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Nos últimos 40 anos muitos prédios desabaram.

O últi-
mo foi o Areia Branca, em Recife. Note que grande
parte do entulho foi removido. Observe os danos cau-
sados no prédio vizinho, que ainda está interditado.

P
or que edifícios caem em nossas cedimentos desta norma aplicam-se naque- lhamento existente, pelos materiais empre-
cidades? Quantos mais irão cair les casos onde se deseja avaliar as condi- gados etc.
sem que se possa tomar medidas ções de resistência da edificação, nas se- • Estruturas onde hajam dúvidas sobre sua
para salvá-los? A resposta não é tão com- guintes circunstâncias: adequabilidade para outras funções, geral-
plexa quanto parece. O American Concrete • Estruturas que mostrem danos de qual- mente com a inexistência do projeto original.
Institute (ACI), com base neste problema, quer forma, sejam estruturais (trincas, de- • Estruturas submetidas a processos de di-
que é mundial, lançou recentemente diretri- flexão excessiva etc) ou por corrosão. latação/contração, a mudanças de uso e
zes para “avaliação da resistência de edifi- • Estruturas suspeitas, tanto a nível de pro- onde os critérios do novo projeto exce-
cações existentes” – ACI 437R-03. Os pro- jeto como de construção, seja pelo deta- dam os do projeto original.

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A análise da estrutura do Areia Branca. Na foto à esquerda encontro da armação do pilar central com a armação da cisterna. Na foto à direita os Engos
Sílvio Andrade e Ana Moura (ambos de frente) do IPACON vistoriando a estrutura.

• Estruturas que necessitem verificação • Estabilidade e rigidez das peças estrutu-


GLOSSÁRIO
após a execução de serviços de recupera- rais, de forma separada;
ção e reforço. • Sensibilidade das peças estruturais com Rigidez – resistência à deformação. Para uma
peça estrutural em forma de prisma, a rigidez é
• Estruturas que necessitem de avaliação, relação a deformações excessivas por lon- igual ao produto do momento de inércia da seção
devido a imposição do departamento de gos prazos; da peça e o módulo de elasticidade do material
edificações. • Resposta dinâmica de cada peça estrutural. pelo comprimento da peça. Relação promovida pela
mudança que uma força promove e a correspon-
dente mudança defleccional em translação e rota-
O normativo do ACI, no final das contas, Investigações preliminares ção de uma peça elástica.
Tensão – resultante da condição da aplicação de
trata da avaliação de edificações existen- uma força. Quando a estrutura interna de uma
tes, assentado nos quesitos de estabilida- O objetivo da investigação preliminar é es- peça ou sua superfície resiste a forças que produ-
de, resistência e segurança, com grande pre- tabelecer as condições de existência da es- zem ou tendem a produzir deformações na peça.
Deformação – conseqüência da tensão. É o alon-
ocupação no aspecto da durabilidade. Cita trutura, de modo a obter-se uma avaliação gamento ou encurtamento por unidade de compri-
um número de características ou níveis de confiável de sua capacidade estrutural. mento original de uma peça sob tração ou com-
pressão, ou mesmo a distorção entre dois planos
performance que deverão ser encontrados Para tanto, torna-se imperativo conhecer de uma peça sujeita a cisalhamento. Quantidade
na edificação. Alguns deles são: em que condições está o concreto, tanto adimensional que pode ser medida em porcenta-
• Estabilidade e rigidez da estrutura como no aspecto químico quanto de sua resis- gem, em milímetros por milímetro ou em micrôme-
tros.
um todo; tência física. Não podemos esquecer que
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Metacrilato
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para manter o estado de passividade.
Procedimentos para a operação, já que não se trata de um cálculo
simples de uma estrutura nova e sim de um Qualquer presença de sais contaminan-
avaliação estrutural
quadro patológico, que exige profundos co- tes na massa do concreto como cloretos,
A maioria das avaliações estruturais tem em nhecimentos das técnicas e dos materiais de sulfatos, nitratos etc, minará a existência
comum alguns aspectos. Genericamente a recuperação.
É importante deixar claro que não existe um
de suas armaduras. Com relação a situa-
avaliação consistirá em:
critério universal de análise das condições de ção das armaduras, dever-se-á conhecer
„ Definir a condição da edificação. serviço de uma edificação. Assim, após os tra- seu real posicionamento nas peças estru-
• Examinar as informações disponíveis; balhos de avaliação estrutural, poder-se-á ter
• Executar, de imediato, a análise estru- turais, a quantidade e a bitola das barras.
conclusões do tipo:
tural da estrutura; • A estrutura é adequada ao uso atual. Sua ex-
Trata-se de um trabalho independente do
• Conduzir pesquisa de suas condições; pectativa de vida é longa, desde que haja ser- que existe no projeto, se é que há. Claro
• Determinar a(s) causa(s) do problema(s) viços de manutenção e monitoramento. que, caso haja o projeto original, dever-
e a(s) velocidade(s) de progressão; • A estrutura, embora adequada ao uso atual,
• Determinar os níveis da recuperação a se-á conhecê-lo profundamente.
não possui condições para uma vida longa,
ser feita. devido a processos de deterioração no con-
„ Selecionar as peças estruturais que creto armado, com conseqüentes alterações Identificando as anormalidades
necessitam de uma avaliação detalhada. em sua performance.
„ Investigar as condições de carrega- • A estrutura está inadequada para o uso atu- O engenheiro patologista identificará as
mento originais, atuais e futuras. al, porém poderá ser usada para outras ati-
vidades.
características do concreto empregado
„ Avaliar todos os resultados. na edificação, assim como os tipos de
• A estrutura está inadequada
„ Preparar o relatório com a descrição e necessita de serviços de re- problemas existentes, à luz das normas
dos resultados e procedimentos correti- cuperação.
vos. abaixo,
• A estrutura não oferece con-
A resistência do concreto armado, sem dúvi- dições de uso, inclusive de re-
da, é a preocupação quando se avalia as con- cuperação.
dições de uma edificação. Portanto, dever- • Os dados obtidos da estrutura são insufi-
se-á verificar o currículo e a experiência do cientes para oferecer uma conclusão defi-
calculista e do patologista que participarão da nitiva.

o concreto é o hospedeiro do aço, o que física para “abraçar” o metal e condições


significa dizer que deverá ter resistência químicas como alcalinidade suficiente,
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GLOSSÁRIO
ACI 201.1R – guia para pesquisa da condição do
concreto em serviço.
ACI 207.3R – guia para avaliação do concreto
em estruturas para condições de serviço.
ACI 222.R – corrosão dos metais no concreto.
ACI 222.2R – corrosão do aço de protensão.
ACI 224.R – controle do fissuramento em estru-
turas de concreto.
ACI 224.1R – causas, avaliação e recuperação
de trincas em estruturas de concreto.
ACI 228.1R – métodos para estimar a resistên-
cia do concreto no local.
ACI 228.2R – métodos não destrutivos para
avaliação de estruturas de concreto.
ACI 309.2R – identificação e controle de efeitos
visíveis da solidificação de superfícies de concreto
executadas.
ACI 364.1R – guia para avaliação de estruturas
de concreto antes da recuperação.
ACI 365.1R – prognóstico para a durabilidade –
relatório do estado da arte.
ACI 423.4R – corrosão e recuperação de mono-
cordoalhas não injetadas.
ACI 435.R – controle das deflexões em estrutu-
ras de concreto.
Situação comum em prédios revestidos com pastilhas: corrosão nas armaduras dos pilares. Causas ACI 435.8R – deflexões obsevadas de lajes de
como excesso de juntas (típicas deste tipo de revestimento), lavagem por ácido etc. são freqüente- concreto armado e causas de grandes deflexões.
mente diagnosticadas.

assim como de documentos de outras or- barras nas diversas peças estruturais, como também fazem este trabalho são os Medi-
ganizações. Todos os sintomas de deterio- também o diâmetro e o número de barras dores eletromagnéticos de armaduras ou
ração e danos existentes deverão ser iden- existentes. A técnica mais adequada e su- covermeters (ACI 228.2R). São dois os ti-
tificados e localizados em relação à estru- gerida é a abertura de “janelas” nas peças pos de covermeters. O primeiro baseia-se
tura da edificação, citando-se o tipo, sua estruturais. Os equipamentos (NDT) que no princípio da relutância magnética, que
magnitude e a severidade do processo. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
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Neste particular, o leitor poderá consultar o


Instituto de Patologias da Construção (IPA-
CON), de modo a obter mais informações.

Qual a resistência do concreto?

Existem diversos testes padronizados para


estimar a resistência à compressão do con-
creto na edificação. Tradicionalmente, há a
técnica de extração de corpos de prova da
estrutura e os testes não destrutivos (NDT).
A norma ACI 228.1R fornece todas as infor-
mações necessárias. Os testes NDT redu-
zem significativamente as extrações dos
corpos de prova, muito embora dever-se-á,
sempre, correlacioná-los, em diversas par-
tes da estrutura. Os testes NDT a serem
usados são:
• Exclerômetro (ASTM C 805);
• Penetração de pino (ASTM C 803/C 803 M);
• Velocidade de pulso (ASTM C 597);
• Teste de arrancamento ou PullOut (ACI
228.1R e a ASTM C900).
Vu-Con
E a situação das armaduras? Tele-atendimento
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Evidentemente, dever-se-á obter informa- produtos@recuperar.com.br
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ções precisas acerca da localização real das

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relaciona-se com a resistência ao fluxo mag- Há armaduras no peça estrutural e ser recebido pelo recep-
nético do material. O outro tipo de cover- interior do concreto? tor posicionado na face oposta da peça. A
meter baseia-se no princípio das “corren- distância entre os dois instrumentos, ou
tes eddy”, empregando uma sonda com uma Diversos casos de pilares
GLOSSÁRIO
serpentina executada por uma corrente elé- com vazios entraram em pro-
trica de alta freqüência. cesso de ruína 20, 30 e até 50 anos depois Cloretos – denominação dos sais do ácido clorí-
drico (HCl). Os cloretos mais importantes são o
A diferença entre estes dois equipamentos de sua construção. Exatamente por isso, cloretos de sódio (NaCl), parte principal do sal
é que o primeiro detecta apenas barras de hoje, torna-se importante investigar, além marinho, o sal gema (NaCl) extraído do solo, o
cloreto de cálcio (CaCl2), o cloreto de potássio (KCl)
aço, enquanto que o segundo detecta aço da sua resistência, a homogeneidade ou a e o cloreto de cal [CaCl(ClO)], também chamado
e qualquer outro metal. Ambos têm poder presença de vazios, trincas e regiões onde de cal clorada, pó branco, obtido da reação do cloro
com o hidróxido de cálcio.
de penetração até 150mm de profundidade, sua qualidade possa estar comprometida. Sulfato – sal derivado do ácido sulfúrico, H2SO4.
a partir da superfície do concreto. O teste tradicionalmente usado é o de per- O sulfato de cálcio ou gesso é o mais conhecido.
Nitrato – denominação genérica dos sais do ácido
cussão com um pequeno martelo. É bastan- nítrico (HNO3).
• Radar (ACI 229.2R) te impreciso e não serve como indicador. Corrente elétrica – fluxo de cargas elétricas
através de um condutor. Intensidade do fluxo. Em
Cada vez mais são usados, devido a gran- Os testes NDT, que fazem este serviço, são: circuitos de corrente contínua, como os que aconte-
cem nos processos de corrosão do aço, circula de
de penetração de suas ondas, obtendo-se um ponto de potencial elétrico mais alto para um
resultados precisos a grandes profundi- • Velocidade de pulso (ASTM C597) ponto de potencial elétrico mais baixo. A intensida-
de da corrente dependerá da diferença de potencial
dades. Necessita de operador experiente O equipamento é composto por um trans- entre as regiões com diferentes potenciais e a resis-
e deve, no início dos serviços, comparar- missor, um receptor e o seu equipamento tência existente.
Corrente eddy – corrente parasita local, induzi-
se o resultado inicial com uma ou duas eletrônico. O teste mede o tempo neces- da em parte de metal de um equipamento elétrico,
“janelas” que deverão ser abertas para sário para um pulso de energia ultrassôni- com capacidade para alterar rapidamente campos
magnéticos.
comparação. ca emitido pelo transmissor “viajar” pela

Com o advento dos adesivos estruturais com ultra baixa viscosidade, menores que 50cps como é o caso do METACRILATO e do epóxi PP50, é possível proceder
a monolitização de peças estruturais com uma simples pistola manual. Ou seja, prepara-se o produto e coloca-se em um cartucho vazio. A seguir, coloca-se em
uma simples pistola de calafetamento e pronto. Mesmo em injetores simples como precárias mangueiras é possível promover a colagem de peças estruturais.
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seja, a espessura da peça é dividida pelo • Termografia do infravermelho (ASTM dimentos para investigar a qualidade e as pro-
tempo de trânsito para obter a velocidade D4788) priedades mecânicas do concreto e das arma-
do pulso. O equipamento também correla- Qualquer superfície com temperatura acima duras, de modo a corroborar os resultados
ciona a velocidade do pulso com a resis- do zero absoluto emite energia eletromag- dos testes apresentados nesta matéria.
tência à compressão do concreto. nética. À temperatura ambiente, no entanto, fax consulta nº 07
esta radiação tem um comprimento de onda
• Eco-impacto (ASTM C1383) situado na região do infravermelho do es-
O equipamento é composto por um marte- pectro eletromagnético. Como a velocidade
lo especial e um receptor, além de equipa- de emissão da energia, a partir da superfície, Para ter mais
mento eletrônico apropriado. Bate-se com depende de sua temperatura, usando-se um informações sobre
detector de infravermelho poder-se-á anali- Análise.
o martelo na superfície da peça estrutural,
o que gera ondas de tensão que propa- sar diferenças na temperatura da superfície.
gam-se pelo concreto. A presença de vazi- Se uma peça estrutural apresenta um defei-
os ou de concreto com densidade anormal, to ou anormalidade, como uma fissura ou
no interior da peça, promove a reflexão das vazios, havendo um fluxo de calor através REFERÊNCIAS
ondas. A onda de tensões, assim refletida, da peça sua temperatura superficial será al- • Carlos Carvalho Rocha é engenheiro ci-
volta à mesma superfície onde foi aplicado terada. O display do equipamento mostra, vil, especialista em serviços de recuperação.
o impacto e retorna para o interior da peça, então, a superfície da peça estrutural na for- • ACI 437R-03 - Strength evaluation of exis-
repetindo-se o ciclo. O receptor, posicio- ma de manchas frias e quentes, diagnosti- ting concrete buildings. ACI Committee 437.

nado próximo ao local do impacto, na mes- cando a presença de anormalidades no inte- • ACI 318-99 - Building code requirements for
rior da peça estrutural. structural concrete. ACI Committee 318.
ma superfície, monitora o movimento re-
sultante em função do tempo, diagnosti- Na próxima edição da RECUPERAR, apresen- • Bares, R., and Fitzsimmons, N. - Load tests
taremos a matéria Edifícios II, com os proce- of building structures, Journal of the structu-
cando a profundidade da interface refleto- ral division, proceedings ASCE.
ra. Se não houver qualquer defeito, a es- • Barlett, F.M., and Macgregor, J.C. - Variation
GLOSSÁRIO
pessura da peça estrutural aparece no dis- of inplace concrete strengh in structures -
play sem qualquer anomalia. Energia eletromagnética – energia do campo ACI materials journal.
eletromagnético. É dada, quantitativamente, por
duas parcelas: a do campo elétrico e a do campo • Bungey, J.H. The testing of concrete in struc-
• Radar (ACI 228.2R) eletromagnético. tures.
Infravermelho – radiação eletromagnética cujo
Seu funcionamento é similar ao eco-impac- comprimento de onda é superior aos das radiações
• CRSI, Concrete Reinforcing Steel Institute. -
to. A única diferença é que substitui-se a visíveis, mas é inferior ao das microondas. É uma
“Evaluation of reinforcing steel systems in
radiação eficiente para o transporte de energia térmica. old reinforced concrete structures.
batida por energia eletromagnética.
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Microfotografia eletrônica de varredura ilustrando a quantidade de cristais em
forma de agulha (A) em torno de uma partícula de agregado.

Q uando prédios caem, pisos de


concreto soltam pinturas ou po-
eira, peças de concreto começam
literalmente a inchar, o primeiro e certamen-
problemas na medida em que ocorrem trin-
cas, eflorescências e descoloração.
A questão da resistência à compressão, sua
principal característica, aparentemente é
rísticos e resistenciais não tão comprome-
tedores podem, na verdade, ser o reflexo de
problemas mais complexos e estranhos à
maioria dos engenheiros especialistas em
te único culpado será o concreto. É real- resolvida com ensaios mecânicos. Análises estruturas ou em tecnologia do concreto.
mente fácil, com alguma experiência, olhar visuais e valores de resistência à compres- Ou seja, erra-se no diagnóstico e peca-se
para um concreto e atribuir-lhe a culpa, são podem, no entanto, mascarar a verda- na terpêutica.
mesmo porque, este material feito pelo ho- deira causa do problema, exatamente pelo A análise petrográfica do concreto hoje,
mem, costuma apresentar sinais claros de fato de que sintomas superficiais caracte- através de super microscópios, do nível de
Continua na pág. 14.
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Microfotografia
eletrônica de
varredura
evidenciando
cristais em forma
de agulha
formado por sais
de aluminato e de
sulfato de cálcio.
Na região direita
aparecem cristais
de silicato de
cálcio e à
esquerda vazios
capilares e parte
de um agregado.

conhecimento dos estados e alterações eletrônicos de varredura, além do profun- rebocos e pisos cimentícios. Tudo à luz
pertinentes à matriz cimentícia e de normas do conhecimento da formação e das altera- das normas ASTM C856 “Prática padrão
específicas a este exame é indispensável à ções pertinentes à hidratação da matriz ci- para exame petrográfico de concreto en-
patologia da construção. mentícia, os sinais e sintomas característi- durecido”, ASTM C1324 que discorre so-
cos e um vasto conjunto de causas total- bre argamassas e a ASTM C295 que dis-
A petrografia do concreto mente catalogadas. cute a ação dos agregados empregados
Enganam-se os que acham que a petrogra- no concreto.
Com métodos provenientes da geologia, fia do concreto é uma ciência nova. Nas- O processo de análise começa no próprio
metalurgia e cerâmica, petrógrafos de con- ceu pouco depois do próprio concreto, local da estrutura, investigando-se as con-
creto descobrem a composição e a classifi- entre os anos de 1890 e 1900, para atender dições do local e extraindo-se amostras re-
cação deste material, através de corpos de à solicitação de engenheiros e técnicos presentativas, segundo a norma ASTM
prova com 20 a 30 micrômetros. Alguma que reclamavam de mal formações da ma- C823 “Prática para exame e amostragem de
coisa como aproximadamente um quarto da triz por ataques de sulfatos, estados fis- concreto endurecido nas construções”.
espessura média do cabelo humano. Sua suratórios, contaminações etc. Hoje, além Claro que todo histórico deve ser investi-
ferramenta principal é composta por micros- do próprio concreto, estes profissionais gado, assim como detalhes do projeto, das
cópios petrográficos de luz polarizada e os analisam argamassas, concreto projetado, características utilizadas na dosagem do
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Morfologias do CaCO3 (Carbonato de Cálcio)

Cristais granulares. Cristais prismáticos.

ção uma bola de cristal do que irá aconte-


cer à estrutura no futuro. Portanto, uma vez
pisando no terreno minado de um proble-
ma qualquer que esteja comprometendo o
concreto armado-protendido poder-se-á ter,
com a análise petrográfica, o seguinte nível
de respostas, que certamente permitirá vi-
sualizar o caminho de sua solução:

Composição
Cristais globulares. Cristais pontiagudos.

concreto, no seu lançamento e, principal- tensão da má formação ou das doenças • Determinação do tipo de agregado graú-
mente, o local e o seus microclimas. adquiridas pelo compósito concreto arma- do ou miúdo empregado.
do-protendido, informando, adicionalmen- • Natureza da interface entre agregados e
O que a petrografia informa? te, sua composição, qualidade da mão de matriz cimentícia (pasta de cimento).
obra empregada na elaboração, no lança- • Tipo de cimento empregado e se contém
O principal objetivo da análise petrográfica mento e no acabamento. Com todas estas algum tipo de material pozolânico, pigmen-
do concreto é determinar a natureza e a ex- informações, facilmente, tem-se à disposi- tos ou fibras dispersas.
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• Presença de ar, o tamanho dos vazios e • Informa sobre o tipo de cura e acabamen- concreto. Usualmente, a olho nu, costu-
sua distribuição como resultado da má vi- to empregados. ma-se diagnosticar insuficiência na cura
bração ou incorporação de aditivos com e acabamento, prognosticando um inevi-
este fim. Condição presente e futura tável processo de retração. Observações
• Se há sinais de corrosão na interface aço microscópicas vão mais longe e farão, por
matriz cimentícia, mesmo que diminutos. • Informa sobre suas características físicas. exemplo, a correspondência do quadro
• Presença de outras alterações na matriz • Presença de anormalidades nas amostras. fissuratório à patologia específica e in-
cimentícia. • Permite estabelecer um prognóstico futu- formarão, também, se há poucas partícu-
ro para o concreto. las de cimento hidratadas e uma corres-
Trabalho de concretagem pondente abundância de produtos de hi-
Um exemplo típico de solicitação de aná- dratação.
• Se o concreto foi elaborado, lançado e lise petrográfica é quando há presença Todo trabalho de amostragem exige perí-
compactado corretamente. de quadros fissuratórios na superfície do cia, significando dizer que as amostras de-
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verão representar o problema. Amostras • W.J. French, “Concrete Petrography: a Re-
ideais para análise petrográfica são fei- REFERÊNCIAS view”, Quarterly Journal of Engineering Ge-
tas com diâmetro de 5cm, devendo-se re- • Michelle Batista é química. ology, Vol. 24, Nº 1, The Geological Socie-
tirar tanto da área sintomática quanto das • Vaysburd, A.M.; Emmons, P.; Mailvaganam, ty.
N.P.; McDonald, J.E.; and Bissonnette, B., • Bernard Erlin, “Petrographic Examination”,
regiões “aparentemente” boas. “Concrete Repair Technology – A Revised chap. 22 in Significance of Tests and Pro-
fax consulta nº 15 Approach is Needed”, Concrete Internatio- perties of Concrete and Concrete-Making
nal, V. 26, Nº 1. Materials, ASTM 169C, Paul Klieger and
• Vaysburd, A.M.; Brown, C.D.; Bissonnette, B.; Joseph F. Lamond editors, ASTM.
and Emmons, P.H., “’Realcrete’ versus ‘Lab- • Katharine Mather, “Petrographic Examina-
crete’”, Concrete International, V. 26, Nº 2. tion”, Significance of Tests and Properties
Para ter mais • Donald H. Campbell, “Application of the of Concrete and Concrete Aggregates, ASTM
informações sobre Microscope in the Concrete Industry”, Pro- 169.
Análise. ceedings of the Third International Confe- • Katharine Mather, “Petrographic Examina-
rence on Cement Microscopy, Houston. tion”, chap. 11 in Significance of Tests and
• Donald A. St. John, Alan W. Poole, and Ian Properties of Concrete and Concrete-Making
Sims, Concrete Petrography, John Wiley & Materials, ASTM 169B.
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Migração de íons através dos intertícios ou poros do concreto saturado,
provocada pelo posicionamento de concentrações desiguais. Sua
estrutura aberta, semelhante a de uma pedra-pomes, faz com que os
fracos cristais, quase amorfos, de silicatos de cálcio da matriz cimentí-
cia, solubilizem facilmente tornando-se móveis para reagir, ionicamente,
com íons de mesma carga das soluções que adentram o concreto e que
tentam se fixar nos compostos hidratados da matriz neutralizando-os,
elétricamente, de forma limitada.

ANÁLISE

Paulo Afonso
de Andrade

O
concreto, efetivamente, é um movido por mecanismos de transporte e por
pseudo-sólido e está sujeito a con- movimentos orquestrados que otimizam a GLOSSÁRIO
taminações, mudanças de volume transferência das substâncias presentes no Poros – cada um dos orifícios microscópios e/ou
e a auto destruição como resultado das in- meio externo, através da estrutura de poros macroscópicos existentes no interior do concreto
aparentemente compacto e sólido.
terações químicas associadas com o fenô- e interstícios formados originalmente por Porosidade – medida do volume dos poros inter-
meno da adsorção e de outros mecanismos produtos essencialmente salinos à base de nos ou vazios.
Silicato de cálcio – sal do metal alcalino cálcio.
internos geradores de tensões. Este pro- cálcio. Mecanismos estes responsáveis pela Os silicatos dos metais alcalinos são bastante solú-
cesso de degradação que ocorre em com- inevitável evolução dos produtos das rea- veis em água. Sal ou éster derivado do ácido silíci-
co.
pósitos sólidos porosos, formados de pas- ções químicas e a conseqüente instabilida- Lixiviação – remoção dos elementos da matriz
ta de cimento portland, agregados minerais de dimensional, com sobras para a redistri- cimentícia pela dissolução com a água que circula
e aço (concreto armado-protendido) é pro- buição das substâncias produzidas. Tudo dentro do concreto.

Continua na pág. 22.


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Porque o concreto é um falso sólido? tâncias adentrantes dissociam-se ionica-
mente, carregando cargas de sinais opos-
Primeiramente porque nem todo seu volume está matriz, maior a permeabilidade do concreto, tos. O exemplo clássico é a água da chuva
preenchido pela fase sólida. Além dos casos em tanto verdade quanto se permite a saída rápi- que lava a brisa marinha, carregada de sais,
que a composição é incorreta, seja por defici- da da água do concreto devido a secagem.
ências de cálculo ou na fabricação, os vazios ou Caso se conserve a água por muito tempo den-
entre eles o cloreto de sódio, NaCl, que
poros resultam, normalmente, de três causas. tro do concreto, o próprio aumento da quanti- dissocia-se em Na+ e Cl–, introduzindo-se
1 - Na fabricação, lançamento e vibração, o dade de hidratação da matriz promove a fixa- nas estruturas de concreto das edifica-
excesso de água empregada no amassamen- ção da água livre, por absorção, às superfícies ções. No próprio interior do concreto, a
to, além da necessária para a hidratação, formadas, diminuindo o volume dos poros.
permanece livre após todas as reações e, Logo, para se obter uma boa impermeabilidade
cal hidratada, ou seja, o hidróxido de cál-
ao sair por evaporação, deixa vazios em seu é necessário proceder uma cura adequada. cio Ca(OH)2, em presença das soluções
caminho. O falso sólido chamado concreto, portanto, fi- que adentram, dissocia-se em Ca + e OH–.
2 - Parte do ar emulsionado com os componen- cará sujeito a três tipos de ataque químico, em Assim, os quatro cavaleiros do apocalip-
tes durante a execução do concreto fica re- função de sua rede de poros: lixiviação, rea- se, quer dizer, mecanismos de transporte
tida durante as operações da concretagem, ções de troca iônica e por expansão.
ocupando volumes que podem ir de 10 a 50 encarregam-se de levar a solução com os
litros por metro cúbico, quer dizer de 1 a 5% íons a reboque ou os próprios íons atra-
do volume do concreto e até mais. vés da solução. A penetração deste exér-
3 - Como o volume absoluto dos componentes cito de cargas no concreto é tão devasta-
hidratados da matriz é inferior a soma dos
componentes não hidratados, o espaço ocu-
dora quanto uma tsunami. Esta penetra-
pado pela matriz hidratada é inferior ao da ção, no entanto, efetuada segundo aque-
matriz antes do endurecimento, seja qual les mecanismos de transporte, irá dar de
for a relação água-cimento. cara com algumas armadilhas naturais do
tipo osmose, adsorção e sucção que, no
Antes da pega, a exsudação e o assentamento
dos sólidos são os principais responsáveis pela final das contas, a afetarão profundamen-
formação dos canalículos. A 3ª causa acima faz Simulação: a rede de vazios microscópicos pre- te. Assim, vamos de encontro aos quatro
ver que quanto maior o grau de hidratação da sente em todo tipo de concreto. mecanismos de transporte.

Permeabilidade, significa a velocidade com


que um fluido “viaja” pelo interior do con-
creto quando atrás dele há uma pressão.
Em peças estruturais de concreto armado
tipo barragens, tanques etc, esta pressão é
formada por níveis elevados de líquidos.
Tecnologistas definem permeabilidade na
base do nível d’água de cada lado da amos-
tra de concreto analisada, em metros ou
centímetros e, quase sempre, encontram o
valor típico de 10–12m/s. Claro que um con-
creto com alta permeabilidade deixará en-
Solução - mistura homogênea com pelo menos um tipo de substãncia (soluto) disseminada em outra
trar líquidos e gases, geralmente recheados
(solvente), para explicar soluções mais ou menos concentradas que adentram no concreto. de produtos extremamente tóxicos à matriz
cimentícia, culminando com sua destruição
a ver com a durabilidade das estruturas de ma sob efeito de forças tão pequenas a médio ou longo prazos.
concreto armado-protendido. quanto se queira. Exatamente, líquidos
Existem, basicamente, quatro mecanismos como a água, encharcada de substân- GLOSSÁRIO
de transporte responsáveis por tudo que cias químicas e gases bem complica- Ionização – processo ao fim do qual uma molécu-
ocorre de ruim lá dentro do concreto: dos. Uma vez imersas no ambiente sa- la ou um átomo neutro se torna portador de uma
permeabilidade, difusão, eletromigração lino do concreto, na forma de soluções, carga elétrica positiva ou negativa.
Solução – líquido que contém substâncias dissol-
e migração térmica. as moléculas daquelas subs- vidas. Mistura homogênea de duas ou mais subs-
tâncias que apresentam uma única fase.
Os mecanismos Concentração – quantidade de uma substância
contida em uma unidade de volume.
de transporte Gradiente – inclinação ao longo de uma direção,
seja de uma estrada, canal, tubulação etc.
Emulsão – meio heterogêneo constituído pela dis-
Mas o que, efetivamente, flui pelas estra- Os gases que adentram ou que estão presentes
no interior do concreto são perfeitamente persão, sob a forma de glóbulos microscópicos de
das formadas por poros e capilares da mas- solúveis na solução lá presente, e dependem um líquido em outro líquido no qual o primeiro não
sa endurecida do concreto? Fluidos, aque- intensamente da temperatura e da pressão é miscível. Ex.: leite, onde a fase dispersa é a
gordura e o dispersante é a água.
les corpos que, não tendo forma própria atuante. O teste com a garrafa de água mineral
Emulsionar – emulsificar, dispersar um líquido
gaseificada tampada com uma bola de assoprar
como os líquidos e gases, têm em comum dentro de uma panela com água quente mostra em um meio onde é insolúvel, afim de se obter
a propriedade de poder tomar qualquer for- a influência da temperatura. uma emulsão.

22 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2005


Exemplo de solução condutora (corrente iônica) e não condutora Exemplos de difusão e osmose

Difusão, é aquela situação em que íons “vi- ões com potenciais elétricos crescentes, os
ajam” através do concreto saturado sem pro- quais eletromigrarão pra onde ninguém sabe, GLOSSÁRIO
priamente haver um fluxo d’água. Ocorre em função dos choques ou das diferenças Soluto – substância dissolvida em um solvente.
basicamente pelos gradientes de concentra- de potencial que ocorrerão. Difusão – dispersão de uma substância em um
meio fluido. T ransporte de massa num sistema,
ção que se instalam pelo interior do concre- expontâneo e irreversível, provocado pela existên-
to. Quer dizer, quando uma solução forte- A eletromigração ocorre quando está pre- cia de gradientes de concentração.
mente concentrada faz contato com uma so- sente um campo elétrico, ou porque não Adsorção – retenção, adesão ou concentração de
um gás ou de um líquido na superfície de um sólido.
lução fracamente ou nada concentrada, íons dizer, quando surgem diferenças de poten- Acumulação de uma substância apenas na superfí-
migram entre as duas soluções até que haja ciais. Este campo ou esta diferença de po- cie, com formação de gradiente de concentração
nas vizinhanças desta superfície.
uma mesma concentração. Da mesma manei- tenciais, no entanto, também é freqüente-
Pressão – quociente da intensidade da força que
ra, a difusão da umidade ocorrerá quando a mente gerada pelos potenciais elétricos pre- se exerce uniformemente sobre uma superfície e
concentração de uma solução não na forma sentes ao longo das superfícies das arma- perpendicularmente a esta, pela área dessa super-
líquida, mas na forma de vapor “viajar” atra- duras. Também são gerados, de forma me- fície.
Absorção – penetração e fixação de uma subs-
vés dos poros de uma peça de concreto não nos freqüente, por fontes externas de cor- tância, usualmente líquida ou gasosa, no interior de
saturado. Vale reprisar que a transfusão da rente contínua. A eletromigração é medida um a outra, geralmente sólida.
difusão dos íons só ocorre aos pares e com pela resistividade elétrica do concreto, já Osmose – um tipo particular de difusão entre duas
soluções com concentrações diferentes, através de
craxás de cargas iguais e opostas. Na falta que é a única condição através da qual o membranas semi-permeáveis. Tuando a membra-
desta condição, irão agregar valores, pro- concreto pode conduzir eletricidade. Desta na é permeável também ao soluto, o fenômeno
movendo o aparecimento de inúmeras regi- forma, diferentemente da condução por elé- que ocorre é a da difusão.

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Os dois tipos de correntes que detonam a corrosão no concreto armado

trons, como ocorre ao longo das superfíci- A migração térmica é o movimento adquiri-
es das armaduras, a condutividade no con- do pelos fluidos no interior do concreto de-
creto permite a passagem de corrente con- vido as diferenças de densidades promovi-
tínua suficiente para introduzir íons como das por diferenças de temperatura. Assim,
os cloretos para o interior das peças estru- ocorrem movimentos da solução das regi-
turais. ões quentes para as frias, com velocidade
dependente da permeabilidade do concreto.
Nos concretos saturados com soluções re-
lativamente quentes, devido a ação do sol, Como a eletromigra- Um processo de difu-
ção se processa. são em andamento,
haverá migração dos íons para as regiões Quando um campo quando o sal dissolve
mais frias, preferencialmente, portanto, da su- elétrico ocorre, os na água, que adquire
perfície para o interior das peças estruturais. íons negativos pre- concentração unifor-
sentes no concreto me, adentra os poros
irão se mover em dire- do concreto.
As armadilhas naturais ção à região positiva.

Quando consideramos a movimentação de les mecanismos de transporte, anteriormen-


íons pelo interior do concreto, como já ex- te apresentados, através do concreto:
pomos, existirão, basicamente, três tipos de
“armadilhas” naturais que afetarão aque- A adsorção é um fenômeno extremamente
importante quando consideramos materiais
porosos, como o concreto. Na maioria das
vezes, quando uma solução rica em íons
adentra pelo concreto, praticamente a tota-
lidade destas cargas serão adsorvidas an-
tes que atravessem a peça estrutural. As-
sim, os íons moleculares adentrantes ade-
Modelo idealizado para os estágios de gases, lí-
quidos e íons dentro do concreto. Por conveni-
rem às superfícies sólidas dos hidratos do
ência, indealizou-se um simples poro com um farto silicato de cálcio da matriz tanto pelas
pescoço em cada extremidade. Um fluxo de vapor
incide da esquerda para a direita em (a) até (f) e
forças físicas da adesão como também pe-
um fluxo iônico incide em (g) e (h). Diferentes formas de água na matriz. las ligações químicas pertinentes.

24 RECUPERAR • Janeiro / Fevereiro 2005


A sucção capilar se manifesta quando a A osmose lito à corrosão no interior do concreto ar-
solução adentra e se instala por tensão su- dependerá das barreiras existentes atra- mado. Na outra extremidade são as em-
perficial, através dos finos capilares do vés das paredes das “cavernas”, exis- presas de recuperação promovendo ser-
concreto, estejam eles umedecidos ou mo- tentes no sólido poroso chamado concre- viços de recuperação estrutural em estru-
lhados. Um exemplo interessante do po- to, que funcionam como membranas ou fil- turas afetadas essencialmente por corro-
der de sucção capilar no concreto é quan- tros semi-permeáveis à movimentação das são, utilizando metodologias “clássicas”
do repousamos uma amostra de concreto, soluções adentrantes. Quer dizer, a água à base de massas pré-fabricadas e/ou pri-
pela metade, imersa em água salgada du- passa mas o material dissolvido não passa mers ricos em zinco que só pioram a situa-
rante alguns meses. A solução adentrará facilmente. ção eletroquímica do aço.
pelos capilares e poros do concreto pelo
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mesmo efeito de um pavio molhado de um A durabilidade do concreto
candeeiro, até o nível em que a solução
simplesmente começará a evaporar. Obser- Pensar em durabilidade do concreto é com-
var-se-á que os poros próximos à superfí- plicado após todos estes processos intrín- Para ter mais
cie ficarão completamente cheios de sal secos à sua natureza. Mesmo o maior dos informações sobre
cristalino, promovendo pressão suficien- recobrimentos, em ambientes hostis como Concreto.
te para dar impulso a desplacamentos. Esta o industrial ou marítimo, só retardará o pro-
patologia é típica nas regiões costeiras com cesso de destruição do concreto armado-
pouca chuva. protendido. De todos os processos de des-
truição a que o concreto armado-protendi- REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO do está sujeito, o da corrosão do aço é o • Paulo Afonso de Andrade é engº químico.
Tensão superficial – medida do trabalho ne-
que, efetivamente, desfila com viés de in- • Gregg, S.J. and Sing, K.S.W., Adsorption, sur-
cessário para aumentar a área da superfície livre tervenção mais significativa. Falam os nú- face area and porosity.
do líquido. Energia por unidade de área de uma meros. • Crauston, R.W. and Inkley, F.A., The deter-
interface que separa um líquido de um sólido, um mination of pore structures from nitrogen
Os processos de corrosão por transporte de adsorption isotherms, Advances in catalysis.
gás de um sólido ou um líquido de um gás.
massa desembestados pela difusão do oxi- • Feldman, R.F., applications of the Helium
Concentração – um exemplo típico explica: uma
solução com sal NaCl em água contém 50g desse
gênio, do dióxido de carbono e dos cloretos inflow technique for measuring surface area
é que fazem, verdadeiramente, murchar a bola and hydraulic radius of hydrated portland ce-
sal para cada litro da solução. Tiz-se que esta
ment.
solução tem concentração 50g/litro. Um outro exem- das estruturas de concreto armado-proten- • Feldman, R.F., Helium flow characteristics of
plo: uma solução apresenta acidez de T%. Tigni- dido. E o que vemos ainda, infelizmente, no rewetted specimens of dried portland cement
fica que cada 100g da solução contém Tg de ácido
e TTg de água. Tuando a concentração de um
mercado nacional são projetistas dimensio- paste.
nando estruturas de concreto armado-pro- • Feldman, R.F., the flow of Helium into the
componente de uma solução é muito baixa, a for-
interlayer spaces of hydrated portland cemen-
ma de exprimi-la é em partes por milhão, ou, tendido para ficarem em contato direto com te paste.
simplesmente, ppm, que significa quantas unida- toda a sorte de poluentes, sem qualquer tipo • Mikhail, R.S.R., Brunauer, S., and Bodor, E.E.,
des um componente há em 1.000.000 ou 10Tuni-
dades da mistura.
de prevenção catódica para as armaduras, Investigation of a complete pore structure
além de barreiras temporárias à penetração analysis: 1. Analysis of micropores, J.Coll.
Viés – linha oblíqua. inter.sci
das soluções que funcionarão como eletró-
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C
asos e mais casos de edificações Trinta anos de grandes transformações na com o acompanhamento de sua evolução,
residenciais, industriais e obras de indústria do concreto, com a introdução de através de métodos confiáveis e práticos
arte com sintomas de deficiência novos aditivos, novas técnicas de execu- de verificação.
estrutural deixam engenheiros e técnicos ção, cálculo e, o que é grave, acompanha- Mas, a situação mais desesperadora é en-
sem resposta com relação à resistência à das de uma desaceleração nos padrões da trar numa edificação sintomática de danos
compressão do concreto armado-protendi- mão de obra de execução e supervisão. O estruturais sem um equipamento confiável
do. Não é para menos pois, hoje, há um sem desejo impaciente de se conhecer a resis- de modo a se obter a primeira e mais deseja-
número de estruturas balzaquianas sem que tência à compressão do concreto armado, da informação: a resistência a compressão
tenham tido qualquer tipo de acompanha- muitas das vezes com surpresas desagra- do concreto. Extração de corpos de prova
mento ou checagem após sua construção. dáveis, aos 28 dias pode e deve ser evitado nem pensar. É caro e demorado. O uso do
Continua na pág. 32.
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exclerômetro é questionado devido a situ- muito embora não seja totalmente NDT, A pistola Windsor
ação e a variabilidade da superfície do con- pelo fato de que, ao remover-se os pinos
creto. A cravação de pinos, efetivamente, do concreto poder-se-á deixar pequenos A pistola finca pinos não é novidade en-
é o teste não destrutivo mais eficiente, buracos. tre nós. No entanto, pouquíssimos pro-
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fissionais dominam esta técnica e não há
muitas informações a respeito de sua per-
formance e padronização com os equipa-
mentos existentes nacionais. Esta técni-
ca nasceu nos EUA, na década de 60, fi-
cando muito tempo restrita a pessoal de
laboratório. A delimitação e a
preparação da
A pistola Windsor é um sistema crava pi- superfície antes do
nos, moderna e padronizada pelas nor- teste de resistência
com a pistola
mas americanas ASTM C803, ACI 347-78 windsor.
e pelas normas ANSI.A10-3 e BS 1881-
297. Baseia-se na relação que associa a
profundidade de penetração de um pino
de aço com a resistência do concreto. É,
portanto, um teste ultra rápido e realmen-
te confiável, que determina a resistência
a compressão de peças estruturais e que ca. Com todo este tempo de trabalho e pa- são/tração de estruturas, antes e após os
usa pinos e cartuchos padronizados no dronização, configurou-se uma série de ca- 28 dias.
mundo inteiro. A profundidade da crava- racterísticas para este tipo de NDT: • Sua praticidade e preço reflete-se em eco-
ção é medida com um micrômetro de pre- nomia:
cisão eletrônico. • É 100% seguro. Dispositivo apropriado • Na liberação de fôrmas.
impede tiros acidentais. • Início da pós-tensão.
Características da Pistola Windsor • É pequena, prática e oferece resultados • Mantém e aumenta a performance da
100% confiáveis. obra.
Sua performance baseia-se na precisão, ao • É usada corriqueiramente para acompa- • Assegura a qualidade do concreto en-
longo de 50 anos, do inventor desta técni- nhar a evolução da resistência à compres- tregue logo nas primeiras idades.
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• Dispõe de umidade de medição eletrôni- do padrão para resistência à penetração
ca para medição. de concreto endurecido” recomenda que
a profundidade de penetração média de três
Os procedimentos para o teste pinos cravados, de acordo com um molde
fornecido, constitui um teste para cada
Dever-se-á escolher os locais das peças área específica. Posiciona-se a pistola de
estruturais a serem investigadas, que re- encontro e perpendicular à superfície da
presentem uma variação normal em suas peça, o que é facilitado com um aparelho
propriedades e condição. No entanto, re- fornecido pelo fabricante. Aperta-se o ga-
giões da estrutura que estejam trincadas, tilho e pronto. O pino está cravado e pron-
com presença de segregação ou qualquer to para ser lido.
outro dano deverão ser evitadas. A área
do teste deverá ser plana e característica. fax consulta nº 36
Caso haja imperfeições na superfície, de-
ver-se-á aplainá-la com um disco de des-
baste, obtendo-se um área mínima com 5cm Para ter mais
de diâmetro. O número de testes depende- informações sobre
rá do tamanho da peça estrutural a ser in- Análises.
vestigada. A norma ASTM C803 – “Méto-

GLOSSÁRIO
Variação normal – distribuição gaussiana. Tuma
distribuição contínua simétrica, comumente conhe- REFERÊNCIAS Tele-atendimento
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cida como uma curva em forma de sino, que des- fax (0XX21) 2493-5553
creve a distribuição dos resultados de experimen- • Carlos Carvalho Rocha é Engenheiro Ci- produtos@recuperar.com.br
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