes da construção constavam na NBR 5675
como condição para o recebimento definitivo da obra.

As especificações de materiais e serviços não faziam parte da lista.

Gabarito: Item ERRADO.

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c) cronograma físico-financeiro, cópia autenticada dos projetos “as built” e


certidão de quitação do INSS.

A cópia autenticada dos projetos “as built” e certidão de quitação do INSS eram
documentos exigidos para o recebimento definitivo da obra. A Norma também
especificava o seguinte:

A-1.1.3 Cópia autenticada do contrato de execução, com a contratada e


respectivos cronogramas físico e físico-financeiro da obra.

Portanto, os três documentos aqui descritos faziam parte da relação de


documentos. Curiosamente, esta não foi a resposta da questão, o que nos leva a
concluir que a ESAF não considerou a certidão de quitação do INSS como sendo
um documento necessário ao recebimento da obra, possivelmente porque ele não
era citado expressamente pela Norma.

Entretanto, como já vimos, este é sim um documento exigido para o recebimento


definitivo da obra, conforme consta no Manual de Práticas da SEAP.

Gabarito: Item ERRADO.

d) certidão negativa de ações pendentes sobre o imóvel junto ao Tribunal de


Justiça, habite-se e cópia autenticada dos projetos “as built”.

Vimos que todos esses documentos constavam na Norma para que houvesse o
recebimento da obra.

Assim como ressaltamos na letra “a” e na Aula 10, cabe a observação de que o
edital pode prever a entrega do “as built” pelo contratado e, uma vez previsto no
contrato, se tornaria uma condição para o recebimento definitivo da obra.

Gabarito: Item CERTO.

e) diário da obra, caderno de encargos e relatório de recomendações e de


instruções de uso.

O caderno de encargos não era arrolado pela Norma. Os demais documentos


constavam na relação.

Gabarito: Item ERRADO.

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(CESPE/SERPRO/2004 - Cargo 6: Analista – Recursos Logísticos) O


recebimento das obras é etapa importante nos trabalhos de fiscalização.
Para tanto, alguns procedimentos são fundamentais para o desfecho da
atividade de fiscalização. Em relação a esse tema, julgue os itens que se
seguem.

25. (CESPE/SERPRO/Analista de Recursos Logísticos/2004) A figura do


recebimento provisório só é cabível para obras emergenciais.

Vimos que, de acordo com a Lei 8.666/93, em seu art. 73, inciso I, o recebimento
do objeto, em se tratando de obras e serviços, ocorre da seguinte forma:

• PROVISORIAMENTE, pelo responsável por seu acompanhamento e


fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em
até 15 dias da comunicação escrita do contratado.

• DEFINITIVAMENTE, por servidor ou comissão designada pela


autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas
partes, após o decurso do prazo de observação (nunca superior a 90
dias), ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos
contratuais.

Vimos também que há uma exceção para o recebimento PROVISÓRIO de


obras e serviços. A lei 8.666/93 dispensa, em seu art. 74, inciso III, o
recebimento PROVISÓRIO quando o valor não exceder o limite definido para a
contratação por carta convite (R$ 80 mil), em face da pequena magnitude do
empreendimento, desde que as obras e os serviços não se componham de
aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e
produtividade.

Portanto, não existe qualquer previsão legal de que o recebimento provisório


somente seja cabível para obras emergenciais. Dessa forma, o item está errado.

Gabarito: Item ERRADO.

26. (CESPE/TCEES/Controlador de Recursos Públicos/Engenharia


Civil/2004) O construtor da obra assume integral responsabilidade pela boa
execução e eficiência dos serviços efetuados, com obediência às normas e
especificações pertinentes, sendo de cinco anos o prazo de garantia de tais
serviços.

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,

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Inicialmente, o gabarito desse item foi dado como correto. Entretanto, após os
recursos, foi modificado para errado. Possivelmente, tal mudança decorreu da
nova interpretação dada ao PRAZO DE GARANTIA À LUZ DO CÓDIGO
CIVIL/2002
em conjunto com o CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, conforme
tratado a seguir:

a) PRAZO DE GARANTIA NOS CONTRATOS DE EMPREITADA

A questão da responsabilidade de empreiteiros e construtores estava disciplinada


no art. 1245 do Código Civil de 1916, sendo assimilada pelo Código Civil de
2002, no seu art. 618:

“Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções


consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o
prazo irredutível de 5 (cinco) anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim
em razão dos materiais, como do solo.”

b) PRAZOS DE GARANTIA NO CÓDIGO DE DEFESA DO


CONSUMIDOR (LEI 8.078/90)

O Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 26, prevê que o direito de


reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca, ou seja, decai, em
30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e produto não duráveis, e
em 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e produtos
duráveis.

A contagem do referido prazo inicia-se com a entrega efetiva do produto ou da


execução dos serviços, exceto quando se tratar de vício oculto, cujo prazo inicia-
se no momento em que for constatado o defeito.

Vale ressaltar que, após a edição do Código de Defesa do Consumidor, vários


condomínios vêm ajuizando ações judiciais, pleiteando indenização das
construtoras ou a condenação desta na obrigação de realizar reparos, mesmo
depois de ultrapassado o prazo de 05 (cinco) anos da entrega dos
empreendimentos, fundamentando a sua pretensão na alegação de existência de
vício oculto.

Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que


o prazo para o proprietário reclamar indenização por defeito na obra
coincide com o prazo de prescrição ordinário nas relações obrigacionais, que era
de 20 (vinte) anos nos termos do Código Civil de 1916, e passou a ser de 10
(dez) anos de acordo com a disciplina do Código Civil de 2002. Esse
entendimento veio a ser objeto do enunciado da Súmula 194 do STJ, que se
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baseou no argumento de que o prazo de 05 (cinco) anos previsto no art. 618 do


Código Civil é prazo de garantia e não de prescrição ou decadência.

Ou seja, o defeito tem que aparecer no prazo de 05 (cinco) anos, mas o direito
a reclamar indenização por esse defeito prescreve apenas no prazo de 10
(dez) anos (no Código Civil de 16, era de 20 (vinte) anos).

Importante: se a obra houver sido entregue até 10 de janeiro de 2003, quando


entrou em vigor o novo Código Civil aplica-se o prazo do Código anterior,
observada a regra de transição do art. 2028.

Por conta dessa confusão, o item acabou tendo o gabarito invertido, tendo sido
considerado errado pela Banca.

Gabarito: Item ERRADO.

Na construção civil, a fiscalização deve ser exercida pelo contratante e seus


prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições
contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos. Em
relação à fiscalização de obras públicas, julgue os próximos itens.

27. (CESPE/SEPLAG/SEAPA/DF/Analista de Desenvolvimento e


Fiscalização Agropecuária/Engenheiro Civil/2009) A fiscalização deverá
exigir da contratada relatórios semanais de execução dos serviços e obras,
contendo o registro de fatos normais do andamento dos serviços.

O Manual de Obras Públicas-Edificações – Construções - Práticas da SEAP, em


seu Anexo 3, traz atividades que devem ser realizadas pela Fiscalização, quais
sejam:

“3.4 A Fiscalização deverá realizar, dentre outras, as seguintes atividades:

• manter um arquivo completo e atualizado de toda a documentação


pertinente aos trabalhos, incluindo o contrato, Caderno de Encargos,
orçamentos, cronogramas, caderneta de ocorrências, correspondência,
relatórios diários, certificados de ensaios e testes de materiais e serviços,
protótipos e catálogos de materiais e equipamentos aplicados nos
serviços e obras;

• obter da Contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de


Gestão de Qualidade e verificar a sua efetiva utilização;

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• promover reuniões periódicas no canteiro de serviço para análise e


discussão sobre o andamento dos serviços e obras, esclarecimentos e
providências necessárias ao cumprimento do contrato;

• esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente


constatadas nos desenhos, memoriais, especificações e demais elementos
de projeto, bem como fornecer informações e instruções necessárias ao
desenvolvimento dos trabalhos;

• solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade ou seqüência


dos serviços e obras em execução, bem como às interferências e interfaces
dos trabalhos da Contratada com as atividades de outras empresas ou
profissionais eventualmente contratados pelo Contratante;

• promover a presença dos Autores dos projetos no canteiro de serviço,


sempre que for necessária a verificação da exata correspondência entre
as condições reais de execução e os parâmetros, definições e conceitos de
projeto;

• paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja


executado em conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer
disposição oficial aplicável ao objeto do contrato;

• solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam


considerados defeituosos, inadequados ou inaplicáveis aos serviços e
obras;

• solicitar a realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas


necessárias ao controle de qualidade dos serviços e obras objeto do
contrato;

• exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços


e obras, aprovando os eventuais ajustes que ocorrerem durante o
desenvolvimento dos trabalhos;

• aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, verificar


e atestar as respectivas medições, bem como conferir, vistar e
encaminhar para pagamento as faturas emitidas pela Contratada;

• verificar e aprovar a substituição de materiais, equipamentos e serviços


solicitada pela Contratada e admitida no Caderno de Encargos, com base
na comprovação da equivalência entre os componentes, de conformidade
com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos;

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,

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• verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços e


obras, elaborados de conformidade com os requisitos estabelecidos no
Caderno de Encargos;

• solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que


embarace ou dificulte a ação da Fiscalização ou cuja presença no local
dos serviços e obras seja considerada prejudicial ao andamento dos
trabalhos;

• verificar e aprovar os desenhos “como construído” elaborados pela


Contratada, registrando todas as modificações introduzidas no projeto
original, de modo a documentar fielmente os serviços e obras
efetivamente executados.

3.5 Qualquer auxílio prestado pela Fiscalização na interpretação dos desenhos,


memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como na
condução dos trabalhos, não poderá ser invocado para eximir a Contratada da
responsabilidade pela execução dos serviços e obras.

3.6 A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através


de correspondência oficial e anotações ou registros na Caderneta de
Ocorrências.

3.7 A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2


(duas) destacáveis, será destinada ao registro de fatos e comunicações que
tenham implicação contratual, como: modificações de projeto, conclusão e
aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações para execução de
trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos,
ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras,
irregularidades e providências a serem tomadas pela Contratada e Fiscalização.

3.8 A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e


obras (Diário de Obra), com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas)
destacáveis, contendo o registro de fatos normais do andamento dos serviços,
como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento, efetivo de
pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as
atividades de suas subcontratadas.

3.9 As reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão documentadas por
Atas de Reunião, elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os
seguintes elementos: data, nome e assinatura dos participantes, assuntos
tratados, decisões e responsáveis pelas providências a serem tomadas.”

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Analisando o item, vemos que a fiscalização deverá exigir da contratada


relatórios DIÁRIOS, e não semanais, de execução dos serviços e obras,
contendo o registro de fatos normais do andamento dos serviços.

Gabarito: Item ERRADO.

28. (CESPE/SEPLAG/SEAPA/DF/Analista de Desenvolvimento e


Fiscalização Agropecuária/Engenheiro Civil/2009) Nas reuniões realizadas
no local dos serviços e obras, a fiscalização deve exigir da contratada a
elaboração de atas de reunião, para posterior aprovação.

Vimos que as reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão


documentadas por Atas de Reunião, ELABORADAS PELA FISCALIZAÇÃO
e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome e assinatura dos
participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a
serem tomadas.

Portanto, não é a contratada que elabora as atas de reunião, mas sim a própria
fiscalização. Item errado.

Gabarito: Item ERRADO.

29. (CESPE/CAIXA/ Engenheiro Civil/2010) Quanto ao processo de medição


e recebimento de obras públicas de engenharia e arquitetura, assinale a
opção correta.

a) O processo de recebimento de obra se dá automaticamente ao fim dos


serviços de construção e de desmonte do canteiro de obras, desde que as
imperfeições e defeitos estejam relatados no diário de obras.

Bom pessoal, já vimos que não é nada disso. Vimos que, de acordo com a Lei
8.666/93, em seu art. 73, inciso I, o recebimento do objeto, em se tratando de
obras e serviços, ocorre da seguinte forma:

• PROVISORIAMENTE, pelo responsável por seu acompanhamento e


fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em
até 15 dias da comunicação escrita do contratado.

• DEFINITIVAMENTE, por servidor ou comissão designada pela


autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas
partes, após o decurso do prazo de observação (nunca superior a 90

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dias), ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos


contratuais.

As imperfeições e os defeitos relatados no diário de obras, ou constatados na


vistoria de recebimento, devem ser corrigidos pelo contratado antes de ser
concluído o recebimento definitivo.

Gabarito: Item ERRADO.

b) O processo de recebimento de obra deve ocorrer sem a presença da


contratada e do seu engenheiro.

A questão está errada porque a contratada, e seus responsáveis, devem


acompanhar o processo de recebimento da obra de forma a serem capazes de
assinar o termo circunstanciado.

Gabarito: Item ERRADO.

c) A contratada fica isenta de qualquer manutenção ou reparo, sendo


responsável apenas quanto à segurança estrutural, a partir do momento em
que a contratada entregar a obra e o termo definitivo de recebimento de
obra for lavrado.

Conforme vimos, recentemente, o Superior Tribunal de Justiça pacificou o


entendimento de que o prazo para o proprietário reclamar indenização por
defeito na obra coincide com o prazo de prescrição ordinário nas relações
obrigacionais, que era de 20 (vinte) anos nos termos do Código Civil de 1916, e
passou a ser de 10 (dez) anos de acordo com a disciplina do Código Civil de
2002. Esse entendimento veio a ser objeto do enunciado da Súmula 194 do STJ,
que se baseou no argumento de que o prazo de 05 (cinco) anos previsto no art.
618 do Código Civil é prazo de garantia e não de prescrição ou decadência.

Ou seja, o defeito tem que aparecer no prazo de 05 (cinco) anos, mas o direito
a reclamar indenização por esse defeito prescreve apenas no prazo de 10
(dez) anos (no Código Civil de 16, era de 20 (vinte) anos).

Dessa forma, a questão está errada porque a contratada não fica isenta de
responsabilidade pelo reparo imediatamente após a entrega da obra.

Gabarito: Item ERRADO.

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d) O recebimento definitivo será efetuado pelo contratante


independentemente da comprovação pela contratada de pagamento de todos
os impostos, taxas e demais obrigações fiscais incidentes sobre o objeto do
contrato.

Conforme vimos, nos termos do Manual de Obras da SEAP, o recebimento


definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela
Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de
Recolhimento de FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas,
impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato. Dessa forma, a
questão está errada.

Gabarito: Item ERRADO.

e) O recebimento definitivo obriga a contratada a fornecer uma cópia do As


Built de todos os projetos complementares de instalações e de estrutura, bem
como os memoriais descritivos atualizados.

Bom, agora você vai descobrir o porquê da existência da questão 24 nesta aula,
falando sobre a cancelada NBR 5675, se já havíamos comentado isto na aula
anterior.

Pessoal, apesar de tudo o que dissemos com relação à NBR 5675: que ela foi
cancelada em 03/11/2008 e que atualmente não há mais previsão normativa de
entrega de “as built” como condição para o recebimento de obras, o CESPE
ainda considerou esta questão como correta.

Percebam que a redação deste item “e” é praticamente cópia do texto do item
correspondente da NBR 5675:

“A-1.1.5 Cópia autenticada do projeto como construído, aprovado, incluindo


todos os projetos complementares da Edificação e/ou de cada edifício e
respectivo (s) memorial (is) descritivo (s) das discriminações técnicas,
atualizados”.

Desta forma, não nos resta mais nada a fazer. O CESPE considerou em seu
gabarito definitivo, de um concurso realizado em 2010, que o “as built” é
condição para o recebimento definitivo de uma obra.

Apenas nos resta lamentar esta situação. Não arrisco nem recomendar qual
postura deve ser adotada: se é melhor seguir o disposto nas normas vigentes ou o
que entende o CESPE. Apresentei os fatos e deixo a critério de cada um a opção
pelo caminho a seguir.

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,

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Gabarito: Item CERTO.

Colegas, chegamos ao final do curso!

Um abraço,

Marcelo Ribeiro

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

Aspectos importantes da fiscalização de uma obra pública em que o pagamento é


feito por serviços executados são a medição dos quantitativos e o atestado da
qualidade desses serviços. Acerca desse assunto, julgue os itens subsequentes.

1. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/Obras públicas/2007 – Item 144)


É recomendável que toda medição seja acompanhada do memorial de cálculo
detalhado, indicando o local onde os serviços estão sendo aferidos.

2. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/Obras públicas/2007 – Item 145)


Se a fiscalização comprova que o serviço foi executado em conformidade com os
padrões de qualidade do respectivo edital, mas o quantitativo executado difere do
previsto, o pagamento deve ser liberado de imediato, proporcionalmente ao
quantitativo executado.

3. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/Obras públicas/2007 – Item 146)


No caso de a executora comprovar a necessidade de recursos para pagamentos de
encargos sociais, o pagamento dos serviços pode ser liberado com base em
medições provisórias, as quais deverão ser atestadas posteriormente.

4. (CESPE/SERPRO/Analista/Recursos Logísticos/2004 – Item 117) A medição


é a apuração dos quantitativos e valores realizados das obras ou serviços.

5. (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –


MP/Engenheiro/2006 – Item 42) Com relação às medições e aos pagamentos de
serviços executados em obras, constitui irregularidade:

a) o pagamento de serviços efetivamente executados.

b) a divergência entre os valores medidos pela empresa e os valores pagos pela


fiscalização.

c) o pagamento de serviços em conformidade ao estipulado no edital de licitação


e contrato.

d) inconsistências e incoerências entre o relatório da empresa e o relatório da


fiscalização.

e) pagamentos relativos a contrato de supervisão, apesar de a obra estar


paralisada.

Acerca de acompanhamento da aplicação de recursos, medições e emissão de


faturas de obras públicas, julgue os próximos itens.

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6. (CESPE/CETURB/Analista em Transportes Ocupação/Analista em


Engenharia de Construção e Manutenção/2009 – Item 109) Para o registro dos
quantitativos dos serviços executados, utilizam-se relatórios ou planilhas de
medição.

7. (CESPE/CETRUB/Analista em Transportes Ocupação/Analista em


Engenharia de Construção e Manutenção/2009 – Item 110) Conforme previsto
em lei, deve ser pago um serviço executado em obra pública, mesmo em
situações em que o critério de medição seja diferente do previsto na planilha
orçamentária ou no contrato.

A medição de obras e serviços públicos executados e o pagamento relativo a


esses serviços e obras devem ser realizados de forma a atender as disposições
legais vigentes. A respeito desse assunto, julgue os próximos itens.

8. (CESPE/ANA/Analista Administrativo/Engenharia Civil/2006 – Item 100)


Para efeito de medição e pagamento, somente podem ser considerados os
serviços e as obras efetivamente executados pela empresa contratada.

Durante procedimento de fiscalização de serviços de engenharia de uma obra


pública, os profissionais encarregados dessa função constataram algumas
irregularidades no que diz respeito às medições dos serviços e pagamentos
executados. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir quanto à
irregularidade das ações.

9. (CESPE/HEMOBRAS/Especialista em Produção de Hemoderivados e


Biotecnologia/Engenheiro Elétrico/Eletrotécnico/2008 – Item 118) Medições e
pagamentos executados com critérios diferentes dos que foram estipulados no
edital de licitação e contrato.

10. (CESPE/HEMOBRAS/Especialista em Produção de Hemoderivados e


Biotecnologia/Engenheiro Elétrico/Eletrotécnico/2008 – Item 119) Falta de
pagamento de serviços pendentes por falta de material no mercado ou que não
chegaram dentro do prazo previsto.

11. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/Obras públicas/2007 – Item 147)


Os reajustamentos têm como principal objetivo a atualização dos preços
contratuais em função da inflação registrada no setor e somente serão permitidos
se definidos nas regras do edital, sem qualquer exceção.

12. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas/2008 – Questão


45) Um determinado serviço foi contratado pelo valor de R$ 200.000,00
(duzentos mil reais), com data-base novembro de 2006. Baseado na minuta de

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contrato, cláusula sétima – reajustamento de preços, qual será o valor do


reajuste?

13. (CESPE/DPF/NACIONAL/Cargo 8: Perito Criminal Federal/Área 7 – Item


68) O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é um índice trimestral que
contabiliza os custos e índices da construção civil, a partir do levantamento de
preços de materiais e salários pagos na construção civil.

14. (CESPE/INSS/Analista do Seguro Social com Formação em Engenharia


Civil – Item 126) Para pagamento dos serviços executados, a empresa contratada
deve encaminhar nota fiscal, acompanhada de boletim de medição, à unidade
competente para a liberação dos respectivos valores.

A fiscalização da execução de obras e serviços públicos contempla, entre outras


atividades, a medição dos serviços executados e a emissão das faturas
correspondentes. Com relação a essas atividades, julgue os itens a seguir.

15. (CESPE/UNIPAMPA/Engenheiro Civil/2009 – Item 59) Se a fiscalização


autorizar, será permitido adiantar serviços, assim como a sua medição e a
emissão da fatura correspondente.

16. (CESPE/UNIPAMPA/Engenheiro Civil/2009 – Item 60) Quando, por


condições climáticas adversas, não se consegue a conclusão de serviços, ainda
assim não se deve autorizar a emissão da fatura dos serviços inacabados.

17. (CESPE/UNIPAMPA/Engenheiro Civil/2009 – Item 61) A emissão de fatura


de material posto-obra e o correspondente pagamento será permitido somente
com a comprovação prévia, por parte da fiscalização, de que ele atende às
especificações estabelecidas no projeto.

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(CESPE/MPE/AM/2007 - Cargo 5: Agente Técnico – Função: Engenheiro Civil)


Dois aspectos de vital importância na construção de qualquer obra pública são a
medição dos serviços executados e a emissão das faturas. Julgue os seguintes
itens, referentes a esses dois tópicos.

18. (CESPE/MPE/AM/Agente Técnico/Engenheiro Civil/2007 – Item 98) Com a


autorização da fiscalização, é permitido adiantar serviços, assim como a sua
medição e a emissão da fatura correspondente.

19. (CESPE/MPE/AM/Agente Técnico/Engenheiro Civil/2007 – Item 99)


Quando condições climáticas adversas impedem a conclusão de serviços, mas
fica comprovada a compra do material e a contratação da mão de obra
necessárias a sua execução, é autorizada a emissão da fatura dos serviços a
executar.

20. (CESPE/MPE/AM/Agente Técnico/Engenheiro Civil/2007 – Item 100) Para


que seja emitida fatura de material posto-obra e efetuado o correspondente
pagamento, é imprescindível comprovação prévia, por parte da fiscalização, de
que esse material atende às especificações estabelecidas no projeto.

21. (CESPE/ANA/Analista Administrativo/Engenharia Civil/2006 – Item 101) O


recebimento provisório deve ser efetuado somente após a conclusão dos serviços,
a solicitação oficial da empresa contratada e a realização de vistoria pela
fiscalização e(ou) pela comissão de recebimento de obras e serviços.

22. (CESPE/TCEES/Controlador de Recursos Públicos/Engenharia Civil/2004 –


Item 83) Para efeito de contagem do prazo global para a realização de todas as
obras ou serviços, as datas de início dos serviços e de lavratura do recebimento
provisório são consideradas como datas de início e de conclusão dos trabalhos.

23. (CESPE/ANA/Analista Administrativo/Engenharia Civil/2006 – Item 102) O


recebimento definitivo relativo a serviços e obras executados somente deve ser
efetivado pelo contratante após a apresentação, pela empresa contratada, da
certidão negativa de débito junto ao INSS, do certificado de recolhimento de
FGTS e de comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos
incidentes sobre o objeto do contrato.

24. (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –


MP/Engenheiro/2006 – Item 39) Para o recebimento definitivo da obra pela
contratante a empresa contratada deverá apresentar, entre outros, os seguintes
documentos:

a) habite-se, ordem de serviço e certidão de quitação com o INSS.

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b) relatório de recomendações e de instruções de uso e termos de garantia dos


principais componentes da construção e especificações de materiais e serviços.

c) cronograma físico-financeiro, cópia autenticada dos projetos “as built” e


certidão de quitação do INSS.

d) certidão negativa de ações pendentes sobre o imóvel junto ao Tribunal de


Justiça, habite-se e cópia autenticada dos projetos “as built”.

e) diário da obra, caderno de encargos e relatório de recomendações e de


instruções de uso.

(CESPE/SERPRO/2004 - Cargo 6: Analista – Recursos Logísticos) O


recebimento das obras é etapa importante nos trabalhos de fiscalização. Para
tanto, alguns procedimentos são fundamentais para o desfecho da atividade de
fiscalização. Em relação a esse tema, julgue os itens que se seguem.

25. (CESPE/SERPRO/Analista de Recursos Logísticos/2004 – Item 96) A figura


do recebimento provisório só é cabível para obras emergenciais.

26. (CESPE/TCEES/Controlador de Recursos Públicos/Engenharia Civil/2004 –


Item 84) O construtor da obra assume integral responsabilidade pela boa
execução e eficiência dos serviços efetuados, com obediência às normas e
especificações pertinentes, sendo de cinco anos o prazo de garantia de tais
serviços.

Na construção civil, a fiscalização deve ser exercida pelo contratante e seus


prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais,
técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos. Em relação à fiscalização
de obras públicas, julgue os próximos itens.

27. (CESPE/SEPLAG/SEAPA/DF/Analista de Desenvolvimento e Fiscalização


Agropecuária/Engenheiro Civil/2009 - Item 82) A fiscalização deverá exigir da
contratada relatórios semanais de execução dos serviços e obras, contendo o
registro de fatos normais do andamento dos serviços.

28. (CESPE/SEPLAG/SEAPA/DF/Analista de Desenvolvimento e Fiscalização


Agropecuária/Engenheiro Civil/2009 - Item 83) Nas reuniões realizadas no local
dos serviços e obras, a fiscalização deve exigir da contratada a elaboração de atas
de reunião, para posterior aprovação.

29. (CESPE/CAIXA/ Engenheiro Civil/2010 – Item 19) Quanto ao processo de


medição e recebimento de obras públicas de engenharia e arquitetura, assinale a
opção correta.

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a) O processo de recebimento de obra se dá automaticamente ao fim dos serviços


de construção e de desmonte do canteiro de obras, desde que as imperfeições e
defeitos estejam relatados no diário de obras.

b) O processo de recebimento de obra deve ocorrer sem a presença da contratada


e do seu engenheiro.

c) A contratada fica isenta de qualquer manutenção ou reparo, sendo responsável


apenas quanto à segurança estrutural, a partir do momento em que a contratada
entregar a obra e o termo definitivo de recebimento de obra for lavrado.

d) O recebimento definitivo será efetuado pelo contratante independentemente da


comprovação pela contratada de pagamento de todos os impostos, taxas e demais
obrigações fiscais incidentes sobre o objeto do contrato.

e) O recebimento definitivo obriga a contratada a fornecer uma cópia do As Built


de todos os projetos complementares de instalações e de estrutura, bem como os
memoriais descritivos atualizados.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALTOUNIAN, Cláudio Sarian. Obras públicas: licitação, contratação,


fiscalização e utilização. 2 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5675:1980 -


Recebimento de serviços e obras de engenharia e arquitetura - Procedimento. Rio
de Janeiro, 1980.

BRASIL. Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio. Secretaria de


Logística e Tecnologia da Informação. Manual de Obras Públicas-Edificações –
Construções - Práticas da SEAP. Disponível em:
<http://www.comprasnet.gov.br>. Acesso em: 20 Jul 2010.

ESAF. Apostila da disciplina do curso de Direito – Licitações e Contratos. Curso


de Formação – Analista de Finanças e Controle da CGU. 2008.

GONZÁLEZ, Marco Aurélio Stumpf. Noções de Orçamento e Planejamento de


Obras. UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo:
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SILVA, Nilson José da. Apostilamento em substituição à celebração de termo


aditivo. Disponível em:
http://www.auditoria.mt.gov.br/arquivos/A_a561202c49ad9d26f9418622893f2d
0eApostilamentoemsubstituicaoacelebracaodetermoaditivo.pdf>. Acesso em: 20
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UFBA. Prazo De Garantia À Luz Do Código Civil/2002


E Do Código De Defesa Do Consumidor. Apresentação disponível em
<http://www.gerenciamento.ufba.br/MBA%20Disciplinas%20Arquivos/Legisla
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