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C

omo está a situação estrutural da lançadas recentemente pelo American concreto e do aço da estrutura, de modo
edificação? Por que edifícios conti Concrete Institute, através de seu ACI a corroborar os resultados dos métodos
nuam a cair? Quais os critérios para 437R-03. Nela, abordamos a introdução não destrutivos (NDT) apresentados na
uma análise segura? aos primeiros aspectos a serem conside- matéria anterior. Assim, no front da guer-
Na edição anterior da RECUPERAR, apre- rados e a investigação preliminar a ser ra santa em busca da razão dos proble-
sentamos as primeiras informações a res- executada. Nesta edição, apresentaremos mas existentes, analisaremos as técnicas
peito das diretrizes para a “avaliação da os procedimentos para investigar a qua- de amostragem e as análises petrográfi-
resistência de edificações existentes”, lidade e as propriedades mecânicas do cas e químicas do concreto.
Continua na pág. 6.
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A extração de corpos de prova ainda é a melhor tática para
a avaliação da resistência à compressão.

Avaliando o concreto

Indiscutivelmente, a resistência à compressão do


concreto é sua identidade perante a estrutura da
edificação. No seu craxá está escrito que esta
resistência, presente em cada local da estrutura,
é dependente de fatores como dosagem da mis-
tura, condições de cura, grau de consolidação e
a conseqüente deterioração ao longo do tempo.
A saúde do concreto e a extensão do seu proble-
ma é investigado indiretamente por testes de re-
sistência, baseado na conclusão lógica de que a
deterioração da estrutura resulta em consequen-
te perda de resistência. Assim como checa-se,
com freqüência, a saúde de um indivíduo com a
análise do seu sangue, a avaliação da condição
do concreto e possíveis causas de sua deteriora-
ção poderão ser obtidas diretamente com análi-
ses petrográficas e químicas.
O programa de amostragem, essencialmente es-
Grande parte, senão a totalidade das obras de recuperação de nossas edificações visam
tatístico, baseia-se na ASTM C823, “Prática para meramente o aspecto estético. Qual será a causa? Engenheiros civis sem conhecimento de
exame e amostragem do concreto endurecido nas patologia? Entidades controladoras sem plano de ação ou com política errada?
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construções”, e deverá ser feito nos lo- manho das amostras dependerão dos tes- condição ou na qualidade. Esta tática in-
cais onde foram executados os ensaios tes de laboratório necessários, além do fluenciará o tipo de amostragem a ser feita.
NDT, de modo a promover correlação ou, grau de confiança desejado com a média Como o concreto não é isotrópico, dever-
simplesmente, em locais que possa carac- obtida. Uma análise minuciosa visual po- se-á considerar que suas propriedades va-
terizar uma condição pouco comum, alar- derá informar se o concreto da estrutura é riarão com a direção e a posição em que as
mante que seja, em alguma região da es- ou não homogêneo, ou se existem regiões amostras sejam tiradas. Por exemplo, amos-
trutura. Evidentemente, o número e o ta- que apresentem diferenças na composição, tras tiradas em peças verticais como pila-
res, vigas parede etc, terão suas proprieda-
des alteradas com a altura, devido às dife-
renças naturais que existem ao lançar e com-
pactar o concreto nestas peças que, invari-
avelmente, segregam, exudam, perdem a
pasta cimentícia, etc. Segundo estudos re-
centes, a resistência do concreto diminui à
medida que se eleva seu lançamento.

Tirando corpos de prova

Os procedimentos para a retirada dos cor-


pos de prova com extratora são dados pela
ASTM C42/C42M, “Método para obter e tes-
tar corpos de prova ou vigas de concreto”.
Basicamente, para a análise da propriedade
resistência, dever-se-á extrair peças com
diâmetro de, pelo menos, duas vezes ou,
preferencialmente, três vezes o tamanho
nominal máximo da pedra. Seu comprimen-
to deverá ser duas vezes o diâmetro, evi-
Edificações à beira mar, invariavelmente, com poucos anos de uso, já apresentam problemas estrutu- tando-se a presença de ferros. Neste parti-
rais, devido a corrosão em suas armaduras. Aço no lugar errado? Ausência de prevenção? cular, o da presença de ferros no corpo de
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prova, usa-se os detectores de armaduras Ainda com relação à resistência a compres- A análise petrográfica e química do concre-
apresentados na edição anterior. são do concreto, caso sejam tirados corpos to são de extrema importância para a avali-
de prova com relação comprimento/diâmetro ação da resistência da estrutura existente,
menor que 1,75, dever-se-á aplicar os fatores pelo simples fato de que informa a compo-
de correção da resistência oferecidos pela sição do concreto, sua condição presente
norma ASTM C42/C42M. O teste de com-
e as possibilidades para uma futura deteri-
pressão deverá ser feito com o mesmo nível
oração. A petrografia envolve técnicas ana-
de umidade presente no local da estrutura.
O American Concrete Institute alerta, com líticas como a microscopia eletrônica de
razão, que não deverão ser tomadas amos- varredura (MEV), difração do raio X (DRX),
tras de concretos de prédios que tenham espectroscopia do infravermelho e as aná-
desabado com o único objetivo de analisar lises térmicas diferenciais. Com estes tes-
sua resistência à compressão. tes obtem-se:

Neste pilar, de um prédio à beira mar, o problema


só foi diagnosticado quando houve o desplaca-
mento do mármore, acusando enorme perda de
seção nas armaduras, devido a corrosão.
Procedimentos tradicionais de tratamento da cor-
rosão à base de massas prefabricadas e revesti-
mentos epóxicos ainda são usados, promovendo
um comprometimento ainda maior da estrutura.
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Os procedimentos para a análise petrográ- sistência no escoamento. Os procedimen- a inevitável perda de seção e o natural com-
fica obedecerão a norma ASTM C856 - “Prá- tos para determinar os comprimentos das prometimento da ancoragem (veja RECU-
tica para exame petrográfico do concreto amostras, sua preparação, teste e determi- PERAR nº 59). Não há normas que infor-
endurecido”. Toda e qualquer informação nação da resistência ao escoamento é far- mem ou deêm diretrizes sobre a redução da
a respeito da estrutura e seu histórico, de- tamente dado pela ASTM A370, “Métodos
verão ser levadas ao petrógrafo. A análise e definições para testes mecânicos de pro- GLOSSÁRIO
química, por sua vez, é mais direta e infor- dutos de aço”. As amostras deverão ser re- Dutibilidade – propriedade que o aço tem de se
ma sobre a presença ou não de inúmeras tiradas nos locais onde as tensões nas ar- deformar plasticamente sem fraturar. É medida pelo
alongamento ou pela redução na seção, durante o
substâncias, os prováveis caminhos da de- maduras sejam mínimas, e uma por região, teste de tração.
terioração e, adicionalmente, profetizá- de modo a não fragilizar a peça estrutural. Carbonatação – transformação química na qual
los, caso as condições de exposição Para o caso de retirada de amostras de cor- minerais são alterados para carbonatos, devido ao
ácido carbônico.
permaneçam imutáveis. Análises quí- doalhas de cabos de protensão, o que é Cloretos – são os sais do ácido clorídrico (HCl).
micas que se fazem com freqüência são: bem mais complexo, dever-se-á seguir os Sulfato – sal do ácido sulfúrico (H2SO2).
Nitratos – sal derivado do ácido nítrico, HNO3.
procedimentos limitados existentes na nor- Resistência ao escoamento – é a tensão, ob-
ma ACI 423.4R, “Corrosão e recuperação servada no limite de proporcionalidade do aço, para
os quais desvia-se daquela proporcionalidade ca-
de monocordoalhas não injetadas”. racterística da tensão-deformação para uma quan-
Quem não percebeu ou não ligou o des- tidade especificada.
confiômetro, deverá entender que, para uma Corrosão – reação eletroquímica entre as pilhas
naturais existentes no aço e seu ambiente, no caso
perfeita avaliação da resistência do aço nas o concreto, o qual é responsável por sua desinte-
estruturas de concreto armado-protendido, gração.
Pilha eletroquímica – sistema eletroquímico
necessitar-se-á de mais segredos, além do constituído de um anodo e um catodo em contato
seu escoamento. Assim, neste sentido, de- metálico e imerso em um eletrólito. No caso do
Os dois últimos testes tem ligação direta aço, existem milhares de pilhas eletroquímicas com
verá buscar o comprimento desenvolvido, áreas dissimilares ao longo de sua superfície. O aço
com o desenvolvimento da corrosão nas a ancoragem e a redução na seção ou perda é um metal extremamente reativo e necessita pro-
armaduras. de aderência, devido à mal intensionada teção complementar quando utilizado em ambiente
corrosivo.
Já que falamos em armaduras, o aço tam- corrosão. O fato é que este fenômeno, amoi- Carbonatos – sal derivado do ácido carbônico,
bém tem vez na coleta de amostras com o tado no ventre das peças estruturais, reduz H2CO3. Os carbonatos também são chamados de
bicarbonatos.
importante objetivo de se conhecer sua re- sua capacidade e sua dutibilidade, devido

O uso do exclerômetro
e penetrômetro ajudam
enormemente no
levantamento expedito
da resistência à
compressão.

A análise dos potenciais da SEMI-PILHA é prática


corrente em todo trabalho investigativo do
concreto armado.
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capacidade das peças estruturais, uma vez las. A luz de todo o túnel surge quando pro- fax consulta nº 07
infectadas pelo vírus da corrosão. O cabo curamos entender, mensurar, neutralizar e
de guerra desembestado por este fenôme- monitorar a corrosão. Uma vez nesta trilha,
no promoverá pressão anódica, com con- dever-se-á consultar, para o caso de sus-
seqüente perda da massa do aço e pressão peitas ou fatos, as normas ASTM C876, ACI Para ter mais
catódica, motivada pela presença de água, 222.2R, ACI 228.2R, ACI 222R-96 e a ACI informações sobre
oxigênio e contaminantes nas entranhas, 2224-01, todas com importantes diretrizes Análise.
quer dizer, interstícios do concreto. Uma vez sobre corrosão no concreto armado-proten-
no cipoal de encrencas que proprietários, dido.
técnicos e engenheiros têm ao lidar com a Na próxima edição apresentaremos todos
corrosão, a luz no fim do túnel aparece não os aspectos da investigação das condições REFERÊNCIAS
com a atitude da avestruz enfiando a cabe- de carregamento e a seleção dos métodos • Carlos Carvalho Rocha é engenheiro ci-
ça na areia das fórmulas mágicas de massi- de investigação presentes na norma ACI vil, especialista em serviços de recuperação.
• Barlett, F.M., and MacGregor, J.G., 1994c,
nhas miraculosas e primers ricos de bale- 437R-03, finalizando-a. “Effect of Moisture Condition on Concrete
Core Strengths”, ACI Materials Journal.
• Barlett, F.M., and MacGregor, J.G., 1995,
“Equivalent Specified Concrete Strength from
Core Test Data”, Concrete International.
• Bloem, D.L., “Concrete Strength in Structu-
res”, ACI Journal, Proceedings V.65.
• Bungey, J.H., The Testing of Concrete in
Structures, 2nd Edition, Chapman and Hall,
New York.
• Bungey, J.H., and Millard, S.G., Testing of
Concrete in Structures, 3rd Edition, Blackie
Academic & Professional.
• Carino, N.J.; Sansalone, M; and Hsu, N.N.,
“Flaw Detection in Concrete by Frequency
Spectrum Analysis of Impacto-Echo Wave-
forms”, International Advances in Nondes-
tructive Testing, W.J. McGonnagle, ed., Gor-
Pra mim tá
don & Breach Science Publishers, New York.
bom, chefe! • CIAS, Concrete Innovation Appraisal Servi-
ce, 2000, “Guidelines for the Rapid Load
Testing of Concrete Structural Members”,
CIAS Report 00-1, Farmington Hills, Mich.
• CRSI, Concrete Reinforcing Steel Institute,
“Evaluation of Reinforcing Steel Systems in
Old Reinforced Concrete Structures”,
Schaumburg, Ill.
Costuma-se, como já salientamos, entregar-se toda a “revitalização” da edificação a empresas ou • Davis, A., and Dunn, C., “From Theory to
empreiteiros de “manutenção predial” para correção das patologias superficiais do acabamento Field Experience with the Nondestructive
sobre o concreto. E as patologias pertinentes ao concreto armado? Merecem o mesmo tratamento? Vibration Testing.
Qual a posição do órgão controlador?
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Está ficando bonito.
Mas e o concreto
armado como está?

GLOSSÁRIO
Ambiente – é o conjunto dos elementos que nos A necessidade da presença de
cercam, podendo ser biológicos e físicos (ou abióti- patologistas em toda e
cos); nestes últimos destacam-se o clima, os solos qualquer obra de recupera-
e os recursos hídricos. Há uma interação de efeitos ção deveria ser obrigatória.
desses elementos. Empresas de construção ou
de manutenção predial
Como de praxe, ao se deveriam ter o acompanha-
revitalizar uma edificação, as mento de patologistas. Os
atenções visam apenas o órgãos reguladores deveriam
aspec to estético. Pode? E a intervir neste sentido.
situação da estrutura, do
concreto, das armaduras?

ANÁLISE

Joaquim
Rodrigues

A
regra é clara. É preciso massa crí-
tica para saber o tipo de recupera-
ção a ser empregada na edificação,
já que existe uma grande variedade de ma-
teriais específicos à disposição do proje-
tista. Uma decisão errada poderá incorrer
na indesejável incompatibilidade, com da-
nos enormes à estrutura. Existem inúmeros
fatores que afetam cada estratégia de recu-
peração apropriada ou específica a uma es-
trutura. Veja o quadro ao lado. Figura 1 - Verdadeiros fatores que afetam a estratégia da recuperação.
Continua na pág. 14.
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Quais as opções e qualquer edificação
para recuperar? que se preza terá um
tempo de vida superi-
Existem várias opções que podem ser ado- or a 70 anos, dever-se-
tadas para recuperar um dano estrutural em á, sempre, considerar
uma edificação. estratégias de recupe-
ração eficientes e du-
radouras. O lado tris-
te desta história é que
proprietários e enge-
nheiros costumam re-
cuperar estruturas
com base no menor
preço, como se fos-
Evidentemente, será de grande importân- sem durar, se muito, 5
cia a existência dos projetos da edificação anos. Por outro lado,
e, por continuidade, o histórico de danos e, ao selecionar uma es-
claro, sua condição atual. Algumas destas tratégia de recupera-
informações possibilitarão dar o tiro de par- ção ou reforço para
tida para a escolha da melhor estratégia, uma edificação é ne-
eliminando uma série de opções. Evidente- cessário entender que
mente a doutrina patológica exige tudo so- existe um fator chama-
bre o saldo residual da verdadeira condi- do rejeição, irmão da
ção da edificação. Se entendermos que toda incompatibilidade.
Um exemplo típico é o
GLOSSÁRIO uso de grouts com
Coeficiente de dilatação térmica – medida cerca de 50Mpa de re-
do aumento de volume inicial, devido ao aumento sistência à compres-
da temperatura.
Relaxação – fenômeno de diminuição, no tempo,
são para recuperar ou
da tensão sob deformação constante. reforçar peças de con- A verificação dos potenciais com a semi-pilha é análise obrigatória onde há
Módulo de elasticidade – se em uma peça de creto armado de presença ou suspeitos de corrosão. O costume tradicional de apenas consi-
derar os “pontos de corrosão”, ou seja a situação terminal, desconsideran-
concreto de dimensões fixas, com comprimento igual
a unidade e de seção igual a unidade aplicarmos 20Mpa. Peca-se ao ne- do a existência de processos em andamento, é tecnicamente errado e catas-
uma tensão de tração muito pequena T, haverá um gligenciar a retração trófico. Invariavelmente, incorre-se em tratamento errado.
alongamento em seu comprimento de C. Tão logo
se suprima a tensão, o comprimento volta ao valor
por secagem, o coeficiente de dilatação tér- Ao selecionar métodos e materiais para re-
inicial. A relação T/C é, por definição, o módulo de mica, o módulo de elasticidade, relaxação cuperar estruturas de concreto armado,
elasticidade. É o coeficiente angular da reta que etc, propriedades pertinentes a cada mate- torna-se necessário e obrigatório avaliar
constitui o diagrama tensão-deformação.
Retração – Contração do concreto endurecido, rial e que, verdadeiramente, influenciam seu suas vantagens e limitações e não apenas
causado pela perda de umidade. comportamento dimensional. confiar e comprar com base no nome de
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grandes empresas multinacionais. Geral-
mente somos induzidos a ignorar a causa e,
claro, erramos no diagnóstico. Naturalmen-
te, erra-se na terapêutica. Recuperar ape-
nas por recuperar, sem analisar a causa do
problema e seus tentáculos, quase que in-
variavelmente, nos faz entrar num círculo
vicioso repetitivo e prejudicial à estrutura,
com período de duração médio de 5 anos. E
achamos ótimo. As grandes empresas for-
necedoras se deliciam com isto.
Um exemplo típico é quando deseja-se re-
cuperar um pilar ou uma viga com exposi-
ção de armaduras corroídas ou com des-
placamentos. O ato de apenas limpar a ar-
madura, aplicando-se revestimentos mira-
culosos do tipo epóxi rico em zinco (?) ou
massinhas com polímeros e, de quebra, com
agentes iônicos inibidores da corrosão (?)
que servem, inclusive, como ponte de ade-
rência, é tão cômodo quanto irracional, caso
típico da ausência de diagnóstico e tera-
pêutica equivocada. Vamos por partes. A
velocidade da corrosão do aço reativo, rico
em pilhas de corrosão, só é verdadeiramen-
te interrompida se fizermos uma outra pilha

GLOSSÁRIO
Incompatibilidade – desunião, impossibilidade
de existência paralela de dois ou mais materiais.
Um caso típico é o uso de tinta esmalte sobre tinta
à base d’água. Pintura com tintas nobres como
epóxis sobre superfícies de concreto sem prepara-
ção adequada, quer dizer sobre aquela nata super-
ficial. Tratamento da corrosão com massas prefa-
bricadas e/ou com pintura das barras leva a incom-
patibilidade eletroquímica do processo de corrosão
existente, complicando e extendendo-o ainda mais.
Na medicina: condição entre dois indivíduos na qual
um é portador de um antígeno e o outro, do anti-
corpo correspondente.
Antígeno – nome dados às substâncias que, pe-
netrando no organismo, são capazes de provocar a
formação de substâncias protetoras chamadas anti-
* Freqüentemente ter-se-á a combinação de soluções. corpos.
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O flagrante da recuperação estrutural motivada pela corrosão ainda mais reativa, quer dizer, se instalar-
mos junto ao aço um outro metal bem mais
O “tratamento” generalizado e rotineiro de pe- reativo e anódico que o ferro, de modo a
quenas regiões de peças estruturais de con- GLOSSÁRIO
torná-lo catódico. Processo este chamado
creto armado, com argamassas pré-fabrica-
das “chipadas”, como se fossem remendos de
Oxirredução – fenômeno pertinente ao pro- proteção catódica. A estratégia de fazer
cesso de corrosão no aço, constituído por um sis-
uma colcha de retalhos, não é a estratégia tema simultâneo onde elétrons são removidos de
barreiras na superfície do aço do concre-
apropriada para impedir a continuidade do pro- um grupo de átomos (oxidação) em benefício de to, debilitado pela corrosão, com o objeti-
cesso de corrosão. É imperativo, antes de mais um outro grupo de átomos (redução). A força que vo de interrompê-la é utópica e fantasiosa
nada, identificar cada micro ambiente que en- executa estas reações simultâneas provém do
volve a edificação e diagnosticar precisamen- potencial eletroquímico. para não dizer desastrosa, já que nada de
te a causa da deterioração de maneira a ajus- Monóxido de carbono (CO) – importante positivo acontece na eletroquímica das re-
composto do carbono, devido a sua toxidez. Exis-
tar o método de tratamento apropriado. Uma ações de oxirredução envolvidas. Agora,
te em quantidades apreciáveis nos gases de exaus-
edificação exposta à maresia, certamente terá tão dos automóveis. Forma-se pela combustão misturar o excelente polímero epóxi, cola-
reações de oxirredução nas armaduras, devi- incompleta do carbono em contato com o oxigê-
do à contaminação do concreto pelos sais pre- nio. É inodoro e menos denso que o ar.
dor estrutural por natureza, isolante elétri-
sentes no ar. Um outro prédio poderá ter em Imunidade – estado de resistência à corrosão co nº 1 de circuitos eletrônicos, com partí-
sua garagem, ausência de ventilação e umida- ou catodicamente firme causada pela estabilida- culas de zinco e tentar convencer técni-
de reinante extremamente alta que, aliada às de termodinâmica do metal.
Termodinâmica – ciência que define quais re- cos e engenheiros a acreditar que haverá
emanações de monóxido de carbono (CO) e
ações são possíveis e qual reação irá ocorrer. a troca galvânica entre cada uma das par-
dióxido de carbono (CO2) alimentarão a simul- Base para a compressão da corrosão.
taneidade da oxirredução da corrosão. A cor- tículas de zinco com a superfície do aço é
uma façanha. Outro mistério tecnológico
do repairbusiness, são as argamassas ci-
mentícias pré-fabricadas, modificadas com
polímeros (isolantes elétricos por nature-
Situação za) de modo a incentivar a aderência e de-
antes da sestimular a retração. Excelente. Até aí não
“recuperação” há mistério nenhum. O problema é que in-
sem trata- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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mento da
corrosão

Situação após
a “recupera-
ção”
com trata-
mento
convencional
(complica a
situação
eletroquímica na
armadura)

Situação após
a recuperação
com verdadei-
ro tratamento
da corrosão

rosão no aço do concreto armado desenvol- Ao fazer um “remendo com argamassas ou


ve-se pela formação de anodos e catodos. A revestimentos chipados” sobre aquela pobre
formação de um anodo na superfície do aço, região anódica em desintegração, os catodos,
pode forçar catodos a desenvolverem-se em até então protegidos por aquele anodo, fica- Tele-atendimento
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torno dele. Fica claro, então, que este mesmo rão a míngua, tornando-se anodos em seu fax (0XX21) 2493-5553
anodo é que promove a proteção (catódica) próprio domínio, perpetuando o processo de produtos@recuperar.com.br
galvânica para aquela região em torno dele. corrosão. Fax consulta nº 13

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A corrosão devido a aços diferentes ventaram pôr agentes iônicos inibidores
de corrosão nestas argamassas, jurando
Atores de um mesmo circo chamado concreto, por, adquirindo alta condutividade elétrica, que os pobres coitados conseguem se in-
os aços empregados em peças estruturais ar- potente motor de arranque para detonar mi- filtrar como cães de guarda chipados em
madas e protendidas não podem fazer conta- lhares de micropilhas galvânicas, sem resi-
to entre si. Isto, porque apresentam composi- dência fixa, mas com pavio curtíssimo, ao lon- direção às armaduras em meio a todo esse
ções diferentes e, conseqüentemente, poten- go da superfície do aço. chiclete. Missão impossível. Mas o clien-
ciais de corrosão diferentes. Ligá-los na mes- te masoquista compra satisfeito e o ven-
ma peça estrutural, em determinadas condi- GLOSSÁRIO dedor sádico se deleita pela venda, sem
ções, significa corrosão. Exatamente pelo
fato de que todo concreto que se preza tem Pilha de aeração diferencial – uma pilha saber exatamente o que vendeu.
porosidade, aeração diferenciada, condutivi- eletrolítica. Força eletromotriz detonada pela dife-
rença nas concentrações de ar (oxigênio) em uma fax consulta nº 14
dade elétrica (ou resistividade), sais dissolvi- e outra região da mesma armadura. Esta diferen-
dos, umidade e predisposição a tornar-se áci- ça conduz à formação de anodos e catodos.
do, devido a chuva ácida. Estes fatores rela- Pilha eletrolítica – consiste de um vaso, ano-
cionam-se entre si. Por exemplo, um concre- dos e catodos, além do eletrólito. A partir daí,
to com alta permeabilidade retém mais água e ocorrem mudanças químicas no eletrólito, devido Para ter mais
contaminantes, seja na forma líquida ou va- a surgência de corrente elétrica. informações sobre
Análise.
Situação típica de “recuperação estrutural” onde
retira-se os efeitos da corrosão...

REFERÊNCIAS
• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil,
membro de diversos institutos nos EUA, em
assuntos de patologias da construção. É edi-
tor e diretor da RECUPERAR, além de con-
sultor técnico de diversas empresas.
• ACI 224.1R - 93 - Cause, evaluation and re-
pair of cracks in concrete structures.
• DD ENV 1504-9 - Products and systems for
the protection and repair of concrete struc-
tures. Definitions, requirements, quality con-
trol and evaluation of conformity. British
Standards Instituition..
• Broomfild, J.P. - Corrosion of steel in concre-
te: understanding, investigation and repair.
• Concrete Society Technical Report nº 36 -
...e, por comodismo irracional, aplica-se revestimentos Cathodic Protection of Reinforced Concrete.
miraculosos. Após algum tempo mais corrosão .
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Prédios em concreto aparente, particularmente à beira mar,
deverão ser motivo de monitoramento periódico. É inconcebí-
vel adotar a velha tática errada de deixar os sintomas
aparecerem para se tomar providências.
Os métodos construtivos, na maioria das vezes, ignoram
conceitos eletroquímicos elementares incorporando, no
mesmo ambiente chamado concreto, aços de composições
químicas diferentes. Há cerca de quatro anos no Brasil e há
ANÁLISE trinta anos nos EUA, o uso de lajes protendidas com cordoa-
lhas engraxadas e plastificadas, a chamada protensão leve, já
Paulo Afonso está disseminada no nosso mercado.
de Andrade

T
écnicos e engenheiros cívis, infe-
lizmente, pouco sabem sobre con-
creto protendido. Faz parte do jogo.
No entanto, o homo patologicus precisa,
deve e necessita saber sobre , já que é
essencial para a segurança e a estabilida-
de da edificação, além de ser condição e
base para a estratégia de sua recupera-
ção.
Cada vez mais prédios são construídos
pela técnica do pós-tensionamento (PT),
utilizando-se cabos aderidos ao concre-
to, através de injeção de calda de cimen-
to, e não aderidos, onde o espaço entre a
bainha e o cabo é preenchido com graxa,
Ancoragem ativa, ou seja, o lado onde executa-se a protensão. Todo este aparato formado por cabos de
permitindo ao cabo mover-se livremente aço de alta resistência (engraxados e plastificados) e aço comum da construção terá como ambiente
dentro do concreto. comum, o concreto. Trata-se de uma região crítica.
Continua na pág. 22.
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Entenda o assunto
O concreto protendido é um tipo de concreto
armado onde a armadura é colocada em car-
ga, de forma que as tensões permanentes de
compressão, para uma determinada solicita-
ção, são substancialmente aumentadas, seja
para uma determinada peça ou toda uma es-
trutura. Comparado ao concreto armado
convencional, apresenta uma capacidade de
carga maior, com uma flexão menor, isto su-
pondo-se um mesmo tipo de carregamento.
O concreto protendido utiliza a técnica de pré- Lajes severamente comprometidas: lavagem com
Um típico cabo não aderido utilizado em lajes
tensionamento e a de pós-tensionamento para detergentes clorados em sua região superior.
protendidas e em trabalhos de reforço por pro-
a sua execução, sendo que o primeiro é feito tensão externa, formando uma mono-cordoa-
em conjunto com a pré-moldagem da peça em lha de 7 fios, diâmetro aproximado de 12,7mm • Sobrecarga nos cabos protendidos além da
canteiros especializados onde são obedecidas e com carga de ruptura de 1.900kgf. Uma graxa sua resistência última. Problemas com a for-
inibidora de corrosão envolve a cordoalha.
todas as técnicas dos pré-moldados. O pós- ça e o alongamento durante a protensão.
tensionamento, ao contrário, é feito na pró- • Maresia, chuvas intensas, ambiente indus-
pria obra, sendo somente executado após os Se a bainha é preenchida com calda de cimen-
trial nas porções não protegidas das cordo-
trabalhos de fôrma, armação, concretagem e, to, consegue-se uma boa aderência do cabo
principalmente, quando obedecido o período com o concreto, dando-se o nome de concre- alhas situadas nos terminais de ancoragem
de cura, adquirindo-se uma determinada re- to pós-tensionado com cabo aderido. No con- ou na região intermediária da ancoragem.
sistência à compressão. creto pós-tensionado com cabos não aderi- • Corrosão no aço de proten-
São utilizadas bainhas (dutos) metálicas ou dos, a bainha não é preenchida após os tra- são, nas ancoragens ou
plásticas para evitar que as cordoalhas, que balhos de tensionamento, ficando livre para
formam o cabo, não adiram ao concreto, já mover-se. No sistema de multi-cordoalhas os
nas extremidades ou aber-
que aquelas necessitam ser tencionadas (esti- trabalhos de injeção de calda de cimento é turas por onde a calda é in-
cadas). Poderão ser utilizados cabos com ape- difícil e custoso e no de mono-cordoalha, a jetada ou purgada.
nas uma cordoalha. A força de protensão a pretensão com pós-tensionamento não ade-
rido (cabo solto) é usada em edifícios, pon-
O risco maior, no entanto, ocorre pelo fato
ser imposta aos cabos é transmitida ao con-
creto pelo que chamamos de “extremidade tes, lajes de estacionamentos, vasos de re- de água ou solução aquosa fazer contato
viva” e através de cunhas especiais previa- atores nucleares, tanques e estruturas de com a superfície e penetrar nos capilares do
mente ancoradas, utilizando-se macacos hi- contenção. O cabo não aderido mais comu- pseudo-sólido chamado concreto. Uma vez
dráulicos portáteis. A cavidade sobre a qual é mente usado é o com mono-cordoalha para
esforço de tração até 1.900Mpa, com sete
no interior do concreto, chega à bainha de
colocada a cunhas de reação ao tensionamen-
to a ser aplicado, normalmente é preenchida fios e 12,7mm de diâmetro. A cordoalha é polietileno que, caso seja reciclado (cada vez
com um graut especial. O lado oposto à “ex- coberta com uma graxa especial. Os aços mais comum), o que é dificil perceber, pode-
tremidade viva” é chamado de “extremidade especiais para protensão têm diretrizes defi- rá apresentar furos diminutos, o que permiti-
morta” e é apenas preenchida com concreto nidas nas normas NBR-7482, ASTM A421,
além da BS 2691 e 3617.
rá a penetração da solução chegando à su-
sob a cunha de reação.
perfície do aço. Nos terminais de ancoragem
Os aços atuais empregados em estruturas de Danos e perdas no PT a presença d’água poderá ser uma constan-
prédios com PT utilizam fios, cordoalhas e até te já que não é costume proteger estes lo-
Continua na pág. 24.
barras rosqueadas. O sistema com cordoalha É comum encontrarmos prédios construí-
de 12,5mm de diâmetro, constituído por 7 fios dos, e em fase de construção, utilizando PT
individuais unidos e torsidos com resistên- com mono e multicordoalhas não aderidas.
cia de 1900Mpa, engraxados e envolvidos Focalizando estes sistemas, podemos resu-
em bainha plástica é o mais utilizado pelos mir uma série de danos ou colapsos como
projetistas e construtores em todo o mundo. resultados das seguintes ações:

Cabos PT severamente corroídos e/ou partidos


Problemas de corrosão na ponta de uma típica monocordoalha de lajes. na posição de ancoragem intermediária.

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23
Os quatro sistemas de monocordoalhas PT
(região crítica)
Sistema encapsulado Sistema
com zero vazios encapsulado

Sistema Sistema
avançado padrão

Laje superior e inferior, com PT, do estacionamento de um shopping.

cais com barreiras apropriadas ou com pro- Avaliação fissuramento na superficie do concreto sem
teção catódica por corrente galvânica. qualquer dano no sistema do PT, verifica-
A presença da água emulsifica a graxa prote- A técnica de avaliação de estruturas PT do com a ajuda de equipamentos NDT. Des-
tora, expondo sua superfície reativa a um pro- empregada em edifícios, sejam resisdenci- placamentos e a necessidade do tratamen-
cesso chamado de fragilização no aço e a pró- ais, industriais ou edifícios garagem, con- to da corrosão em algumas cordoalhas e,
pria e velha corrosão na cordoalha. Estes dois siste no seguinte: finalmente, um quadro de desplacamentos,
fenômenos, fragilização e corrosão, sem con-
„ Teste, arrastando-se uma corrente simples chave de fenda ou até mesmo uma
tar o fenômeno Bin Laden indesejável asso-
na laje ou utilizando-se um pequeno mar- pequena alavanca para teste e até a re-
ciados a problemas com o excesso de força e telo para percussão de modo a identificar moção das cordoalhas partidas.
alongamento durante a protensão, poderão zonas desplacadas. „ Dispositivos de ancoragem com sinais
detonar precocemente a resistência última do „ Execução de pequenas “janelas” nas de corrosão deverão ser checados.
regiões inferiores dos cabos para exame „ Extração de cordoalhas para análise
aço e conduzi-lo à rutura. Nas regiões da es-
da superfície das cordoalhas, presença de metalúrgica, existên-
trutura onde exista pouca camada de recobri- graxa emulsificada, ausência de calda de cia de fios partidos e
mento, a rutura do aço de protensão, freqüen- cimento e até a existência da indesejável a presença de cor-
temente, promove desplacamentos. água. rosão na sua forma
„ Remoção de plugs empregados na in- mais crítica: a corro-
GLOSSÁRIO jeção de modo a se testar as ancoragens. são sob tensão e a fra-
„ Verificação empírica das condições gilização pelo hidrogênio.
Emulsificar – dispersar um líquido em um meio de tração das cordoalhas usando-se uma
onde é insolúvel, a fim de se obter uma emulsão.
Emulsão – meio heterogêneo constituido pela dis-
persão de um líquido em outro, no qual o primeiro Esta investigação poderá revelar três situ- devido a corrosão, onde haja o comprome-
não aceita mistura.
ações bem típicas: algum desplacamento ou timento de todas as cordoalhas (cabos de
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ZLP - PROTEÇÃO CATÓDICA DESPROTENSÃO


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24 RECUPERAR • Março / Abril 2005


A corrosão no aço de protensão GLOSSÁRIO
Corrosão no aço é um fenômeno eletroquími- Fluência – aumento da deformação no concreto,
co. Quer dizer, estabelecem-se anodos e ca- com o correr do tempo, quando submetido a carga
todos interligados por reações de oxidação e constante. Deformação lenta dependente do tem-
redução simultâneas que produzem potenciais po que ocorre sob tensão.
Relaxação – perda de tensão no aço submetido a
elétricos em presença da umidade e do oxigê-
deformação constante. É usado também para ex-
nio. Estas reações são potencializadas com a plicar a perda de protensão.
presença de contaminantes no concreto, tipi- Corrosão sob tensão fraturamento – fissu-
camente sais do tipo cloretos, sulfatos, nitra- Monocordoalha, retirada da laje, tendo fios partidos. ramento no aço causado pela ação combinada da
tos etc. A perda de seção em fios e barras de fissuramento causado pela introdução do hi- corrosão e de tensões de tração existentes.
protensão é crítico e extremamente perigoso, drogênio sua estrutura, evidenciam microfis- Fissuramento devido ao ambiente – rompi-
o que não é tão verdadeiro para barras perti- suras não detectadas a olho nu que, invaria- mento frágil do aço, cujo comportamento é, nor-
malmente, dúctil. Este fenômeno é causado pelo
nentes ao concreto armado. A encrenca para velmente, conduzem à rutura frágil, prematu-
efeito corrosivo do ambiente que cerca o aço: o
o aço protendido, no entanto, não pára na ra e com ausência de sinais, o que é sinistro. concreto, o eletrólito presente nos poros, em fun-
corrosão desenvolvida na superfície do aço. O Só complementando, no concreto protendido, ção do ambiente que cerca a estrutura.
diagnóstico microscópico de dois outros tipos a deformação devido a fluência (creep strain) Ambiente – condições físicas, químicas e mecâni-
de danos no aço protendido, promovido pelo não é crítida, porque a tensão no aço, nas cas que cercam o aço.
ambiente que o cerca, conduz ao chamado fis- estruturas protendidas, não permanece cons-
suramento, devido ao ambiente. Os dois danos tante mas sim o comprimento deformado obti-
Caso avaliado
conseqüentes são a corrosão sob tensão fra- do após a protensão. Assim, sobressai a rela-
turante na estrutura intergranular do aço e o xação. Para dar rumos e prumos ao entendimento
dos dois primeiros casos citados acima, apre-
protensão sem aderência permitem a subs- tuto de Patologias da Construção tem à dis- sentamos o caso de duas lajes PT que com-
tituição em caso de comprometimento). posição dos leitores o “Guia para avaliação põem o primeiro pavimento (térreo) e o se-
A estratégia para os dois primeiros casos é de estruturas de concreto pós-tensionadas gundo pavimento (1ª garagem) de um shop-
a recuperação e o tratamento da corrosão. não aderidas”, e o “Manual de Procedimen- ping. Após a inspeção com equipamentos
Em todos os casos torna-se necessário iden- tos de Manutenção e Construção de Lajes NDT específicos – RADAR, FERROSCAN
tificar o sistema de PT instalado para a ob- Pós-Tensionadas” do Post-Tensioning Ins- e CPV-4 – além da abertura de “janelas” de
tenção de um diagnóstico seguro. O Insti- titute (EUA). inspeção, diagnosticou-se corrosão locali-
zada e generalizada em cerca de 30% dos
cabos PT da laje piso da segunda garagem,
havendo inclusive cordoalhas com fios par-
tidos, e apenas 10% dos cabos PT da laje do
primeiro pavimento, em contato com o solo,
sem ocorrência de fios partidos. Os cabos
PT, na verdade monocordoalhas sem ade-
rência, estavam embutidos em bainhas plás-
ticas lisas. Após o mapeamento do proces-
so corrosivo instalado, procedeu-se a aber-
tura de algumas “janelas” de modo a confirir
o diagnóstico NDT. Uma vez confirmado,
procedeu-se o distensionamento dos cabos
comprometidos, sua substituição e o trata-
mento com proteção catódica, utilizando-se
ZLP, junto às zonas de ancoragem.
fax consulta nº 21

Para ter mais


informações sobre
Análise.

REFERÊNCIAS
• Paulo Afonso de Andrade é Engº Químico
especialista em patologias da construção.
• “Design and Construction of Post-Tensioned
Slabs or Ground”, Post Tensioning Institute.
• Specifications for Unbonded Single Strand
Tendons, Post Tensioning Institute.

RECUPERAR • Março / Abril 2005 25


Como identificar
elementos de fundação?

V
inte ou trinta anos se passam e os
problemas de recalque nos prédi-
os aparecem. Obras na vizinhança,
corrosão nas armaduras das estacas, blo-
cos, cintas ou sapatas com fraturas e os
sintomas aparecem no corpo do edifício.
Além destas causas existe aquela bastante
comum, hoje, onde busca-se a revitaliza-
ção de antigos bairros ou prédios que, para
tanto, há a necessidade de se localizar e
investigar suas fundações, já que ocorre-
rão carregamentos adicionais. Figura 1 - Cinta periférica de
O estudo da adequabilidade da fundação, fundação, totalmente
fraturada por excesso de
cercado de mistério, exige a utilização de mé- carga e corrosão nas
todos geofísicos que, por sua vez, necessi- armaduras.
tam de contrastes mensuráveis para análise
das propriedades físicas dos materiais en-

30 RECUPERAR • Março / Abril 2005


Principal
fornecedor de
soluções e
materiais do
repairbusiness.
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Figura 3 - A investigação do corpo de um bloco
ou sapata, através de dois furos executados lon-
gitudinalmente.
volvidos na fundação do prédio. Quer dizer,
entre os elementos de concreto que formam
a fundação e o solo que o esconde.
Falar em geofísica significa falar em veloci-
dade sísmica, densidade, resistividade elé-
trica e suscetibilidade magnética. Junte
tudo isso e você terá boas informações. Ha-
verá todo tipo de restrição, como níveis de
ruídos por toda parte, salas, quartos, gara-
gens, o próprio piso que faz contato com o
solo, além de instalações elétricas, hidráu-
Figura 2 - Esquema com o método de investigação sísmica paralelo. licas e esgotos.
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32 RECUPERAR • Março / Abril 2005


Figura 4 - Suposição (teórica) sobre o comprimento da estaca. Figura 4 - Resultado da investigação, no campo, sobre a mesma estaca.

Mas como em serviços como estes, o que faça um furo junto ao que se supõe ser o As posições do sensor, ao longo do furo e
se conhece não é o que acontece ou o que elemento de fundação, cerca de 1m e a uma além da ponta da estaca, induzirão uma mu-
acontece não é o que se conhece, vamos profundidade de 3 a 5m além do suposto com- dança drástica na velocidade anteriormente
apresentar alguns casos de investigação primento. Assim, faz-se descer através do analisada, resultando em uma descontinui-
para ilustrar o uso efetivo dos métodos ge- furo, devagar e em etapas, um sensor acústi- dade na relação linear tempo de percurso da
ofísicos em busca das fundações perdidas. co, ao mesmo tempo em que promove-se, com onda/profundidade. O gráfico téorico tempo/
um martelo especial, a formação de ondas de profundidade, da figura 4, nasce a partir de
Comprimento téorico da estaca compressão elástica na estrutura acima. A um determinado modelo matemático que uti-
versus avaliação do tempo de percurso do pulso ao liza, por exemplo, a velocidade de 3.750m/se-
verificação sísmica longo da fundação, passando pela massa do gundo para o concreto e 1.800m/segundo para
solo, em cada uma das etapas em que o sen- argilas meio compactas. Assim, ao analisar-
Antigos pesquisadores juram que para in- sor pára, permite a investigação do seu com- se uma estaca enterrada em argilas meio com-
vestigar esta situação dever-se-á utilizar mé- primento e sua intergridade (figura 2). O tem- pactas, ter-se-á, seguramente, o gráfico da fi-
todos sísmicos de resposta dinâmica. Sem po de percurso do sinal da onda elástica, na gura 5. Observe que a presença do aterro, de
dúvida, no entanto, com a presença de es- parte superior da estrutura até o local onde 0 a 1m, é indicado no gráfico devido ao estra-
truturas acima da sua cabeça, introduz-se encontra-se o sensor dentro do furo é gover- nho tempo de chegada do pulso. Após a pro-
efeitos dinâmicos complexos na resposta dos nado pela velocidade com que a onda viaja fundidade de 1m observa-se a velocidade de
sinais do elemento de fundação. através do compósito concreto armado e a 3.750m/segundo que corresponde à veloci-
A alternativa moderna para a investigação do massa do solo entre a estaca e o furo. À medi- dade no concreto. A descontinuidade fica
elemento de fundação é o método sísmico da que o sensor desce pelo furo, ocorre um aparente, após 15m, com a redução da ve-
paralelo (MSP). Esta técnica necessita que se aumento linear do tempo de percurso da onda. locidade para 1.800m/segundo. A similari-

O uso do radar geotécni-


co GPR é muito útil em
qualquer atividade que
tenha como objetivo
identificar elementos de
fundação enterrados.

RECUPERAR • Março / Abril 2005 33


Figura 6 - Rompimento do “pescoço” do pilar enterrado, entre a cinta e a sapata. Os sintomas na estrutura Figura 7 - Esquema ilustrando o princípio de ope-
superior prognosticavam tal problema. Causas: vazios no concreto (com pH baixo) e corrosão nas armaduras. ração do GPR.

Quais são os métodos geofísicos?


A pesquisa geofísica é barata se comparada receptor usarm sinais de microondas eletro-
às técnicas de sondagem. Não existe um sis- magnéticas que refletem nos diversos tipos
tema geofísico único que seja aplicado a todos de solos ou em estruturas enterradas. Sua
os problemas. Os métodos geofísicos de pes-
penetração nas areias varia de 10 a 20m. Nas
quisa são:
argilas saturadas não passa de 3m.
• Radar geotécnico (GPR – Ground Pe-
netrating Radar) • Instrumentos sísmicos
A palavra radar vem do inglês radio detecti- Utilizam ondas de choque produzidas por mar-
on and ranging que significa detecção e te- teladas, explosões etc, sendo refletidas ou
lemetria pelo rádio. Um transmissor e um
refratadas nas interfaces de diferentes ma-
teriais. Utiliza-se a reflexão sísmica, a refra-
GLOSSÁRIO
ção sísmica, o cruzamento sísmico e a veloci-
Telemetria – medida da distância obtida por dade sísmica.
procedimentos acústicos, óticos ou radioelétricos.
Sísmico – relativo a movimentos bruscos promo-
vidos no solo, em determinadas profundidades. • Instrumentos magnéticos
Geofísica – estudo da estrutura física da crosta Analisam as distorções no campo magnético
terrestre e de suas evoluções. da terra. Detecção de elementos de fundação enterrados com GPR.

dade entre a teoria e a prática ilustra bem ção dos inúmeros pulsos transmitidos e fundações diante de sintomas de fraturas
esta tecnologia diagnóstica. recebidos ao longo de uma pesquisa pré- na edificação, promover-se-á com o radar,
determinada é usada para produzir um per- uma varredura em torno dos pilares. O re-
Descobrindo as dimensões das fil indicativo das mudanças nas proprieda- sultado imediato é a informação na forma
sapatas com o radar des elétricas dos materiais existentes no gráfica do radar.
subsolo. A figura 7 ilustra o princípio geral fax consulta nº 33
O uso do Radar envolve a propagação de da operação.
impulsos de radiação eletromagnética de Fundações em concreto armado/protendi-
curta duração a partir de um antena que se do, como sapatas, cintas periféricas, vigas
move lentamente nas proximidades do ma- de equilíbrio e blocos de fundação possu- Para ter mais
terial que se quer analisar. As reflexões dos em propriedades elétricas totalmente dife- informações sobre
sinais transmitidos são produzidas a partir rentes da diversidade de solos que as en- Análises.
das características encontradas na subsu- volve. Desta forma, fica fácil para o radar
perfície onde, certamente, ocorrem mudan- distingüir as interfaces reflectivas existen-
ças na constante dielétrica. A confronta- tes, delineando-se perfeitamente as dimen-
sões das peças enterradas. Assim, por exem- REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
plo, quando se deseja, numa edificação an-
Dielétrico – substância incapaz de conduzir, ou • Jorge Luiz F. Almeida é professor e enge-
tiga, aumentar mais um pavimento ou mes- nheiro de fundações.
que conduz muito mal a corrente elétrica.
mo checar-se, rapidamente, a situação das
34 RECUPERAR • Março / Abril 2005

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