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eduardoaugusto85516@gmail.com
Habilidades e técnicas de apresentações Página 1
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
Reinaldo Polito (2016) salienta que qualquer que seja a atividade, você estará
sempre “correndo o risco” de falar em público. Falar em público é uma habilidade
essencial em qualquer organização e fundamental para partilhar o conhecimento
adquirido nas áreas específicas de trabalho que cada um ocupa. A comunicação
precisa acontecer de maneira clara, objetiva e envolvente. Essas habilidades podem
ser desenvolvidas com técnicas específicas e com a prática bem fundamentada.
Apesar de ser uma atividade cada vez mais frequente, poucos estão bem
preparados para realizar uma boa apresentação. Qualquer pessoa pode vencer sua
dificuldade para falar em público, utilizando as técnicas, e com isso poderá se
expressar com eficiência em qualquer situação.
Pare para pensar: quais são as qualidades comuns aos palestrantes que mais
chamam a sua atenção? Certamente você responderá: boa didática, conhecimento
do assunto, boa dicção, entre outras. Claro que tudo isso é muito importante em uma
apresentação, mas tem algo que é fundamental: entusiasmo!
Fale sempre com energia, entusiasmo e com muita emoção, pois se não
demonstramos interesse e envolvimento pelo assunto de que estamos tratando, não
podemos pretender que os ouvintes se interessem pela mensagem, não é mesmo?
O mais interessante é que Jobs não possuía um dom natural. Ele trabalhou
muito para isso e seu estilo melhorou muito ao longo dos anos. Ele conseguia
transformar coisas aparentemente desinteressantes em histórias emocionantes
referentes a uma marca.
Você sabia que o medo de falar em público supera até o medo que se tem de
morrer? De acordo com Azevedo (2017), enfrentar uma plateia grande não é uma
tarefa fácil. Para muitas pessoas é um desafio aterrorizante. Um estudo publicado pelo
jornal britânico “Sunday Times” revela que o medo de falar em público é maior do que
o medo de enfrentar problemas financeiros, doenças e a morte, pois as pessoas
sentem medo de serem avaliadas.
Como não libero a adrenalina por meio da corrida, ela permanece um tempo
maior no organismo e provoca a confusão que todos conhecemos: as pernas tremem,
as mãos suam, o coração bate mais forte, a voz enrosca na garganta e até dá o
famoso “branco”.
De acordo com Polito (2016) existem três motivos para sentir medo.
Para uma boa apresentação, é preciso estar tranquilo e para isso a respiração
é fundamental. Ela ajuda a controlar a ansiedade, pois oxigena o cérebro. Então, antes
de iniciar uma apresentação, faça ao menos três respirações profundas. Você ficará
mais calmo e transmitirá segurança aos ouvintes.
Utilizando essas dicas, você minimizará o medo, mas ele não desaparecerá.
Isso é muito positivo, pois poderá se transformar em energia positiva que irá ajudá-lo
a falar com mais emoção.
3.3 Voz
Você gosta de ouvir sua própria voz em uma gravação ou filmagem? Parece
que ela não é nada parecida com a voz que estamos acostumados a ouvir quando
falamos, não é? Por que será que as pessoas estranham sua própria voz nessas
circunstâncias? Porque ela é diferente daquela com que estamos acostumados no dia
a dia. Isso mesmo!
Infelizmente a voz gravada é a que mais se parece com a voz que outras
pessoas ouvem quando falamos. Por isso, é melhor se acostumar! Muito mais
importante que a qualidade da voz é como você a projeta.
É preciso fazer uma avaliação do ambiente, assim que você chegar ao local da
sua apresentação. Observe a que distância estarão os últimos ouvintes e se vai poder
utilizar um microfone. Em caso positivo, posicione-o na altura do queixo e afastado
uns 10 centímetros da boca.
Não existe uma velocidade ideal para falar. O mais importante é que não
mantenha uma velocidade de fala constante, pois isso vai adormecer sua plateia!
É importante fazer uma pausa, ao concluir o raciocínio, pois, dessa forma, irá
permitir que as pessoas entendam e reflitam sobre o sentido da mensagem. Durante
as pausas, continue olhando para os ouvintes para não deixar quebrar a linha que
prende você a eles. Ao continuar olhando para as pessoas durante a pausa é como
se você estivesse repetindo em silêncio o que acabou de dizer.
Depois das pausas mais prolongadas, fale com mais energia, dando ênfase às
primeiras palavras para demonstrar que naqueles instantes de silêncio você estava
refletindo.
A dicção é a pronúncia do som das palavras, das sílabas e das letras na fala.
Ela deve ser clara e precisa e deve ser educada, corrigida, tratada e aperfeiçoada.
Quanto mais clara for a pronúncia das palavras, mais fácil será para que as
pessoas entendam suas informações e mais credibilidade você terá na fala.
Para melhorar a dicção, faça exercícios diários de leitura em voz alta. Um bom
exercício é pôr um palito de sorvete na boca preso entre os dentes e ler um texto em
voz alta, procurando articular as palavras da maneira mais compreensível que puder.
Tente fazer o exercício durante 3 ou 4 minutos todos os dias.
“Joana, a joaninha, enjoada de jantar jiló, jaca e berinjela; resolveu dar um jeito,
foi falar com Juca e pediu sua sugestão. Juca, muito jeitoso, sugeriu ligeirinho:
que tal jambo e jabá?”
Você é um daqueles que dizem “né” ao final de cada frase pronunciada? Esse
recurso costuma ser utilizado quando o emissor quer destacar algo ou quando está
inseguro e quer aprovação dos ouvintes. Cuidado, pois em excesso esse vício acaba
comprometendo sua apresentação. Na verdade, além do famoso “né”, existem vários
outros vícios que também prejudicam, e muito, a comunicação: "tá?", "ok?",
"entendeu?" e tantos outros.
É claro que isso não ocorrerá imediatamente, pois como é algo inconsciente, é
difícil eliminá-los de uma vez. No entanto, com o tempo, você terá mais controle e
conseguirá reduzir a ocorrência até eliminar todos os vícios.
Existe um outro vício que ocorre enquanto estamos pensando na palavra que
iremos utilizar. É o famoso “ããã”. Ele surge, pois, nosso pensamento é muito mais
rápido que as palavras. Para eliminá-lo, é necessário ter paciência e esperar em
silêncio que as palavras apareçam. Com o tempo você irá perceber, que o ruído
começa a desaparecer.
De acordo com Polito (2016), para que possa usar bem a expressão corporal,
evite falar o tempo todo com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou presos
nas costas. Deve evitar também ficar de lado ou de costas para ler slides ou conferir
anotações, pois pode soar como falta de respeito ou despreparo. Crie o costume de
olhar para o público enquanto se apresenta, pois você está no palco para dar atenção
às pessoas.
Não construa seu pensamento olhando para o teto! Olhar demais para o chão,
para a parede ou para o horizonte enquanto falamos também é um grave erro de
oratória.
Evite fixar o olhar em apenas uma pessoa enquanto estiver falando: isso
incomoda quem está sendo olhado, é um desrespeito para com os demais ouvintes
e, se estamos emitindo um julgamento de índole negativa, quem está sendo olhado
se sente acusado daquilo que estamos dizendo.
Existe apenas uma situação em que fixamos mais o olhar em uma pessoa
quando falamos: quando alguém faz uma pergunta. Nesse caso, inicie a resposta
olhando essa pessoa, depois distribua o olhar um pouco e finalize a resposta em quem
perguntou, como quem diz: respondido?!
De acordo com Polito (2016), ao falar é importante olhar para todos os ouvintes,
para atingir três objetivos:
3.4.2 Gesticulação
De acordo com Polito (2016), há dois erros comuns que precisam ser evitados
na gesticulação. O primeiro deles é a ausência de gestos, pois os movimentos do
corpo são importantes no processo de comunicação da mensagem. O outro,
geralmente mais grave do que o primeiro é o exagero de gestos. Provavelmente o
resultado da sua apresentação será muito mais positivo se você for comedido nos
gestos do que se você exagerar na gesticulação.
É importante saber que o recurso audiovisual não deve atrapalhar – nem anular
- a presença humana do comunicador. Daí a necessidade de aprender a utilizá-los
como auxiliares e não como protagonistas de nossas apresentações.
Evite exagerar no uso de sons, cores, movimentos e imagens, pois isso pode
tirar o foco do assunto tratado e dispersar a atenção. Por isso, atualize-se, acompanhe
as novidades, mas não exagere.
Recursos visuais bem feitos ajudam muito na compreensão das ideias, mas
não salvam apresentações ruins. Se sua apresentação não estiver adequada às
necessidades do público e você não estiver bem preparado, você não atingirá seus
objetivos.
Um outro erro muito comum é o uso de cores que não são compatíveis e
atrapalham a transmissão da sua mensagem. Uma escolha equivocada de cores pode
transmitir a sensação de que sua apresentação é amadora e prejudicar a credibilidade
da sua mensagem.
Dica: Além de ser um respiro para o público, o espaço em branco no slide tem
uma função importante, de acordo com Joyce Baena, sócia e diretora da La Gracia,
escola que oferece cursos sobre o tema: “Ajuda a direcionar o olhar do público para
aquilo que merece destaque e isso faz toda a diferença”, explica. Uma apresentação
com um design mais “limpo” e leve é muito mais elegante.
Pexels.
Visualhunt.
Ele também tem uma grande quantidade de fotos de ótima qualidade e com um
sistema de busca eficiente, incluindo busca por cor e licença de uso.
Direito autoral é coisa séria e pode trazer muita dor de cabeça se não for tratado
com a devida atenção!
Talvez você ainda esteja pensando que nada disso é necessário. Que basta
procurar algumas imagens, utilizar templates (temas) prontos disponíveis em alguns
programas básicos, inserir conteúdo e você terá a apresentação ideal. Mas esse
caminho pode levar ao erro, preste atenção nas necessidades e veja a importância do
uso de imagens. A competição exige que você inove e use recursos originais, que
possibilitem cada vez mais a interação entre o que está sendo dito e o que está sendo
exibido.
3.5.4 Imprevistos
Por mais que você se prepare para realizar uma apresentação, é natural que
ocorram alguns imprevistos, como a internet ficar fora do ar ou até mesmo um
computador que não abre o arquivo da sua apresentação.
Por isso, além de salvar a sua apresentação na nuvem, seja pelo Google Drive
ou por outro serviço, é muito importante que você leve os slides salvos em seu pen
drive em formato .pdf, .ppt e outros formatos de apresentação.
Gallo (2014) revela, ao longo do seu livro, as técnicas utilizadas por grandes
oradores para conquistar plateias e vencer o medo de falar em público. Para entender
como são feitas as melhores apresentações, ele analisou centenas de vídeos de
palestrantes prestigiados, além de entrevistar importantes pesquisadores das áreas
de comunicação, neurociência e psicologia.
Quem é o público alvo? Para quem você irá falar, qual é o seu tipo de público?
anotações, canetas.
Esse ponto refere-se aos materiais que servirão aos alunos ou ouvintes da
palestra. Pastas são úteis para guardar a apostila ou outros tipos de
materiais que sejam entregues durante o curso.
O ambiente onde será realizada a palestra precisa ser organizado para que os
participantes encontrem um ambiente propício ao aprendizado.
3.7 CONCLUSÃO
Acreditamos que, por maior que seja o conhecimento técnico, de nada valerá
se o gestor não desenvolver a sua capacidade de comunicação interpessoal, que por
certeza será o diferencial e o elemento fundamental para o desenvolvimento da
confiança e da credibilidade e consolidação do poder de influência. Dentre todas as
habilidades, uma das mais exigidas será o falar em público, logo o seu
desenvolvimento é fundamental para o sucesso da gestão.
Colocando em prática.
Agora que você já sabe todas as dicas para fazer apresentações, você deverá
desenvolver uma apresentação utilizando-se de todos os ensinamentos
desenvolvidos no capítulo.
REFERÊNCIAS
BAIO, Cintia. Por que é tão estranho ouvir nossa voz quando gravada? 2015.
Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-
noticias/redacao/2015/12/16/clique-ciencia-por-que-e-tao-estranho-ouvir-nossa-voz-
quando-gravada.htm>. Acesso em: 05 mar. 2018.
POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Saraiva,
2016.