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DEONTOLOGIA

● Deontologia: estudo dos deveres. Rege os comportamentos dos membros de uma profissão para
alcançar a excelência no trabalho.
● A violação de um dever deontológico leva à culpabilidade. (punição- ética, civil ou penal).
● Deveres deontológicos: informação (TCLE, autonomia), atualização, vigilância e abstenção de abuso
de poder.
● Deveres bioéticos: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça (equidades).
● Correlação de deveres deontológicos e bioéticos:
- Beneficência e abuso de poder: médico indica farmácia para você manipular medicamentos
para lucrar.
- Justiça e informação: a justiça é dar de igual aos iguais e desigual aos desiguais. Quando
encontramos paciente deficiente devemos informá-lo que ele tem direito a benefícios.

● Perícia médica: todo ato propedêutico ou exame realizado pelo médico com a finalidade de colaborar
com autoridades judiciais, administrativas ou policiais.
- A boa qualidade da prova exige do perito uma certa metodologia: utilização de técnicas
médico-legais, utilização de meios subsidiários como a tecnologia, utilização de protocolos
que incluam roteiros atualizados.

● Perícia direta: quando se examina o indivíduo.


● Perícia indireta: quando se examina prontuários, registros ambientais ou outras evidências.

Perícia médica do tráfego


Exame de aptidão física e mental e da avaliação psicológica:
● Anamnese: questionário e interrogatório complementar.
● Exame físico geral.
● Exames específicos:
1. Avaliação oftalmológica:
● Acuidade visual e campo visual: todos devem ter motilidade ocular normal.
- Categoria AB: 20/40 em cada olho ou 20/30 + PL. CV de 60º em cada olho ou 120º em 1 .
- Se visão monocular apto AB se 20/30 no olho que possui visão. CV de 120 º em um olho. (uso de
capacete + CNH liberada apenas após 90 dias da perda da visão)
- Categoria CDE: 20/30 em cada olho ou 20/30 + 20/40 + visão binocular 20/25. CV de 120° em cada
olho.

● Teste de Ishihara (avaliar percepção das cores); teste de Glare/do ofuscamento e da visão noturna
(identificar letras após flash rapidamente e identificar em ambiente de baixa luminosidade
respectivamente); reflexo fotomotor (avaliar músculos intrínsecos); mobilidade ocular.

2. Avaliação otorrinolaringológica:
● Teste da fala e audição - teste da voz coloquial.
● Audiometria:
- Referência da audição normal: 25 dB em todas as frequências.
- Realizar média das frequências de 500, 1000 e 2000.
- Apto ABCDE quando perda para < 40dB.
- Inapto ABCDE quando perda ≥ 40dB.
- Se correlação com perda < 40dB apto ABCDE.
- Se correlação com perda ≥ 40dB + exame otoneurológico normal apto AB.
● PAIR: sempre realizar anamnese completa, ver se utilizava EPI e há quanto tempo trabalhava na
empresa. Não olhar apenas os números para dar o diagnóstico e benefício.

3. Avaliação cardiorespiratória:
● PA < 160/100 mmHg: apto ABCDE.
● PAS 160-180 ou PAD 100-110 mmHg: apto ABCDE com restrição de tempo após tratada.
● PA ≥ 180/110 mmHg: inapto temporário ABCDE.
● Pós-IAM: apto AB com restrições (redução do tempo de renovação) quando clinicamente
recuperado após 8 meses. Apto CDE com restrições (redução do tempo de renovação) quando
clinicamente recuperado após 12 meses com relatório médico.

4. Avaliação neurológica:
● Mobilidade ativa, passiva e reflexa.
● Coordenação (equilíbrio estático e dinâmico).
● Força muscular: 20Kgf apto AB e 30 Kgf apto CDE.
● Sensibilidade.
● Linguagem.
● Percepção espacial.
● Epilepsia: apto APENAS categoria B.
- Grupo 1: em uso da medicação antiepiléptica - devem estar há 1 ano sem crise, com plena
aderência ao tratamento, relatório médico favorável.
- Grupo 2: em retirada da medicação antiepiléptica - não ser portador de epilepsia mioclônica
juvenil, estar no mínimo há 2 anos sem crises, retirada da medicação há no mínimo 6 meses,
estar há no mínimo 6 meses sem ocorrência de crises epilépticas após retirada de medicação,
parecer favorável de médico assistente.

5. Avaliação dos distúrbios do sono.


● Se aplica especialmente a condutores das categorias CDE.
● Critérios para polissonografia: 2 ou mais abaixo e/ou Escala Epworth ≥ 12.
- PA > 130/85 mm Hg.
- IMC > 30 kg/m2.
- Circunferência cervical.
- Mallampati 3 ou 4.

● Actigrafia: corresponde a um método não-invasivo para monitorar ciclos de atividade/repouso


(vigília/sono). O dispositivo irá medir a atividade motora grossa e gerar um gráfico.
● Privação do sono pode levar a erros, dificuldade de concentração, irritabilidade...

6. Exame toxicológico.
● Lei Nº 13.103: toxicologia de larga janela de detecção, em amostra queratínica, para habilitação,
renovação ou mudança para categorias CDE. (exame de admissão e desligamento).

Perícia médica previdenciária


● Existem regime geral da previdência social (INSS) e os regimes próprios..
● Quando falamos de regime próprio estamos falando de quem tem carteira assinada que contribuiu
para a previdência social.
● Segurado no INSS: quem contribui para o regime geral da previdência social, seja por carteira
assinada ou por contribuição individual (autônomo).
● Carência: tempo de contribuição exigido (12 meses) para se garantir o recebimento da aposentadoria
ou de outros benefícios a que tem direito.
- Existem doenças que isentam carência: acidente por qualquer natureza, tuberculose ativa,
hanseníase, neoplasia maligna, paralisia, cegueira, SIDA, doença de Parkinson, estado
avançado da doença de Paget, hepatopatia grave, nefropatia grave, cardiopatia grave...

● Funções da perícia médica:


- Analisar a situação do segurado.
- Estabelecer ou não nexo técnico.
- Verificar se a doença é incapacitante.
- Estabelecer DID e DII.

● DER: data de entrada do requerimento.


● DID: data de início da doença.
● DII: data de início da incapacidade.
● DCB: data de cessação do benefício.

● Presunção de nexo: nexo técnico previdenciário poderá ser de natureza causal ou não havendo 3
tipos:
- Nexo técnico profissional ou do trabalho: listas A e B do anexo II.
- Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo individual.
- Nexo técnico epidemiológico previdenciário - lista C do anexo II - CID x CNAE.

● LOAS - BPC: lei orgânica da assistência social.


- O benefício de prestação continuada é garantida de um salário-mínimo mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso > 65 anos que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção
nem de tê-la provida por sua família. (mesmo que nunca tenha contribuído)

● Incapacidade temporária:
● B31: auxílio de incapacidade temporária (antigo auxílio doença).
- Os primeiros 15 dias de afastamento são pagos pela empresa, após isso quem paga é o INSS.
- Pode ser mantido enquanto persistir a incapacidade, não houver reabilitação ou não for reconhecida a
invalidez.

● B32: auxílio de incapacidade permanente.


- Segurado considerado incapaz definitivamente, após ter tentado reabilitação sem sucesso.
- Doenças pré-existentes não são aplicadas para incapacidade permanente e nem para auxílio
incapacidade temporário, a não ser que tenham sido agravadas.
- Ela obriga o afastamento de todas as atividades.
- Existem revisões periódicas (cerca de 2-2 anos), podendo ser convocados para exames médicos
periciais.
- Pode ter majoração de 25%, desde que exista dependência de terceiros*. (Anexo I)
- *Cegueira total, perda de 9 dedos das mãos ou +, paralisia dos MMSS ou MMII, perda de 1
mão ou 2 pés mesmo com prótese possível, perda de 1 MS ou 1 MI com prótese impossível,
doença que exija permanência no leito, alteração mental grave com perturbação da vida
orgânica, .incapacidades permanentes para atividades de vida diária.

● Acidente de trabalho: será caracterizado tecnicamente pela perícia médica federal, por meio da
identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.
- Considera-se estabelecido nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico
epidemiológico - lista C.
- OBS: SAT: seguro de acidente de trabalho. (recolhimento tributário da empresa)

● B91: auxílio acidente de trabalho.


Considera-se acidente de trabalho:
- Doença profissional, produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho, com respectiva
relação elaborada pelo ministério do trabalho e previdência social.
- Doença do trabalho, adquirida ou desencadeada em função das condições especiais do
trabalho, que relacionem diretamente, com relação mencionada no inciso I.

● B92: auxílio por invalidez por acidente de trabalho.


● B93: pensão por morte acidentária.
● B94: auxílio por sequela por acidente de trabalho. (paciente volta a trabalhar em função compatível)
● PAIR não é só olhar audiometria, temos que avaliar a situação - usava EPI? Há quanto tempo
trabalhava no local?

● Lista A: agentes causando doenças. (ex. sílica pode levar a silicose)


● Lista B: doenças causadas por agentes. (ex. leucemias por exposição ao asbesto)
● Lista C: intervalo CID-10 x CNAE (classificação nacional de atividade econômica).

● A concausa de Schilling:
- Schilling I: o trabalho é uma causa necessária - silicose é apenas causada por sílica.
- Schilling II: o trabalho contribuiu para que a doença se estabelecesse - lombalgia.
- Schilling III: o trabalho provoca um distúrbio latente ou uma grave uma doença já
estabelecida - asma.

● CAT: comunicação de acidente de trabalho


- Deve ser emitida em até 1 dia útil após o acidente. Em caso de morte deve ser emitida
imediatamente.
- Pode emitir: empregador, sindicato, médico, empregado/família, autoridade pública.

● Fluxo acidente de trabalho:


1. CAT.
2. Atestado médico. (15 primeiros dias empregador paga, depois INSS)
3. Perícia Médica INSS.
4. Auxílio-incapacidade (B91).
5. Reabilitação profissional (fundamental saber idade e escolaridade).
6. Auxílio-acidente (B94) (50% do salário de contribuição depois que cessou B91)
7. Retorno ao trabalho.
● A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiado incapacitado
parcial ou totalmente para o trabalho e às pessoas portadoras de deficiencia os meios para
(re)educação e (re)adaptação para participar do mercado de trabalho.
● Empresas com mais de 100 empregados estão obrigadas a preencher 2-5% das vagas com
beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência.
● A dispensa de um beneficiário reabilitado ou de uma pessoa com deficiência ao final do contrato por
prazo determinado de mais de 90 dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado
somente poderá ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou previdenciário
reabilitado.
Perícia Médica Trabalhista
● Carta Magna: leis que fazem regulamentações e obrigações para o cumprimento.
● Todos são iguais perante a lei, garantindo inviolabilidade do direito à: vida, liberdade, igualdade,
segurança e propriedade.
● Art. 7 da Constituição: são direitos dos trabalhadores rurais e urbanos a redução de riscos por meio
de normas de saúde, higiene e segurança, além de um adicional de remuneração para atividades
penosas, insalubres (10-20-40%) e perigosas (30%) na forma da lei.

● CEM: Código de ética médica - o médico deve empenhar-se para eliminação e controle de riscos à
saúde inerente a atividades laborais. O mesmo deverá comunicar às autoridades competentes
quaisquer formas de deterioração do ecossistema prejudiciais à saúde e a vida.
- É vedado ao médico deixar de esclarecer o trabalhador sobre as condições de trabalho que ponham
em risco sua saúde, devendo comunicar o fato aos empregadores responsáveis.

● CLT: Consolidação das leis trabalhistas - regulam as relações individuais e coletivas do trabalho,
para organização, trazendo o que pode e não ser feito.
- Capítulo V - Da segurança e da medicina do trabalho: cabe às empresas cumprir e fazer cumprir
normas de segurança e medicina do trabalho; instruir os empregados quanto às precauções para
evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais;

● Normas regulamentadoras (NRs): disposições complementares ao capítulo V da CLT, constituindo


obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregados e empregadores.

- NR-4: serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho (SESMT) -


promover saúde e proteger a integridade do trabalhador. (obrigatório para empresas privadas ou
públicas que tenham trabalhadores regidos pela CLT)

- NR-7: programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) - deverá ter caráter de
prevenção, rastreamento e diagnósticos precoces de agravos à saúde relacionados ao trabalho,
doenças ocupacionais e danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.

- NR-9: programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) - elabora e traça riscos ambientais
(físicos, químicos e biológicos).

- NR-15: atividades e operações insalubres. (majoração 10,20 ou 40%)

- NR-16: atividades e operações perigosas. (majoração 10,20 ou 40%)


● PCMSO (NR-7):
- Considera-se agravo: lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de
evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte,
independente do tempo de latência.
- Compete ao médico coordenador: realizar os seguintes exames:
1. Avaliação clínica com anamnese ocupacional + exame físico e mental.
2. Exames complementares (EC) realizados de acordo com os termos da NR e anexos.

- Deve incluir realização obrigatória de exames médicos: admissional, periódico, de retorno ao


trabalho, de mudança de função e demissional.
- Atestado de saúde ocupacional (ASO): atestado em virtude dos exames acima. Deve conter:
1. Nome completo do trabalhador, RG e função.
2. Presença ou ausência de riscos ocupacionais.
3. Indicação de procedimentos médicos a que foi submetido, incluindo EC + data.
4. Nome do médico coordenador (se tiver) + CRM.
5. Definição de apto ou inapto para a função que exerce, vai exercer ou exerceu.
6. Nome do médico encarregado + endereço ou forma de contato.
7. Data + assinatura do médico encarregado + carimbo com CRM

- O médico pode realizar inspeção no ambiente de trabalho para verificação da existência de riscos.

● PPRA (NR-9):
- O estudo do desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva no ambiente de
trabalho deverá obedecer à seguinte hierarquia:
1. Medidas que eliminem ou ↓ utilização/formação de agentes prejudiciais à saúde.
2. Medidas que previnam a liberação/disseminação desses agentes.
3. Medidas que ↓ os níveis/concentração desses agentes.
- Quando esses não forem suficientes ou em caráter complementar ou emergencial deverão ser
adotadas, obedecendo à seguinte hierarquia:
4. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho.
5. Utilização de equipamentos de proteção individual (EPI).

● CFM: Conselho Federal de Medicina - Resolução Nº 2323/2022 - É dever do médico que atende o
trabalhador:
- Elaborar prontuário e realizar todos os encaminhamentos devidos.
- Fornecer atestados e pareceres para o trabalhador sempre que necessário, considerando o repouso, o
acesso a terapias e afastamento da exposição nociva.
- Fornecer laudos, pareceres ou relatórios de exame médico.
- Promover mudança no contexto de trabalho, quando indicada, com vistas ao melhor resultado do
tratamento.
- Atuar visando essencialmente promoção e prevenção da saúde dos trabalhadores.
- Promover o esclarecimento e prestar orientações necessárias sobre a condição dos trabalhadores
com deficiência, idosos e/ou com doenças crônicas e gestantes - inclusão desses no trabalho
participando do processo de adaptação quando necessário (princípio da ergonomia).
- Informar formalmente aos empregadores, trabalhadores e comissões internas de prevenção de
acidentes sobre riscos existentes no ambiente de trabalho, informações da vigilância epidemiológica,
resguardando sigilo profissional. (falar do risco não quebra sigilo)
- Notificar formalmente os agravos de notificação compulsória ao órgão competente do MS quando
suspeitar ou comprovar a existência de agravos relacionados ao trabalho, além de notificar
formalmente ao empregador a adoção de procedimentos cabíveis independente da necessidade de
afastar o empregado do trabalho. Deve-se registrar tudo no prontuário.
OBS: Não é dever do médico notificar a justiça do trabalho.

● Para estabelecimento do nexo causal além da anamnese, do exame clínico (físico e mental), de EC e
relatórios é dever do médico considerar:
1. História clínica e ocupacional atual e pregressa.
2. Estudo do local de trabalho (visita se possível ou laudos técnicos/registros).
3. Estudo da organização do trabalho.
4. Dados epidemiológicos.
5. Literatura científica.
6. Ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhadores expostos a riscos semelhantes.
7. Identificação dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, estressantes.
8. Depoimento e experiência dos trabalhadores.
9. Conhecimento e práticas de outras disciplinas e de seus profissionais.
10. Classificação de Schilling.

● Metodologia da perícia médica:


● É fundamental, nos procedimentos periciais, a observância do princípio do visum et repertum (ver e
registrar), de forma que o laudo pericial possa ser objetivo de análise futura sempre que necessário.

● Sugere que sempre seja feito um TCLE com o examinado.


● No preâmbulo o perito se apresenta, informando sua qualificação profissional.
● Individualização da perícia: detalhes e objetivos sobre o processo e partes envolvidas.
● Circunstância do exame pericial: descrição objetiva dos procedimentos realizados. (entrevistados,
número de entrevistas, tempo despendido, documentos examinados, EC…)
● Identificação do examinado: nome e qualificação completa da pessoa que foi alvo dos procedimentos
periciais.

● Exemplo:
I. Considerações iniciais: A perícia foi realizada no consultório médico, sito à X, bairro, cidade, data,
iniciado Xh e terminado Xh. O assistente técnico da parte X, Dr. X CRMMG X, participou da
perícia.
II. Objetivo da perícia: o reclamante requer indenização alegando que foi vítima de acidente de
trabalho.
III. Segue o que está na imagem com HMA, H. pessoal, H. psiq, HPP, HF, EF, EM.
IV. Análise de EC ou solicitação desses.
V. Estudo do local de trabalho ou análise de documentação que reconstrua o ambiente.
VI. Análise de documentação complementar de interesse médico-legal.
VII. Aplicação de protocolos médicos-periciais e doutrina médica aplicável.
VIII. Elaboração de argumento técnico (diálogo com magistrado), justificando nexo causal ou
concausa, existência ou não de dano corporal e análise do potencial laborativo residual.
IX. Conclusão do laudo oficial. (frase curta/direta, sintetizando o pensamento do perito)
X. Respostas aos quesitos, respostas às impugnações. (respostas claras, concisas e objetivas)

● O perito pode valer-se de todos os meios necessários, como ouvir testemunhas, obter informações,
solicitar documentos em posse da parte, de terceiros ou repartições públicas, instituir o laudo com
planilhas, mapas, plantas, desenhos ou fotografias.

● O laudo deverá conter:


- Exposição do objeto da perícia.
- Análise técnica e científica realizada pelo perito.
- Indicação do método utilizado demonstrando ser predominantemente aceito.
- Resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e órgãos do Ministério
público.
- Conclusão.
- É vedado ultrapassar seus limites, emitir opiniões que excedam o exame técnico/científico.

Perícia médica civil


● Código de processo civil: o juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.
● Os peritos são nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou
científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
● O juiz nomeará o perito e fixará de imediato o prazo de entrega do laudo.
● Apesar do relatório médico ter fé pública, por ser um relatório médico pericial é importante que
você realize seu próprio exame - nem sempre o seu exame vai convergir com o relatório trazido
pelo paciente.

● O laudo pericial deve conter:


- Linguagem simples e coerente indicando como alcançou suas conclusões.
- O perito poderá valer de todos os meios necessários. (como relatado acima)
- Conclusão - é vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, como emitir opiniões.
- Resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e órgãos do Ministério
público.

● Justiça gratuita: quando a condição financeira não permite demandar em juízo sem prejuízo do
próprio sustento e da família.

Dano corporal
● Do ponto de vista penal temos a restrição de liberdade como penalidade e do ponto de vista civil
temos a reparação pecuniária (financeira).
● Reparação do dano é estabelecer tão exatamente quanto possível o equilíbrio destruído pelo dano e
recolocar a vítima, a expensas do responsável, na situação em que estaria se o dano não houvesse
ocorrido.
● Como os atos ilícitos ocorrem na medicina? Violação dos deveres deontológicos = culpabilidade.
● Usamos baremo/tabelas para padronizar determinadas situações médicas convertidas em cifras, que
poderão determinar uma indenização econômica. (o juiz pode seguir ou não).
● As tabelas não tem um valor absoluto, nem sequer representam norma ou imposição.
● Apresentam um valor padronizado por conversão em % ou pontos de déficit funcional que servirão
de referência para determinação da indenização pelo magistrado.
● Qual tabela utilizar? SUSEP (+ usado no brasil) ou DPVAT (acidente de trânsito). Tem outras -
Baremo europeu, francês, espanhol, americano (AMA).
● Quem escolhe a tabela/baremo é o perito. Ele escolhe a tabela mais aplicável ao caso em questão.
● http://www.susep.gov.br/textos/Cir.29-91Consolidada.pdf

(SUSEP)

1. Indenização no caso de acidente sem óbito: No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor
indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros, cessantes até o fim da
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
● O ofendido deverá provar o dano - processo judicial com prova pericial médica.

2. Indenização por defeito que impeça/diminua a capacidade de exercício do ofício/profissão:


além das despesas do tratamento e lucros cessantes até o fim da convalescença, incluirá pensão
correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou ou depreciação que ele sofreu.
● O prejudicado poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.

● CID X CIF (Classificação internacional de funcionalidade):


● Dois indivíduos com o mesmo diagnóstico nosológico podem ter níveis diferentes de
funcionamento/incapacidade (prognóstico).
● CIF não é barema ou tabela de avaliação de dano corporal. Ela é uma tabela de funcionalidade que
por vezes vai avaliar a função ou conseguir monitorizar a melhora da função quando o tratamento for
instituído.
● Valorização do dano corporal:

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