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– PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOC
7CTDTQAMT04.P
QUALIDADE HIGIÊNICOSANITÁRIO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍÍLIOS EM ALGUMAS
INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOAPB.
Angela Lima Menêses de Queiroz (2) ; Ana Maria Vieira de Castro (1) , Elba Luciene Bezerra de
Araújo (2) , Geannie Shirley Melo do Nascimento (1) , Inessa Adolfo de Jesus (2) , Maria Amélia de
(2) (3) (5)
Araújo Vasconcelos , Teresa Maria de Almeida Cabral , Gilvan Geremias do Nascimento .
Centro de Tecnologia / Departamento de Tecnologia de Química e de Alimentos / MONITORIA
RESUMO
Higiene é a ciência que tem como objetivo preservar a saúde e prevenir doenças através de
práticas de limpeza ou higienização. Existem diversos tipos de higiene, mas as de importância
relacionadas com os alimentos são a higiene pessoal, ambiental e, claro, dos equipamentos e
utensílios. Equipamentos e utensílios com higienização deficiente têm sido responsáveis,
isoladamente ou associados a outros fatores, por surtos de doenças de origem alimentar ou por
alterações de alimentos processados (Andrade & Macêdo, 1996). Há relatos de que utensílios e
equipamentos contaminados participam do aparecimento de aproximadamente 16% dos surtos
(Freitas, 1995). Cortadores de frios, cortadores de legumes, bandejas, pratos, talheres, tabuleiros,
placas de altileno, amaciadores de carne, entre outros, devem passar constantemente por uma
avaliação microbiológica para controle da eficiência do procedimento de higienização, evitandose
a contaminação dos alimentos produzidos (Andrade & Macêdo, 1996). Para atender à legislação
em vigor e não colocar em risco a saúde dos usuários, com a veiculação de microrganismos
patogênicos, devese controlar a contaminação, a multiplicação e a sobrevivência microbiana nos
diversos ambientes, tais como: equipamentos e utensílios, o que contribuirá para a obtenção de
alimentos com boa qualidade microbiológica (Hazelwood, 1994). Portanto, este trabalho buscou
avaliar as condições higiênicosanitárias de superfícies de 10 equipamentos e utensílios,
realizando análise microbiológica com as seguintes determinações: contagens de microrganismos
mesófilos aeróbios, fungos filamentosos e leveduras (UFC/cm 2 ), conforme a técnica recomendada
por (NEDER,1992).De acordo com os critérios para “TEST SWAB” em superfícies de
2
equipamentos e utensílios (Silva,1995), que expressa satisfatório até 50 UFC/cm para a contagem
de microrganismos mesófilos aeróbios. Observase que 5(50%) das superfícies dos equipamentos
e utensílios apresentaram contagens abaixo ou igual 5X10 UFC/cm 2, demonstrando condições
higiênicas satisfatórias, indicando eficiências nas técnicas de higienização nos alimentos
processados, não representando riscos à saúde dos consumidores.
Palavraschaves: Limpeza, contaminação, análise microbiológica, equipamentos, utensílios.
INTRODUÇÃO
A indústria de equipamentos e de utensílios tem evoluído para a produção de máquinas
com a visão de segurança alimentar. Fendas, rachaduras, rugosidade, cantos quadrados e outras
irregularidades de superfície facilitam a entrada e aderência de partículas de alimentos, tornando
se locais de multiplicação de microrganismos patogênicos. Para evitar isso, equipamentos mais
adequados e de fácil limpeza e desinfecção, já são encontrados no mercado de equipamentos
para a indústria de alimentos. Estes equipamentos já estão sendo produzidos em formato e com
material que facilitam e possibilitam completa limpeza e desinfecção com o menor tempo de
parada possível. O acabamento completamente liso das superfícies dos equipamentos, utensílios e
de outros itens facilita a limpeza e elimina locais de adesão de resíduos de alimentos.
O risco de contaminação dos alimentos pode ser reduzido de forma considerável quanto
mais bem higienizados e limpos forem todos os ambientes de produção e quanto menores forem
os tempos de parada das linhas de produção. A produção precisa ser organizada de modo que os
procedimentos de limpeza e de higienização possam ser realizados com um mínimo de
interrupção. Inspeções periódicas das superfícies de contato ajudam a manter baixo o risco de
multiplicação bacteriana. Os testes não evitam a entrada de bactérias na indústria, mas permitem
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(1) (2) (3) (5)
Monitor(a) Bolsista(a); Monitor(a) Voluntário(a) Prof(a) Orientador(a)/Coordenador(a); Servidor Técnico Colaborador
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manter a vigilância sobre perigos bacterianos e alertam as áreas de produção quanto à
manutenção da limpeza. Em médio prazo, os testes laboratoriais para patógenos nos
equipamentos e nos produtos melhoram a eficiência da produção, reduzem o custo da mãode
obra, aumentando a produtividade e a confiabilidade.
A higienização de equipamentos e utensílios é fundamental para garantia da segurança
dos alimentos, seja para o mercado externo, seja para o mercado interno, pois entram em contato
direto com o produto. A indústria precisa estar consciente na escolha e na utilização dos produtos
de limpeza e sanitização. Só deverão ser utilizados produtos aprovados e autorizados pelos órgãos
do Ministério da Agricultura. Esta tem que ser uma atitude da indústria. Os procedimentos de
limpeza e higienização precisam seguir os princípios do plano APPCC, que inclui os
Procedimentos Operacionais Padronizados de Higienização (POPH) e as Boas Práticas de
Fabricação (BPF), realizadas por profissionais adequadamente treinados.
A limpeza e a desinfecção dos equipamentos são divididas em quatro etapas:
1. Prélavagem: importante para reduzir as quantidades de resíduos que se adere aos
equipamentos. Quando bem realizada chega a remover até 90% do material solúvel;
2. Limpeza com detergentes: esta operação é muito importante, exigindo um
conhecimento aprimorado das características dos detergentes e das suas condições de
emprego;
3. Nova lavagem: esta etapa tem a função de remover o detergente empregado;
4. Desinfecção: tem por finalidade a eliminação de microorganismos contaminantes,
aderentes à superfície dos equipamentos e não removidos após os tratamentos prévios de
prélavagem e de aplicação de detergentes. Podem ser utilizados métodos físicos (calor,
radiações ultravioleta) e, mais comumente, métodos químicos.
Equipamentos e utensílios com higienização deficiente têm sido responsáveis,
isoladamente ou associados a outros fatores, por surtos de doenças de origem alimentar ou por
alterações de alimentos processados (ANDRADE; MACÊDO, 1996). Há relatos de que utensílios e
equipamentos contaminados participam do aparecimento de aproximadamente 16% dos surtos
(FREITAS, 1995). Cortadores de frios, cortadores de legumes, bandejas, pratos, talheres,
tabuleiros, placas de altileno, amaciadores de carne, entre outros, devem passar constantemente
por uma avaliação microbiológica para controle da eficiência do procedimento de higienização,
evitandose a contaminação dos alimentos produzidos (ANDRADE e MACÊDO, 1996).
Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar as condições higiênicosanitário de 10
superfícies de equipamentos e utensílios de alqumas indùstrias de alimentos do Município de João
Pessoa PB , através da contagens de microrganismos mesófilos aeróbios, fungos filamentosos e
leveduras.
METODOLOGIA
As análises foram realizadas no período de Setembro de 2006 a Março de 2007, para a
avaliação dos dez equipamentos e utensílios que foram submetidos à avaliação microbiológica
seguiuse a técnica do “SWAB TEST”, onde por meio de uma “zaragatoa” (chumaço de algodão
esterilizado, montado em estilete de madeira), previamente umedecida em tubo contendo 4 ml de
água peptonada a 0,1%, colheuse o material das superfícies dos equipamentos e utensílios e
mergulhouse a zaragatoa, novamente no tubo. Terminado a coleta, este material foi transportado
sob refrigeração para o laboratório (LTA/CT/UFPB). No laboratório foram preparadas as diluições
10־¹, 10־² e 10־³ a partir do tubo contendo a zaragatoa, e distribuído 1 ml no centro das placas
Petri estéreis, em seguida, adicionandose cerca de 15ml de Agar Padrão para contagem total
fundido e resfriado a 45º ± 1ºC em superfície plana, submetendo a placa a duas séries alternadas
de cinco movimentos rotativos, deixando solidificar. Incubaramse as placas invertidas a 37º ± 1ºC
por 48 horas.
Foram consideras significativas as contagens das diluições que apresentaram entre 20 a 250 colônias.
Para calcular o número significativo de UFC/cm 2 , foi multiplicado o número significativo encontrado pelo
fator da diluição correspondente.
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para o “TEST SWAB” foi utilizado como critério para seguir de base para determinar
valores relativos às condições nas áreas operacionais os valores de referencia nacional, que
expressam a contagem de microrganismos mesófilos aeróbios facultativos de superfícies de
equipamentos e utensílios
Critérios para Swab de Superfície em Equipamentos e
Utensílios
Até 50 UFC/cm 2 e ausência de
SATISFATÓRIO
coliformes fecais e patogênicos
> 50 UFC/cm 2 e/ou presença de
INSATISFATÓRIO
coliformes fecais e/ou de patogênicos
Fonte: Eneo Alves da Silva Jr., Manual de Controle Higiênico
Sanitário em Alimentos, 2002.
Tabela 1: Critérios para Swab de Superfície em Equipamentos e Utensílios
A tabela a seguir apresenta os resultados analíticos obtidos na avaliação microbiológica
das superfícies de 10 equipamentos e utensílios em algumas indústrias de alimentos de João
Pessoa – PB.
Análise
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Microbiológica
Bactérias
Mesófilas 5x10 3x10 4x10 5x10 3x10 6x10 2 7x10 2 6x10 2 9x10 2 3x10 2
Aeróbias
Fungos
Filamentosos e 1x10 1x10 2x10 4x10 3x10 2x10 2 3x10 2 4x10 2 4x10 2 3x10 2
Leveduras
Tabela 2: Avaliação microbiológica das superfícies de dez equipamentos e utensílios de algumas
indústrias de João Pessoa Pb.
Até 50 UFC/cm 2 Acima de 50 UFC/cm 2
Análises Microbiológicas
(%) (%)
Microrganismos Mesófilos
50 50
Aeróbios
Tabela 3: Avaliação Microbiológica em percentagem.
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Análise Microbiológica de Microrganismos Mesófilos
Aeróbios Fungos Filamentosos e Leveduras
50
45
40
35 Até 50 UFC/cm 2 (%)
30 Acima de 50 UFC/cm 2 (%)
% 25
20
15
10
5
0
Bactérias Fungos
Mesófilas Filamentosos
Aeróbias e Leveduras
Gráfico 1: Análise Microbiológica de Microrganismos Mesófilos Aeróbios, Fungos Filamentosos e
Leveduras.
De acordo com a tabela 3, observouse que dos 10 equipamentos e utensílios avaliados, 5
(50%) apresentaram contagens abaixo ou igual 5X10 UFC/cm 2 ,demonstrando condições
higiênicas satisfatórias tanto em relação aos microrganismos mesófilos aeróbios quanto em relação
aos Fungos Filamentosos e Leveduras.
CONCLUSÕES
Os resultados das análises microbiológica das superfícies dos dez equipamentos e
utensílios foram satisfatórios, porque apresentaram um valor menor ou igual que 50 UFC/cm 2 , que
é a condição satisfatória para contagens de microrganismos mesófilos aeróbios e fungos
filamentosos e leveduras constatando que as superfícies dos equipamentos e utensílios em
algumas indústrias avaliadas estão de acordo com a legislação vigente.
Mas, como não foram 100% satisfatório, medidas corretivas deverão ser tomadas tais
como: higienizar novamente superfícies de contato com alimentos onde a limpeza não foi eficaz,
reparar superfícies ou soldas não sanitárias onde possa haver incrustação de material orgânico, ou
ainda reter tipo (concentração) tempo de contato das soluções detergentes ou desinfetantes. O
monitoramento deve ser feito com freqüência adequada para avaliar se a finalidade higienização
continua sendo atingida caso contrário, deverá ser adotado ações corretivas. Isso poderá ser feito,
primeiramente, conscientizando os funcionários da importância dessa limpeza completa, para que
se possa evitar contaminação nos alimentos.
Pelas condições microbiológicas encontradas na unidade avaliada, inferese, a definição
de metas a serem atingidas. Em etapas posteriores, essas unidades deverão atingir níveis de
higiene mais exigentes, para que este risco seja eliminado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, N. J.; MACÊDO, J. A. B. Higienização na indústria de alimentos. São Paulo: Varela,
1996. 189 p.
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DOWNES, F.P.; ITO, H. 2001. Compendium of methods for the microbiological examination of
foods. 4th ed. American Public Health Association, Washington. 1219p.
FRANCO, Bernadette D. Gombossy de Melo; LANDGRAF, Mariza. Microbiologia dos Alimentos.
São Paulo, editora Atheneu, 2003.
FREITAS, L. H. Sistema especialista para diagnóstico de toxinfecções alimentares de origem
bacteriana. 1995. 97 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos)
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.
MORENO. Organização Pan Americana de Saúde – OPAS, 1982.
NEDER, R.N. Microbiologia: manual de laboratório. São Paulo, editora Nobel, 1992.
SILVA, Júnior, Eneo Alves da; Manual de Controle Higiênico Sanitário em serviços de
alimentação/ São Paulo: Livraria Varela,1995.
http:// www.agricultura.gov.br
http:// www.facilitaja.com.br
http://www.dta.ufv.br/artigos/contal.htm
http://www.ital.sp.gov.br