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2.1.
Introdução
IR
B hO
hB hIR
B O
IR
Figura 2.1 - Geometria dos taludes mineiros. (Duncan, C. W. e Christopher, W. M., 2004)
2.2.
Caracterização Geomecânica de Taludes Rochosos
Limestone, marble,
Specimen requires more than one blow of a
R4 phyllite, sandstone, schist,
geological hammer to fracture it.
50 a 100
shale
Amphibolite, sandstone,
basalt, gabbro, gneiss, Specimen requires many blows of a geological
R5 hammer to fracture it
100 a 250
granodiorite, limestone,
marble
2.3.
Determinação das Propriedades de Resistência
2.3.1.
Resistência das Descontinuidades
podendo ser de origem tectônica, tais como as dobras, foliações, juntas e falhas,
presentes nas zonas de cisalhamento dúcteis ou rúpteis. Estas estruturas,
principalmente as juntas e foliações, afetam em maior ou menor escala as
propriedades de resistência dos maciços.
Geralmente, os maciços rochosos apresentam-se de forma anisotrópica nas
propriedades que afetam o comportamento mecânico. No caso das
descontinuidades, a influência em maior ou menor escala sobre as propriedades
geotécnicas relevantes, depende da resistência, da deformabilidade e da sua
permeabilidade. Para determinar a resistência das descontinuidades existe uma
série de critérios fundamentados em observações experimentais desenvolvidos nas
últimas décadas.
O primeiro critério conhecido de resistência ao cisalhamento foi proposto
por Mohr-Coulomb. Ele foi estudado para o caso das descontinuidades
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como:
c tan
p n
2.1
tan( i)
n 2.2
b
das asperezas são cisalhadas facilmente, Patton (1966) achou uma relação
razoável através de resultados experimentais, aplicando um critério de ruptura
diferente:
c tan( )
j n r
2.3
b 10
JCS
´
n 2.4
JCS
´
f n tanr JRC log10 ´
n 2.5
( 20) 20(r /
r b 2.6
R)
andesite 280 45
sandstone 80 - 350 30 - 50
limestone 50 - 400 35 - 50
diorite 150 50 - 55
schist 250 25 - 30
gabbro 300 35
grauwacke 60 - 100 45 - 50
lutite 30 - 350 40 - 60
tuff 7
gypsum 30
3
valores. A razão para esta relação é que a rugosidade de menor escala passa a
ser menos importante para grandes dimensões da descontinuidade. Barton &
Bandis (1982) propuseram uma correção da escala para JRC definido pela
seguinte relação:
JRC JRC L
0.02 JRC 0
n
n L 0
0 2.7
L
JCS JCS
0.03 JRC 0
n
n L 0
0
2.8
II Escalonada Lisa 14 9
III Polida 11 8
IV Rugosa 14 9
V Ondulosa Lisa 11 8
VI Polida 7 6
2.3.2.
Critério de Hoek-Brown Generalizado
´ ´
0, 5
1 3 ci (mi 3
s)
ci 2.9
Onde, 1 ´ e 3 ´ são, respectivamente, as tensões principal efetiva
máxima
e mínima na ruptura, ci
é a resistência à compressão simples da rocha intacta, e,
mi e s são constantes do material, onde s 1 para rocha intacta. Assim, a relação
entre as tensões principais na ruptura são definidas por duas constantes: a
resistência à compressão uniaxial, ci e a constante do material, mi . Quando não
4
é possível obter estes valores em laboratório, estes podem ser estimados da Tabela
2.3 para os valores de mi e da Tabela 2.1 para o valor da resistência à compressão
uniaxial, ci
.
Tabela 2.3 – Valores da constante mi para rocha intacta, por grupo de rocha (Marinos &
Hoek, 2000)
Tipo de Classe Grupo Textura
Rocha Grosseira Media Fina Muito Fina
Clastica Conglomerado Arenito Siltito Argilito
(*) 17±4 7±2 4± 2
Brechia Grauvaque Folhelos
(*) 18±3 6± 2
Marga
7±2
SEDIMENTAR
Carbonatado Calacerio Cristalina Calcario Grosseiro Dolomitas
12±3 9±2 9±3
Nao Quimico Gesso Anidrite
Clastica 8±2 12±2
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Organico Giz
7±2
Nao Foliada Marmore Corneana Quartzito
9±3 19±4 20±3
METAMORFICAS Levemente Foliada Migmatito Anfibolite Gnaisse
29±3 26±6 28±5
Foliada(**) Xisto Filite Ardosia
12±3 7±3 7±4
Granito Diorito
Clara 32±3 25±5
Granodiorito
Plutonica 29±3
Gabro Dolorite
Escuras 27±3 16±5
Norite
20±5
Ignea
Hipobisales Porfiros Diabase Peridotita
20±5 15±5 25±5
Riolita Dacita
Lava 25±5 25±3
Vulcanica Andesita Basalto
25±5 25±5
Piroclastica Aglomerado Brechia Tufo
Extrusiva 19±3 19±5 13±5
Nota: (*)Os conglomerados e brechas sedimentares podem apresentar uma amplia faixa de
valores mi dependendo da natureza do cimentante e do grau de cimentação. Esses
valores podem variar desde valores similares aos de uma arenista até valores próprios
de sedimentos de grau fino.
(inclusive abaixo 10).
(**) No caso das rochas foliadas, os valores de mi se referem à direção normal dos
planos de foliação. Na direção paralela à foliação os valores de mi podem ser
amplamente diferentes (a falha pode ocorrer segundo o plano de foliação).
4
Devido ao fato deste critério ter sido adotado nas análises da mecânica das
rochas em forma geral, foi necessário utilizar novos elementos em cada
aplicação. Os mesmo autores desenvolveram a idéia de maciço de rocha
“alterado” e “inalterado”, introduzindo um modelo modificado ou generalizado.
Além das modificações nas equações, foi reconhecido que o sistema de
classificação RMR de Bieniawski não era o adequado para a relação de um
critério de ruptura com as observações geológicas no campo, principalmente em
maciços de rochas muito alterados. Foi assim que, para a determinação dos
parâmetros constantes da equação do critério generalizado, Hoek (1994)
apresentou um sistema de classificação denominado por GSI (Geological
Strength Index), que fornece um parâmetro geotécnico que varia entre 0 e 100,
estimando uma redução da resistência do maciço rochoso para diferentes
condições geológicas.
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´1 3´ ´
ci (m b 3 s) a 2.10
ci
onde
´ : é a tensão efetiva principal ´ :é a tensão efetiva principal
maior;
1 3
menor; é a resistência à compressão simples (uniaxial) da rocha intacta e
ci
mb mi
GSI 100
exp 28 14D
2.11
Bieniawski
4
Tabela 2.5 - Estimativa de GSI para maciços rochosos heterogêneo (Marinos et al. 2005).
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GSI 100
s exp
9 3D
1 1
a e e
GSI / 15 20 / 3
2 6 2.12 e 2.13
se:
sa
c ci 2.14
biaxial:
s ci
t
mb 2.15
4
´
d
´ ´
´
´
d
1
´ 1
n´ 1 3
1 3 3
´
2.16
2 2 d
1
´ 1
´d 3
´
d 1´
d 3
´ ´
1 3 ´
d 1
´ 1
d 3 2.17
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´
d
´ m a1
1am b 3
1
ci s
´ b
d 3
2.18
Figura 2.5 - Relação entre as tensões principal maior e principal menor de Hoek e
Brown e sua equivalência com o critério de Mohr–Coulomb.
6am (s m )
´ a 1
sin
´ 1 b b 3n
b b 3
n
c
´ 1
ci 3
n b 3n
a)m
(1 a)(2 a) 1 (6am (s m ) ) / 1 a (2 a)2.19
e
b
b b 3n ´ a 1
2.20
Onde,
4
´
´
3 max
3n
ci 2.21
e, o valor de
´
3
é obtido pela seguinte equação, a qual é determinada com base
max
nos estudos que relacionam os parâmetros de Hoek e Brown e Mohr-Coulomb,
usando análises da ruptura circular de Bishop para uma amplia faixa de
geometrias de taludes e propriedades de maciço rochoso:
´
´
0.91
3 max
0.72 cm
cm
´
H 2.22
´
onde é o peso especifica da rocha do maciço; H é a altura do talude e éa
resistência à compressão simples (uniaxial) do maciço rochoso, sendo: cm
´
m b 4s a(m 8s)(m / 4 s)
b b
a 1
2(1 a)(2
cm ci
2.23
a)
Para ci 100MPa
D
E GPa 1 GSI 10
ci
2 100 10
m 40
2.24
Para ci 100MPa
E GPa 1
D GSI 10
40
m 2.25
10
2
4
2.4.
Análise da Estabilidade de Taludes Rochosos de Grande Altura
Tabela 2.7 - Resumo das características e aplicações de cada um dos métodos numéricos.
sem blocos.
Diferencias Elabora-se uma malha com uma variedade Utiliza-se para modelar
Finitas de relações tensão x deformação. maciço rochoso com um
alto grau de
(FDM)
fraturamento.
Elementos Se divide o talude em elementos ou blocos Aplica-se para analisar a
Distintos ou com a suas propriedades internas e das inclinação e movimento
Discretos uniões localizadas entre cada elemento que dos blocos.
podem-se mover livremente.
(DEM)
Elementos de Discretizam-se as áreas para poder Utiliza-se para estudar
Contorno modelar a ocorrência de trincas no talude. problemas de propagação
das trincas.
(BEM)