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RE S E IOS DE ELABORAÇÃO

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1. D E
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SÍNTESE é um resumo condensado dos


conceitos mais relevantes sobre o
tratamento de um determinado tópico. O
ato de reduzir a elaboração de um tópico a
seus elementos mais substanciais é
especialmente importante para a realização
de qualquer tipo de estudo.

FONTE: http://queconceito.com.br/sintese
ÃO
LAÇ
ITU
AP
C
RE

RESUMO é a presentação concisa


dos pontos relevantes de um
texto, fornecendo uma visão
rápida e clara do conteúdo e das
conclusões do trabalho

FONTE: João B. Medeiros, Redação Científica, 153


ÃO
LAÇ
ITU
AP
C
RE

Uma REAÇÃO CRÍTICA é uma “coleção”


de “sínteses” dos capítulos ou
parágrafos de livros e artigos científicos
com o propósito de informar ao leitor
(acadêmico) o conteúdo de uma obra
e seus aspectos gerais. É declarar
(emitir) sua opinião sobre texto
É um tipo de resumo crítico
mais abrangente. Permite
comentários e opiniões, inclui
julgamento de valor,
comparações com outras obras
da mesma área e avaliação da
relevância da obra com relação
às outras do mesmo gênero
FONTE: Medeiros, Redação Científica, 153.
Resenha ou recensão é a
apreciação de uma obra
literária ou científica que
tem por objetivo apresentar

FONTE: Milton L. Torres, “Como Resenhar”. PPT em aulas de mestrado. IAENE.


e/ou analisar seu conteúdo
de
forma crítica
É um tipo de redação técnica que inclui
variadas modalidades de textos: descrição,
narração e dissertação. Estruturalmente,
descreve as propriedades da obra (descrição
física da obra), relata as credenciais do autor,
resume a obra, apresenta suas conclusões e
metodologia empregada, bem como expõe
um quadro de referências em que o autor se
apoiou (narração) e, finalmente, apresenta
uma avaliação da obra que diz a quem a obra
se destina (dissertação).
FONTE: Medeiros, Redação Científica, 153.
2. F U
NÇÕ
ES D
RESE A
NHA
1. SÍNTESE
(função
informa4va)

FONTE: Milton L. Torres, “Como Resenhar”. PPT em aulas de mestrado. IAENE.


2. CRÍTICA
3. DIFUSÃO
(função (função
promocional) avaliativa)
3. O B
JE E T
IVOS
G
DA R ERAIS
ESEN
HA
PARA OBJETIVOS, VER LINKS ABAIXO:

h.ps://www.slideshare.net/megainfoin/resenha-acadmica-5148388

h.ps://pt.slideshare.net/periclesoliveira7/52150697-resenhacriNcaabntotrabalhothau1
2. PA
RTES
RESE DA
NHA
PARTES DA RESENHA
1 Referência bibliográfica

2 Qualificações do autor

3 Apresentação do conteúdo

Análise crítica do conteúdo


4 (especialmente dos objetivos,
hipótese, metodologia, pontos
fortes e fracos), estilo e formato
3. E X
EM P
LO D
RESE E
NHA
SERRA, Ordep. Veredas: antropologia infernal.
Salvador. EDUFBA, 2002.

Resenhado por Milton L. Torres, Faculdade


Adventista da Bahia.
CONTEÚDO
O livro de Serra contém dois ensaios: o primeiro
(“Arqueologia do símbolo”) é uma discussão da estrutura
do símbolo e dos mitos no horizonte da cultura helênica; o
segundo (“Tempo afora: estudo de antropologia infernal”),
mais próximo do título da obra, aborda o tema das
catábases, isto é, das viagens aos infernos, estes definidos
como “o mundo dos mortos”. O autor tem certa
dificuldade em articular os dois temas e, exceto pela
metodologia e pelo pano de fundo antropológico e
helenista, o resultado é que o autor parece mesmo tratar
de assuntos para os quais não consegue estabelecer uma
ligação evidente. Daí uma das principais deficiências da
obra: a falta de uma conclusão. Apesar disso, Serra
oferece uma série de reflexões provocativas acerca da
maneira como os mitos da antiguidade e a literatura com
eles relacionada podem informar nossa concepção da
realidade.
METODOLOGIA E OBJETIVO
A metodologia empregada pelo autor nos dois ensaios é a
da exemplificação e análise literária aplicadas às questões
antropológicas e etnológicas, tendo como ponto de
parOda o universo greco-romano, no primeiro ensaio, e o
Renascimento, no segundo. Sua premissa é que as
respostas imaginárias dadas pelas diferentes culturas
podem contribuir para uma melhor compreensão da
percepção que a humanidade tem das fronteiras da vida.
No caso do primeiro ensaio, Serra lida com o universo
familiar dos poemas homéricos e hesiódicos, dos diálogos
platônicos e do drama grego, com ocasional recurso a
Foucault e à etnografia, sempre preocupado com os
aspectos simbólicos dos ritos hospedais (dentro do
arcabouço das práOcas de xenia e potlatch) e nupciais. Sua
tese, aí, é que “o uso do enigma nos ritos e mitos evoca,
freqüentemente, a problemáOca do conúbio, as
vicissitudes da disOnção e da união sexual de homem e
mulher” (p. 58).
METODOLOGIA E OBJETIVO
No segundo ensaio, contudo, o recurso à literatura extrapola os
limites helenistas da epopéia, do drama e da filosofia, e envolve
outros campos literários e epistemológicos, incluindo referências
às obras de Hawthorne, Irving, os irmãos Grimm, Gautier Map,
Borges, Santayana, Milorad Pávich, Schelling, Lévi-Strauss e Lewis
Carrol, entre outros. O principal objetivo do segundo ensaio é
analisar os aspectos liminares da morte e do sono sob a
perspectiva proposta por Schelling segundo a qual a Divina
comédia teria sido um elemento norteador no “delineamento de
uma problemática definida pela convergência crítica de questões
fundamentais sobre a identidade, o tempo e a comunicação” (p.
128) no que estas diriam respeito à filosofia e à antropologia. Serra
é relativamente bem sucedido em sua empreitada, embora alguém
pudesse esperar mais antropologia em meio ao abundante uso
que o autor faz das fontes literárias. Também pode causar
estranheza o papel de destaque que atribui ao romance Dicionário
Kazar, de Pávich, cuja proeminência, no ensaio, só cede lugar à do
épico dantesco, mas que não goza, absolutamente, da mesma
popularidade em outros círculos.
FORMATO
O livro tem formato apropriado e sua diagramação é atraente, contudo
a quantidade de incorreções e descuidos editoriais chega a ser
incômoda. Com efeito, a primeira palavra da obra (porquê) é grafada
incorretamente (p. 7), erro repetido na página seguinte. A isso se
seguem erros de concordância nominal (p. 44, 56, 69, 73, 98, 122, 164,
167) e barbarismos ortográficos (como engimático por enigmático na p.
169). Essa dificuldade aparece principalmente na grafia das palavras
estrangeiras: irredeamable, em vez de irredeemable (p. 11), Zálmóxis
aparece, desnecessariamente, com dois acentos (p. 96), through é
grafado thorough (p. 152), don’t aparece como dont, couldn’t como
could’nt e isn’t como is’nt (p. 157). Entre as palavras da língua
portuguesa, várias têm acentuação incorreta: juizes (p. 18), o tempo
para, em vez de o tempo pára (p. 94), outrém (p. 146), judaíco (p. 172).
O erro mais comum é a insistência em acentuar os verbos da terceira
conjugação quando acompanhados de ênclise: reduzí-los e dividí-los (p.
30), definí-lo (p. 38) e perseguí-las (p. 56). O erro mais grave é grafar
consistentemente o termo potlatch como se fosse potlacht (p. 47, 55,
84). O descuido é indesculpável uma vez que o termo é muito comum
nas discussões antropológicas dos ritos hospedais e nupciais, tema
principal do primeiro ensaio e tema incidental do segundo.
PONTOS FRACOS
Além da falta de uma tentativa de conclusão à obra, uma outra grande
deficiência está no referenciamento bibliográfico. O texto tem sua origem em
um curso oferecido pelo autor, em 1990, na Universidade Federal da Bahia
(cf. p. 11). A bibliografia já aparentemente defasada na época do curso
parece ter sofrida atualização mínima para o livro. Um exemplo banal disso
ocorre quando Serra menciona o cinema como possível fonte para o estudo
das possibilidades advindas com o “congelamento de pessoas para posterior
reanimação” (p. 76) e chega a mencionar algumas produções mais antigas,
mas omite o caso mais recente do filme Vanilla Sky. Alguns exemplos
clássicos também estão faltando. Serra poderia ter mencionado o caso de
Ulisses e sua permanência na ilha de Circe e na caverna insular de Calipso
quando trata “de lugares onde a existência é subtraída ao fluir do tempo” (p.
77), mas é uma pena que não o faça. Circe foi, afinal de contas, quem
admoestou Ulisses a empreender sua catábase (Canto X da Odisséia) e
Calipso o manteve em um lugar onde o fluxo do tempo se dava de modo
excepcional (Canto V da Odisséia). Além disso, os nomes dos autores
consultados apresentam discrepâncias ocasionais (por exemplo: Nmuendaju,
p. 162, ou Nimuendaju, p. 170?). Para piorar, algumas obras citadas nos
rodapés e no corpo do segundo ensaio simplesmente não aparecem na
bibliografia: Cunha 1978 (nota 19), Laraia 1967 (nota 27), por exemplo.
PONTOS FORTES E ESTILO
O esOlo de Serra peca por sua insistência em parágrafos
excessivamente curtos que, muitas vezes, produzem uma
certa fragmentação do fluxo dissertaOvo à moda de
solavancos inesperados. Apesar de todas essas limitações, a
obra é admirável por causa do profundo conhecimento que o
autor demonstra em relação aos temas tratados bem como
sua riqueza vocabular e força expressiva. Além disso, Serra
surpreende o leitor com a facilidade com que usa tanto o
tratamento alegórico quanto o estudo tautegórico dos mitos,
com níOda preferência pela segunda modalidade (cf. p.
126ss). O autor consegue, ainda, fazer emergir questões
decisivas para as chamadas ciências humanas, sugerindo
relevantes insights para temas tão profundos quanto o da
etnogonia e o da percepção dos limites cogniOvos e
existenciais da humanidade, incluindo a concepção que esta
tem da morte.
3. PA
SSO S
UMA PARA
REA
ÇÃO
INTRODUÇÃO

CONCLUSÃO CORPO
Elementos pré-textuais
COLOQUE A ESTRUTURA EM
FORMATAÇÃO ACADÊMICA
CONFORME PADRÃO DA

EXEMPLO:
Veja a Resenha crítica de Agenilton Corrêa ao livro O Santuário
e as Três Mensagens Angélicas (de Alberto R. Timm) no
Maual Básico de Normas Para Elaboração de Trabalhos
Acadêmicos (SALT), p. 154-160.
Há textos que
apresenta obstáculos
específicos (textos
filosófocos, científicos)

PREPARAÇÃO:
Faça uma leitura analítica do texto (livro,
artigo, reunião, filmes, peças teatrais,
etc.). Leia lentamente, destaque frases
que chamem sua atenção, observando
cada detalha para não correr o risco de
haver algum engano na compreensão

FONTE: Jhttp://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Reação
NOTA:
Evite intervalos longos entre
uma leitura e outra, visto que
isso prejudica a compreensão
do texto

FONTE: Medeiros, Redação Cien1fica, 155


Análise e Anotação:
Faça anotações sobre o texto
enquanto estiver lendo

FONTE: Jhttp://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Reação
Análise:
A análise textual compreende: (1)
estudo do vocabulário, (2)
verificação dos objetivos expostos,
(3) abordagem de fatos
representados, (4) autoridade dos
autores citados, (5) esquema de
ideias expostas no texto.
FONTE: Medeiros, Redação Científica, 155
Primeiro Rascunho:
Faça um esboço do texto

FONTE: Jhttp://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Reação
Foco na Reação:
Determine ao que você deve reagir
(Leve em conta as qualificações do autor,
o assunto do texto, a apresentação do
conteúdo em geral, os objetivos do autor,
sua metodologia, suas hipóteses, seu
estilo literário, seus pontos fortes e
fracos, e estilo e formato

FONTE: Jhttp://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Reação
DESENVOLVA SUA COMPREENSÃO DA
LEITURA FAZENDO PERGUNTAS

Antes de poder construir sua


própria opinião subjetiva do
trabalho, você precisa entender o
trabalho pelo o que ele é. Uma
resenha crítica exige que você se
concentre em sua própria
interpretação do texto
1. Qual é a principal questão que o autor
está tentando abordar?

2. Que posição o autor toma quanto a essa


questão? Qual é declaração ou ponto principal
do autor?

3. O autor faz alguma suposição ao formar sua


declaração? Elas são válidas ou tendenciosas?

4. Que tipo de provas o autor oferece para


Perguntas defender seu ponto?
que vale a
pena fazer
5. Quais pontos do argumento são fortes? Quais
incluem:
pontos do argumento são fracos?

6. Quais são os possíveis contra-argumentos para


as alegações ou argumentos feitos pelo autor?

7. O que, caso haja, faz com que a questão


principal ou a declaração principal do autor seja
importante?
FONTE: http://pt.wikihow.com/Escrever-um-Texto-de-Resposta
Escreva a Resenha:
1. Escreva o resumo da obra. Analise
toda a obra (capítula a capítula) e diga
do que ela se trata

FONTE: Jhttp://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Reação
Escreva a Reação:
2. Resuma a obra. Seu texto de resposta deve
focar no resumo da obra (artigo, livro, etc).
Descreva o conteúdo do trabalho e apresente
os principais argumentos do autor. Enquanto
apresenta os detalhes do trabalho e os
argumentos do autor, você deve usar um tom
analítico e discutir como o autor conseguiu
transmitir esses pontos.
FONTE: Jhttp://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Reação
Escreva a Resenha:
4. Apresente e discuta sobre seus argumentos.
Este é o ponto no qual você deve explicar
como reagiu, a nível intelectual, à obra do
autor. Você pode incluir parágrafos separados
explicando com o que você concorda e
com o que discorda. Fundamente sua análise
com citações e paráfrases.

FONTE: Jhttp://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Reação
Escreva a Resenha:
5. Escreva sua conclusão. Neste ponto, você
precisa reafirmar sua posição ao leitor e
defender brevemente a importância da sua
postura.

FONTE: Jhttp://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Reação
PARA PRODUÇÃO DA SUA RESENHA
CRÍTICA, VER Manual Básico de Normas
Para Elaboração de Trabalhos
Acadêmicos (SALT), p. 154-159
CON
CLU
SÃO

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