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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL

VOZ, INVISIBILIDADE E CINEMA BAIXO CUSTO - Oficina de introdução ao


audiovisual para mulheres invisíveis

Anteprojeto apresentado pela aluna


Gabriela Gomes de Melo à disciplina
Anteprojeto de Conclusão, sob
orientação do Professor Laécio Ricardo.

Outubro

2019

IDENTIFICAÇÃO
Título: VOZ, INVISIBILIDADE E CINEMA DE BAIXO CUSTO - Oficina de introdução
ao audiovisual para mulheres invisíveis

Aluna: Gabriela Gomes de Melo

Orientador da disciplina de anteprojeto: Laécio Ricardo de Aquino Rodrigues

Orientadora da disciplina de TCC: Maria Alice Lucena de Gouveia

Formato: Intervenção/Difusão

Curso: Cinema e audiovisual

Resumo: Projeto de oficinas de introdução à linguagem cinematográfica, roteiro e produção


de curtas, para mulheres em situação de vulnerabilidade e invisibilizadas das mais diversas
maneiras dentro da sociedade, com enfoque em formatos adaptados e acessíveis de roteiros e
na utilização de materiais caseiros como celulares na captação de imagem e de som e tripés e
estabilizadores de movimento feitos com materiais recicláveis e acessíveis. O projeto
pretende trazer novas possibilidades para essas mulheres fazendo o cinema funcionar como
hobbie, possível profissão, meio de voz, denúncia, registro histórico de suas vivências e
instrumento de emancipação.

Orçamento: R$ 6.430,00

SUMÁRIO

1. Apresentação …………………………………………...… 4

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2. Justificativa ……………………………………………….. 5
3. Fundamentação Teórica …………………………………. 6
4. Metodologia …………………………………………….. 10
5. Pré-cronograma ………………………………………... 11
6. Cronograma ……………………………………………. 12
7. Materiais e Recursos ……………………………………15
8. Referências bibliográficas …………………………..… 17

“Dedico esse projeto, em nome de todas as mulheres que tanto batalham e sofrem,
à Luzia, minha mãe, mulherão forte, dona de casa desde sempre e, desde sempre,
para mim e meus irmãos, nossa costureira, professora, médica, administradora,

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psicóloga, cozinheira e presidenta, que aos 48 anos conseguiu ir atrás dos seus
sonhos, se tornando técnica em eventos e graduada em Gastronomia.”

1. APRESENTAÇÃO

Esse projeto de difusão tem como busca a disseminação do conhecimento da linguagem


cinematográfica e suas potências enquanto voz na sociedade para um grupo que possua esse
direito de voz constante negado, mulheres de baixa renda, mães, donas de casa, idosas que

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são invalidadas pela família, jovens e senhoras obrigadas a parar de estudar para cuidar dos
afazeres domésticos e do marido e dos filhos, mulheres que muitas vezes não possuem sequer
uma atividade para benefício próprio, pessoas geralmente invisíveis e sem voz dentro da
construção social brasileira. Viso trazer também ideias de modos de construção
cinematográfica de baixo custo para tornar acessível o fazer cinematográfico e mostrá-lo
como uma possibilidade de instrumento de emancipação na vida dessas mulheres.
Tive muita sorte de, desde pequena, ter tido acesso a projetos de expressão cultural
oferecidos por ações governamentais e eles influenciaram muito na minha formação como
cidadã e como profissional, além disso em minha casa nunca fui obrigada a fazer todas as
atividades, eu e meus irmãos, homens, sempre dividimos todas as atividades de casa por igual
e tivemos condições financeiras e incentivo social para focar em nossos estudos desde
pequenos, de modo que segui até hoje nas áreas de teatro, música e cinema e isso me abriu
portas para novos mundos e ainda abre todos os dias.
Eu acredito muito que cada conhecimento doado por um profissional educador pode
abrir novos caminhos na vida das pessoas e impactar diretamente no seu futuro, mas isso,
muitas vezes, é negado a muitas mulheres de famílias de baixa renda, que muitas vezes
passam toda a vida em detrimento do outro, preparadas desde cedo pela sociedade para serem
submissas e ao mesmo tempo preparas pela vida para serem fortes alicerces que sustentam
toda a família, num meio machista e capitalista que não as escuta, não as oportuniza, não as
considera úteis no sistema muitas vezes por diversos fatores, entre eles por não conseguirem
alcançar uma alta escolaridade.
A ideia é, de grão em grão, diminuir as disparidades de oportunidades para nós mulheres
até que, em algum momento do futuro o caminhos igualitário seja justo e não um caminho
que pende sempre para o favorecimento masculino, para que essas mulheres que têm seus
direitos e voz negados possam cada dia mais ocupar novos espaços que devem ser seus.
Com esse projeto de oficina terei a oportunidade de compartilhar um pouco do que aprendi
no curso e incentivar a utilização do cinema como meio de expressão, de denúncia, de
hobbie, possibilidade de profissão, na vida de mulheres em situação de vulnerabilidade em
qualquer faixa etária, através do uso de celulares e outras “gambiarras”.

2. JUSTIFICATIVA

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Ensinar e obter trocas de experiência e de aprendizagem é algo que já me move e me
atravessa a algum tempo. Sou pesquisadora de teatro e música desde 2012, já ministrei
oficinas dentro das minhas áreas de pesquisa, que são: o teatro através da estrutura
brechtiana, o teatro de improviso (mais especificamente o Teatro Playback) e o teatro de
formas animadas. Os públicos que atendi, juntamente com outros membros dos coletivos,
foram, em sua maioria, estudantes de ensino médio e fundamental de escolas públicas
federais e estaduais, estudantes de comunicação, de teatro, de música e de artes visuais e
moradores da Várzea (Recife). Além de ter sido palestrante para alunos de escola pública
durante todo o ano 2017 com incentivo da PROEXT (IFPE).
Ministrando e auxiliando na ministração de oficinas aprendi muito sobre enxergar, ouvir e
incentivar o outro dentro de sua individualidade, e a pensar como construir em coletivo. As
possibilidades dentro de uma oficina são inúmeras e muitas das descobertas que fazemos
surgem de algo improvisado. Quando lidamos com seres humanos a matemática não vai
bater, os objetivos arquitetados fogem do nosso controle até certo nível de modo que somos
presenteados com muito mais do que planejamos ensinar, presenteados com contextos jamais
imaginados na hora do planejamento.
A inserção de um universo de conhecimento através de oficinas pedagógicas é um
instrumento poderoso por unir dinamicidade, coletividade, troca de experiências, foco na
construção criativa, e por fim, objetividade, levando ensinamento em um curto período de
tempo e de modo prático com o objetivo de apresentar o mínimo que se precisa saber sobre o
assunto ministrado, no caso da experiência proposta pro projeto, a aluna terminará a oficina
sabendo explicar os conceitos básicos que envolvem a linguagem audiovisual, a estrutura e as
orientações de como construir um roteiro dentro da formatação cinematográfica e as etapas
da elaboração de um filme desde a ideia até o seu resultado final.
Diferente de uma aula expositiva, a oficina busca trabalhar sempre viés práticos para que
o aluno associe as informações mais rapidamente e alcance certo domínio sobre o que está
aprendendo, se sentindo num quadro de avanço, mesmo numa experiência curta. A estrutura
de uma oficina em si favorece um certo sentimento de orgulho proveniente da oportunidade
de enxergar o próprio avanço e da possibilidade muito presente de criar, priorizando sempre a
coletividade.
Não busco aqui trazer comparações entre formas de ensino de modo a menosprezar uma
em detrimento da outra, cada estrutura de ensino e aprendizagem é importante e pode ser
construída e trabalhada de modo eficiente , além disso, em cada situação de ensino se variam
os recursos e as necessidades pedagógicos pertinentes. Busco aqui apenas explanar a razão

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pela qual tenho confiança que a estrutura de oficina será uma tática de troca eficaz dentro do
contexto e dos recursos que eu e as alunas estaremos inseridas.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Disparidades que agravam o caminho das mulheres no Brasil

A população feminina em Pernambuco ainda tem sido limitada em suas atividades


cotidianas pelo machismo, apesar do perceptível incentivo governamental à população
feminina na prática de esportes em instituições públicas, assim como hospitais da mulher e
diversos cursos gratuitos de atividades desde corte-costura até investimento empresarial, esse
investimento ainda não atingiu a maioria da população e vemos diariamente diversas
senhoras rejeitadas pela família, asiladas ou presas em casa sem nenhum tipo de incentivo a
atividades que lhes tragam prazer, nós mulheres somos ensinadas a vida toda a não relaxar
enquanto todos ao nosso redor não estiverem bem servidos e a culpa se algum filho
desenvolve algum problema, seja cognitivo, seja social, recai culturalmente sempre sobre as
costas da mãe. Muitas mulheres ainda são constantemente caladas, e não tem liberdade de
praticar esportes, mulheres como minha mãe, só alcançam certa independência com os filhos
já crescidos, depois dos 40 anos, só com 48 anos minha mãe pode prestar o Enem e conseguir
uma bolsa de estudos na área que ela almejava a anos.
Segundo dados do IBGE em pesquisa feita em 2018, as mulheres ainda recebem 20,5%
menos que os homens no Brasil. Ainda segundo o IBGE, no recife, em 2010 apenas 19,1% da
população acima de 25 anos possuía ensino superior completo e 30,5% da população acima
de 18 anos era não ativa economicamente, 18% da população era pobre ou extremamente
pobre, 7% das meninas entre 15 e 17 anos que tiveram filhos faleceram, a porcentagem de
mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos era de
mais de 13%, mais de 32% da população era vulnerável à pobreza e 27% em atividade
informal. Felizmente, o número de mulheres que chegam a concluir o ensino superior no
brasil é maior que o dos homens, porém ainda muito baixo, apenas 21,5%, esse número cai
para mulheres negras, apenas 10,4%. Esses números mostram que ainda é muito significativo
o percentual da população em geral que é vulnerável e que não tem boas possibilidades
econômicas. Porém, falando-se de desvantagens da mulher em relação ao homem, segundo o
Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o 90º país com mais desigualdades entre gêneros, eles
constataram que as mulheres do Brasil tem salário menor, sofrem mais assédio, possuem um
índice muito mais elevado de desemprego, e são sub-representadas na política, isso sem falar

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na quantidade de mulheres mortas por serem mulheres ou com o objetivo de serem
silenciadas, nos lares, na política e etc. Segundo a Fundação Tide Setubal:

“um relatório elaborado pela OCDE afirma que as disparidades de gênero por área
não são determinadas por diferenças inatas de habilidades, mas por questões
culturais, como o incentivo por parte de pais e professores aos meninos em
disciplinas nas áreas de exatas e biológicas. Um recente estudo da Cátedra Unesco
Mulher, Ciência e Tecnologia na América Latina (Flacso-Argentina) mostra que
nove em cada dez meninas com entre 6 e 8 anos associam a engenharia com
afinidades e destrezas masculinas.” (FTS - 2019)

Alguns dados são assustadores, por exemplo, segundo Márcia Guerra, analista da Fundação
Seade, o desemprego entre mulheres negras cresceu de 9,2 % para 15,9% entre os anos de
2014 e 2017, o desemprego entre mulheres brancas também cresceu. Isso sem falar na
violência, no Brasil, a cada hora 503 mulheres sofrem algum tipo de violência, e quando
chegamos aos 16 anos, pelo menos 40% já tem sofrido algum tipo de assédio.
Negar a existência dessas disparidades gerais e a existência da ociosidade por invalidez e
do excesso de ocupações caseiras provocado pelo machismo é ser conivente com a
perpetuação do sofrimento e do silenciamento das mulheres. Quando penso em senhoras em
casa, que pensam que não sabem fazer nada só porque nunca tiveram a oportunidade de
pensar em si e são consideradas inúteis pela família por não possuírem mais o vigor da
juventude, privadas de viver, e quando penso em meninas jovens que já possuem família na
qual o marido possui suas atividades de lazer e ela não sabe como, não pode ou não se
permite se divertir e aprender coisas novas, quando penso nessas populações de mulheres
isoladas ainda presentes na minha cidade, (independente do forte crescimento da oferta
dessas atividades e do grau de escolaridade nos últimos anos, essa realidade não abarca
todas), é aí que me vem o desejo de fazer essa oficina, mesmo que um grão bem pequeno, de
apenas 20 mulheres, ainda assim serão 20 vidas que receberão um serviço que merecem
desfrutar.

3.2 Cinema e Educação

A arte é sem dúvidas um potente método de educação, a associação do aprendizado


através da arte está presente na vida do ser humano desde muito jovem, percebemos isso
porque crianças aprendem melhor com música, com cores, crianças dançam para se
comunicar desde muito pequenas e são capazes de se emocionar com o poder da arte desde o

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ventre, quando mexem o corpinho ao receberem estímulos musicais externos.
Assim como com a música, com o audiovisual não poderia ser diferente, segundo Elí
Henn Fabris, o cinema possui um complexo sistema de linguagens que procuramos
compreender sempre e a partir do momento que escolhemos o cinema como espaço
investigativo é rompida uma fronteira social que existe entre a comunicação e a educação.
Sendo assim meios de comunicação podem ser potentes aliados a partir do momento que
tentamos desbravá-los para além da exibição por si só de um filme, utilizando-o como meio
didático para discutir e denunciar qualquer assunto em questão, e também servindo como
elemento de documentação histórica e cultural. Fabris ainda diz que é preciso se manter o
compromisso político no engajamento do cinema como ferramenta educacional, e também
enxergar a lente do olhar cinematográfico como uma forma de expressar diversos
conhecimentos, ela diz:

“Analisar uma produção como o cinema, que rompe com as formas mais comuns de
representação, em que a materialidade é a imagem em movimento, é ingressar em
uma outra dimensão do conhecimento. A imagem em movimento não apenas tenta
reproduzir o “real”, como também nos faz entrar em uma dimensão espaçotemporal
singular, criando um jeito novo de conhecer através do olho da câmera; nesse
processo, pensamos e conhecemos por imagens.” (FABRIS, 2011)

Sendo assim, acredito que a oficina de introdução a linguagem cinematográfica será capaz de
permitir às alunas uma nova ferramenta ativa e acessível de conhecimento, um método
comunicativo que rompe inúmeras barreiras psíquicas e sociais

3.3 Cinema e Dispositivos Móveis

Visto que as alunas que busco contemplar no projeto são pessoas em situação de
vulnerabilidade social, não conseguia imaginar filmar com elas com câmeras elaboradas
caríssimas e alugadas, elas não veriam nesses equipamentos possibilidades para o cotidiano
delas, é preciso que essas mulheres tenham a facilidade de transformar suas vidas e visões em
olhar cinematográfico, para isso, serão utilizados dispositivos móveis para a construção do
curta, tanto como câmera, quanto como microfone lapela (conectando ao fone de ouvido,
preso a roupa), da mesma forma poderemos construir juntas instrumentos de material
reciclável que favoreça a filmagem, como tripés e estabilizadores. Acredito que essa captação
de celular trará um novo tratamento a imagem cinematográfica, que poderá ser estudado,
explorado e melhor relatado no resultado final do TCC.

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Segundo Tiago Franklin Lucena, a natureza da imagem celulargráfica tem inúmeras
desvantagens, como a falta de mobilidade de focos, a baixa qualidade sonora e de imagem, a
falta de possibilidade de construir planos abertos, a não aceitação de detalhes minuciosos,
porém ele também aponta alguns fatores enriquecedores, como o ganho com imagens em
close, a facilidade de adequação aos locais e o poder de invisibilidade, pode do desnudar
acontecimentos inesperados. Ele ainda cita em seu trabalho "O Homem com uma câmera de
celular", alguns festivais que favorecem categorias de exibição para filmes feitos com celular,
ou que abrange filmes feitos com celular em categorias de cinema experimental, ele aponta a
importância desses festivais para a visibilidade desse novo modo de fazer cinema, entre eles
temos o ArteMov (Belo Horizonte), o MobileFest (São Paulo), o Festival-Dispositivo e o
MobiFest no Canadá, Festival Aruanda de vídeo universitário (João Pessoa).

4. METODOLOGIA

A metodologia engloba oficinas de iniciação à linguagem audiovisual e roteiro durante dois


meses, posteriormente haverá um período de de dois meses para pré-produção e produção de
um curta baseado no que for produzido nas oficinas de roteiro, que serão realizadas pelas
alunas através de orientação e, por fim, a pós-produção será feita por mim no quinto e último
mês. Concluindo esse ciclo com a realização de um evento de estreia para as alunas, seus
familiares e amigos com direito a uma premiação “Oscar” para os melhores roteiros
produzidos. O resultado final do curta será veiculado nas plataformas digitais que forem
possíveis.

Local de execução das aulas:

Centro Comunitário da Paz - COMPAZ- Alto Santa Terezinha


End. Av. Aníbal Benévolo, S/N - Linha do Tiro, Recife - PE, 52131-000

Público Alvo:

20 mulheres em situação de vulnerabilidade entre 15 e 80 anos, residentes em Recife.

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Equipe:

Para as aulas teóricas solicitei auxílio à Beatriz Cavalcanti estudante do terceiro período de
Pedagogia da UFPE.

Para a produção e pós-produção solicitei auxílio à Victor Hugo Machado, estudante do quinto
período de Cinema e Audiovisual da UFPE e Tarcísio Vieira, estudante de pós graduação de
Rádio TV e Internet.

Obs: A rede de auxílios para cumprimento do meu projeto pode ser alterada visto que o
anteprojeto está sendo feito no quinto período e o TCC só será realizado no oitavo.

Critérios de seleção da instituição que me acolheu e das participantes:

1. Vulnerabilidade social.

2. Grau de interesse da escola/instituição/ONG em receber o projeto e das alunas em


participar.

3. Disponibilidade de um horário de entre 1h30 e 3h semanais durante todo o primeiro


semestre de 2021.

4. Escassez de projetos culturais na instituição e nos entornos.

5. Alunas que sejam moradoras próximas à instituição.

5. PRÉ-CRONOGRAMA

Como o tempo é muito curto para esse tipo de projeto de TCC e eu preciso de uma
capacitação a parte para conseguir ministrá-lo como as alunas merecem, estou estabelecendo
aqui um comunicado que iniciarei as atividades necessárias antes da cadeira de TCC, visto
que só irei pagar essa cadeira, de acordo com a ementa do curso, no primeiro semestre de
2021, quando será realizada a oficina.

Nesse período anterior à oficina pretendo cumprir 4 demandas:

1. Fevereiro a Junho de 2020. Realizar uma experiência semelhante ao projeto de TCC


numa escola incluída no projeto Mais Educação ou algum projeto semelhante durante um

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semestre como forma de testar na prática como serão cumpridas as demandas do TCC,
inclusive realizando possíveis correções de método.

2. Fevereiro a Junho de 2020. Pagar uma cadeira de pedagogia que me auxilie no método
didático das aulas e na comunicação com os participantes.

3. Agosto a Dezembro de 2020. Construir a ementa de cada aula detalhadamente.

4. Agosto a Dezembro de 2020. Captação de Recursos.

6. CRONOGRAMA

Atividades Feverei
Janeiro ro Março Abril Maio Junho
2021

1 2 3 4 1 2 3 4 12 3 4 5 123 4 5 1 2 3 4 1 2 3 4 5

Pesquisa bibliográfica e
pedagógica

Visita a instituição

Aula de apresentação,
dinâmicas (1)

Aulas de introdução à
linguagem audiovisual (2)

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Carnaval

Aulas de roteiro para


cinema (3)

Oficina de montagem de
roteiros (4)

Semana Santa

Leitura coletiva dos roteiros


(5)

Votação/consenso para
escolha do roteiro a ser
produzido (6)

Divisão de equipes,
reuniões de brainstorm e
pré-produção, captação de
materiais necessários (7)

Produção do filme (8)

Pós-produção e finalização
(9)

Captação de recursos para


evento de estreia

Divulgação da estreia (10)

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Organização da estreia,
escolha de local,
programação, decoração

Evento de estreia e
premiação (11)

Revisão do relatório final

Entrega do TCC

(1) Dinâmicas para nos conhecermos melhor, expectativas das alunas sobre a oficina,
troca de vivências, informações gerais sobre duração e pretensões, debate sobre cinema.
Indicação de livros e filmes sobre cinema.
(2) Breve história do cinema, tipos de cinema, o quadro-a-quadro, a câmera, a linguagem
da imagem e do som, enquadramentos, planos, ângulos, movimentos de câmera, função do
som, da cenografia, da iluinação, da direção de arte, da direção, da produção, noções de como
postar os filmes nas redes sociais e de como utilizar equipamentos caseiros nas gravações e
etc.
(3) Atividades de ativamento da criatividade, contação de histórias pessoais, a jornada do
herói, a história em quadrinhos, roteiros em linguagem não escrita, roteiros em linguagem
cinematográfica e formatação, etc.
(4) Montagem de roteiros de curta-metragens, que podem ser em formatação
cinematográfica ou não, podendo também serem desenhados, escritos a mão ou em áudio a
depender das dificuldades de cada aluna. As alunas poderão concluir as atividades de roteiro
durante a semana, sendo as aulas presenciais só um incentivo e para tirar dúvidas.
(5) Todos os roteiros serão lidos, ou explanados numa conversa, a depender do tempo que
se for tomar.
(6) Será escolhido um dos roteiros delas para ser filmado, levando em consideração a
identificação pessoal das participantes, a coerência do roteiro e a executabilidade.

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(7) Orientação das etapas de pré-produção, brainstorm de possibilidades de execução das
ideias do roteiro, formação de equipes de direção, direção de arte, fotografia, figurino e
maquiagem, produção, captação de elenco, produtores de locação, cinegrafista e assistentes
de câmera, técnico de som e microfonista, produtor de objetos, continuísta e etc.
(8) Etapa de gravação, onde todas terão a oportunidade de estar nas etapas que quiserem
acompanhar. Caso seja necessário deslocamento o custo é responsabilidade minha e a
alimentação também.
(9) Como não tenho os equipamento de pós-produção como computador e softwares irei
solicitar apoio do LIS. A etapa de edição, montagem e finalização não envolvem
necessariamente as alunas já que não serão ministradas aulas sobre isso, mas casa haja
interesse das mesmas, há possibilidade de, em horários separados, cada uma poder
acompanhar esse processo na UFPE.
(10) Produção de cartazes e convites e distribuição entre as alunas para que divulguem
como quiserem, divulgação também no CAC, no departamento de comunicação e nas redes
sociais.
(11) O evento de estreia envolve solenidades, a exibição do filme, o recebimento dos
certificados de conclusão e das medalhas e a entrega de 3 troféus para os roteiros mais bem
avaliados, como formas de reconhecimento do esforço de cada uma e incentivo à
continuidade das produções.

7. MATERIAIS E RECURSOS

Para as aulas teóricas:

entre R$ 0,00 e R$ 90,00 Emprestado ou Alugado


Projetor

Notebook R$ 1.500,00 A ser captado

Resma de oficio R$ 30,00 A ser captado

20 canetas esferográficas R$ 30,00 A ser captado

Transporte diário para R$ 600,00 A ser captado


equipe

Sub-total: R$ 2.250,00

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Equipamentos de gravação:

Celulares e carregadores R$ 0,00 Recursos próprios

Tripé caseiro R$ 0,00 Material Reciclado

Estabilizador de câmera R$ 0,00 Material Reciclado

Lanternas e outras fontes de R$ 100,00 A ser captado


iluminação

Fone de ouvido (lapela) R$ 0,00 Recursos próprios

Alimentação R$ 1.000,00 A ser captado

Transporte (van) R$ 1.200,00 A ser captado

Sub-total: R$ 2.300, 00

Para evento de estreia:

R$ 25,00 A ser captado


20 medalhas de
participação

R$ 60,00 A ser captado


3 troféus para premiação
(imitaçao do oscar)

R$ 25,00 A ser captado


200 ingressos-convites

30 cartazes R$ 120,00 A ser captado

materiais decorativos R$ 200,00 A ser captado

20 certificados de conclusão R$ 200,00 A ser captado


emoldurados

Coffee-break R$ 1.250,00 A ser captado

Sub-total: R$ 1.880,00

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Orçamento total da oficina:

Soma total dos valores R$ 6.430,00

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Carolina Amaral. Cinema e História - Documentário de arquivo como lugar de


memória. Revista Brasileira de História, São PAULO. 2011

CARRIERE, Jean-Claude, A Linguagem Secreta do Cinema.Nova Fronteira. 1995

FABRIS, Elí Henn. Cinema e Educação, um caminho metodológico. 2011

MARTIN, Marcel, A Linguagem Cinematográfica. Dinalivros, 1955

LUCENA, Thiago Franklin. O Homem com uma camera de celular. Brasilia. 2017.

Desigualdade de gênero no Brasil: uma realidade perigosa. Disponível em


<https://fundacaotidesetubal.org.br/noticias/383 se9/desigualdade-de-genero-no-brasil-uma-
realidade-perigosa> Acesso: 18/11/19

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Dados do IBGE Recife Diponivel em: <http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/informacoes-
socioeconomicas> Acesso: 17/11/19

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