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Bernoulli
P U2
Fluido perfeito z + + = cte
2g
Fluidos reais É necessário vencer resistências devidas às próprias características
HIDRÁULICA
dos fluidos e dos contornos rígidos que os delimitam, que se
traduzem por uma perda de energia, correspondente à dissipação do
calor produzido ao longo do próprio processo do escoamento.
Daniel Bernoulli
2 2
P U P U
z1 + 1 + 1 = z2 + 2 + 2 + hp1− 2
2g 2g
HIDRÁULICA
F(Q,D,J)=0
Fórmulas Empíricas:
Tubos de maior diâmetro permitem conduzir maior vazão em condições de igualdade de perdas de carga
ou
HIDRÁULICA
D.Sc. Ada Scudelari
O estabelecimento das formulas empíricas seguia uma sistemática bem definida. Entretanto, estabelecia-se a conceituação
do movimento uniforme nos condutos e desenvolviam-se raciocínios analíticos que propiciavam o apoio teórico necessário a
melhor interpretação dos resultados experimentais
Considerações:
U F R N
Após inúmeras experiências conduzidas por vários pesquisadores, com tubos de seção circular, concluiu-se que
a resistência ao escoamento da água é:
HIDRÁULICA
- independente da posição do tubo;
- independente da pressão interna a qual o líquido escoa;
- função de uma potencia da relação entre viscosidade e a densidade do fluido;
Forças acelerativas:
p
−
HIDRÁULICA
De pressão: . Ads
s
Forças de resistência: Considerando a resistência oferecida pelas paredes do conduto uniformemente distribuída ao redor de seu perímetro P:
Resistência: − 0 P ds
s
Como o regime é permanente: p dp
=
s ds
dp dz 0 P d P P
− + = − z + = 0 . = 0
A Rh
HIDRÁULICA
ds ds A ds
0
J=
Rh
Essa equação é completamente geral, não dependendo da natureza do fenômeno do qual decorre o esforço
cortante junto às paredes. Interliga os conceitos de perda de carga e esforço de resistência e introduz o novo
D 2
D 0 4 1
Rh = = J= = 0 J D= 0
4D 4 Rh D 4
➢ Formulas Empíricas:
J D = f (u )
1 (esforço cortante junto à parede deve ser uma função da velocidade do escoamento)
4
HIDRÁULICA
Prony (1804): Dupuit (1855): Julius Weisbach (1845)
50 observações em tubos 1 U2
chumbo, ferro branco, e ferro 1 J= f
J D = 0.0003855U 2 D 2g
fundido, com diâmetros entre 27 4
e 487mm
coincide com a da expressão hoje
1 universalmente empregada.
J D = aU + bU 2
4
f = 4 0.0003855 2 g = 0.03025
Este fato devia-se em parte à própria limitação das observações experimentais, mas principalmente à crença de que as
partículas próximas à parede formavam uma camada estagnada sobre a qual se escoava o restante do fluido.
A noção de velocidade nula junto às paredes provou estar correta e hoje constitui a base da teoria da camada limite.
HIDRÁULICA
Entretanto, a conclusão sobre a influência da rugosidade foi precipitada e não resistiu a evidencia experimental que se
seguiu.
Jean François d’Aubuisson (1769-1841): Chamou a atenção para o fato de que certos condutos não permitiam a
passagem das vazões previstas pela fórmula de Prony.
valores relativos a tubulações há vários anos em funcionamento, Darcy percebeu que os tubos
usados apresentavam resistência superior, atribuindo esta às irregularidades decorrentes das
incrustações que se formavam, ao longo do tempo, nesse tipo de material, aumentando sua
rugosidade.
HIDRÁULICA
Experiências:
Tubos- ferro fundido, chumbo, ferro doce, fundição asfaltada e vidro. Diâmetros: 0.012 a 0.5m
8.39110 −5 1
3.288 10 +
−3
5
D D
K
Tabelado em função de D
HIDRÁULICA
J = K Q2
(Apresentação alemã da fórmula de Darcy)
V2
= K 'Q 2
2g
V = K '' Q
L U2
hp = f
D 2g
HIDRÁULICA
D.Sc. Ada Scudelari
U F R N
Apresentação americana da fórmula de Darcy
L U2
hp = f
D 2g
HIDRÁULICA
D.Sc. Ada Scudelari
Exemplos
U F R N
Para o abastecimento de água de uma grande fábrica será executada uma linha adutora com tubos de ferro
fundido numa extensão de 2.100m. Dimensionar a canalização com capacidade de 25 l/s. O nível de água na
barragem de captação é 615m e a cota da canalização na entrada do reservatório de distribuição é de 599,65m.
Usar a equação de Darcy.
Solução:
ℎ𝑝 = 615 − 599,65 = 15,35𝑚
J = K Q2
HIDRÁULICA
ℎ𝑝 15,35
𝐽= = = 0,0073𝑚/𝑚
𝐿 2100
𝐽 = 𝐾𝑄 2
𝐽 0,0073
𝐾 = 𝑄2 = = 11,7
0,0252
Solução:
L U2
hp = f
D 2g
HIDRÁULICA
𝜋𝐷2 𝜋0,52
Q=0,220 m3/s; 𝐴= = = 0,196𝑚2 ;
4 4
𝑄 0,220
𝑈= = = 1,13 𝑚Τ𝑠
𝐴 0,196
𝐿 𝑈2 1600 1,132
ℎ𝑝 = 𝑓 = 0,019𝑥 𝑥 = 3,96𝑚
𝐷 2𝑔 0,5 2𝑥9,8
HIDRÁULICA
Como se poderia conciliar, por exemplo, a ideia da velocidade nula junto às paredes com os dados que comprovavam o
aumento da dissipação de energia por efeito das irregularidades do contorno?
Se não havia escorregamento das partículas de fluido junto às paredes, qual poderia ser o efeito da rugosidade?
Somente com a compreensão do papel da viscosidade no mecanismo do escoamento foi possível elucidar
convenientemente essas questões.
HIDRÁULICA
Q1.85
J = 10.65 1.85 4.87
C D
C D
HIDRÁULICA
Apesar de sua popularidade entre projetistas a fórmula de Hazen–Williams deve ser vista com reservas.
Para projetos de instalações prediais de água fria ou quente, cuja topologia é caracterizada por trechos curtos de
tubulações, variação de diâmetros (em geral menores que 4”) e presença de grande número de conexões, é usual a
utilização de uma fórmula empírica, na forma:
Q1.88
J = 0.002021 4.88 Q(m3/s), D (m) e J(m/m)
HIDRÁULICA
D
b) P.V.C. rígido conduzindo água fria:
Esta equação é recomendada pela ABNT, no projeto de água fria em instalações hidráulico-sanitárias. Estas equações
podem ser tabeladas na forma
J = Q m
Na tabela a seguir apresenta-se um exemplo dos valores de β para tubos com junta soldável (marrom) e junta roscável
HIDRÁULICA
Fórmula de Flamant
DJ v7
=b 4 ou J = 4bv1.75 D −1.25 com v(m/s), D (m) e J(m/m)
4 D
HIDRÁULICA
Recomenda-se ver o apêndice A
(Fórmulas Empíricas- reprodução do
livro Curso de Hidráulica, Eurico
HIDRÁULICA
A resistência as deformações no interior de um escoamento é resultante da ação da viscosidade, propriedade física dos
fluidos que origina o aparecimento de tensões tangenciais na superfície de contato entre elementos de fluido adjacentes
dotados de velocidades distintas.
dv
=
dy
HIDRÁULICA
D.Sc. Ada Scudelari
https://www.youtube.com/watch?v=JhASnE33omU
U F R N
HIDRÁULICA
Re = =
Quanto maior Re → menor a influencia da viscosidade no escoamento.
Mudança de Regime
Laminar → Turbulento (valor crítico superior)
Turbulento → Laminar (valor crítico inferior)
Valor crítico superior – 12.000 e 14.000 (indefinido, depende da tranquilização inicial do fluido, geometria da entrada da
tubulação e sua rugosidade (50.000) Na prática 3.000 a 4.000
Valor crítico inferior – definido como o valor abaixo do qual toda a turbulência, de qualquer origem, é eliminada por ação
viscosa (2.000) Na prática: Re < 2.000 Laminar
0
0 = CU a Db c d k e Resolvendo em função de d e e.
HIDRÁULICA
(
ML−1T − 2 = LT −1 ) (L ) (ML ) (ML T ) (L )
a b −3 c −1 −1 d e
1=c+d c = 1 – d,
-1=a+b-d-3c+e a = 2 – d,
ML−1T −2 = L(a + b − d −3c + e )M (d + c )T (− a − d ) -2=-a-d b = -1 - a + 3c – c + d = - d – c
d
k
0 = C (U ) (D ) ( ) ( ) (k )
e
2−d −d −e 1− d d e
0 = CU 2
UD D
k
rugosidade relativa d k e 2
D k
0 = F U = F Re , U 2
UD D
1 hp 4 0 L k 2
Vimos → J D= 0 J= hp = 0 = F Re , U
4 L D D
Então →
k k
HIDRÁULICA
8 F Re , = F ' Re ,
k D D
k 4 8 F Re , U 2 L
4 F Re , U 2 L D
hp = D (x),(/) (8) hp =
D 8 D
k L U2 L U2
hp = F Re ,
'
= f f = Fator de resistência
D D 2g D 2g
L U2
hp = f
D 2g Equação Geral da Resistência em tubos de seção circular.
Igualando
0 4 4 0 L
J= = 0 hp =
Rh D D
HIDRÁULICA
4 0 L L U2
hp = f
J= D D 2g
L L U2
1 U2
J= f hp = f
D 2g D 2g
0 f 0
=U como f é adimensional, tem dimensão de velocidade, logo:
8
➢ Referências
HIDRÁULICA
❑ Giles,R.V.;Evett,J.B.;Liu Cheng; Mecânica dos Fluidos e Hidráulica; Ed. Makron Books; 1997
❑ Shames, I.; Mecânica dos Fluidos; Ed. Edgard Blücher Ltda.; 1973
❑ Brunetti, F.; Mecânica dos Fluidos; Ed. Pearson Prentice Hall; 2008
❑ Streeter, V.L.; Wylie, E.B.; Mecânica dos Fluidos ; Ed. McGraw-Hill Ltda.;1980
❑ Porto, R.M.; Hidráulica Básica; EESC-USP,2006
❑ Neves, E. T.; Curso de Hidráulica, edição esgotada.
❑ Pinto, N.L.S.; Neidert, S. H.; Fill, H.D.O.A.; Lambros, D.; Reis, F.C.A.; Tozzi, M.J.; ota, J.J.;
Notas de aula de Mecânica dos Fluidos, UFPR, 1998
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