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Outubro
2019
IDENTIFICAÇÃO
Título: VOZ, INVISIBILIDADE E CINEMA DE BAIXO CUSTO - Oficina de introdução
ao audiovisual para mulheres invisíveis
Formato: Intervenção/Difusão
Orçamento: R$ 6.430,00
SUMÁRIO
1. Apresentação …………………………………………...… 4
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2. Justificativa ……………………………………………….. 5
3. Fundamentação Teórica …………………………………. 6
4. Metodologia …………………………………………….. 10
5. Pré-cronograma ………………………………………... 11
6. Cronograma ……………………………………………. 12
7. Materiais e Recursos ……………………………………15
8. Referências bibliográficas …………………………..… 17
“Dedico esse projeto, em nome de todas as mulheres que tanto batalham e sofrem,
à Luzia, minha mãe, mulherão forte, dona de casa desde sempre e, desde sempre,
para mim e meus irmãos, nossa costureira, professora, médica, administradora,
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psicóloga, cozinheira e presidenta, que aos 48 anos conseguiu ir atrás dos seus
sonhos, se tornando técnica em eventos e graduada em Gastronomia.”
1. APRESENTAÇÃO
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são invalidadas pela família, jovens e senhoras obrigadas a parar de estudar para cuidar dos
afazeres domésticos e do marido e dos filhos, mulheres que muitas vezes não possuem sequer
uma atividade para benefício próprio, pessoas geralmente invisíveis e sem voz dentro da
construção social brasileira. Viso trazer também ideias de modos de construção
cinematográfica de baixo custo para tornar acessível o fazer cinematográfico e mostrá-lo
como uma possibilidade de instrumento de emancipação na vida dessas mulheres.
Tive muita sorte de, desde pequena, ter tido acesso a projetos de expressão cultural
oferecidos por ações governamentais e eles influenciaram muito na minha formação como
cidadã e como profissional, além disso em minha casa nunca fui obrigada a fazer todas as
atividades, eu e meus irmãos, homens, sempre dividimos todas as atividades de casa por igual
e tivemos condições financeiras e incentivo social para focar em nossos estudos desde
pequenos, de modo que segui até hoje nas áreas de teatro, música e cinema e isso me abriu
portas para novos mundos e ainda abre todos os dias.
Eu acredito muito que cada conhecimento doado por um profissional educador pode
abrir novos caminhos na vida das pessoas e impactar diretamente no seu futuro, mas isso,
muitas vezes, é negado a muitas mulheres de famílias de baixa renda, que muitas vezes
passam toda a vida em detrimento do outro, preparadas desde cedo pela sociedade para serem
submissas e ao mesmo tempo preparas pela vida para serem fortes alicerces que sustentam
toda a família, num meio machista e capitalista que não as escuta, não as oportuniza, não as
considera úteis no sistema muitas vezes por diversos fatores, entre eles por não conseguirem
alcançar uma alta escolaridade.
A ideia é, de grão em grão, diminuir as disparidades de oportunidades para nós mulheres
até que, em algum momento do futuro o caminhos igualitário seja justo e não um caminho
que pende sempre para o favorecimento masculino, para que essas mulheres que têm seus
direitos e voz negados possam cada dia mais ocupar novos espaços que devem ser seus.
Com esse projeto de oficina terei a oportunidade de compartilhar um pouco do que aprendi
no curso e incentivar a utilização do cinema como meio de expressão, de denúncia, de
hobbie, possibilidade de profissão, na vida de mulheres em situação de vulnerabilidade em
qualquer faixa etária, através do uso de celulares e outras “gambiarras”.
2. JUSTIFICATIVA
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Ensinar e obter trocas de experiência e de aprendizagem é algo que já me move e me
atravessa a algum tempo. Sou pesquisadora de teatro e música desde 2012, já ministrei
oficinas dentro das minhas áreas de pesquisa, que são: o teatro através da estrutura
brechtiana, o teatro de improviso (mais especificamente o Teatro Playback) e o teatro de
formas animadas. Os públicos que atendi, juntamente com outros membros dos coletivos,
foram, em sua maioria, estudantes de ensino médio e fundamental de escolas públicas
federais e estaduais, estudantes de comunicação, de teatro, de música e de artes visuais e
moradores da Várzea (Recife). Além de ter sido palestrante para alunos de escola pública
durante todo o ano 2017 com incentivo da PROEXT (IFPE).
Ministrando e auxiliando na ministração de oficinas aprendi muito sobre enxergar, ouvir e
incentivar o outro dentro de sua individualidade, e a pensar como construir em coletivo. As
possibilidades dentro de uma oficina são inúmeras e muitas das descobertas que fazemos
surgem de algo improvisado. Quando lidamos com seres humanos a matemática não vai
bater, os objetivos arquitetados fogem do nosso controle até certo nível de modo que somos
presenteados com muito mais do que planejamos ensinar, presenteados com contextos jamais
imaginados na hora do planejamento.
A inserção de um universo de conhecimento através de oficinas pedagógicas é um
instrumento poderoso por unir dinamicidade, coletividade, troca de experiências, foco na
construção criativa, e por fim, objetividade, levando ensinamento em um curto período de
tempo e de modo prático com o objetivo de apresentar o mínimo que se precisa saber sobre o
assunto ministrado, no caso da experiência proposta pro projeto, a aluna terminará a oficina
sabendo explicar os conceitos básicos que envolvem a linguagem audiovisual, a estrutura e as
orientações de como construir um roteiro dentro da formatação cinematográfica e as etapas
da elaboração de um filme desde a ideia até o seu resultado final.
Diferente de uma aula expositiva, a oficina busca trabalhar sempre viés práticos para que
o aluno associe as informações mais rapidamente e alcance certo domínio sobre o que está
aprendendo, se sentindo num quadro de avanço, mesmo numa experiência curta. A estrutura
de uma oficina em si favorece um certo sentimento de orgulho proveniente da oportunidade
de enxergar o próprio avanço e da possibilidade muito presente de criar, priorizando sempre a
coletividade.
Não busco aqui trazer comparações entre formas de ensino de modo a menosprezar uma
em detrimento da outra, cada estrutura de ensino e aprendizagem é importante e pode ser
construída e trabalhada de modo eficiente , além disso, em cada situação de ensino se variam
os recursos e as necessidades pedagógicos pertinentes. Busco aqui apenas explanar a razão
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pela qual tenho confiança que a estrutura de oficina será uma tática de troca eficaz dentro do
contexto e dos recursos que eu e as alunas estaremos inseridas.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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na quantidade de mulheres mortas por serem mulheres ou com o objetivo de serem
silenciadas, nos lares, na política e etc. Segundo a Fundação Tide Setubal:
“um relatório elaborado pela OCDE afirma que as disparidades de gênero por área
não são determinadas por diferenças inatas de habilidades, mas por questões
culturais, como o incentivo por parte de pais e professores aos meninos em
disciplinas nas áreas de exatas e biológicas. Um recente estudo da Cátedra Unesco
Mulher, Ciência e Tecnologia na América Latina (Flacso-Argentina) mostra que
nove em cada dez meninas com entre 6 e 8 anos associam a engenharia com
afinidades e destrezas masculinas.” (FTS - 2019)
Alguns dados são assustadores, por exemplo, segundo Márcia Guerra, analista da Fundação
Seade, o desemprego entre mulheres negras cresceu de 9,2 % para 15,9% entre os anos de
2014 e 2017, o desemprego entre mulheres brancas também cresceu. Isso sem falar na
violência, no Brasil, a cada hora 503 mulheres sofrem algum tipo de violência, e quando
chegamos aos 16 anos, pelo menos 40% já tem sofrido algum tipo de assédio.
Negar a existência dessas disparidades gerais e a existência da ociosidade por invalidez e
do excesso de ocupações caseiras provocado pelo machismo é ser conivente com a
perpetuação do sofrimento e do silenciamento das mulheres. Quando penso em senhoras em
casa, que pensam que não sabem fazer nada só porque nunca tiveram a oportunidade de
pensar em si e são consideradas inúteis pela família por não possuírem mais o vigor da
juventude, privadas de viver, e quando penso em meninas jovens que já possuem família na
qual o marido possui suas atividades de lazer e ela não sabe como, não pode ou não se
permite se divertir e aprender coisas novas, quando penso nessas populações de mulheres
isoladas ainda presentes na minha cidade, (independente do forte crescimento da oferta
dessas atividades e do grau de escolaridade nos últimos anos, essa realidade não abarca
todas), é aí que me vem o desejo de fazer essa oficina, mesmo que um grão bem pequeno, de
apenas 20 mulheres, ainda assim serão 20 vidas que receberão um serviço que merecem
desfrutar.
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ventre, quando mexem o corpinho ao receberem estímulos musicais externos.
Assim como com a música, com o audiovisual não poderia ser diferente, segundo Elí
Henn Fabris, o cinema possui um complexo sistema de linguagens que procuramos
compreender sempre e a partir do momento que escolhemos o cinema como espaço
investigativo é rompida uma fronteira social que existe entre a comunicação e a educação.
Sendo assim meios de comunicação podem ser potentes aliados a partir do momento que
tentamos desbravá-los para além da exibição por si só de um filme, utilizando-o como meio
didático para discutir e denunciar qualquer assunto em questão, e também servindo como
elemento de documentação histórica e cultural. Fabris ainda diz que é preciso se manter o
compromisso político no engajamento do cinema como ferramenta educacional, e também
enxergar a lente do olhar cinematográfico como uma forma de expressar diversos
conhecimentos, ela diz:
“Analisar uma produção como o cinema, que rompe com as formas mais comuns de
representação, em que a materialidade é a imagem em movimento, é ingressar em
uma outra dimensão do conhecimento. A imagem em movimento não apenas tenta
reproduzir o “real”, como também nos faz entrar em uma dimensão espaçotemporal
singular, criando um jeito novo de conhecer através do olho da câmera; nesse
processo, pensamos e conhecemos por imagens.” (FABRIS, 2011)
Sendo assim, acredito que a oficina de introdução a linguagem cinematográfica será capaz de
permitir às alunas uma nova ferramenta ativa e acessível de conhecimento, um método
comunicativo que rompe inúmeras barreiras psíquicas e sociais
Visto que as alunas que busco contemplar no projeto são pessoas em situação de
vulnerabilidade social, não conseguia imaginar filmar com elas com câmeras elaboradas
caríssimas e alugadas, elas não veriam nesses equipamentos possibilidades para o cotidiano
delas, é preciso que essas mulheres tenham a facilidade de transformar suas vidas e visões em
olhar cinematográfico, para isso, serão utilizados dispositivos móveis para a construção do
curta, tanto como câmera, quanto como microfone lapela (conectando ao fone de ouvido,
preso a roupa), da mesma forma poderemos construir juntas instrumentos de material
reciclável que favoreça a filmagem, como tripés e estabilizadores. Acredito que essa captação
de celular trará um novo tratamento a imagem cinematográfica, que poderá ser estudado,
explorado e melhor relatado no resultado final do TCC.
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Segundo Tiago Franklin Lucena, a natureza da imagem celulargráfica tem inúmeras
desvantagens, como a falta de mobilidade de focos, a baixa qualidade sonora e de imagem, a
falta de possibilidade de construir planos abertos, a não aceitação de detalhes minuciosos,
porém ele também aponta alguns fatores enriquecedores, como o ganho com imagens em
close, a facilidade de adequação aos locais e o poder de invisibilidade, pode do desnudar
acontecimentos inesperados. Ele ainda cita em seu trabalho "O Homem com uma câmera de
celular", alguns festivais que favorecem categorias de exibição para filmes feitos com celular,
ou que abrange filmes feitos com celular em categorias de cinema experimental, ele aponta a
importância desses festivais para a visibilidade desse novo modo de fazer cinema, entre eles
temos o ArteMov (Belo Horizonte), o MobileFest (São Paulo), o Festival-Dispositivo e o
MobiFest no Canadá, Festival Aruanda de vídeo universitário (João Pessoa).
4. METODOLOGIA
Público Alvo:
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Equipe:
Para as aulas teóricas solicitei auxílio à Beatriz Cavalcanti estudante do terceiro período de
Pedagogia da UFPE.
Para a produção e pós-produção solicitei auxílio à Victor Hugo Machado, estudante do quinto
período de Cinema e Audiovisual da UFPE e Tarcísio Vieira, estudante de pós graduação de
Rádio TV e Internet.
Obs: A rede de auxílios para cumprimento do meu projeto pode ser alterada visto que o
anteprojeto está sendo feito no quinto período e o TCC só será realizado no oitavo.
1. Vulnerabilidade social.
5. PRÉ-CRONOGRAMA
Como o tempo é muito curto para esse tipo de projeto de TCC e eu preciso de uma
capacitação a parte para conseguir ministrá-lo como as alunas merecem, estou estabelecendo
aqui um comunicado que iniciarei as atividades necessárias antes da cadeira de TCC, visto
que só irei pagar essa cadeira, de acordo com a ementa do curso, no primeiro semestre de
2021, quando será realizada a oficina.
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semestre como forma de testar na prática como serão cumpridas as demandas do TCC,
inclusive realizando possíveis correções de método.
2. Fevereiro a Junho de 2020. Pagar uma cadeira de pedagogia que me auxilie no método
didático das aulas e na comunicação com os participantes.
6. CRONOGRAMA
Atividades Feverei
Janeiro ro Março Abril Maio Junho
2021
1 2 3 4 1 2 3 4 12 3 4 5 123 4 5 1 2 3 4 1 2 3 4 5
Pesquisa bibliográfica e
pedagógica
Visita a instituição
Aula de apresentação,
dinâmicas (1)
Aulas de introdução à
linguagem audiovisual (2)
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Carnaval
Oficina de montagem de
roteiros (4)
Semana Santa
Votação/consenso para
escolha do roteiro a ser
produzido (6)
Divisão de equipes,
reuniões de brainstorm e
pré-produção, captação de
materiais necessários (7)
Pós-produção e finalização
(9)
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Organização da estreia,
escolha de local,
programação, decoração
Evento de estreia e
premiação (11)
Entrega do TCC
(1) Dinâmicas para nos conhecermos melhor, expectativas das alunas sobre a oficina,
troca de vivências, informações gerais sobre duração e pretensões, debate sobre cinema.
Indicação de livros e filmes sobre cinema.
(2) Breve história do cinema, tipos de cinema, o quadro-a-quadro, a câmera, a linguagem
da imagem e do som, enquadramentos, planos, ângulos, movimentos de câmera, função do
som, da cenografia, da iluinação, da direção de arte, da direção, da produção, noções de como
postar os filmes nas redes sociais e de como utilizar equipamentos caseiros nas gravações e
etc.
(3) Atividades de ativamento da criatividade, contação de histórias pessoais, a jornada do
herói, a história em quadrinhos, roteiros em linguagem não escrita, roteiros em linguagem
cinematográfica e formatação, etc.
(4) Montagem de roteiros de curta-metragens, que podem ser em formatação
cinematográfica ou não, podendo também serem desenhados, escritos a mão ou em áudio a
depender das dificuldades de cada aluna. As alunas poderão concluir as atividades de roteiro
durante a semana, sendo as aulas presenciais só um incentivo e para tirar dúvidas.
(5) Todos os roteiros serão lidos, ou explanados numa conversa, a depender do tempo que
se for tomar.
(6) Será escolhido um dos roteiros delas para ser filmado, levando em consideração a
identificação pessoal das participantes, a coerência do roteiro e a executabilidade.
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(7) Orientação das etapas de pré-produção, brainstorm de possibilidades de execução das
ideias do roteiro, formação de equipes de direção, direção de arte, fotografia, figurino e
maquiagem, produção, captação de elenco, produtores de locação, cinegrafista e assistentes
de câmera, técnico de som e microfonista, produtor de objetos, continuísta e etc.
(8) Etapa de gravação, onde todas terão a oportunidade de estar nas etapas que quiserem
acompanhar. Caso seja necessário deslocamento o custo é responsabilidade minha e a
alimentação também.
(9) Como não tenho os equipamento de pós-produção como computador e softwares irei
solicitar apoio do LIS. A etapa de edição, montagem e finalização não envolvem
necessariamente as alunas já que não serão ministradas aulas sobre isso, mas casa haja
interesse das mesmas, há possibilidade de, em horários separados, cada uma poder
acompanhar esse processo na UFPE.
(10) Produção de cartazes e convites e distribuição entre as alunas para que divulguem
como quiserem, divulgação também no CAC, no departamento de comunicação e nas redes
sociais.
(11) O evento de estreia envolve solenidades, a exibição do filme, o recebimento dos
certificados de conclusão e das medalhas e a entrega de 3 troféus para os roteiros mais bem
avaliados, como formas de reconhecimento do esforço de cada uma e incentivo à
continuidade das produções.
7. MATERIAIS E RECURSOS
Sub-total: R$ 2.250,00
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Equipamentos de gravação:
Sub-total: R$ 2.300, 00
Sub-total: R$ 1.880,00
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Orçamento total da oficina:
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LUCENA, Thiago Franklin. O Homem com uma camera de celular. Brasilia. 2017.
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Dados do IBGE Recife Diponivel em: <http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/informacoes-
socioeconomicas> Acesso: 17/11/19
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