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10° MOSTRA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA INSTITUTO 3M.


PROJETO DE INICIAÇÃO CIÊNTÍFICA

HIAGO ALVES DINIZ


JULIA GABRIELLA RAMOS MACHADO
PIETRO ALVES MACHADO DOS SANTOS INACIO

REDUÇÃO DE EMISSÃO DE GASES POLUENTES CAUSADORES


DO AQUECIMENTO GLOBAL
UMA EXPERIÊNCIA COM ELEMENTOS FILTRANTES

Campinas - SP
2022
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HIAGO ALVES DINIZ


JULIA GABRIELLA RAMOS MACHADO
PIETRO ALVES MACHADO DOS SANTOS INACIO

REDUÇÃO DE EMISSÃO DE GASES POLUENTES CAUSADORES


DO AQUECIMENTO GLOBAL
UMA EXPERIÊNCIA COM ELEMENTOS FILTRANTES

Trabalho de Iniciação Científica apresentado


como requisito parcial para participação da 10ª
Mostra de Ciência e Tecnologia Instituto 3M.

Orientador: Prof°. Gilson Roberto Machado


Co-orientador: Prof°. Ronaldo Adriano Miranda

Campinas - SP
2022
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RESUMO

O objetivo deste estudo é testar materiais que possam ter elementos filtrantes,
materiais esses usados para diversos fins, a proposta é avaliar se são capazes de
serem usados para diminuição de concetração de particulas de Co² em ambientes,
como base para futuros desenvolvimentos de filtros de ar para escapamentos
automotivos, além disso de forma mais conceitual explorar e entender conceitos
sobre gases e seus impactos ambientais, explorando conceitos de sustentabilidade
para contribuir na diminuição do aquecimento global. Utilizamos para tanto, métodos
de pesquisas referênciados, onde foi possível explorar conceitos relacionados
através de pesquisas bibliográficas com foco qualitativo, e através de metodologia
experimental foi possível interagir a teoria com a prática. Foram realizadas ensaios
com emissão de gases, nesses foram aplicados um processo de filtragem com
alguns elementos filtrantes básicos, elementos esses usados para outros fins, mas
que possuem alguma caraterística necessária e hipotética de efeito. Os resultados
obtidos inicialmente com os recursos e equipamento disponível apresentaram
conceitualmente uma efetividade no que se propunham, que era medir a
concetração de particulas, mas são capazes por si só de apresentar uma conclusão
finalistíca, os resultado são preliminarese e podem servir de base para um
aprofundamento de pesquisa. No sentindo de aprofundamento conceitual, o
presente estudo cumpre requisito básico ao explorar e entender conceitos sobre
gases e seus impactos ambientais o que contribui para compreender conceitos de
sustentabilidade possibilitando uma reflexão para ações que visem a diminuição do
aquecimento global.

PALAVRAS-CHAVE: efeito estufa; aquecimento global; elemento filtrante; CO² ;


sustentabilidade
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5
OBJETIVOS 6
METODOLOGIA 6
CAPÍTULO 1 – CONHECENDO O QUE É EFEITO ESTUFA E O 8
AQUECIMENTO GLOBAL
CAPÍTULO 2 - DEFINIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE 9
CAPÍTULO 3 - MONÓXIDO DE CARBONO E DIOXÍDO DE 10
CARBONO
CAPÍTULO 4 - PESQUISA DE CAMPO – ATIVIDADE 11
EXPERIMENTAL

CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 17


REFERÊNCIAS 18
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INTRODUÇÃO

Olhar o mundo e perceber sua interações requer exercício continuo por parte
de quem o observa, o crescimento desenfreado e o consumo acelerado, tem levado
a um esgotamento do uso dos recursos naturais e conseqüentemente a um
desequilíbrio ambiental.
Mesmo numa sociedade com nível tecnológico tão alto e conhecimentos
científicos modernos, pequenas descobertas em ambientes escolares, usando de
elementos do dia-dia com recursos simples, podem ser a chave para o inicio de
estudos mais aprofundados.
O presente trabalho se constrói observando os constantes avisos que a
natureza vem demonstrando para a humanidade, mudanças climáticas nunca antes
observadas, estações do ano cada vez mais fora dos períodos naturais e desastres
ambientais com maiores freqüência, faz acreditar que é necessário pensar sobre o
que podemos fazer de diferente e contribuir com ações que possam mudar essa
realidade que se apresenta cada vez mais real aos olhos de todos.
O capítulo 1 apresenta a relação existente entre efeito estufa e aquecimento
global, apresentando um entendimento importante que o efeito estufa é algo natural
de proteção a vida em nosso planeta, mas que devido o aumento de concentração
desses gases, o efeito de estufa vem aumentando e assim aquecendo cada vez
mais nosso planeta.
No capítulo 2 podemos entender o conceito de sustentabilidade que vem
sendo proposto para toda humanidade, se apresenta como um antídoto contra esses
efeitos de nossa exploração neste planeta, remédio esse que ainda se apresenta
muitas vezes mais em palavras do que ações.
O capítulo 3 vem apresentar um pouco mais que são os inimigos que
devemos combater, descreve-se sobre os dois principais gases que ao se
encontrarem em grandes quantidade na atmosfera podem causar situações
adversas, gases esses que vão vitais para vida na terra, mas que precisam ser
controlados e usados de forma correta.
Já no 4º capítulo apresenta-se as armas que podemos usar, além de trazer
uma experimento prático de observação de comportamentos desses gases, nestas
atividades são feitos reconhecimentos de possíveis materiais alternativos para
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propor um tipo de filtragem que possa diminuir a quantidade desses gases na


atmosfera.

OBJETIVO GERAL

Testar materiais com elementos filtrantes usados para diversos fins, para avaliar se
são capazes de serem usados para diminuição de concetração de particulas de Co²
em ambientes, como base para futuros desenvolvimentos de filtros de ar para
escapamentos automotivos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Explorar e entender conceitos sobre gases e seus impactos ambientais.


 Explorar conceitos de sustentabilidade para contribuir na diminuição do
aquecimento global.

METODOLOGIA

O presente trabalho se configura com uma investigação de natureza


qualitativa visto que está voltada à representação dos objetos em sua totalidade
dentro de certos contextos. Basicamente, tenta-se entender os significados dos
dados, seus motivos, contextos, particularidades e todos os processos que envolvem
o fenômeno estudado (FLICK, 2009)
Quanto ao tipo de pesquisa, ela se configura como bibliográfica, pois segundo
Vergara (2013), é desenvolvida com base em material publicado em livros, revistas,
jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral.
Ainda Lima e Mioto (2007, p. 37) afirmam que realizar uma pesquisa do tipo
bibliográfica significa “realizar um movimento incansável de apreensão dos objetivos,
de observância das etapas, de leitura, de questionamentos e de interlocução crítica
com o material bibliográfico.
Também optamos por um método de pesquisa experimental, que pode-se
dizer que é um dos tipos de pesquisa que permite testar hipóteses, que estabelecem
relações de causa e efeito.
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Para Gil (2008, p.47), a pesquisa experimental consiste em determinar um


objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir
as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
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CAPÍTULO 1
CONHECENDO O QUE É EFEITO ESTUFA E O AQUECIMENTO GLOBAL

O futuro de nosso planeta depende de mudanças na forma como se


relacionamos com nosso ambiente, se continuarmos a manter os padrões de
exploração e poluição, muito em breve nosso planeta não será como o conhecemos
hoje.
O aquecimento global é uma das conseqüências dessa poluição desenfreada
e que tende a mudar completamente a organização dos ciclos climáticos que
ocorrem devido ao efeito estufa de nosso planeta.
Importante esclarecer que muitas vezes se confunde efeito estufa como
sendo um resultado do aquecimento global, conforme Junges et.al (2018) “o efeito
estufa é um processo natural que ocorre numa atmosfera planetária devido à
presença de determinados gases, os chamados gases de efeito estufa.”
O termo “efeito estufa” foi dado, pois pode ser comparado ao fenômeno semelhante
que ocorre dentro de uma estufa: o vidro deixa a luz solar entrar, a luz aquece o solo e as
plantas da estufa e é re-irradiada como infravermelho. O vidro retém parte desses raios
dentro da estufa (OLIVEIRA 2012 p.16 apud AMABIS, MARTHO, 2004)
No nosso planeta o efeito estufa é responsável por aquecer a superfície da
Terra, graças à presença de uma atmosfera que contêm gases que impedem a
perca de calor. Os principais gases que contribuem para o Efeito Estufa são o
dióxido de carbono (CO2), gás metano (CH4) e o vapor-d’ água (H2O) (OLIVEIRA
2012 p.16, apud LOPES, ROSSO, 2010).
Na verdade o aquecimento global é um resultado do efeito estufa que ocorre
quando existe um desequilíbrio e um aumento da presença de gases nas atmosfera,
portanto, aumentando o efeito estufa natural existente.
Molion (2008 p.12 apud Sumário para Formuladores de Políticas do IPCC)
afirma-se que o gás carbônico é o principal gás antropogênico e que sua
concentração de 379 ppmv em 2005 foi a maior ocorrida nos últimos 650 mil
anos, período em que ficou limitada entre 180 e 300 ppmv. O aumento de
sua concentração nos últimos 150 anos foi atribuído às emissões por
queima de combustíveis fósseis e mudanças do uso da terra.

De acordo com Junges et.al (2018 p.144 apud Ibid, p.357) “em números
arredondados o vapor d’água é responsável por 50% do efeito estufa da Terra, as
nuvens contribuem com 25%, o CO2 com 20% e os demais gases estufa com 5%”
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Se observar por essas definições, podemos levantar uma questão, porque


existe uma preocupação tão grande com o CO² sendo que o principal responsável
seria o vapor d’água, ainda conforme Junges et.al (2018 p.144) “o CO² é um gás
estufa não condensável, podendo permanecer um longo período de tempo, centenas
de anos, na atmosfera.”

CAPÍTULO 2
DEFINIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE

Da mesma forma que humanidade é capaz de criar degradações do meio


ambiente, também está na sua mão solucionar ou tentar mitigar efeitos de sua ações
exploratórias e poluentes.
O conceito de sustentabilidade surgiu na década de 70. Em 1972 foi
apresentado pela primeira vez este conceito na Conferencia das Nações Unidas
Sobre o Meio Ambiente Urbano, conhecida como a conferencia de Estocolmo, assim
é assinada a declaração de Estocolmo, afirmando que “a proteção e o
melhoramento do meio ambiente humano é uma questão fundamental que afeta o
bem-estar dos povos e o desenvolvimento econômico do mundo inteiro, um desejo
urgente dos povos de todo o mundo e um dever de todos os governos” (AMARAL
2012 p.4 apud. GOMES, 2005).
A sustentabilidade tem sido tema de grande interesse entre pesquisadores
e empresas, especialmente devido a atenção despertada face às mudanças
climáticas causadas pela ação predatória do homem no meio ambiente causando
uma emergência planetária. (BARICHELLO 2018 p.88 apud. COSTA; SANTOS,
2009).
Conforme Bacha, Santos e Schaun (2010 p.5) “sustentabilidade remete ao
vocábulo sustentar no qual a dimensão longo prazo se encontra incorporada. Há
necessidade de encontrar mecanismos de interação nas sociedades humanas que
ocorram em relação harmoniosa com a natureza”.
O termo deriva do comportamento prudente de um predador ao explorar sua
presa, ou seja, moderação, por tempo indeterminado. Isto é, o ser humano
necessitaria conhecer as particularidades do planeta para utilizá-lo por longo tempo
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assegurando a continuidade da própria espécie (BACHA, SANTOS E SCHAUN 2010


p.5 apud. SCHWEIGERT, 2007).
Conforme Amaral (2012 p.5) “a sustentabilidade é um conceito sistêmico,
relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e
ambientais da sociedade humana.”
No sentindo do foco desta pesquisa, ao se entender que a sustentabilidade
ela se relaciona em ações planejadas para gerações futuras, no que diz respeito a
emissão de gases, existe também, toda uma movimentação mundial relacionada ao
tema, devido sua efetiva ação nas condições de vida do planeta, foi se criado o
Inventário de Emissão de Gases do Efeito Estufa.
Inventário de emissões de gases de efeito estufa é uma ferramenta utilizada em uma
empresa, grupos de empresas, setor econômico, cidade, estado ou país, afim de levantar
fontes de gases de efeito estufa (GEE) nas atividades produtivas e a quantidade de GEE
emitido na atmosfera. Contabilizar em GEE significa quantificar e organizar dados sobre
emissões com base em padrões e protocolos e atribuir essas emissões corretamente a uma
unidade de negócio, empresa, país ou outra entidade (AMARAL 2012 p.7 apud. GHG
PROTOCOLO, 2003).

CAPÍTULO 3
MONÓXIDO DE CARBONO E DIOXÍDO DE CARBONO

O conhecimento é chave para o desenvolvimento e preservação do nosso


planeta, por isso, entender conceitos múltiplos e interdisciplinares se torna peça
chave no entendimento de situações e resolução de problemas complexos, neste
sentindo entender mais sobre os principais gases causadores do desequilíbrio e
geradores do aquecimento global se torna importante.
O monóxido de carbono (CO) é um dos poluentes primários mais comuns
presente na atmosfera urbana. É um gás incolor, inodoro, insípido, pouco solúvel em
água, caracterizado por uma densidade menor do que os componentes do ar, o que
implica em sua alta qualidade de dispersão da origem da fonte (NASCIMENTO,
2016 p.27 apud. WHO, 1999)
As queimadas florestais e erupções vulcânicas são suas principais fontes
naturais, enquanto as principais fontes de emissões antrópicas são oriundas das
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atividades indústrias e dos veículos automotores (NASCIMENTO, 2016 p.27 apud.


VARON, 1999).
De acordo com o Fogasa (2022)
o dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, é um óxido
ácido cuja fórmula molecular é CO2 (O ═ C ═ O). Esse composto é um gás
na temperatura ambiente e é essencial para a manutenção da vida no
planeta, pois ele participa de dois dos processos mais vitais, que são a
fotossíntese e a respiração.

Tanto o CO como o CO² eles vem basicamente das mesmas fontes de


queima, a principal diferença está no tipo do combustível e na disponibilidade de
oxigênio durante a queima; a combustão completa leva à formação de dióxido de
carbono (CO²) devido a abundância de oxigênio (NASCIMENTO, 2016 p.27 apud.
BODEN, 2009)
Os níveis de dióxido de carbono têm crescido de forma alarmante desde a
Revolução Industrial. Além disso, esse gás é um dos mais abundantes na atmosfera
e tem uma grande longevidade (até 200 anos). “Estima-se que 70% do aumento do
efeito estufa se deva a maior concentração de CO2 […] As atividades humanas têm
sido as maiores responsáveis por essa elevação da concentração do CO2 na
atmosfera nas últimas centenas de anos” (GONÇALVES 2015 apud. DALLAS, 2009.
p. 13).
Ainda conforme Fogasa (2022)
o dióxido de carbono é também um gás-estufa, ou seja, ele é capaz de
absorver parte da radiação solar que é refletida pela superfície terrestre, e
acompanhado de outros gases forma uma camada que funciona como uma
espécie de cobertor, mantendo o planeta aquecido.

CAPÍTULO 4
PESQUISA DE CAMPO – ATIVIDADE EXPERIMENTAL

Nesta parte do estudo será apresentado uma atividade experimental, onde foi
possível relacionar os conceitos teóricos com os práticos, a atividade experimental
foi realizada no município de Campinas/SP em uma escola pública de Ensino
Integral.
A situação analisada pelo grupo se relaciona a tentar analisar a possível
efetividade de elementos filtrantes usados em outras situações do dia-dia, para
avaliar se possivelmente possam ser usados como inibidores ou redutores de
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partículas de gases emitidas pelos escapamentos dos veículos automotores,


principalmente no que diz respeito ao gás CO².
Conforme Sakai (2018) “os filtros de gases servem para eliminar ou reduzir a
níveis aceitáveis a emissão do poluente para o ambiente externo”
A filtração consiste em um processo físico com o objetivo de promover a
remoção de partículas sólidas através de um meio filtrante. (SILVEIRA E SILVA
2018 p.19 apud. FERREIRA FILHO 2017)
O elemento filtrante é todo material com propriedades físicas ou químicas de
reter partículas em gases ou em outros meios.
Conforme Grupo Clauwan (2021)
elementos Filtrantes são os materiais que compõem o interior dos filtros
usados para a purificação. O processo de filtração é físico, por isso o soluto
precisa entrar em contato com esses elementos para ser filtrado.Na
natureza existem diversos tipos de elementos filtrantes que podem ser
utilizados. Sendo que, cada um deles é mais indicado para deter
determinado tipo de partícula ou para ser utilizado em processos
específicos.

A motivação da atividade experimental tem como foco a problemática dos


poluentes que os veículos automotores emitem na atmosfera, importante, esclarecer
que, mesmo os espaçamentos tendo os catalisadores, os gases emitidos pelos
veículos são ainda bons responsáveis por colaborar com efeito estufa.
Conforme Estadão Summit Mobilidade Urbana (2020) “dados importantes
quanto ao tema são do Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte
Rodoviário de Passageiros no Município de São Paulo. Segundo o documento,
os carros são responsáveis por 72,6% da emissão de gases do efeito estufa.
É importante entender que o catalisador usado nos carros, portanto não tem
capacidade de efetiva de filtragem, mas sim de transformar gases mais nocivos em
outro tipos de gases menos nocivos, mas não incapazes de afetar o meio ambiente
Conforme site Kelly Blue Book (2018)
o catalisador é um componente do sistema de escape, localizado muito
próximo do coletor ou até mesmo junto a este para manter uma temperatura
elevada. Em resumo, trata-se de uma espécie de colméia de cerâmica (ou
metálica) instalado em um invólucro de aço inoxidável onde existem
minúsculas partículas de metais nobres que, em contato com o monóxido de
carbono, os óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos mal queimados pelo
motor, transformam a composição destes, decompondo parte e permitindo
que as emissões que chegam à atmosfera sejam menores do que as
inicialmente expelidas pela combustão. Assim, parte dos gases de escape
nocivos - CO, NOx e HC - transformam-se, respectivamente, em dióxido de
carbono (CO2), nitrogênio simples (N2) e água (H2O).
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Para se fazer os experimentos, foi utilizado um detector de gases usados em


residências, este aparelho é capaz de informar a quantidade de partes por milhão
existente no ambiente (ppm) e emitir um aviso sonoro.
Conforme Instrutemp (2018) “os medidores de CO medem a concentração de
gás CO na atmosfera em partes por milhão (ppm). Ao detectar uma certa
concentração de gás no ambiente, notificam o perigo. O monóxido de carbono pesa
mais que o ar, o que significa que ele pode se depositar no chão.”
No caso do experimento foi utilizado duas caixas de papelão e um cano de
PVC para criar dois compartimentos de medição, a caixa foi toda selada com fita
para evitar que os gases se perdessem.
Figura 1 – Protótipo de Papelão

Fonte: Próprios autores


A proposta é que seja colocado o emissor de gases na primeira caixa e que
através do cano o gás chegue na segunda caixa.
Com o aparelho dentro da primeira caixa será medido o gás de forma direta e
posteriormente o aparelho será colocado na segunda caixa para fazer a medição do
gás após sua passagem pelos elementos filtrantes.
1º Teste – Elemento filtrante: Manta de feltro x Combustão de Carvão e
Papelão
No primeiro teste foi utilizado como elemento filtrante uma manta de feltro,
essas utilizadas em exaustores de cozinhas, e foi utilizado como fonte de gases a
combustão de carvão e papelão.
A escolha do feltro se deu pelo motivo da manta ser usada em exaustores de
cozinha no qual ela serve como filtro de gordura, o idéia é avaliar se além de gordura
o feltro é capaz de reter parte de outras partículas dos gases.
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Figura 2 – Teste 1

Fonte: Próprios autores

O aparelho na primeira caixa registrou 910 ppm conforme é possível


evidenciar na imagem abaixo:
Figura 3 – Aparelho na 1ª caixa

Fonte: Próprios autores

Na segunda caixa, após o gás passar pela manta de feltro o aparelho


registrou 140 ppm, conforme imagens abaixo:
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Figura 4 – Aparelho na 2ª caixa

Fonte: Próprios autores

De forma preliminar foi possível verificar que houve um resultado menor de


partículas na segunda caixa.

2º Teste – Elemento filtrante: Manta de feltro x Combustão de Álcool


Combustível emitido pelo escapamento do carro.
No segundo teste foi utilizado como elemento filtrante uma manta de feltro,
essas utilizadas em exaustores de cozinhas, e foi utilizado como fonte de gases a
combustão de álcool combustível emitido pelo escapamento do carro.
Figura 5 - Teste 2

Fonte: Próprios autores


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O resultado aferido na primeira caixa foi de 910 ppm e na seqüência na


segunda caixa após os gases passarem pelo feltro o resultado apresentado foi de
870 ppm conforme pode se observar nas imagens abaixo:
Figura 6 - Resultados Teste 2 - Caixa 1 e Caixa 2

Fonte: Próprios autores

De forma preliminar foi possível verificar que houve um resultado menor de


partículas na segunda caixa no 2º teste.
Realizando uma análise dos dois resultados apresentados é possível
observar que houve uma diferença de medições, observa-se que no segundo teste a
diferença de partículas é menor que no 1º teste, uma hipótese levantada é que
possivelmente o escapamento do carro tem uma capacidade maior de ejeção de
gases o que acaba fazendo que o gás chegue na 2ª caixa com mais intensidade do
que no 1° teste que acaba não tendo essa força, sendo a passagem de uma caixa
ara outra de forma mais constante e parcial.
Apesar de observar redução de partículas nos testes realizados, seria
importante analisar outros aspectos para que pudéssemos oferecer bases mais
concretas de análise, não é possível por exemplo, através deste recursos limitados
detectar se a quantidade gás existente na caixa 1 é a mesma quantidade de gás
existente na caixa 2 e assim criar uma proporção de equivalência entre as 2
grandezas, uma das hipóteses para considerar essa situação é que o material do
feltro poderia reter parte da quantidade de gás e assim ser um requisito de desvio
dos resultados.
Os demais testes sugeridos seria utilizando filtros de ar de motor de veículos
automotivos, outro com um compartimento de carvão e por fim um último teste
reunindo os 3 elementos.
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CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho de pesquisa se encerra cumprindo partes do seu


principal objetivo que foi de testar materiais com elementos filtrantes usados para
diversos fins, para avaliar se são capazes de serem usados para diminuição de
concetração de particulas de Co² em ambientes, como base para futuros
desenvolvimentos de filtros de ar para escapamentos automotivos, com base em
método referênciado experimental, o processo só não foi totalmente finalizado
devido a necessidade de entrega de relatório para submissão, o processo de testes
continuam para validação das hipoteses.
Os resultados obtidos não são capazes efetivamente de no momento
apresentar uma conclusão finalistíca, devido a falta de equipamentos e recursos
específicos o resultado são preliminarese podem servir de base para um
aprofundamento de pesquisa.
No sentindo de aprofundamento conceitual através de metodologia
bibliográfica o presente estudo cumpre requisito básico ao explorar e entender
conceitos sobre gases e seus impactos ambientais o que contribui para
compreender conceitos de sustentabilidade possibilitando uma reflexão para ações
que visem a diminuição do aquecimento global.
Não se esgota aqui os experimentos e conhecimentos exercitados, o
processo de aprendizagem é continuo e não acontece do dia para noite, portanto, o
trabalho pode servir de base para um maior aprofundamento e melhorias.
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REFERÊNCIAS

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Sustentabilidade e emissões de GEE: Um estudo de caso.
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/40145/R%20-%20E%20-
%20CARMELITA%20MARIA%20BONSANTO%20DO%20AMARAL.pdf?sequence=
2&isAllowed=y. Acesso em 11/11/2022.

BACHA, Maria de Lourdes; SANTOS, Jorgina; e SCHAUN, Angela. VII SEGeT –


Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – 2010.
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos10/31_cons%20teor%20bacha.pdf.
Acesso em 11/11/2022.

CLAUWAN. Grupo. Saiba os tipos de Elementos Filtrantes e onde utilizá-los - 4


de outubro de 2021. https://www.clauwan.com.br/blog/saiba-os-tipos-de-elementos-
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https://summitmobilidade.estadao.com.br/ir-e-vir-no-mundo/automoveis-sao-a-
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https://www.preparaenem.com/quimica/dioxido-carbono.htm. Acesso em 11/11/2022.

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INSTRUTEMP Instrumentos de Medição Ltda. Medidores de CO podem salvar


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Silveira-e-Silva.pdf. Acesso em 11/11/2022.

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