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NOVAS TENDÊNCIAS DO AGRONEGÓCIO NO CENÁRIO

BRASILEIRO

Maria Aparecida Maciel Coelho


04093625
Medicina Veterinária

Durante o período Neolítico, marcante na Pré-história, a vida do humano


primitivo passou por importantes transformações: de nômades passaram a
sedentários, fixando-se em lugares. Parte disso se deu graças ao avanço da
agricultura, que viabilizou essa ocupação de territórios pela espécie. Contudo,
com o passar dos anos, o que inicialmente era subsistência, transformou-se em
um pilar econômico para várias sociedades. No Brasil, nos dias atuais, embora
o agronegócio seja uma atividade altamente rentável, o crescimento do setor é
responsável por causar interferências negativas no meio ambiente. Visto isso,
Ceribelli, Rego e Vialta (2020) afirmam que o setor de alimentos tem se
transformado na intenção de atender às demandas sociais por alimentos não só
mais saudáveis, como também sustentáveis e produzidos com responsabilidade
social.
A palavra chave para qualquer setor se desenvolver frente aos novos desafios e
tendências de consumo que surgem é ‘inovação’, sendo assim, é possível notar
diferentes esforços por meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento
de produtos e processos. De 2000 a 2015 estima-se que os gastos públicos,
somados, em desenvolvimento tecnológico e engenharia desse setor tenha
chegado a quase R$ 5,5 bilhões (FREITAS, SANTOS, 2017). Isso se dá pelo
fato de que os consumidores estão cada vez mais informados e exigentes em
relação ao que estão consumindo, logo, o Brasil precisa estar à frente para que
possa suprir essas necessidades da população.
Somando-se ao consumo nacional, vê-se também que o agronegócio
desempenha um papel fundamental na economia do país, principalmente no que
diz respeito à exportação de produtos que em 2020 representou 48% dos artigos
que saíram do país (CNA, 2021). De acordo com Brasil (2010), muitos produtos
que estão sendo desenvolvidos no país têm sua demanda atrelada ao mercado
consumidor externo, principalmente países desenvolvidos, que hoje tende a
optar por produtos avaliando os benefícios oferecidos em relação aos custos da
compra. Os novos consumidores procuram produtos saudáveis, práticos,
prazerosos, com qualidade elevada, mas que, aliado a isso, sejam
desenvolvidos com sustentabilidade e ética.
Silva (2021) afirma que o Brasil gastou cerca de R$ 4,5 bilhões em 2019 com o
suporte total à agropecuária. É necessário que esses recursos sejam bem
distribuídos e utilizados para fornecer oportunidades e diminuir as disparidades
econômicas no meio rural, um exemplo disso é disponibilizar créditos para os
pequenos agricultores – responsáveis pela maior parte dos alimentos básicos
que alimentam a população urbana e rural em todo planeta (ALTIERI, 2013) – e
que, em sua maioria, representam menos impactos ambientais e propriedades
com diversidade biológica e genética que tanto os mercados internacionais têm
buscado.

REFERÊNCIAS
ALTIERI, Miguel. Pequenos Agricultores. Piseagrama, 2013. Disponível em
<https://piseagrama.org/pequenos-agricultores/>. Acesso em: 01 Out. 2022.
BRASIL. Brasil Food Trends 2020. 2010. Editor: Luiz Carlos Moraes.
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Panorama do Agro. 2021.
Disponível em:< https://cnabrasil.org.br/cna/panorama-do-agro>. Acesso em 01
Out. 2022.
FREITAS, Rogério; SANTOS, Gesmar. Gasto público com a agricultura no Brasil:
uma abordagem a partir de dados agregados. 2017. Boletim Regional, Urbano e
Ambiental, 17, jul-dez 2017.
Indústria de Alimentos 2030: ações transformadoras em valor nutricional dos
produtos, sustentabilidade da produção e transparência na comunicação com a
sociedade. Editores: Raul Amaral Rego, Airton Vialta, Luiz Fernando Ceribelli –
1. ed. – São Paulo: Ital/Abia, 2020.
SILVA, Rodrigo. O Brasil gasta muito com sua agropecuária?. CEPEA, 2021.
Disponível em <https://www.cepea.esalq.usp.br/br/opiniao-cepea/o-brasil-gasta-
muito-com-sua-agropecuaria.aspx> Acesso em: 01 Out. 2022.

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