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Texto Base: Lc 3.

1-20

Contexto que envolveu o ministério de João Batista e sua importância para a compreensão e reflexão do
atual cenário de densas trevas no campo espiritual, político, econômico e religioso, o qual se torna propício à
manifestação da luz de Cristo.

O período Interbíblico

O livro de Malaquias é finalizado com a promessa do precursor do Messias (Ml 3.1; 4.4-6). Em Mateus 3.1 temos
o cumprimento fiel dessa profecia. No entanto, entre a profecia (Ml 3.1) e seu cumprimento (Mt 3.1),
transcorreram aproximadamente 400 anos. De modo geral, encontra-se nesse período uma parte significativa da
história do povo de Deus.
Os 400 anos do Período Interbíblico caracterizam-se pela cessação da revelação bíblica, pelo silêncio profundo em
que Deus permaneceu em relação ao seu povo, pois durante esse tempo nenhum profeta se levantou em nome de
Deus. Malaquias foi o último profeta a transmitir as palavras do Senhor até o começo do ministério de João Batista.

Quando o caos parece dominar e anular qualquer esperança, Deus provê um agente libertador (semelhança
entre os 400 anos de escravidão no Egito e os 400 anos de silêncio profético até a chegada do Messias)

Informações preliminares de acordo com a pregação do Hernandes Dias Lopes:

 O Evangelista Lucas é o que melhor apresenta o cenário em que João Batista surgiu;
 João Batista é um personagem que funcionou como uma espécie de “dobradiça” entre o Velho e o Novo
Testamento;
 Jesus destaca João Batista entre os todos os homens (Lc 7.28);
 Lucas começa sua exposição do geral para o particular, ou seja, do vasto império romano e vai limitando
sua descrição até chegar na cidade de Jerusalém.

Como estava Jerusalém quando Deus levantou João Batista?

João Batista é levantado por Deus como uma voz profética em um contexto de profundas trevas, onde a
corrupção humana se evidenciava até mesmo na liderança espiritual. Ele é o primeiro profeta levantado por
Deus após 400 anos de história em que o povo de Deus sofreu subjugação de outros impérios logo após o
retorno do cativeiro babilônico à Jerusalém. Embora houvesse templo, culto, música, sacrifício, festas, não
havia a Palavra de Deus!

 No ano 63 a.C, sob o comando de Pompeu, o império Romano passa a dominar/governar Israel;
 15º ano de reinado de Tibério César, quando Pilatos (romano) era governador da Judéia e Herodes tetrarca
da Galiléia e os outros membros da família de Herodes reinando nas outras regiões de Israel;
 No governo de Herodes, o Grande, a política e a religião começam a ser corrompidas, onde o sacerdócio
começava a ser comercializado à peso de ouro, pois estava sendo aliado com Roma no domínio do território
de Israel;
 Anás e Caifás (sogro e genro) eram os sumo-sacerdotes, quando na verdade deveria haver apenas um único
sumo-sacerdote (consciência espiritual vendida por dinheiro), transformaram o Templo em um covil de
salteadores (Mt 21.12,13. cf. Is 56.7; Jr 7.11);
 A religião estava sendo usada apenas como plataforma de ascensão social e econômica, ninguém de fato se
preocupava com a espiritualidade;
 A ascensão de João Batista é marcada por uma mensagem central – ARREPENDIMENTO PARA
REMISSÃO DE PECADOS. Trevas espirituais não podem ser dissipadas sem que haja antes consciência
de corrupção ética, moral e espiritual.

Conclusão – Em face ao terrível obscurecimento mental e decadência espiritual, ética e moral em que se
encontrava a humanidade, a luz de Deus resplandeceu através de um homem, o qual foi apenas um instrumento
indicador da verdadeira luz que ilumina a todos os homens – CRISTO.

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